... mas não foi isso que aconteceu. Já não há gatos obedientes.
Fui levar a Canelinha ao princípio da tarde a casa dos seus novos donos, a Joana e o Miguel. Estava tudo preparado para a receber e ela, embora tímida e cautelosa como é seu timbre em situações novas, mostrou-se menos medrosa do que no passado sábado. Estou até a pensar alterar o habitual procedimento de a primeira visita ser cá em casa, pelo menos com gatinhos como a Canela, pois o facto de o espaço já não ser novo para ela facilitou as coisas, tenho a certeza.
Eu e os donos fomos mostrar-lhe o sítio da papinha e da água, o WC, e uma mantinha com brinquedos. Como ela não queria sair do meu colo, os donos pensaram facilitar com uma mantinha por debaixo do comedouro/bebedouro, por o chão estar frio, e não é que ela se decidiu a pôr as patinhas no chão? Vai ser mesmo uma princesa, a Canelinha.
Depois de muitos miminhos por parte de todos, lá deixei a minha doce Canela muito bem instalada numa transportadora daquelas de tecido, com as janelas levantadas, e também com uma mantinha lá dentro.
Há pouco, ao regressar do trabalho, já falei com a Joana e o Miguel e, pelo que me contaram, a Canelinha está a adaptar-se muito bem. Já sobe para o sofá para ir para ao pé dos donos, rebola-se no pufe e já fez uma sonequinha. Também já comeu alguns grãozinhos de ração e fez um chichi. E já faz ronrons, oferecendo a barriguinha para as festinhas. Só ainda tem medo de ir à cozinha, onde está a comida e a água, e também o WC, mas não me admira nada. Não está habituada, nem de longe nem de perto, a tanto espaço, e isto tendo nós combinado que, para as primeiras impressões, seria melhor delimitar-lhe o acesso só à sala e à cozinha.
Portanto, está a reagir muito bem aos donos. Ao espaço, depressa vai habituar-se. Deve ser como passar de um T0 para um palácio.
E pronto, são estas as novidades da Canelinha. É natural que amanhã haja mais... e surpresas.
À Canelinha e aos seus donos, a quem aproveito para agradecer muito a adopção, desejo as maiores felicidades.

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke