Gracinha (RIP), Marianinha e Zezinho - Adoptados
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Não consigo ainda pôr por palavras aquilo que sinto, talvez porque os meus sentimentos sejam negros, muito negros.
Há uma coisa que me está a fazer confusão, e que é um pormenor, eu sei, mas por outro lado talvez não seja, que é o título que este tópico tem de há uns meses para cá.
A Gracinha está ali como que "pendurada", deixada para trás, não querida, e não há nada que, na prática, corresponda menos à verdade.
Se há animal que foi adoptado, querido, cuidado, acarinhado e amado, foi a Gracinha.
É por aqui que vou começar, e hei-de pedir à moderação que mude este tópico, que afinal é uma história de vidas, para onde deve estar.
Há uma coisa que me está a fazer confusão, e que é um pormenor, eu sei, mas por outro lado talvez não seja, que é o título que este tópico tem de há uns meses para cá.
A Gracinha está ali como que "pendurada", deixada para trás, não querida, e não há nada que, na prática, corresponda menos à verdade.
Se há animal que foi adoptado, querido, cuidado, acarinhado e amado, foi a Gracinha.
É por aqui que vou começar, e hei-de pedir à moderação que mude este tópico, que afinal é uma história de vidas, para onde deve estar.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Tassebem, pode ir ao seu primeiro tópico, e fazer editar - e consegue mudar o titulo!Tassebem Escreveu:Não consigo ainda pôr por palavras aquilo que sinto, talvez porque os meus sentimentos sejam negros, muito negros.
Há uma coisa que me está a fazer confusão, e que é um pormenor, eu sei, mas por outro lado talvez não seja, que é o título que este tópico tem de há uns meses para cá.
A Gracinha está ali como que "pendurada", deixada para trás, não querida, e não há nada que, na prática, corresponda menos à verdade.
Se há animal que foi adoptado, querido, cuidado, acarinhado e amado, foi a Gracinha.
É por aqui que vou começar, e hei-de pedir à moderação que mude este tópico, que afinal é uma história de vidas, para onde deve estar.
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">The little creature said, “Dear Lord,</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">There’s not one name left for me.”</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">The Father smiled and softly said,</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">“I’ve left you ’til the end.</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">I’ve turned my own name back to front,</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">And called you Dog, my friend!”</p>
<p> </p>
<p><a href="http://chamaram-mesafira.blogspot.com/" ... om/</a></p>
<p><a href="http://www.patavermelha.com/">http://ww ... /</a>
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<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">There’s not one name left for me.”</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">The Father smiled and softly said,</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">“I’ve left you ’til the end.</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">I’ve turned my own name back to front,</p>
<p class="MsoNormal" style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">And called you Dog, my friend!”</p>
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- Localização: Rafaela tanta saudade... no coração sempre...
Tassebem Escreveu:Não consigo ainda pôr por palavras aquilo que sinto, talvez porque os meus sentimentos sejam negros, muito negros.
Há uma coisa que me está a fazer confusão, e que é um pormenor, eu sei, mas por outro lado talvez não seja, que é o título que este tópico tem de há uns meses para cá.
A Gracinha está ali como que "pendurada", deixada para trás, não querida, e não há nada que, na prática, corresponda menos à verdade.
Se há animal que foi adoptado, querido, cuidado, acarinhado e amado, foi a Gracinha.
É por aqui que vou começar, e hei-de pedir à moderação que mude este tópico, que afinal é uma história de vidas, para onde deve estar.
Concordo por completo, a Tassebem saberá muito melhor do que a maioria de quem aqui acede onde me incluo tambem, que essa adopção não oficial estava já no coração da familia toda e pelas conversas tidas com a amiga Catlover sempre entendi que a querida Gracinha pertencia por completo àquela bonita familia e sei que se por acaso alguem tivesse aparecido para 1 visita de possivel adopção a resposta seria que a Gracinha tinha já o seu bonito lar estava rodeada de tudo que necessitava e ainda mais.
Ela era especial só assim consigo aceitar as partidas precoces existem provas,nasceu,sofreu,foi muito feliz e fez felizes humanos e a maninha que tambem tinha sido grande sofredora,neste momento a dor da partida e a quase não aceitação de tudo transmite 1 revolta onde se pergunta,será que fiz tudo que devia?será que?isto é o amor e o carinho que fala por nós e sim donos optimos fazem tudo mesmo tudo pelos seus tesouros, em situaçoes de ter de os deixar partir para lhes encurtar o sofrimento é muito doloroso,eu sei

Catlover sei que para todos da familia está a ser doloroso mas do modo que teve de ser ainda mais e lembre-se que antes assim do que a Gracinha sofrer demais,ela sempre vai estar presente recorde-se que foi afinal alguem muito,muito especial que passou na sua vida e que temos de ser nós os seres pensantes a apoia-los quando necessario,por muito que se queira bem ao nosso animal querido se mais alguma vez tiver de tomar essa malfadada decisão vai doer na mesma pois como antes mencionei corta o coração na hora em que temos de dizer alguma coisa...a marca fica sempre cá dentro

Deixo 1 carinho especial a 1 lindo ser vivo que não conheci ,para a querida Fofinha vai tb muito carinho ela vai sentir imenso a falta da sua companheira de tudo ,para a sua doninha tão amiga a D.MC e para si pois sei o quanto sofreu com tanto,fica tambem 1 carinho para o seu menino querido o Ruca e obrigada por tudo a Gracinha onde estiver decerto agradece e vai zelar por todos que a ajudaram e amaram...
<p>"<strong>Duas coisas me surpreendem sempre...a inteligencia dos animais e a bestialidade dos humanos"</strong></p>
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<p><strong>Amigos 4 patinhas defendem-se apenas quando os atacam e mesmo assim nem</strong> <strong>sempre...Humanos, atacam sempre que entendem isso como sua defesa...</strong></p>
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<p><strong>Amigos 4 patinhas defendem-se apenas quando os atacam e mesmo assim nem</strong> <strong>sempre...Humanos, atacam sempre que entendem isso como sua defesa...</strong></p>
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Esta noticia deixou todos que seguiram esta menina, de boca aberta com semelhante...
Mas deixou boas recordações a quem dela tomou conta....
Mas deixou boas recordações a quem dela tomou conta....
Devemos ajudar sempre os animais
Só agora vi
Não contava com este desfecho, tinha esperança que o "mau tempo" fosse apenas isso...
Descansa em paz doce Gracinha e daí de cima zela por quem te deu carinho e amor.
Muita força para a Tassebem, D. MC, Catlover e restante família

Descansa em paz doce Gracinha e daí de cima zela por quem te deu carinho e amor.
Muita força para a Tassebem, D. MC, Catlover e restante família
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Peço desculpa por ainda não ter voltado a escrever aqui, mas continuo um pouco na mesma, sem conseguir encontrar as palavras para exprimir o que vai cá dentro.
Não posso deixar de começar por agradecer do fundo do coração as mensagens de quem veio a este tópico exprimir a tristeza pela morte da Gracinha. Ia a dizer partida, ia a dizer falecimento… Até a mim, que costumo ser avessa a usar eufemismos, me está a custar usar a palavra, mas é de morte que se trata, com tudo o que isso implica, e que é tanto mais doloroso quando se fala de uma vida que foi ceifada muito, mas muito antes do seu tempo natural. De uma vida que havia pessoas dispostas, com muita determinação e amor, a compensar pelo de que menos bom tinha passado. Apesar da doença que desafortunadamente contraiu, a Gracinha merecia, tinha reunidas as condições para ser compensada do seu infeliz começo com mais tempo de felicidade. Assim não foi, mas espero, sei que levou com ela estes seus últimos meses de um pouco mais de um aninho de vida.
Se há dias que eu gostava de apagar da minha vida, o dia em que fui entregar a Gracinha à sua adoptante é um deles. Foi um erro enorme. O que eu pensava ser uma excelente adopção e uma garantia de uma vida muito feliz e acarinhada para a Gracinha veio a revelar-se tudo ao contrário. E não quero voltar a bater nas mesmas teclas… mas como é que foi possível a pessoa revelar-se o contrário daquilo que a todos parecia? Como é que foi possível ser tão irresponsável? Como é que foi possível fazer tudo aquilo que fez?
Sei que não temos o dom de adivinhar o futuro, sei que quem vê caras não vê corações, sei que nada apontava para o que viria a acontecer… mas o certo é que fui eu, que era responsável por proteger a Gracinha, que a fui levar àquela que seria a sua sentença de morte. A responsável pela vida e pelo futuro da Gracinha era eu, e falhei-lhe.
No próprio dia em que fui buscar a Gracinha, levei-a de seguida ao veterinário e testei-a a FIV e FeLV. Não era meu costume juntar animais para adopção aos meus, mas não ia deixar que uma gatinha habituada a todo o conforto, a outros animais da sua espécie, a um lar, achava eu, ficasse sozinha, confinada a uma divisão. Logo nesse dia fiquei, abismada, a saber que ela era positiva a FeLV, resultado que depois veio a ser confirmado por teste laboratorial. Tive de a separar, ela não comia, estava tristíssima… nada tinha a ver com a bebé alegre, viva e confiante que eu tinha entregue.
No meio desta aflição, mãos houve que se me estenderam, e à Gracinha, que já me tinham estendido antes – e estou a falar sobretudo do caso do Xico, que muitas de vós acompanharam e acompanham.
Passados dois ou três dias, já a Gracinha estava no seu novo lar, rodeada de um conforto, carinho e atenção que eu, aqui em casa, nunca teria conseguido dar-lhe.
E, devagarinho, foi dando a volta. Foi voltando a ser uma gatinha confiante, viva, alegre como era a Gracinha bebé. A Catlover desde sempre se tinha encantado com ela, conheceu-a no dia em que foi retirada da rua, foi sua madrinha a partir desse mesmo momento. Mas a D. MC também logo se rendeu à nossa menina, e também a Fofinha, que ao princípio teve de ficar separada… mas, quando finalmente se puderam juntar, a amizade confirmou-se e tornaram-se inseparáveis. Também a Fofinha sofre muito com a separação da sua amiga, neste momento. Mia à procura dela e, quando ouve um barulhinho, vai a correr ver o que é, decerto à espera de ver voltar a sua amiga.
É claro que a Catlover e a D. Maria do Céu sabiam do problema de saúde da Gracinha, e mesmo assim lhe abriram a porta e coração, sabendo que ela dificilmente iria voltar a ser adoptada, que não iriam ser FAT, mas sim FAD, sabendo que ela não estaria cá, à partida, tanto tempo como um gatinho não atingido por este vírus. Sempre acalentámos uma pequenina esperança de repetir o teste, que seria por esta altura, e que ele viesse negativo, mas sabíamos bem que isso seria muito improvável. Apesar das reticências que existem sobre a vacina do FeLV, vacinaram a Fofinha, para permitir que as duas gatinhas convivessem e que toda a família, onde se incluem realmente os animais, pudesse ter uma vivência normal, pelo tempo que fosse. Adoptar um animal é um gesto do coração; adoptar um animal que se sabe que não vai durar muito tempo, estar disposto a afeiçoar-se a esse animal da forma como a Catlover e a D. MC se afeiçoam com a perspectiva de essa afeição ser a muito curto prazo, não é para muitos.
Nestes pouco mais de seis meses, a Gracinha foi amada e acarinhada e mimada como merecia e como talvez não muitos animais sejam. Por isto estive, estou e estarei sempre enormemente grata à D. MC, à Catlover, ao marido da Catlover, à Fofinha. Peço desculpa pelo sofrimento que lhes causei pelo meu erro anterior mas, se da primeira vez errei, da segunda nunca poderia ter entregue a Gracinha em melhores mãos.
Pela minha parte, fui sempre uma madrinha funcional. O dia-a-dia não perdoa, e só aparecia à Gracinha para a levar ao vet ou para lhe dar picas. Ainda há umas duas semanas pensava para mim própria que ia dedicar mais tempo a Gracinha, para reconquistar a confiança e a amizade dela. Muito possivelmente, não teria conseguido cumprir esse desejo, mas não é essa a parte que mais me custa, porque ela tinha todo o amor e cuidados de que necessitava. Também me custa não ter podido estar ao lado da D. MC e da Catlover nos dolorosos momentos finais, mas isso também não é o pior, porque a Gracinha partiu rodeada das pessoas de quem gostava e em quem confiava. O que custa mesmo mais é a injustiça disto tudo para a Gracinha, para quem a amava, e o facto de eu ter contribuído com o meu erro original.
Resta-nos uma grande consolação: o facto de, pela manifestação da doença, a Gracinha não ter sofrido muito (entre sábado e quarta-feira ficou tudo consumado, e no domingo e segunda até parecia que não passava de uma indisposição), e os últimos meses de felicidade que, espero, tenham sido o que levou consigo.
Para nós, fica a saudade e a lembrança. Para quem conheceu e privou com a Gracinha, elas nunca esmorecerão, e até para quem não a conheceu ou privou com ela como aqui ficou demonstrado pelas palavras sentidas da 99smiles, Pirata02, Lucci, Leonilde, Miaus, BetaPat, Sofia, zebrazul, florazul, Manela, MiCas2011, paulacris2, sarina, CarlotaSMAR, Liliana, Joie2, Raquel, lidialima e voca.
Foste uma curta vida que tivemos o privilégio de acompanhar, de partilhar, e que a ninguém deixou indiferente, querida Gracinha.
Não posso deixar de começar por agradecer do fundo do coração as mensagens de quem veio a este tópico exprimir a tristeza pela morte da Gracinha. Ia a dizer partida, ia a dizer falecimento… Até a mim, que costumo ser avessa a usar eufemismos, me está a custar usar a palavra, mas é de morte que se trata, com tudo o que isso implica, e que é tanto mais doloroso quando se fala de uma vida que foi ceifada muito, mas muito antes do seu tempo natural. De uma vida que havia pessoas dispostas, com muita determinação e amor, a compensar pelo de que menos bom tinha passado. Apesar da doença que desafortunadamente contraiu, a Gracinha merecia, tinha reunidas as condições para ser compensada do seu infeliz começo com mais tempo de felicidade. Assim não foi, mas espero, sei que levou com ela estes seus últimos meses de um pouco mais de um aninho de vida.
Se há dias que eu gostava de apagar da minha vida, o dia em que fui entregar a Gracinha à sua adoptante é um deles. Foi um erro enorme. O que eu pensava ser uma excelente adopção e uma garantia de uma vida muito feliz e acarinhada para a Gracinha veio a revelar-se tudo ao contrário. E não quero voltar a bater nas mesmas teclas… mas como é que foi possível a pessoa revelar-se o contrário daquilo que a todos parecia? Como é que foi possível ser tão irresponsável? Como é que foi possível fazer tudo aquilo que fez?
Sei que não temos o dom de adivinhar o futuro, sei que quem vê caras não vê corações, sei que nada apontava para o que viria a acontecer… mas o certo é que fui eu, que era responsável por proteger a Gracinha, que a fui levar àquela que seria a sua sentença de morte. A responsável pela vida e pelo futuro da Gracinha era eu, e falhei-lhe.
No próprio dia em que fui buscar a Gracinha, levei-a de seguida ao veterinário e testei-a a FIV e FeLV. Não era meu costume juntar animais para adopção aos meus, mas não ia deixar que uma gatinha habituada a todo o conforto, a outros animais da sua espécie, a um lar, achava eu, ficasse sozinha, confinada a uma divisão. Logo nesse dia fiquei, abismada, a saber que ela era positiva a FeLV, resultado que depois veio a ser confirmado por teste laboratorial. Tive de a separar, ela não comia, estava tristíssima… nada tinha a ver com a bebé alegre, viva e confiante que eu tinha entregue.
No meio desta aflição, mãos houve que se me estenderam, e à Gracinha, que já me tinham estendido antes – e estou a falar sobretudo do caso do Xico, que muitas de vós acompanharam e acompanham.
Passados dois ou três dias, já a Gracinha estava no seu novo lar, rodeada de um conforto, carinho e atenção que eu, aqui em casa, nunca teria conseguido dar-lhe.
E, devagarinho, foi dando a volta. Foi voltando a ser uma gatinha confiante, viva, alegre como era a Gracinha bebé. A Catlover desde sempre se tinha encantado com ela, conheceu-a no dia em que foi retirada da rua, foi sua madrinha a partir desse mesmo momento. Mas a D. MC também logo se rendeu à nossa menina, e também a Fofinha, que ao princípio teve de ficar separada… mas, quando finalmente se puderam juntar, a amizade confirmou-se e tornaram-se inseparáveis. Também a Fofinha sofre muito com a separação da sua amiga, neste momento. Mia à procura dela e, quando ouve um barulhinho, vai a correr ver o que é, decerto à espera de ver voltar a sua amiga.
