Também um dia tive um dono e vivia aqui neste bairro, até que eles mudaram de casa, para uma casinha mais bonita e mais confortável, e decidiram que nessa casa não haveria espaço para mim.
Deixaram-me na rua, no mesmo sítio onde sempre vivi, mas no lugar onde era a minha casa está agora um monte de ruínas.
Ruina aqui, ruina ali, é assim que me vou abrigando da chuva e do frio, encostando-me às paredes, tentando sobreviver.
Tenho uma amiga que me vem cá dar de comer, senão não comia.
As pessoas aqui não gostam de mim, atiram-me pedras, afastam-me, ameaçam chamar o canil.
Eu e o Poly andamos muito assustados, pois agora começaram novamente com as demolições, as máquinas andam por todo o lado, e nós passamos os dias a fugir e cheios de medo.
Tenho saudades daquilo que nunca tive, dum lar. Será que alguma vez vou saber o que é isso, na minha vidinha?
Ajudem-nos, a mim e ao Poly ..... estamos sozinhos e desesperados .....
Leonor
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