UM GIBA mimo ;o)
Enviado: quinta dez 20, 2007 10:59 pm
É com mto orgulho que a Marinha onde trabalho tenha na sua revista mensal um artigo onde se destaque esta pequena maravilha
RA - Não queria terminar sem perguntar pelo belo bicho com que me cruzei no convés. Num navio e então num veleiro, faz sempre falta um cão a ladrar à borda. Que cão é e como se chama?
CSR - É a “Giba”.1 O «Creoula» teve um cão de água português, a “Espuma”, durante 14 anos. É muito tempo e criou uma tradição e, por isso, eu, através da secção dos cães de guerra dos Fuzileiros, obtive o contacto de um criador, onde fui buscar a “Giba” com dois meses e meio de idade e trouxe-a logo para o navio.
Revista da Armada - Com um nome tão marinheirão, como se adaptou?
CFR Silva Ramos (CSR). - Embora a minha mulher seja veterinária, eu confesso que tinha algum receio... uma cadela tão pequena, vinda directamente da mãe para o navio… mas adaptou-se muito bem.
Revista da Armada- Também um cão de água português?
CFR Silva Ramos (CSR). - Mais do que isso! Só no dia em que a fui buscar é que soube que um dos irmãos dela, mais velho três anos, é o cão de água mais premiado do Mundo. Assim a “Giba” é toda fina, mas esta raça e a “Giba”, em particular, têm um temperamento verdadeiramente espectacular, pois ela consegue manter a sua personalidade, embora seja mimada por muita gente. Imagine o que são 50 pessoas, muitos deles miúdos, a embarcar semanalmente e a fazerem-lhe festas.
Revista da Armada - Recordamos o «Madeira», de duvidosa linhagem mas muito acarinhado…
CFR Silva Ramos (CSR).- E essa é a principal razão da existência de um cão a bordo, os laços que ele cria com os instruendos, principalmente quando estes são mais jovens e estão mais em baixo, enjoados ou com saudades de casa.
Só tem um senão, embora não enjoe de barco, de carro, quando a levo para minha casa ou para algum tratamento, é uma desgraça…
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Nota
1 Giba-Vela de proa situada mais a vante.




