Já sabia, por SMSs (muito obrigada, Maria

) que a minha comadre tinha ido um sábado muito preenchido, a curtir a maravilhosa família que tem e, principalmente, as suas duas novas meninas.
Não, estas gatinhas, para além de serem mesmo lindas, não diferem em nada dos outros gatinhos. Mas o preconceito existe, como tenho verificado, e as pessoas, mal lêem que um animal tem algum problema, que até pode não ser grave nem afectar em nada a sua qualidade de vida e bem-estar, já nem querem sequer conhecê-lo.
Mas, felizmente, existem excepções -- poucas, mas existem.
Ainda hoje falei com uma senhora que tem um gato cego chamado Bocelli, que deve ser a alma gémea do meu Andrea.

E são gatos que fazem uma vida tão completamente normal que nos esquecemos de que não vêem.
As nossas guloseimas, então, vêem que chega e sobra, até para fazer alpinismo e obrigar a mãe a fazer de bombeira...
Voltando às "deficiências", por existir tanto gato, "normal" ou "especial", para resgatar e para adoptar, entristece-me um bocado ver aqui (e não só) pedidos de adopção de gatinhos, que geralmente têm de ser bebés, cinzentos ou às bolas ou às riscas ou de xadrez... parecem que têm de ser de encomenda, que têm de obedecer àquela imagem ou, então, não são merecedores de um lar e de amor.
Mas adiante. Estou felicíssima por as duas doces princesinhas algarvias (e marafadas

) terem encontrado o lar que mereciam, por, depois de tantas peripécias, terem encontrado a segurança, a estabilidade e o amor que todos têm direito a ter, mas nem todos conseguem. Elas tiveram muita sorte. Pensar que passaram pelo caixote do lixo, muito doentinhas... tudo poderia ter acabado ali.
Muito obrigada, Maria. E que sejam todos muito, muito felizes.

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke