Pet Hoarders
Enviado: terça jul 12, 2011 12:03 pm
Não sei se este artigo deve estar aqui, onde terá mais visibilidade para as pessoas que deveriam sobre ele meditar ou num forum mais generalista, do genero do de "outros Tópicos", mas a moderação fará o favor de deixá-lo aqui ou deslocá-lo para outro forum se assim achar melhor.
PET HOARDERS
"Animal Hoarder", ou “pet Hoarder”, é uma pessoa que de uma forma obsessiva e compulsiva , sem que tenha condições para tal e sobretudo sem que se aperceba que o que está a fazer não está certo e prejudica a si própria e aos animais, acumula ao seu ‘cuidado’ um elevado número de animais .
Embora as intenções possam ser boas, a realidade acaba por ser horrível. Estas pessoas acabam por ter dezenas ou mesmo centenas de animais nas suas casas, vivendo no meio da insalubridade e sem cuidados veterinários mínimos. Não é fora do comum descobrir casos destes, com dezenas de animais em estados diversos de negligência, e aqui mesmo na arca já foram referidos vários.
Na maioria dos casos, o “Hoarder” acredita firmemente que não só não está a fazer nada de mal, como que os animais não podem sobreviver ser os seus ‘cuidados’. Em muitos casos, chegam mesmo a ter relutância em livrar-se dos corpos em decomposição de animais mortos, e estes vão-se muitas vezes acumulando, fazendo de cama ou mesmo de alimento aos animais vivos que lutam para sobreviver no meio de espaços imundos.
Estas pessoas estão convencidas que ‘amam’ os animais, mas cegam completamente para o facto de que estão a ser negligentes e não estão a cuidar dos animais convenientemente, e isto mesmo perante uma realidade de fome, doença e morte. Geralmente são incapazes de lidar sequer com o pensamento de eutanasiar um animal, que abominam e rejeitam completamente, mas largo número dos animais que ‘salvam’ é apenas para ser remetido a um ambiente sobrepovoado, sem condições, onde os animais sofrem de diversas doenças, de má nutrição, falta de actividade, má ventilação e falta de atenção, entre muitas coisas mais. Cães e gatos são muitas vezes encontrados em gaiolas, caixas, dispensas, caves e os sítios mais inimagináveis, e muitos deles ainda assim são deixados a reproduzir-se. Isto porque estas pessoas, na maioria das vezes, já não podem comportar gastos com esterilizações e castrações (já para não falar nos cuidados veterinários básicos), e por isso os animais reproduzem-se e a “colecção” aumenta ainda mais, até que a sujidade, o lixo, o barulho e os cheiros atraem a atenção de vizinhos e, em última instância, de algumas entidades municipais ou policiais.
Talvez a característica psicológica mais proeminente destes indivíduos é que os animais (e outros bens) tornam-se centrais para a própria identidade do hoarder. O colecionador desenvolve uma forte necessidade de controle, e apenas o pensamento de perder um animal pode produzir uma reação de pesar intensa. Entrevistas preliminares também sugerem que alguns hoarders cresceram ou vivem em famílias problemáticas, com falta de estabilidade, de carinho e de atenção, e os animais podem ter sido ou ser sua única referência de estabilidade em termos de relacionamento.
Alguns estudos mostram mesmo que é uma característica recorrente entre os “Animal Hoarders”, o facto de terem sido negligenciados ou terem sofrido grandes perdas. Em suma, eles tentam preencher o vazio das suas vidas com o amor consistente que sentem que lhes falta (ou faltava). Muitos Hoarders acreditam que têm como missão salvar animais. Por esta razão, é muito mais comum entre as pessoas que se movem no meio da ‘ajuda animal’ o ‘Hoarding’ do que qualquer outro tipo de crueldade perante os animais. A reincidência entre animal hoarders é de próxima de 100%
O típico “animal hoarder” é muitas vezes já de idade avançada e sobretudo mulheres, mas as estatísticas mais recentes indicam que indivíduos mais novos e do sexo masculino não estão imunes. .
De acordo com o “Hoarding of Animals Research Consortium”, os seguintes critérios são usados para definir que estamos perante “animal hoarding”:
1. Ter mais animais do que a média considerada normal, e permitida legalmente;
2. Incapacidade de prover as condições necessárias de nutrição, condições sanitárias, abrigo e cuidados veterinários, com esta negligência resultando muitas vezes em fome, doença e morte.
3. Negação da incapacidade de prover estes cuidados e do impacto que esta incapacidade tem sobre os animais, a sua habitação e os humanos com quem convive.
Atualmente, tal como outras coisas na sociedade, o “Hoarding” evoluiu, e já não passa apenas pelo acumular de animais na casa do próprio hoarder. Hoje em dia, existem Hoarders que motivados por aquilo que julgam ser a sua missão e cruzada pessoal, acumulam animais em espaços improvisados, mais ou menos escondidos dos olhos indiscretos, em hotéis de animais (legais e ilegais), em veterinários e em FAT’s sobrelotadas. Ao esgotar dos recursos próprios, somam-se agora recursos obtidos através de pedidos em sítios da internet e redes sociais, que permitem aguentar mais algum tempo a sua actividade, mas no final acabam por chegar de alguma forma a situações de descontrolo, a custo das suas vidas pessoais e familiares e, em ultima instância, dos próprios animais.
A estes hoarders individuais, juntam-se também alguns hoarders colectivos, que se unem em associações ou grupos, mas no final acabam por passar por QUASE tudo o que um hoarder individual passa. Isto porque, tal como estes, acumulam descontroladamente animais muito para além do que é a sua capacidade e possibilidade, ignoram e rejeitam a eutanásia sobre todas as coisas, recusam-se a reconhecer que estão num caminho sinuoso e desta forma os ‘seus’ animais acabam por passar fome e viver em condições desumanhas e sem os cuidados básicos de saúde e atenção.
