terça dez 18, 2012 6:41 pm
A ter sido abandonada, foi há poucas horas, já da parte da tarde.
Cerca do meio dia tinha passado com a Vivi e a Liza naquele mesmo sítio, até estiveram na brincadeira com um cão muito engraçado que vive numa das casas e que costuma sempre vir cumprimentá-las (o Mike, um dos poucos felizardos que goza de ampla liberdade aqui na zona, que não está preso a um bidon ou a uma casota nojenta) e a cadelinha não estava lá ou, pelo menos, não a vi.
E agora também não daria por ela, se não fosse uma senhora já de muita idade que ali mora, e que, ao ver-me passar, me perguntou se "aquele cãozinho era meu".
Estava enfiada na erva alta, um pouco afastada da berma da estrada, e nem se via. Encharcada, claro, porque a erva está toda molhada.
Na verdade, aqui há tempos tínhamos pensado, o meu marido e eu porque o achava conveniente, desde a morte inglória do Sansão e dado que o Dominó está no fim da vida, em arranjar um cão de porte grande, mas já de meia idade, sem comportamentos de criançola, para infundir respeito. Depois desistimos da ideia devido à nossa idade, saúde duvidosa e também às imensas dificuldades que se avizinham e que se prevêem para o próximo ano.
Isto, para dizer, que noutras circunstâncias, até ficava com ela. Na situação actual é quase impossível.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>