Anarsvv:
Bom dia.
Em relação ao que o Amus escreveu: a aldaa é a moderadora deste fórum logo devemos-lhe alguma "deferência".
Gostaria de expandir aqui algumas ideias:
Sobre a compra dos canitos da senhora:
foi numa loja de animais.
Todos os cães comprados em lojas de animais são de proveniência duvidosa, e principalmente por uma razão: um criador consciente que faz criação como deve ser não cede cachorros a lojas. Porquê? Porque parte da responsabilidade do criador é colocar os cachorros que produz em donos adequados. Ao ceder um cão a uma loja para que o comercialize o criador está a vender o cão ao primeiro que passe o cheque.
Quando falo em "proveniência duvidosa" falo concretamente em 3 casos distintos:

A criação "amadora" como a da senhora a quem vai comprar o seu yorkie: pessoas que gostam muito de animais mas que de canicultura percebem muito pouco, para quem a criação se resume a juntar um macho com uma fêmea, sem ter em linha de conta nem o despiste de doenças nem a selecção dos pais em função do temperamento e do padrão da raça.
A maioria não tem LOP por diversas razões, ou porque os pais da ninhada também não têm, ou porque não sabem o que isso é.

O reprodutor de cães que os cria apenas pelo lucro também sem preocupações elementares de selecção que sabe bem que há mercado para escoar o seu produto e que muitas vezes cria uma série de raças (as mais rentáveis) e que mantém o seu stock reprodutor como se de verdadeiro gado se tratasse.

Finalmente, o pior, as fábricas de cães. São cachorros oriundos de outros países (principalmente mas não exclusivamente de países de leste) e não me vou alargar muito sobre isto, a anarsvv procure aqui na arca os tópicos sobre puppy-mills e verá a verdade horrível que se esconde atrás deste comércio.
As lojas vendem estes cachorros ao mesmo preço que um criador decente vende directamente ao público e não oferece qualquer garantia, nem sanitária nem sequer de pureza de raça.
Voltando à consanguinidade:
Quando à parte sanguinea... eu discordo. porque tal como nas pessoas , se um irmão tiver um filho com a irmã dele o bebé nasce com problemas de saude e fisicos. E o mesmo acontece nos animais. garanto-lhe a 99% que o que digo é verdade e correcto
Não, Anarsvv, não é correcto. Como gosta de pesquisar na net, sugiro-lhe que pesquise sobre dois termos usados na canicultura que são "inbreeding" e "linebreeding" e que dessa info retire as suas conclusões. Os criadores de topo fazem-no e de resto se algum dia tiver a oportunidade de ver um pedigree de um cão de exposição certamente verá muitas ligações familiares nas 3 gerações de cães que vêm no pedigree. Eu repito Anarsvv, um criador informado testa os seus cães, e numa família onde haja incidência de certas doenças genéticas comuns à raça não há inbreeding. Já o pessoal que cruza à pedrada não tem essas preocupações e aí é evidente que se cruzarmos 2 irmãos com displasia da anca ou predisposição para tal (por exemplo) as hipóteses dos cachorros virem a sofrer da doença são muito elevadas. Mais uma vez falta-lhe a definição do que é um criador na verdadeira acepção do termo.
e sim, tambem concordo que yorkies de tão pequeno tamanho não deviam reproduzir. bem, e so a minha opiniao. mas e que estou mesmo confusa. de qualquer das formas, se os bebes nascerem bem vou comprar um, nisso não vou mudar de ideias.
Bem, a razão de não se dever criar com fêmeas muito pequenas não tem só a ver com a saúde da mãe e dos riscos inerentes à gravidez e ao parto mas também com a saúde dos pequenos. Leia aqui o que a aldaa escreveu sobre o assunto, de onde extraio só esta citação:
Geralmente os cachorros mais pequenos de uma ninhada são também os mais frágeis, alguns deles (sobretudo os que nascem de criação apenas com o intuito de reduzir o tamanho) são especialmente pequenos devido a múltiplos problemas de saúde, como por exemplo raquitismo, nanismo, etc…
Exemplares abaixo dos 2Kg de peso não deveriam ser usados em criação por não terem condição física para tal, especialmente se se tratarem de fêmeas. Cães débeis e/ou doentes darão muito possivelmente filhos débeis e/ou doentes. Se se começar a criar só com os cães mais pequenos, em cada geração que passa mais frágeis e menos harmoniosos serão os cachorros. Por esse motivo se houve cada vez com mais frequência casos de que um Yorkie partiu a pata ao saltar do sofá, ou até mesmo ao descer as escadas, ou pior ainda, que morreu porque caiu do colo, ou porque foi pontapeado sem querer. Casos destes são mais frequentes do que você imagina.
Aqui neste tópico:
http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopi ... highlight=
Peço desculpa pelo testamento, só pretendo ajudar e informar.
Mais uma vez, boa sorte com o animal que adquirir.