Canis Municipais
Moderador: mcerqueira
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 7062
- Registado: sexta mai 10, 2002 3:46 pm
- Localização: labradora retriever ZORRA
periquito FALCANITO
Os cães e gatos não são lixo urbano.
Não é só em Portugal, mas na maioria dos países do mundo, que os canis municipais estão integrados na àrea dedicada á limpeza urbana.
Daqui resulta que o responsável de alto nível desta àrea pode perceber muito de ETARes, vidrões, recolha de lixo, mas não tem qualquer experiência com animais e muito menos com as políticas relativas ao controle de populações animais.
Os canis municipais são um problema.
Muitas vezes os munícipes tem dificuldades em conseguir informações porque o canil está fechado ao público.
A maioria dos canis municipais não tem voluntários, nem querem, porque se os tivessem as suas práticas ficariam expostas ao escrutínio e censuras públicas...
Que devemos idealizar (realisticamente) para o canil do nosso munícipio ?
Este é a questão que vos coloco.
Lembrei-me de alguns pontos :
- ter horários razoáveis de funcionamento (incluindo fim do dia e fim de semana) para que os munícipes possam procurar os seus animais perdidos ou verem os que estão para adopção (animais não reclamados)
- ter uma relação de cooperação com associações no-kill para que animais adotáveis sejam transferidos após o fim do prazo legal de retenção.
- ter um registo do animal encontrado, local, do seu estado de saúde, comportamento.
- ter voluntários que levem a cabo acções de divulgação e adopção.
- esterilizar/castrar todo o cão/gato que lhes passe nas mãos ou, pelo menos, fazê-lo a baixo custo.
- criar programas apanhar/castrar/devolver para gatos ferais.
Que acham ?
Que outros pontos acham importantes ?
Ou estão em desacordo com estes ?
Não é só em Portugal, mas na maioria dos países do mundo, que os canis municipais estão integrados na àrea dedicada á limpeza urbana.
Daqui resulta que o responsável de alto nível desta àrea pode perceber muito de ETARes, vidrões, recolha de lixo, mas não tem qualquer experiência com animais e muito menos com as políticas relativas ao controle de populações animais.
Os canis municipais são um problema.
Muitas vezes os munícipes tem dificuldades em conseguir informações porque o canil está fechado ao público.
A maioria dos canis municipais não tem voluntários, nem querem, porque se os tivessem as suas práticas ficariam expostas ao escrutínio e censuras públicas...
Que devemos idealizar (realisticamente) para o canil do nosso munícipio ?
Este é a questão que vos coloco.
Lembrei-me de alguns pontos :
- ter horários razoáveis de funcionamento (incluindo fim do dia e fim de semana) para que os munícipes possam procurar os seus animais perdidos ou verem os que estão para adopção (animais não reclamados)
- ter uma relação de cooperação com associações no-kill para que animais adotáveis sejam transferidos após o fim do prazo legal de retenção.
- ter um registo do animal encontrado, local, do seu estado de saúde, comportamento.
- ter voluntários que levem a cabo acções de divulgação e adopção.
- esterilizar/castrar todo o cão/gato que lhes passe nas mãos ou, pelo menos, fazê-lo a baixo custo.
- criar programas apanhar/castrar/devolver para gatos ferais.
Que acham ?
Que outros pontos acham importantes ?
Ou estão em desacordo com estes ?
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 645
- Registado: domingo nov 08, 2009 11:05 am
- Localização: Nina;
Pretita;
Chico;
Sushi
Eu concordo com o que sugere, apesar de neste país infelizmente serem poucos a preocuparem-se com isso. A maioria só quer saber de animais para ganhar dinheiro, e os políticos metem nojo!
Prepare-se que já aparecem por aqui os cromos dos defensores dos canis, com intervenções do tipo, "ah e tal isso é demagogia, não pode ser assim, por isto e por aquilo".
Se fossemos copycats e simplesmente copiássemos alguma legislação de outros países europeus as coisas melhoravam muito, nem precisávamos de pedir aos políticos que puxassem pela cabeça, bastava copiar aquilo que fosse possível adaptar ao nosso país.
Prepare-se que já aparecem por aqui os cromos dos defensores dos canis, com intervenções do tipo, "ah e tal isso é demagogia, não pode ser assim, por isto e por aquilo".
Se fossemos copycats e simplesmente copiássemos alguma legislação de outros países europeus as coisas melhoravam muito, nem precisávamos de pedir aos políticos que puxassem pela cabeça, bastava copiar aquilo que fosse possível adaptar ao nosso país.
<p><strong> "A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pelo modo como os seus animais são tratados." -Mahatma Gandhi </strong></p>
<p><strong>Linha de apoio a União Zoofila: </strong><strong>760 501 015 - </strong><strong>(1 chamada = 1 dose de ração)</strong></p>
<strong>
<p class="title">Número Solidário Animais de Rua: Ligue 760 300 161 (€ 0,60 + IVA) e ajude-nos a ajudar!</p>
</strong>
<p><strong>Linha de apoio a União Zoofila: </strong><strong>760 501 015 - </strong><strong>(1 chamada = 1 dose de ração)</strong></p>
<strong>
<p class="title">Número Solidário Animais de Rua: Ligue 760 300 161 (€ 0,60 + IVA) e ajude-nos a ajudar!</p>
</strong>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 2722
- Registado: segunda dez 22, 2008 9:17 pm
Este ponto é completamente ireal.aisd Escreveu: Que devemos idealizar (realisticamente) para o canil do nosso munícipio ?
Este é a questão que vos coloco.
Lembrei-me de alguns pontos :
- ter uma relação de cooperação com associações no-kill para que animais adotáveis sejam transferidos após o fim do prazo legal de retenção.
A aisd, não deve ter a noção que as associações estão mais que cheias, de animais que estão na rua ou em situação de risco de ir parar a rua ou um canil de abate.
Não há dinheiro e nem espaço.
Já existe e é aplicado.aisd Escreveu:- ter um registo do animal encontrado, local, do seu estado de saúde, comportamento.
Voluntários? Existem n associações com falta de voluntários e acha que as pessoas vão escolher ir para um canil de abate?aisd Escreveu:- ter voluntários que levem a cabo acções de divulgação e adopção.
e a maior das pessoas quer ser voluntário para duas coisas, passear cães e colocar cães.
Quando as pessoas perceberem a diferença entre o muito cor-de-rosa e o real, ai sim, é possível ajudar animais.
Quando perceberem que um canil de abate não é a mesma coisa do que associação, ai sim, é possível ajudar os animais.
Quando perceberem que não existe donos para todos os animais e que muitos precisam de ser abatidos, ai sim, é possível ajudar os animais.
Fotografia de animais de estimação (o meu projecto)
Status -Pets Photography https://www.facebook.com/StatusPetsPhotography
Status -Pets Photography https://www.facebook.com/StatusPetsPhotography
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 7062
- Registado: sexta mai 10, 2002 3:46 pm
- Localização: labradora retriever ZORRA
periquito FALCANITO
Dou-lhe um exemplos real : Camara de Cascais e fundação S.Francisco de Assis.
O caso é que a Fundação não vive de donativos mas de rendimentos de uma herança - o que faz uma enorme diferença.
Mas tem razão.
Este é um caso à parte.
Mas também me parece que, em alguns casos, é a atitude com que os protetores abordam os canis que não está correcta.
Em muitos canis os cães ultrapassam largamente o periodo exigido por lei.
Alguns estão lá há anos.
Sente-se que não há desejo de abater - mas tem de ser feito (é a impressão com que se sai)...
Toda a atitude NO-KILL tem de ser executada com pés e cabeça.
Era importante que se fizessem campanhas de esterilização massivas e gratuitas a nível nacional.
Mas também era importante que existisse colaboração com os canis.
Que não fossem abordados como criminosos, mas com verdadeira vontade de ajudar, sem agredir.
Eu daria importância - nesta fase - à simples divulgação dos cães, com fotos e campanhas de adopção.
Por exemplo, neste aspecto, acho que a ABRA - que não conheço muito bem - faz um bom trabalho de colaboração, em que os cães são quem mais ganha.