PET HOARDERS
"Animal Hoarder", ou “pet Hoarder”, é uma pessoa que de uma forma obsessiva e compulsiva , sem que tenha condições para tal e sobretudo sem que se aperceba que o que está a fazer não está certo e prejudica a si própria e aos animais, acumula ao seu ‘cuidado’ um elevado número de animais .
Embora as intenções possam ser boas, a realidade acaba por ser horrível. Estas pessoas acabam por ter dezenas ou mesmo centenas de animais nas suas casas, vivendo no meio da insalubridade e sem cuidados veterinários mínimos. Não é fora do comum descobrir casos destes, com dezenas de animais em estados diversos de negligência, e aqui mesmo na arca já foram referidos vários.
Na maioria dos casos, o “Hoarder” acredita firmemente que não só não está a fazer nada de mal, como que os animais não podem sobreviver ser os seus ‘cuidados’. Em muitos casos, chegam mesmo a ter relutância em livrar-se dos corpos em decomposição de animais mortos, e estes vão-se muitas vezes acumulando, fazendo de cama ou mesmo de alimento aos animais vivos que lutam para sobreviver no meio de espaços imundos.
Estas pessoas estão convencidas que ‘amam’ os animais, mas cegam completamente para o facto de que estão a ser negligentes e não estão a cuidar dos animais convenientemente, e isto mesmo perante uma realidade de fome, doença e morte. Geralmente são incapazes de lidar sequer com o pensamento de eutanasiar um animal, que abominam e rejeitam completamente, mas largo número dos animais que ‘salvam’ é apenas para ser remetido a um ambiente sobrepovoado, sem condições, onde os animais sofrem de diversas doenças, de má nutrição, falta de actividade, má ventilação e falta de atenção, entre muitas coisas mais. Cães e gatos são muitas vezes encontrados em gaiolas, caixas, dispensas, caves e os sítios mais inimagináveis, e muitos deles ainda assim são deixados a reproduzir-se. Isto porque estas pessoas, na maioria das vezes, já não podem comportar gastos com esterilizações e castrações (já para não falar nos cuidados veterinários básicos), e por isso os animais reproduzem-se e a “colecção” aumenta ainda mais, até que a sujidade, o lixo, o barulho e os cheiros atraem a atenção de vizinhos e, em última instância, de algumas entidades municipais ou policiais.
Talvez a característica psicológica mais proeminente destes indivíduos é que os animais (e outros bens) tornam-se centrais para a própria identidade do hoarder. O colecionador desenvolve uma forte necessidade de controle, e apenas o pensamento de perder um animal pode produzir uma reação de pesar intensa. Entrevistas preliminares também sugerem que alguns hoarders cresceram ou vivem em famílias problemáticas, com falta de estabilidade, de carinho e de atenção, e os animais podem ter sido ou ser sua única referência de estabilidade em termos de relacionamento.
Alguns estudos mostram mesmo que é uma característica recorrente entre os “Animal Hoarders”, o facto de terem sido negligenciados ou terem sofrido grandes perdas. Em suma, eles tentam preencher o vazio das suas vidas com o amor consistente que sentem que lhes falta (ou faltava). Muitos Hoarders acreditam que têm como missão salvar animais. Por esta razão, é muito mais comum entre as pessoas que se movem no meio da ‘ajuda animal’ o ‘Hoarding’ do que qualquer outro tipo de crueldade perante os animais. A reincidência entre animal hoarders é de próxima de 100%
O típico “animal hoarder” é muitas vezes já de idade avançada e sobretudo mulheres, mas as estatísticas mais recentes indicam que indivíduos mais novos e do sexo masculino não estão imunes. .
De acordo com o “Hoarding of Animals Research Consortium”, os seguintes critérios são usados para definir que estamos perante “animal hoarding”:
1. Ter mais animais do que a média considerada normal, e permitida legalmente;
2. Incapacidade de prover as condições necessárias de nutrição, condições sanitárias, abrigo e cuidados veterinários, com esta negligência resultando muitas vezes em fome, doença e morte.
3. Negação da incapacidade de prover estes cuidados e do impacto que esta incapacidade tem sobre os animais, a sua habitação e os humanos com quem convive.
Atualmente, tal como outras coisas na sociedade, o “Hoarding” evoluiu, e já não passa apenas pelo acumular de animais na casa do próprio hoarder. Hoje em dia, existem Hoarders que motivados por aquilo que julgam ser a sua missão e cruzada pessoal, acumulam animais em espaços improvisados, mais ou menos escondidos dos olhos indiscretos, em hotéis de animais (legais e ilegais), em veterinários e em FAT’s sobrelotadas. Ao esgotar dos recursos próprios, somam-se agora recursos obtidos através de pedidos em sítios da internet e redes sociais, que permitem aguentar mais algum tempo a sua actividade, mas no final acabam por chegar de alguma forma a situações de descontrolo, a custo das suas vidas pessoais e familiares e, em ultima instância, dos próprios animais.
A estes hoarders individuais, juntam-se também alguns hoarders colectivos, que se unem em associações ou grupos, mas no final acabam por passar por QUASE tudo o que um hoarder individual passa. Isto porque, tal como estes, acumulam descontroladamente animais muito para além do que é a sua capacidade e possibilidade, ignoram e rejeitam a eutanásia sobre todas as coisas, recusam-se a reconhecer que estão num caminho sinuoso e desta forma os ‘seus’ animais acabam por passar fome e viver em condições desumanhas e sem os cuidados básicos de saúde e atenção.