À tarde, à hora de a D. Vitória ir pôr a comida à colónia, fui com ela. A mãe lá apareceu toda fresca, com aparência de estar a amamentar. Mas nada de crias.
Pedi a um vizinho que me deixasse saltar para um quintal ao lado, onde ela às vezes põe os bebés (caso da primeira ninhada de especiarias). Não me apercebi de nada. Mas eis que a mãe aparece, vinda de comer. Passado um bocadinho, volto lá e ela sai debaixo de umas moitas muito cerradas. Armada de uma vassoura, cutuco a moita e... sai de lá um bebé a correr.
Com a ajuda do vizinho e de um camaroeiro, lá se apanharam as novas especiarias, que afinal são quatro, e não três.
Com o bebé que apareceu morto dias depois do parto, faz cinco. Como é que uma gata tão pequena tem cinco gatinhos?

As especiarias estão em FAT e outra cena digna de filme foi que, ao serem mudadas da transportadora para a tendinha onde vão passar os próximos dias, uma delas se escapuliu e foi precisa quase uma hora para conseguir apanhá-la. Às tantas refugiou-se entre um móvel pesado e a parede, parecia uma osga. Utilizados vários métodos para conseguir tirar o bebé dali, uns mais suaves, outros mais drásticos, uma coisa posso dizer-vos: a criaturinha não sofre do coração, depois de tudo o que passou hoje.
Tenho, portanto, mais quatro especiarias para adopção. Tal como a ninhada anterior, estão muito enxutos, olhinhos incluídos, muito abertos e límpidos. Não sei ainda o sexo, mas três são muito parecidas com a Canela, a Noz Moscada, a Menta, o Gengi e a Hortelã. A outra é parecida com o Orégão e, sendo a protagonista da cena acima, que me deixou a mim e à FAT a suar em bica, é a única que já tem nome (provisório): Mafarrico. Ou Mafarrica.