Em Portugal, temos um cenário misto...
Em alguns sitios o canil é um campo de morte e,às vezes, bem horrível.
Noutros, como já disse, existe vontade de salvar.
Melhorar as condições dos canis, também me parece um objectivo viável.
O caso é que a Fundação não vive de donativos mas de rendimentos de uma herança - o que faz uma enorme diferença.
Mas tem razão.
Este é um caso à parte.
Mas também me parece que, em alguns casos, é a atitude com que os protetores abordam os canis que não está correcta.
Em muitos canis os cães ultrapassam largamente o periodo exigido por lei.
Alguns estão lá há anos.
Sente-se que não há desejo de abater - mas tem de ser feito (é a impressão com que se sai)...
Toda a atitude NO-KILL tem de ser executada com pés e cabeça.
Era importante que se fizessem campanhas de esterilização massivas e gratuitas a nível nacional.
Mas também era importante que existisse colaboração com os canis.
Que não fossem abordados como criminosos, mas com verdadeira vontade de ajudar, sem agredir.
Eu daria importância - nesta fase - à simples divulgação dos cães, com fotos e campanhas de adopção.
Por exemplo, neste aspecto, acho que a ABRA - que não conheço muito bem - faz um bom trabalho de colaboração, em que os cães são quem mais ganha.
Em Portugal, temos um cenário misto...
Em alguns sitios o canil é um campo de morte e,às vezes, bem horrível.
Noutros, como já disse, existe vontade de salvar.
Melhorar as condições dos canis, também me parece um objectivo viável.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
Gostava que vissem o canil de Portimão, bem como o gabinete do Veterinário Municipal, este é mais pequeno que uma casa de banho (perdoem a comparação). Os animais estão todos juntos num espaço do tamanho de um quarto de dormir normal, e a Câmara nem se preocupa com isso, haja dinheiro para festas e para bem parecer aos outros. É lamentável mesmo tanta falta de coração e compaixão.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 2722
- Registado: segunda dez 22, 2008 9:17 pm
Eu acho que depende do n de animais que têm.aisd Escreveu:Em Portugal, temos um cenário misto...
Em alguns sitios o canil é um campo de morte e,às vezes, bem horrível.
Noutros, como já disse, existe vontade de salvar.
Concordo plenamente.aisd Escreveu:Melhorar as condições dos canis, também me parece um objectivo viável.
Mas tbm, era necessário ver as associação tbm têm condições para ter animais.
Fotografia de animais de estimação (o meu projecto)
Status -Pets Photography https://www.facebook.com/StatusPetsPhotography
Status -Pets Photography https://www.facebook.com/StatusPetsPhotography
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1033
- Registado: terça nov 30, 2010 2:58 pm
Estamos num momento de crise, que infelizmente não é de agora mas que só agora é assumido, público e oficial. Não há dinheiro para o mais básico das politicas sociais, e pensar em desviar fundos para a melhoria das políticas de protecção animal que passem pela participação do Estado, nesta conjuntura, é completamente irrealista.
Mas se é para divagar acerca do que ‘devia ser’ e do “eu acho que”, eu divago……
Eu acho que…. qualquer política de protecção animal tem de passar por várias vertentes, numa visão integrada em que todas essas vertentes têm de avançar em conjunto, sob pena de se ‘minarem’ mutuamente e impedirem a prossecução do objectivo final que é o de acabar ou pelo menos reduzir drasticamente os número de animais errantes e sem dono.
Assim,
- Politica de sensabilização das população, que passa não só por informação mas também por legislação, e sobretudo FISCALIZAÇÂO, severas;
- Politica de esterelização de animais não destinados a reprodução, sendo esta obrigatória para todos os animais entregues por canis municipais a adoptantes;
- Melhoramento das condições dos canis municipais, bem como fomento das políticas de adopção e colaboração com associações particulares;
- Fiscalização rigorosa das condições da instalações de alojamento de animais, sejam públicas ou privadas e consequentes sanções para todas as que não cumpram pelo menos os mínimos legais;
- Redução drástica do número de animais mantidos em canis, públicos ou privados, que vão para além do número cujas respectivas instalações comportem em termos de condições de salubridade e de bem estar dos animais, o que passa necessariamente pela eliminação (eutanásia, abate ou como queiram chamar) do número excedente de animais.
Decerto há mais coisa s a acrescentar, mas para já e assim de repende, lembro-me de pelo menos estas.
Não adianta fazer umas e não fazer outras. Só quando se perceber isto e se fizer tudo isto EM CONJUNTO E EM SIMULTÂNEO se pode avançar para o patamar seguinte e pensar em ter animais em condições dignas e em políticas de No-Kill.
Mas se é para divagar acerca do que ‘devia ser’ e do “eu acho que”, eu divago……
Eu acho que…. qualquer política de protecção animal tem de passar por várias vertentes, numa visão integrada em que todas essas vertentes têm de avançar em conjunto, sob pena de se ‘minarem’ mutuamente e impedirem a prossecução do objectivo final que é o de acabar ou pelo menos reduzir drasticamente os número de animais errantes e sem dono.
Assim,
- Politica de sensabilização das população, que passa não só por informação mas também por legislação, e sobretudo FISCALIZAÇÂO, severas;
- Politica de esterelização de animais não destinados a reprodução, sendo esta obrigatória para todos os animais entregues por canis municipais a adoptantes;
- Melhoramento das condições dos canis municipais, bem como fomento das políticas de adopção e colaboração com associações particulares;
- Fiscalização rigorosa das condições da instalações de alojamento de animais, sejam públicas ou privadas e consequentes sanções para todas as que não cumpram pelo menos os mínimos legais;
- Redução drástica do número de animais mantidos em canis, públicos ou privados, que vão para além do número cujas respectivas instalações comportem em termos de condições de salubridade e de bem estar dos animais, o que passa necessariamente pela eliminação (eutanásia, abate ou como queiram chamar) do número excedente de animais.
Decerto há mais coisa s a acrescentar, mas para já e assim de repende, lembro-me de pelo menos estas.
Não adianta fazer umas e não fazer outras. Só quando se perceber isto e se fizer tudo isto EM CONJUNTO E EM SIMULTÂNEO se pode avançar para o patamar seguinte e pensar em ter animais em condições dignas e em políticas de No-Kill.
Certo, tudo o que escreveu está tudo muito certo e eu concordo. Mas estamos em crise há quanto tempo? Há 3 ou 4 anos mais ou menos (se bem que em crise camuflada ) e há quanto tempo é que (refiro-me ao canil do meu município) é que o canil está naquela vergonha? Desde sempre! Bem houve uma pintura nas paredes e a construção de um mini, mini, muito mini pátio (tamanho de um quarto de dormir, quarto de gente pobre, portanto pequeno)onde os apanham cães sol ( e no verão muito sol...). Sei que a associação tem promessas, tem-nas há alguns anos, mas só tem isso promessas ... e nada se faz.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1033
- Registado: terça nov 30, 2010 2:58 pm
O Tópico não é sobre o canil de Portimão. A minha intervenção surgiu na sequência do que a AISD escreveu.Pinfinhas Escreveu:Certo, tudo o que escreveu está tudo muito certo e eu concordo. Mas estamos em crise há quanto tempo? Há 3 ou 4 anos mais ou menos (se bem que em crise camuflada ) e há quanto tempo é que (refiro-me ao canil do meu município) é que o canil está naquela vergonha? Desde sempre! Bem houve uma pintura nas paredes e a construção de um mini, mini, muito mini pátio (tamanho de um quarto de dormir, quarto de gente pobre, portanto pequeno)onde os apanham cães sol ( e no verão muito sol...). Sei que a associação tem promessas, tem-nas há alguns anos, mas só tem isso promessas ... e nada se faz.
Em relação ao caso do seu municipio, e se vivessemos no mundo do que "devia ser" e se o que eu escrevi fosse feito, esse canil estaria há muito fechado porque nitidamente não tem condições para alojar animais. Infelizmente, e tal como eu disse, não bastaria fechá-lo. Há muito mais que teria de ser feito em simultâneo e que em ultima instância poderia tornar desnecessária a existência desse tipo de canis bem como de associações sem meios para sustentar os animais que alojam em número muito além das suas capacidades.