É claro que a Catlover e a D. Maria do Céu sabiam do problema de saúde da Gracinha, e mesmo assim lhe abriram a porta e coração, sabendo que ela dificilmente iria voltar a ser adoptada, que não iriam ser FAT, mas sim FAD, sabendo que ela não estaria cá, à partida, tanto tempo como um gatinho não atingido por este vírus. Sempre acalentámos uma pequenina esperança de repetir o teste, que seria por esta altura, e que ele viesse negativo, mas sabíamos bem que isso seria muito improvável. Apesar das reticências que existem sobre a vacina do FeLV, vacinaram a Fofinha, para permitir que as duas gatinhas convivessem e que toda a família, onde se incluem realmente os animais, pudesse ter uma vivência normal, pelo tempo que fosse. Adoptar um animal é um gesto do coração; adoptar um animal que se sabe que não vai durar muito tempo, estar disposto a afeiçoar-se a esse animal da forma como a Catlover e a D. MC se afeiçoam com a perspectiva de essa afeição ser a muito curto prazo, não é para muitos.
Nestes pouco mais de seis meses, a Gracinha foi amada e acarinhada e mimada como merecia e como talvez não muitos animais sejam. Por isto estive, estou e estarei sempre enormemente grata à D. MC, à Catlover, ao marido da Catlover, à Fofinha. Peço desculpa pelo sofrimento que lhes causei pelo meu erro anterior mas, se da primeira vez errei, da segunda nunca poderia ter entregue a Gracinha em melhores mãos.
Pela minha parte, fui sempre uma madrinha funcional. O dia-a-dia não perdoa, e só aparecia à Gracinha para a levar ao vet ou para lhe dar picas. Ainda há umas duas semanas pensava para mim própria que ia dedicar mais tempo a Gracinha, para reconquistar a confiança e a amizade dela. Muito possivelmente, não teria conseguido cumprir esse desejo, mas não é essa a parte que mais me custa, porque ela tinha todo o amor e cuidados de que necessitava. Também me custa não ter podido estar ao lado da D. MC e da Catlover nos dolorosos momentos finais, mas isso também não é o pior, porque a Gracinha partiu rodeada das pessoas de quem gostava e em quem confiava. O que custa mesmo mais é a injustiça disto tudo para a Gracinha, para quem a amava, e o facto de eu ter contribuído com o meu erro original.
Resta-nos uma grande consolação: o facto de, pela manifestação da doença, a Gracinha não ter sofrido muito (entre sábado e quarta-feira ficou tudo consumado, e no domingo e segunda até parecia que não passava de uma indisposição), e os últimos meses de felicidade que, espero, tenham sido o que levou consigo.
Para nós, fica a saudade e a lembrança. Para quem conheceu e privou com a Gracinha, elas nunca esmorecerão, e até para quem não a conheceu ou privou com ela como aqui ficou demonstrado pelas palavras sentidas da 99smiles, Pirata02, Lucci, Leonilde, Miaus, BetaPat, Sofia, zebrazul, florazul, Manela, MiCas2011, paulacris2, sarina, CarlotaSMAR, Liliana, Joie2, Raquel, lidialima e voca.
Foste uma curta vida que tivemos o privilégio de acompanhar, de partilhar, e que a ninguém deixou indiferente, querida Gracinha.
Última edição por Tassebem em sábado nov 09, 2013 12:42 am, editado 1 vez no total.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Li este texto praticamente no mesmo momento em que aqui foi colocado. Agora como nessa altura, as palavras faltam-me para falar dele ou para agradecer tudo o que fizeram pela Gracinha, o amor que lhe dedicaram, para vos consolar.catlover23 Escreveu:Desculpem, mas tinha de vir aqui prestar uma última homenagem a um ser lindo, um poço de ternura e ao mesmo tempo cheio de uma vida e alegria contagiantes. Quero partilhar com todos os seres bondosos que ainda existem por aqui na Arca o quanto a Gracinha era especial e adorada.
“Carta a um fogo-fátuo que passou nas nossas vidas
Minha querida, ontem quando tive que tomar aquela terrível decisão, tive que arranjar coragem no fundo do meu coração, tive de ser forte por ti, mas ao fazê-lo arranquei um pedacinho do meu coração e doeu tanto que nem consigo pô-lo em palavras.
