Obrigada Ana pelas palavras carinhosas.
Quanto ao trabalho e dedicação ... a partir do momento em que ficamos responsáveis por um animal, não é nada para além do compromisso que assumimos em ajudá-lo e ampará-lo nos bons e maus momentos.
Se Deus quiser, os maus momentos da Estrelita caso os venha a ter, serão mais acompanhados e ela será ainda mais acarinhada.
A miúda como já se sente bem melhor e já está mais à-vontade, já começa a dar um arzito da sua graça e já não é a "papa açorda" que era até agora.
Hoje de manhã quando acordei, olhei para a caminha da Estrelita e estava sua majestade só com a parte posterior do tronco na cama... o resto estava enfiado debaixo da minha cama.
Lá a puxei para a ajeitar e a maluca começou a puxar as franjas da colcha e a tentar roê-las. Aliás, não me esqueço de metade do punho duma camisa que ela me roeu quando ainda estava no hotel.
Levou um redondo NÃO e tirei-lhe as franjas da boca. Depois saímos do quarto e deitou-se no hall de entrada onde existe uma estante. De repente ouvimos um barulho ... era a Estrelita que tinha deitado um livro ao chão e como não o conseguia abrir para ler ... estava a roê-lo.

Tirei-o da boca ... ralhei ... virei costas ... catrapum ... metade dos livros dessa prateleira no chão e a Estrelita deliciada a escolher qual é que "ía ler".

Novo raspanete.
Saí um pouco com a minha mãe ... foi o "fandango" que já vos contei ... Antes do jantar fui a casa da minha irmã que não está cá dar de comer à bicharada ... novo festival da canção ... o que durou pouco pois o vôvô experimentou uma nova "técnica". Fartou-se de a mandar calar ... ralhou, falou a bem, metia o dedo à frente da boca a dizer schiuuu e nada a acalmava.
Sabem qual foi a técnica? Só visto ... pegou numa camisa de noite de algodão muito fininha e tirou-lhe o pó do lombo. Nada que a magoasse como é óbvio ... mas a realidade é que ela se calou até nós chegarmos.
Quando me contou ía caíndo para o lado mas a realidade é que quando chegámos ela estava ao pé do meu pai com o rabito a dar e a dar-lhe beijocas nas mãos. E esta hein???

Esta cadela realmente é uma caixinha de surpresas.
Esqueci-me de contar que hoje também levou uma palmada minha no focinhote pois ela estava deitada no chão no quarto do Dôdo, o desgraçado ía a entrar e sua alteza real deu-lhe uma rosnadela como eu nunca tinha ouvido. Palmada no focinhote e um NÃO.
Coitadinha ... mete tanta pena ter de a castigar mas, tem mesmo de ser ... ela tem de aprender que os primos já cá estavam e que ela tem de se dar bem com eles. Se a deixarmos ter estas atitudes qualquer dia é a casa toda por conta dela e a malta toda a dormir na rua.
Hoje demos mais uns quantos passeios e esta rapariga parece que está agora a querer viver tudo duma vez ... tudo quanto não viveu até agora ... agora desde que aprendeu a meter a pata no acelerador ... só anda a correr. É mesmo trenga esta cadelita.
Já aprendeu a ladrar ao portão (o que não convém nada) a imitar os primos. Sente alguém na praceta é vê-la a correr que nem uma flecha (até tenho medo de que parta alguma coisa

) para ir ver quem é.
No meio de todos os problemas que ela tem ... uma coisa funciona a 1000%: a AUDIÇÃO.
E pronto ... é este o relato possível de mais um dia passado com a Estrelita a cusca-mor do reino