Mais uma vez concordo. Eu sei que o tópico não é sobre o canil de Portimão, sei disso perfeitamente. Mas, eu falo apenas da realidade que conheço. A minha revolta é que, como em muitos outros sítios, ostenta-se muito, festeja-se por tudo e por nada mesmo sem dinheiro, mas no que toca ao que está por trás e que ninguém vê nada se faz.
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 1033
- Registado: terça nov 30, 2010 2:58 pm
Já dizia o meu avô que "Com festas e bolos se enganam os tolos". Infelizmente os cães não votam, e por isso "não vale a pena" gastar dinheiro com eles.A minha revolta é que, como em muitos outros sítios, ostenta-se muito, festeja-se por tudo e por nada mesmo sem dinheiro, mas no que toca ao que está por trás e que ninguém vê nada se faz
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 5359
- Registado: sexta mai 02, 2008 11:13 pm
- Localização: os meus e os que são meus temporariamente :)
Como disse um deputado há uns anos atrás - não vale a pena gastar dinheiro com os animais porque não votam.Terugkeren Escreveu:Já dizia o meu avô que "Com festas e bolos se enganam os tolos". Infelizmente os cães não votam, e por isso "não vale a pena" gastar dinheiro com eles.A minha revolta é que, como em muitos outros sítios, ostenta-se muito, festeja-se por tudo e por nada mesmo sem dinheiro, mas no que toca ao que está por trás e que ninguém vê nada se faz
Nas trocas de correpondência com as tutelas uso sempre esta máxima:
os animais não votam mas os donos/voluntários/amigos dos animais sim, no caso de interessar...
<p><strong>Ajude A Ajudar </strong><a href="http://ospeludosdamelinha.blogspot.com/ ... ot.com/</a> </p>
<p><strong>só sei que nada sei </strong><a href="http://coisasparadizer.blogspot.com/">h ... om/</a></p>
<p><strong>só sei que nada sei </strong><a href="http://coisasparadizer.blogspot.com/">h ... om/</a></p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 7062
- Registado: sexta mai 10, 2002 3:46 pm
- Localização: labradora retriever ZORRA
periquito FALCANITO
Há coisas que me arrepiam.
Como se explica que se deixem sair cães/cadelas inteiros dos canis ?
São tãon miseráveis que não suportam os custos das esterilizações ?
Ou querem que hajam sempre mais e mais cães para agarrar/abater ?
Há pequenas coisas que não vão arruinar os sempre gastadores gestores da autarquia (há sempre dinheiro para frotas de carros, festivais de música com estrangeiros pagos a peso de ouro, etc.).
Odivelas, pex, tem um consultório vet para os de menos rendimentos, divulga os cães no adopta-me, tem iniciativas de esclarecimento/educação da população.
Em Oeiras, nem se pode fazer uma campanha de recolha de alimentos para as associações - brilhante, não é ?
A lei prevê
Só mais uma :
Ao menos cumpram a lei, pô !!!!!
Como se explica que se deixem sair cães/cadelas inteiros dos canis ?
São tãon miseráveis que não suportam os custos das esterilizações ?
Ou querem que hajam sempre mais e mais cães para agarrar/abater ?
Há pequenas coisas que não vão arruinar os sempre gastadores gestores da autarquia (há sempre dinheiro para frotas de carros, festivais de música com estrangeiros pagos a peso de ouro, etc.).
Odivelas, pex, tem um consultório vet para os de menos rendimentos, divulga os cães no adopta-me, tem iniciativas de esclarecimento/educação da população.
Em Oeiras, nem se pode fazer uma campanha de recolha de alimentos para as associações - brilhante, não é ?
A lei prevê
E mais leiControlo da reprodução pelas câmaras municipais
As câmaras municipais podem, sempre que necessário e sob a responsabilidade do médico veterinário municipal, incentivar e promover o controlo da reprodução de animais de companhia, nomeadamente de cães e gatos vadios ou errantes, o qual deve ser efectuado por métodos contraceptivos que garantam o mínimo sofrimento dos animais.
para que não fiquem dúvidas que o que a seguir se diz se aplica aos canis municipais:centros de recolha devem cumprir...as condições previstas no presente capítulo...
Quantos dos nossos canis cumprem minímamente a lei ?1 - Os alojamentos a que se refere este capítulo devem possuir instalações por espécie, para machos, fêmeas e fêmeas com respectivas ninhadas.
2 - Nos alojamentos referidos no número anterior as fêmeas e machos adultos podem coabitar se estiverem esterilizados.
3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, devem existir instalações diferenciadas para enfermaria, higiene, armazém, manuseamento de alimentos, lavagem de material e armazém de material e equipamento limpo.
Só mais uma :
Aqui estão, penso eu, razões suficientes para protestar.ução da Assembleia da República nº 69/2011
Recomenda ao Governo uma nova política de controlo das populações de animais errantes
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:
1 — Promova uma política de não abate dos animais errantes recolhidos nos centros de recolha oficiais, adoptando, nomeadamente, meios eficazes de controlo da reprodução.
2 — Reforce a fiscalização e avance com o licenciamento dos centros de recolha oficiais, assegurando que são cumpridas as normas de saúde e bem-estar animal.
3 — Preveja meios para que os centros de recolha oficiais detenham condições de alojamento adequadas e condições para a realização de tratamentos médico -veterinários, cumprindo as normas de saúde e bem-estar animal.
4 — Preveja meios para que os centros de recolha oficiais possam realizar a esterilização dos animais errantes recolhidos, em especial dos não reclamados nos prazos legais.
5 — Promova a realização de campanhas de sensibilização pública e dos detentores de animais contra o abandono, assim como para a adopção responsável dos animais recolhidos nos centros de recolha oficial.
6 — Preveja que os animais a cargo de associações de protecção dos animais ou de detentores em incapacidade económica possam aceder a tratamentos médico-veterinários, nomeadamente a prática de esterilização, a preços simbólicos, nos centros de recolha oficiais.
7 — Corrija as falhas existentes ao nível dos sistemas de registo dos animais, como é o caso do SICAFE (Sistema de Identificação de Caninos e Felinos), promovendo a articulação entre as várias bases de dados de identificação de cães e gatos.
8 — Promova a realização de programas RED (recolha, esterilização e devolução) em colónias de animais de rua estabilizadas e institua o conceito de «cão ou gato comunitário» que garanta a protecção legal dos animais que são cuidados num espaço ou numa via pública limitada cuja guarda, detenção, alimentação e cuidados médico-veterinários são assegurados por uma parte de uma comunidade local de moradores.
Aprovada em 25 de Fevereiro de 2011.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama
Ao menos cumpram a lei, pô !!!!!
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
Só 2 pequenas notas:
Quanto ao último documento que cita, é uma resolução da AR, que não constitui lei, é apenas uma recomendação ao Governo de como a AR acha que deve ser legislado, mas penso que não é vinculativo para o Governo
Poder em termos legais é muito diferente de dever. Pelo que aí temos prevista uma possibilidade de actuação, não uma obrigatoriedade.aisd Escreveu:A lei prevêControlo da reprodução pelas câmaras municipais
As câmaras municipais podem, sempre que necessário e sob a responsabilidade do médico veterinário municipal, incentivar e promover o controlo da reprodução de animais de companhia, nomeadamente de cães e gatos vadios ou errantes, o qual deve ser efectuado por métodos contraceptivos que garantam o mínimo sofrimento dos animais.
Quanto ao último documento que cita, é uma resolução da AR, que não constitui lei, é apenas uma recomendação ao Governo de como a AR acha que deve ser legislado, mas penso que não é vinculativo para o Governo
Sim, aqui no meu município os cães adoptados não só saem inteiros como mais leves, em peso. A última vez que lá fui chamei a atenção do Vet para o facto do cães estarem muito magros, e de estarem ao sol todo o dia, mas não serviu de nada pois ele sozinho pouco ou nada pode fazer...