VIVIEN ADOPTADA
Querida LuMaria e outras mentoras,
Oxalá esta pequena carta as vá encontrar de boa saúde, que eu estou bem, felizmente.
Pego da pena para vos dizer que esta casa onde estou agora é um bocadinho esquisita mas, ao mesmo tempo, divertida. Pena, também, é que o tempo esteja tão soturno, o que me impede de ir lá para fora brincar com a minha amiga Bárbara, que é bastante pachola.
Agora tenho que vos confessar que de quem eu tenho mesmo receio é da avó Margarida. Tem a mania que é boa, só porque é de raça pura, uma aristocrata, toda ela pergaminhos e "não-me-toques". Claro que isso não impediu que a tivessem abandonado numa estrada, já muito velha e côxa (ela, não a estrada), mas essa é outra conversa. Bom, mas o que é facto é que ela impõe mesmo respeitinho. Quando está na cama dela, no alto das escadas, onde dorme, à noite, para ficar mais perto dos donos (de dia, transfere-se a cama para a cozinha para ficar também mais perto dos donos), ninguém consegue passar, porque ela arreganha a dentuça - dentuça esparsa, com muitas falhas e dentes partidos - mas, ainda assim, dentuça. E dá uns botes, tipo serpente, para nos apanhar, a mim e aos meus companheiros quando nos atrevemos a querer comer da tigela dela ou lhe passamos rentinho.
Mas fora isso, está tudo a correr bem. A senhora cá de casa, antes de ir trabalhar, deixa-me de barriga cheia - uma grande pratada de peru ou frango com arroz e ração. Depois o tal membro masculino leva-me a passear. O resto do dia, enquanto espero que a senhora volte, vou pedindo festas e colo ao tal membro masculino, petiscando ração, brincando e dormindo na minha cadeira. Quando ela chega, fico toda contente, bem como os meus companheiros.
Depois, enquanto eles jantam, fico ao pé dela e ponho-lhe as patas ao colo, a ver se pinga alguma coisa. A senhora diz que eu estou a ganhar muito maus hábitos: penduro-me na bancada, a pedinchar mimos de boca, e ela diz: ”Não! Não!! ” – que palavra mais feia!! Será uma asneira? De modo que nem ligo, porque uma menina que se preza não aprende asneiras, mesmo só com três letras.
Antes de ir para a cama tenho direito a mais uma dose de comida à séria. Nada dessas porcarias secas. A senhora diz que ainda tenho uns ossitos a precisar de serem disfarçados, de modo que um franguinho desfiado, uma carninha picada, vêm mesmo a calhar. Ela mistura as tais bolas secas e, para lhe fazer a vontade, também as como. Ela explicou que eu tinha que as comer, por causa das proteínas, das vitaminas e de outras palavras terminadas em “ina”, como se eu percebesse alguma coisa. Sou, apenas, uma cadelinha, ainda na infância, estou na primeira classe canina, mal sei escrever, não entendo palavras caras.
E pronto, vou terminar, porque esta carta já vai longa, e estão-me aqui a desafiar para a brincadeira – já vou, já vou! – e recomendo-me com muitas lambidelas de amizade
Vossa
ViVi
Oxalá esta pequena carta as vá encontrar de boa saúde, que eu estou bem, felizmente.
Pego da pena para vos dizer que esta casa onde estou agora é um bocadinho esquisita mas, ao mesmo tempo, divertida. Pena, também, é que o tempo esteja tão soturno, o que me impede de ir lá para fora brincar com a minha amiga Bárbara, que é bastante pachola.
Agora tenho que vos confessar que de quem eu tenho mesmo receio é da avó Margarida. Tem a mania que é boa, só porque é de raça pura, uma aristocrata, toda ela pergaminhos e "não-me-toques". Claro que isso não impediu que a tivessem abandonado numa estrada, já muito velha e côxa (ela, não a estrada), mas essa é outra conversa. Bom, mas o que é facto é que ela impõe mesmo respeitinho. Quando está na cama dela, no alto das escadas, onde dorme, à noite, para ficar mais perto dos donos (de dia, transfere-se a cama para a cozinha para ficar também mais perto dos donos), ninguém consegue passar, porque ela arreganha a dentuça - dentuça esparsa, com muitas falhas e dentes partidos - mas, ainda assim, dentuça. E dá uns botes, tipo serpente, para nos apanhar, a mim e aos meus companheiros quando nos atrevemos a querer comer da tigela dela ou lhe passamos rentinho.
Mas fora isso, está tudo a correr bem. A senhora cá de casa, antes de ir trabalhar, deixa-me de barriga cheia - uma grande pratada de peru ou frango com arroz e ração. Depois o tal membro masculino leva-me a passear. O resto do dia, enquanto espero que a senhora volte, vou pedindo festas e colo ao tal membro masculino, petiscando ração, brincando e dormindo na minha cadeira. Quando ela chega, fico toda contente, bem como os meus companheiros.
Depois, enquanto eles jantam, fico ao pé dela e ponho-lhe as patas ao colo, a ver se pinga alguma coisa. A senhora diz que eu estou a ganhar muito maus hábitos: penduro-me na bancada, a pedinchar mimos de boca, e ela diz: ”Não! Não!! ” – que palavra mais feia!! Será uma asneira? De modo que nem ligo, porque uma menina que se preza não aprende asneiras, mesmo só com três letras.
Antes de ir para a cama tenho direito a mais uma dose de comida à séria. Nada dessas porcarias secas. A senhora diz que ainda tenho uns ossitos a precisar de serem disfarçados, de modo que um franguinho desfiado, uma carninha picada, vêm mesmo a calhar. Ela mistura as tais bolas secas e, para lhe fazer a vontade, também as como. Ela explicou que eu tinha que as comer, por causa das proteínas, das vitaminas e de outras palavras terminadas em “ina”, como se eu percebesse alguma coisa. Sou, apenas, uma cadelinha, ainda na infância, estou na primeira classe canina, mal sei escrever, não entendo palavras caras.
E pronto, vou terminar, porque esta carta já vai longa, e estão-me aqui a desafiar para a brincadeira – já vou, já vou! – e recomendo-me com muitas lambidelas de amizade
Vossa
ViVi
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
colette Escreveu:A senhora diz que ainda tenho uns ossitos a precisar de serem disfarçados

Obrigada colette pelas suas novidades e em primeira pata

<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
perapado Escreveu:idem aspas, aspas aspas!!!!LuMaria Escreveu:Carambinha, sou mesmo naba... o tempo que eu levei para fazer isto... dasss, mas cá vai. Tadita, parece-me que está a falar pelo nariz. Credo! Olha, foi com a melhor das intenções...
(não tens de quê, minha linda
É um prazer! mas o maior prazer seria saber-te feliz, para sempre, com uns donos maravilhosos...).
![]()
donos para a orelhudita mais linda!
<strong>Veni, vidi, vici </strong>- Júlio César ----------------------------------------------------
http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopi ... 29317
http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopi ... 29317
Eu não a engordo.
Está aqui lindecissima. Uma Marylin Monroe orelhuda.
Isto vai ser um grande sarilho, vai, vai.
Está aqui lindecissima. Uma Marylin Monroe orelhuda.
Isto vai ser um grande sarilho, vai, vai.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>

Colette... a que sarilho se refere?...

<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
perapado Escreveu:LuMaria Escreveu:Obrigada mapma! Depois mando NIB então. Muito obrigada a todas.
Colette... a que sarilho se refere?...
Também há "sarilhos" bons ehehe

A Vi é absolutamente encantadora e irresistivel, só encontro uma palavra VICIANTE. Ajudem-nos a arranjar donos. Nem eu nem a colette precisamos de mais bolas de pelo... help...
E agora para a mapma...


<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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colette Escreveu:Sarilhos, sim, sarilhos!!
ViVi, vem cá cãotar à LuMaria com quem dormiste hoje... vem, fachavor.

<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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colette Escreveu:Não foi comigo, não.

<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
colette Escreveu:YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!
Chegadinha, mesmo.






<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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