Na verdade, não podia de todo ser egoísta e deixar-te sofrer como estavas a sofrer até chegares ao fim inevitável.
Minha querida, eu e a tua amiga e companheira M.C. estamos tristes, tristes como a noite sem estrelas e lua no céu.
A vida é muito injusta, isto eu já sabia e tu só vieste confirmar mais uma vez esta minha certeza.
Minha querida, a tua M.C. e Fofinha sentem tanto a tua falta que se agarram uma à outra, a M.C. a chorar e a Fofinha a chorar também à sua maneira. E eu nem consigo ter força para consolá-las porque também eu não me consigo controlar.
Estiveste tão pouco tempo nas nossas vidas… e nós que acarinhámos sempre um pouco a esperança de que apesar da tua terrível doença ficasses connosco por mais um tempo… Mas não, a vida injusta e a doença cruel tinham de te levar tão repentinamente, minha linda…
Do fundo do coração, quero agradecer-te todo o carinho e alegria que nos deste no pouco tempo que estiveste na nossa companhia.
Quero agradecer-te tudo o que fizeste pela M.C. ao dar-lhe todo o teu carinho e exigir-lhe tanto colo e tantas festas e como ela adorava fazer-te as vontades…
Quero agradecer-te pela alegria e brincadeiras que proporcionaste à Fofinha, tornando-a tão feliz…
Quero agradecer-te pelas brincadeiras que fizeste comigo e pelo carinho que me davas quando eu ia lá a casa.
Minha querida, desculpa não ter podido fazer mais por ti, mas infelizmente há coisas que nem toda a boa vontade e amor do mundo conseguem resolver.
Desejo fortemente que os últimos tempos que passaste connosco te tenham apagado um pouco a má impressão dos humanos.
Espero que tenhas partido convicta que afinal nem todos os humanos são instáveis e cruéis.
Acima de tudo espero que tenhas sido feliz no pouco tempo que estiveste connosco e que isso tenha apagado a má experiência anterior.
Até sempre meu algodãozinho lindo, inteligente e mimalho.
Vais viver para sempre nos nossos corações
Das tuas eternas amigas Graça, M.C."
Tassebem um abraço e agredecimento especiais para si que me acompanhou do outro lado na terrível decisão, que chorou junto comigo e com a minha mãe e que tanto fez pela "nossa" menina.
Leonilde, Sarina, Miausrafa, Pirata02, Florazul, Zebrazul, sofiaabreulopes, BetaPat, Lucci, 99smiles (e perdoem-me se esquecer alguém), muito obrigada pelo vosso carinho e pela atenção pela "nossa" menina.
Daqui vai aquele abraço que sabem.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Faz hoje 15 dias que partiu a nossa Gracinha. Sei que vai levar algum tempo, o amor que lhe tinham era muito grande, mas espero que não demore o dia em que a Catlover e a D. MC consigam relembrá-la só com um sorriso de saudade, evocando os seus mimos e as suas traquinices, e sem lágrimas.
Vou mudar novamente o título do tópico e pedir à moderação que o passe para os Animais Adoptados.
Vou mudar novamente o título do tópico e pedir à moderação que o passe para os Animais Adoptados.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Vai levar tempo sim, até a lembrança da Gracinha ser serena. Ela foi uma gatinha muito amada pela sua nova família, teve muito carinho e amor, por um período muito curto é certo, mas o suficiente para esquecer que lá para trás alguém a rejeitou e fez sofrer…
Tassebem, Catlover, D. MC um beijinho grande de força e coragem. Muitos miminhos à amiguinha Fofinha.
Tassebem, Catlover, D. MC um beijinho grande de força e coragem. Muitos miminhos à amiguinha Fofinha.
Força a todas. A Gracinha está lá em cima a olhar por todos nós! Tenho a certeza que foi feliz, mesmo nesta curta existência e passagem pela casa de pessoas que lhe abriram o coração, nem sempre acertamos à primeira, mas a Gracinha no meio do infortúnio teve amor e carinho à sua altura!!
Não tarda será lembrada com um sorriso e uma deliciosa lembrança!
Beijinhos a todas!
Não tarda será lembrada com um sorriso e uma deliciosa lembrança!
Beijinhos a todas!