E depois de mais uma viagem de mais de 600 quilómetros demos connosco a pernoitar no centro do Alentejo...
Onde alugámos uma pequena casinha na vila de Portel.
Casinha essa que vinha bem apetrechada…
-Ó diabo! Isto cheira-me a esturro!
E a Sú não se enganava, pois até a lua começava sorrateiramente a aparecer…
-Hehehehe! Estão tramados estes três!!!!!
E ouvem-se os berros da dona bem no interior da habitação…
-Agarra a Sú, rápido! Anda um cão enorme no quarto a comer-lhe a ração toda!
-Mas que rambóia é esta?!?
-Cão grande? Onde? Aí o rais-ta-parta!!!
-Esse grande filho da…
-Sú olha a língua!
-Já fostes! Já te papei a comidinha toda, ó rafeiróla parva!
-E a ver se para a próxima dizes aos teus donos para te comprarem comida melhor…
-Esta fica presa nos dentes e depois tenho de arranjar uns palitos!
-FILHO DE UMA GRANDESSISSIMA PUT….
-Sú!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
-Rás-ta-parta o cão preto! Se te apanho rasgo-te com os meus próprios dentes!!! JURO!!!
-Não me chamo eu Sú Maria… Béu Béu!
E ao longe lá se ria o próprio Castelo de Portel… Que seria a nossa grande visita pela manhã…
Entretanto fomos jantar pelos lados de Monsaraz.
E de volta à habitação fomos surpreendidos por um céu bem estreladinho…
E pela manhã lá começámos cedo com a volta dos xixis e cócós…
-Posso jurar que ele anda por perto!
-É grande mas não me assusta… Deixa-me cá mijar, não vá ele aparecer de um canto e depois mijo-me pelas pernas abaixo…
-Isto cheira mesmo a cão preto e nojentinho…
-A lata do bicho! Bah! Se não estivesse presa ia-lhe aos….
-Sú já chega, vamos mas é para o carro!
E lá seguimos nós em direcção do grandioso…
Castelo de Portel!
-Estou só aqui neste cantinho para vos dizer que ATÉ AQUI CHEIRA A CÃO!!!
No entanto após circundarmos o monumento…
Demos com a porta fechada do mesmo… ainda faltava mais de uma hora para oficialmente abrir.
No entanto, em conversa com um “Almeida”, vislumbrámos uma pequena capelinha que tem uma grande maldição…
E como tal não pude de lá deixar de dar um salto. Ao lado da mesma estão também dois moinhos em ruínas.
Já pouco resta dos mesmo, se bem que são perfeitamente reconhecíveis!
Apesar de mais de metade da circular parede e tecto já ter ido à vida…
-Ora bem, então que raio de maldição é essa?
-A maldição é fácil Suécas…
-Todos os donos deste terreno que intentaram reconstruir esta pequena capelinha, pouco tempo depois dos trabalhos começarem…
-Tiveram morte súbita e imediata… todos!
-E só agora é que me dizes? Ainda anda para aí um bicho papão e ainda me mata também!
-Deixa-me cá ir devagarinho para não fazer muito barulho… Não vá o papão aparecer-me à esquina como fez o bruto do cão preto…
-E depois lá vai mais uma sessão de…
-Cagufa, Sú?
-Não! É mesmo uma sessão de mijo desenfreado!
-O diabo, eu daqui não passo! Estas paredes cheiram a malvadez!
-Cagufas!
-Não é cagufa… é vontade de contornar obstáculos que me possam assustar em demasia!
-E pronto! Lá vou eu de volta pró carro! Nunca pensei que isso até me iria alegrar o passeio!
E para trás lá ficou mais umas pequenas ruínas bem fotogénicas…
E assim nos despedimos da capela amaldiçoada…
-E assim me despeço eu, pois vou guardar os costásios da dona a ver se o outro bruto não aparece… Vida de cadela de sofá é assim! Uma hora a fugir de fantasmas e outra hora estamos deitadas à beira da Piscina! A minha vida é tãoooo durinha!
FIM.