Tassebem Escreveu:Moslie, imagino que essa questão seja contornada abrindo excepções na lei para os casos que se enquadrem neste conceito. E haverá cães comunitários que não andam na via pública, que estão afectos a fábricas ou oficinas desactivadas.
É perfeitamente legítimo (eu diria até que é um dever ético) protegermos todos os animais, os que são nossos e os que não são. As pessoas podem não poder levar o animal para casa, por diversíssimos motivos. O animal pode não ser feliz numa casa. O animal pode até viver algum tempo como animal comunitário e depois arranjar dono, como nos casos referidos pela LuMaria.
A diferença é entre um animal viver sendo alimentado e cuidado por pessoas identificadas, que por ele são responsáveis, e esse animal ir para um canil, onde é abatido ou vive meses ou anos acorrentado ou, na melhor das hipóteses, numa box, à espera de um dono que muito dificilmente aparecerá.
E não, não se trata de qualquer situação à portuguesa. Numa breve pesquisa, encontrei logo um decreto de 2004 que regula o conceito no Rio de Janeiro, por exemplo. Trata-se sim de regulamentar situações que já existem na prática. E, como disse também a LuMaria, já é possível até que as pessoas se responsabilizem oficialmente por um animal comunitário.
Eu acho que já chega de transformar imediatamente em atitudes negativas comportamentos que são louváveis em termos de humanidade e responsabilidade.
Mas sei que, para alguns, é difícil abrir a mentalidade, progredir e deixar que os outros progridam.
E, no entanto, progride-se, vencendo as dificuldades, analisando-as e superando-as, e vencendo também os que teimam em querer fazer parte do retrocesso. Sempre foi assim e sempre assim será, está felizmente nos genes da maior parte das pessoas.
Os casos que aqui foram referidos, lamento desiludi-la, Moslie, mas são de animais bem comportados e que não levantam problemas. Se passassem a vida a arranjar problemas com outros cães (esses sim, que têm donos que deviam cumprir a lei, e não cumprem) ou a morder as pessoas, já teriam ido para o canil, como é óbvio. E como são protegidos por várias pessoas, o problema das férias ou de alguém não poder fazer a sua parte habitual não se coloca. De resto, pelo menos no caso da maior parte das pessoas que protegem o Pantufa, o cão daqui da zona, são pessoas que nem vão de férias, imagine. São pessoas muito modestas que não poderiam suportar sozinhas um animal, mas assim, como os encargos são divididos, já podem.
Não tenho culpa de que a realidade que a rodeia seja sempre catastrófica, a julgar pelas suas intervenções – e pergunto-me até se é poderá sê-lo, ou se será dos seus olhos.
Como diz a LuluB e muito bem, quem arranja os problemas são as pessoas, não são os animais.
Lamento mas discordo totalmente do conceito e acho que é uma solução de paises incapazes de educar a sua população a ser donos responsáveis. É um remédio, não é uma solução.
O cão é um animal doméstico, deve estar no domicilio, e deve ser educado para isso. Quem faz parte de uma associação de protecção de animais faz mal em defender isto a meu ver, se protege animais, protege também os selvagens e os domésticos não podem ser um risco para os outros.
Sou defensor de animais, mas sou também defensor de ruas sem cães nem gatos à solta, sou defensor de cães e gatos esterilizados obrigatoriamente... se procurar as soluções dos países do norte da europa vai ver que não passam por cães comunitários, passam por criar a ideia bem forte que um cão é um membro da familia para o que der e vier... quem não quer assim não tem.
Eu também sou defensor da preservação do habitat de outras espécies que não podem ter um cão comunitário a ir aos locais de nidificação extingui-los... desculpe não me faz sentido esta ideia, se ela se limita-se a cães em casas de repouso, lares, escolas, fabricas, etc., mas que não lhes fosse permitido sair de lá a não ser à trela ou acompanhados por alguém, tudo bem, mas assim não.
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