De concreto, não se sabe nada do passado da Found, mas supõe-se que pertencesse a um sem-abrigo que vivia na zona onde a encontrei e que tinha vários cães. O sem-abrigo foi desalojado do sítio onde pernoitava e os cães foram levados pelo canil, mas a Found deve ter escapado e andava desorientada no local. Não parecia um animal perdido ou abandonado há pouco tempo, pois estava magra e suja, mas ao mesmo tempo parecia ter sido largada na rua há pouquíssimo tempo, porque estava muito desorientada, literalmente no meio da rua e à frente dos carros.
Mas foi desde logo muito dócil, deitou-se no banco de trás do carro e pareceu adormecer enquanto a levei ao sítio onde ficou naquela noite.

E eu, sozinha a conduzir a 30 à hora e a pensar: «E se ela se assusta, se me morde, se salta para cima de mim e eu perco o controlo do carro...»?
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke