A verdade sobre pêlos e alergias!

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Moderador: IsabelNobre_

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IsabelNobre_
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Muito se tem escrito sobre o Obama, e sobre a razão pala qual o Cão de Água, veio à baila. Após algumas questões levantadas surgiu a necessidade de se fazer um artigo, com uma informação relevante e verdadeira, sobre o assunto.
Tem sido muito debatido e na realidade tem-se dito muitas "inverdades".
Assim sendo fica aqui também a informação, uma vez que o conhecimento dizem os entendidos que não ocupa lugar, apesar das palavras escritas ocuparem, também só lê quem quer...
Espero que apreciem.
Cães, Pêlos e Alergias…

2009-01-23

Muito se tem escrito na últimas semanas sobre a possibilidade de o futuro cão do novo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, poder ser de uma raça nacional - o Cão de Água Português. Mas porque terá a primeira família norte-americana considerado esta raça entre as cerca de 400 que existem em todo o mundo?

Qual a relação entre os cães, as alergias e o presidente dos Estados Unidos da América?

Muito se tem falado nas últimas semanas sobre a promessa que o então senador Barack Obama fez às suas filhas durante a campanha eleitoral – a de poderem ter um cão se o pai ganhasse as eleições para presidente americano. O falatório subiu de tom nos últimos dias, pelo menos em Portugal, quando se soube que o Cão de Água Português seria um dos “finalistas” na corrida a cão de companhia da família presidencial, juntamente com o Labradoodle (originalmente, o cruzamento entre o Labrador Retriever e um Caniche, ou Poodle em inglês). E a escolha destes tipos de cães teria a ver com a asma de que sofre uma das suas filhas.



Mas porquê escolher um destes tipos de cães para uma pessoa asmática? Apesar de desconhecer em absoluto as razões que levaram a família presidencial a optar por estes dois cães específicos, é relativamente fácil dissertar sobre o porquê da escolha deste tipo de cães.

A maior parte das pessoas pensa que a alergia aos cães (e gatos) tem a ver com o pêlo que soltam. No entanto, não é bem assim. As alergias são devidas essencialmente a caspas e poeiras que se soltam da pele dos animais. O que acontece é que, quando o animal vai perdendo o pêlo, essas poeiras também se soltam mais facilmente, ficando em suspensão no ar. Sendo respiradas por pessoas sensíveis, desencadeiam assim mais facilmente reacções alérgicas.

Os cães com uma pelagem clássica, quer seja de pêlo curto ou de pêlo comprido com o focinho com pêlo curto têm tipicamente mudas de pêlo duas vezes por ano – no início da época quente e no início da época fria, o pêlo vai morrendo e caindo, sendo substituído por outro mais adequado à nova estação do ano. Se os cães viverem dentro de casa, onde estão mais protegidos das variações de temperatura, poderão inclusive perder pêlo ao longo de todo o ano. Isto significa que normalmente existe uma importante quantidade de alergénios (substâncias que desencadeiam reacções alérgicas) no ar, a menos que se tomem medidas higiénicas extra.

Nos cães sem pêlo (que têm sempre algum pêlo, mas em quantidades ínfimas em comparação com os cães “normais”), uma vez que praticamente não há pêlo para soltar, é mais difícil as caspas e poeiras apanharem “boleia” do pêlo para andarem no ar.

Quanto aos cães barbudos – aqueles que, quer tenham o pêlo duro como os terriers, ou o pêlo comprido como muitos cães pastores e cães de água, têm um focinho com barbas e bigodes – o que sucede é não fazem mudas. Quando o pêlo morre, em vez de cair normalmente, permanece agarrado à pele. Assim, acaba por funcionar um pouco como “retentor” de alergénios. Claro que é necessário retirar o pêlo morto, mas com escovagens regulares consegue-se manter a higiene e saúde da pelagem e do cão e minimizar a quantidade de alergénios no ar, tornando assim estes cães mais adequados para pessoas com alergias.

Nos últimos anos, têm sido desenvolvidos numerosos estudos tentando perceber a relação entre a posse de animais de companhia e o desenvolvimento de reacções alérgicas, rinites, asmas e outras. Apesar de os resultados obtidos serem algo controversos e contraditórios, os estudos mais recentes indiciam que crianças que tenham um cão como animal de companhia durante pelo menos os seus primeiros anos de vida são menos susceptíveis de desenvolver doenças respiratórias. Este efeito não se verifica em crianças que contactam regularmente com cães, mas não os têm em casa.

No entanto, antes de se decidir a adquirir um cão para diminuir as probabilidades de o seu bebé vir a ter problemas respiratórios, é importante referir que, se por um lado, ainda não se conhece o mecanismo que leva a esta protecção, por outro lado não é garantido que mesmo um cão do tipo “adequado” seja hipoalérgico para a pessoa em causa. Além disso… um cão é para a vida, 10 a 15 anos, não apenas enquanto interessa!
in : http://www.animalia.pt
http://anothergroomingday.blogspot.com/
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Isabel
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