Prontes, já cá estou, com os pés numa chaga e desejando poder cortá-los para acabar de vez com eles! Também, quem me manda a mim escolher para calçar as primeiras chinelas deste ano, umas saídas das masmorras da Inquisição?
Bom, mas vamos ao que interessa: gostei imenso da dona da Micas/Mel, uma senhora de uma grande simpatia e que gosta sinceramente de animais.
O Tobias só tem é má reputação, o cãozinho logo aos primeiros minutos de conhecimento em terreno neutro - o patamar de acesso ao prédio - lambeu-me as mãos e a seguir os meus pobres e já então massacrados pés. O cachorro é uma simpatia e uma estampa de raça, lindíssimo e com um porte impecável.
Depois fomos para cima. E foi divertidíssimo ver a reacção da agora Mel à coelha na sua gaiola: primeiro adiantava o nariz, com o ar mais curioso deste mundo, depois recuava-a, de orelhas fitas, depois adiantava-a, etc., isto durante imenso tempo. Até que por fim lá achou que aquela bolinha fofa de pêlo branco devia ser para brincar, e então desatou a desafiá-la!
Depois, quando finalmente levou a inevitável patada da Pompom para acabar com as regatices, veio para a sala, para perto do nós, e achou que a casa era uma boa pista de corridas. Fez uns sprints sozinha, mas lá acabou por correr atrás de um pobre yorkie que tremia de medo dela.

Pudera, o pobrezinho levou a maior parte da sua vida fechado numa cozinha, sem ver ninguém nem outro canito, sabe lá ele o que são brincadeiras de cães...
Tudo se vai compor, daqui a uma semana já devem andar a correr atrás um do outro!

Fiquei em paz com o meu coração, a Micas, agora Mel, arranjou uma boa dona que lhe vai dar muita coisa do que eu não podia e muito do que eu podia.
É claro que ficou a recomendação: se alguma coisa correr mal > toc, toc, toc < , a menina voltará à procedência. Duvido é que depois volte a sair de cá, mas isso logo se verá - se acontecer.
