VIVIEN ADOPTADA

[Bobbyca]

Patareca a arribar. Já faz patrulhas á casa. Tenta entrar no caixote do gato e sentou-se ao meu lado enquanto fazia o almoço.
Um quadrado de relva já não chegou. Fomos a dois. E ainda fez patrulha ao passeio.
Anda agora a Jade atrás dela a rosnar baixinho e a choramingar. Cócó zero. É só o que falta para ficar tranquila.

Cusquice de velha: adoptou uma menina nova LuMaria? Onde possa ver a foto da marquesa?

[Bobbyca]

Onde anda a Bobbyca? Gostava de lhe perguntar tb a história do "avatar" dela

Faltou-me dizer que o Johnny (o meu avatar) foi operado à hérnia no mesmo dia em que foi castrado. Está tudo bem com ele em relação a isso.

[dolfa]

Só vi agora a descrição linda, embora sofrida dos teus canitos Bobbyca

Hás-de colocar fotos aqui que o pessoal vai ter muito prazer de conhecer os teus meninos
O Johnny é um maravilhoso pilantrinha e tem ar disso.

Lu, tenho acompanhado a saga aí de casa com a Pretty Tadinha da Jade!!!! ciumenta!!
Andei á procura duns poemas para a Pretty te dedicar LuMaria e embora n sejam completamente consoante a situação, vou colocá-los aqui porque gosto de Florbela Espanca e porque é sempre lindo ler-se poesia.
A Ponkyzona vai ser obrigada a ler, ela que nada lê, o que já é meritório
A Colette anda numa fona eta! Mulher despachada!!! Ainda despacha é o Mr. J, coitado!

[LuMaria]

Patareca a arribar. Já faz patrulhas á casa. Tenta entrar no caixote do gato e sentou-se ao meu lado enquanto fazia o almoço.
Um quadrado de relva já não chegou. Fomos a dois. E ainda fez patrulha ao passeio.
Anda agora a Jade atrás dela a rosnar baixinho e a choramingar. Cócó zero. É só o que falta para ficar tranquila.

Cusquice de velha: adoptou uma menina nova LuMaria? Onde possa ver a foto da marquesa?

Velhos são os trapos minha menina.
Sou apenas bábá da pretty por uma semana. A menina surda e cega da ponky, que... Já fez cócó e já a apanhei a rebolar na cama e já não se assusta quando apareço do nada e lhe faço festas. Já me deu o barrigo e já abana o rabo.
Vai de férias e curte bué

[dolfa]

Então aqui vai (A Pretty quando chegou a casa da LuMaria, a pensar que a Ponkyzona a tinha abandonado, depois percebeu que LuMaria era amiga ):

HORA QUE PASSA

Vejo-me triste, abandonada e só
Bem como um cão sem dono e que o procura,
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na vida da amargura!

Judeu Errante que a ninguem faz dó!
Minh'alma triste, dolorida e escura,
Minh'alma sem amor é cinza e pó,
Vaga roubada ao Mar da Desventura!

Que tragédia tão funda no meu peito!...
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!

Deus! Como é triste a hora quando morre...
O instante que foge, voa, e passa...
Fiozinho de água triste...a vida corre...

Recuperada da tristeza, a querida Pretty resolve brindar a LuMaria com estes versos que todos conhecemos e que poucos não gostam:

SER POETA

Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os Homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te assim, perdidamente...
E seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Brigada Luzinha por me acolheres.
Assinado: Pretty

[LuMaria]

só tu dolfa. Obrigada. Não fazia ideia que a pretty escrevia tão bem.

[dolfa]

Ela n escreve, ela é ceguinha...
Mas pediu ajuda

[colette]

O quê, mas aqui também há poemas?
Então tenho que pôr o da Timbuktu, de minha autoria e que lhe dediquei depois de a ter apanhado no jardim do A. S. João, onde estava abandonada e ao cuidado de uns sem abrigo. Estava tosquiada e estava esterilizada (embora, ignorante de tal facto, a tivesse mandado esterilizar outra vez).
Sim porque eu não preciso da Florbela pr'a nada, que ainda por cima é mórbida e infeliz de profissão... era, quero dizer. São de pé quebrado (os versos), mas de boa vontade.
Eizio:

