Exactamente, Tassebem. A recomendação foi aprovada, ainda não há divulgação do conceito formal, etc., mas se me permite o pessimismo, reforçado pelas intervenções neste tópico, morreremos à espera da regulamentação - nós e os desgraçados que todos os anos se vão aos milhares com aquilo que aqui hipocritamente se apelida de "eutanásia". O que dá jeito para deixar a consciência em paz, diga-se. "Abate" é uma palavra muito deselegante e dura.Tassebem Escreveu:Existem, portanto, cães comunitários, com mais que um cuidador, de todos, de ninguém, como queiram chamar-lhes. A uns dão-lhes só comida, a outros também abrigo, vacinação, castração, cuidados veterinários, etc. Uns vivem no espaço público, outros em espaços delimitados e até vedados. A maior parte dos exemplos apresentados foram de animais mansos, pacatos, queridos de cuidadores e habitantes, cães que nunca causaram qualquer problema, nem a pessoas nem a bens nem a outros animais.
Aquilo que por vezes é muito difícil (veja-se com a esterilização) conseguiu-se: que a implementação do conceito (entre outros) fosse aprovada, e por unanimidade, na Assembleia da República, e recomendada ao governo.
Falta a divulgação do conceito formal e a sua regulamentação, que poderia permitir a consciencialização de quem não trata ainda esses animais como deve, a responsabilização perante as autoridades, a obrigatoriedade de celebração de seguro, etc.
Não, isso não. Deixe-se estar tudo como está. Os que já existem continuarão a existir, ou porque não incomodam as pessoas ou porque as que se incomodam não têm coragem de chamar o canil. Os que não estão vacinados e castrados continuarão como estão, a procriar descontroladamente. Não terão seguro. E alguns que poderiam levar assim os seus dias até ao fim irão engrossar as muitas dezenas de milhares que são abatidos anualmente nos nossos canis.
Sim senhor.
Tudo em nome da paz e tranquilidade da vizinhança.