"É facto real e incontroverso
(e vou ver se o consigo pôr em verso)
Que após 8, 9, 10 anos de convivência
Os meus donos com enorme displicência
Se desfizeram de mim
Como de coisa ruim
E me abandonaram no jardim
E ali fiquei, muito tempo, à espera
Que o arrependimento
Esse bom sentimento
Lhes chegasse à consciência
Vã esperança, vã esperança
E aos poucos fui perdendo a confiança
Na condição humana
E assim foram passando
Os dias da semana,
Com os sem abrigo partilhando
As magras refeições, o parco pão
A relva e o asfalto, como colchão
Mas eis que um dia, numa tarde fosca
Surge alguém com uns da minha espécie
E que de forma desajeitada e tosca
A mão me estende e o coração
Acompanhei-a. Chegados a casa
Observou-me. Disse sem mágoa:
"És preta e estás a meio caminho
Entre o Poodle e o Cão de Água
Mas os olhos de um castanho profundo
Rodeados de pêlo já tão branco
E que já viram a maldade deste Mundo
São leais, dão-te um olhar franco
E pela expressão meiga e inteligente
Logo se vê quanto és sapiente
E as barbas de aspecto tão patusco
Apimentam-te, dão-te um ar bastante cusco
E uma vez que tenho pecha literata,
Que não sou modesta nem timorata,
E uma vez que és, no doubt, a waterpoo
Passas a chamar-te TIMBUKTU"

Devo dizer-vos, pois, sem tardança
Que, passada uma semana,
Recuperei a confiança
Na condição humana

Timbuktu

[dolfa]

Ai Colette...que maravilhosa poetisa!
Já sei...agora vai dedicar-se á poesia a tempo inteiro
Tem o meu apoio incondicional

Ponha lá aí a cachorrinha a quem dedicou estas palavras, s.f.f.

(Eu volto num instantinho, vou buscar a minha sobrinha a uma festa de anos).

[colette]

A foto dela deve andar por aqui algures, já. Misturada com os outros.
É uma cadelinha muito fixe.

[dinodane]

Eizio:

"É facto real e incontroverso
(e vou ver se o consigo pôr em verso)
Que após 8, 9, 10 anos de convivência
Os meus donos com enorme displicência
Se desfizeram de mim
Como de coisa ruim
E me abandonaram no jardim
E ali fiquei, muito tempo, à espera
Que o arrependimento
Esse bom sentimento
Lhes chegasse à consciência
Vã esperança, vã esperança
E aos poucos fui perdendo a confiança
Na condição humana
E assim foram passando
Os dias da semana,
Com os sem abrigo partilhando
As magras refeições, o parco pão
A relva e o asfalto, como colchão
Mas eis que um dia, numa tarde fosca
Surge alguém com uns da minha espécie
E que de forma desajeitada e tosca
A mão me estende e o coração
Acompanhei-a. Chegados a casa
Observou-me. Disse sem mágoa:
"És preta e estás a meio caminho
Entre o Poodle e o Cão de Água
Mas os olhos de um castanho profundo
Rodeados de pêlo já tão branco
E que já viram a maldade deste Mundo
São leais, dão-te um olhar franco
E pela expressão meiga e inteligente
Logo se vê quanto és sapiente
E as barbas de aspecto tão patusco
Apimentam-te, dão-te um ar bastante cusco
E uma vez que tenho pecha literata,
Que não sou modesta nem timorata,
E uma vez que és, no doubt, a waterpoo
Passas a chamar-te TIMBUKTU"

Devo dizer-vos, pois, sem tardança
Que, passada uma semana,
Recuperei a confiança
Na condição humana

Timbuktu

CLAP CLAP CLAP

[LuMaria]

Que lindo poema para uma cadela tão meiga.
Quanto mais sofrem mais gentis ficam.

Por favor lembrem-me para nunca adoptar cães peludos e de orelhas compridas.

[dolfa]

Mas tu só gostas de orelhudas

[dolfa]

Uma assim como a Tildona é que um dia irás adoptar

[LuMaria]

Mas tu só gostas de orelhudas

Orelhonas espetadas para cima ou para os lados. Orelhuda para baixo? Never. A tua tilda é linda mas... contigo. É muito pelo para limpar e desenlaçar.