Cães que não se dão

[andreialima]

Olá a todos

Tenho um cão com 11 anos que tem um temperamento difícil para alguns cães, mas costuma ser para aqueles cães mais dominadores (como ele, que acha que é o boss ). À já um ano que eu e o meu irmão apanhamos um cão da rua e ele resolveu ficar com ele. O cão é extremamente brincalhão (parece que tem pilhas duracel) e é novo, deve ter um ano e meio. O problema é que o meu cão não o aceita nem à lei da bala. Alguém me sabe dizer se existe alguma forma de ensinar o meu cão a dar-se com o outro cão (que agora nem se atreve a chegar-se a ele, foge a sete pés).

[KROZ]

É dificil. Há quem separe os cães por uma rede para se irem habituando e só muito depois os juntam... Mas para isto
e preciso um canil e não sei se resulta sempre. Já vi resultar com dois cães mas isso não quer dizer nada.

Neste caso, não se meta. Eles que resolvam. O que está a acontecer é perfeitamente normal. Um cão com 11 anos que sempre foi o rei, vê-se agora com uma ameaça em casa e há que mostrar quem manda desde cedo. Se as coisas não passarem de rosnadelas e "simulações" de mordida, não se meta, deixe-os estar. Se existir mordidas sérias e mais do que uma ou duas vezes, então é melhor começar a pensar noutra solução.

[jcsousa]

Como disse o Pedro, o ideal é eles resolverem o assunto entre eles. Caso cheguem a vias de facto pode ser um problema.
Tê-los em canis à vista um do outro pode resultar, mas também pode agravar o problema - estarem permanentemente a desafiar-se dá luta pela certa quando estiverem em contacto...
Dada a idade do mais velho, e a fogosidade do mais novo, o assunto é problemático. O mais jovem deve querer sobretudo brincadeira e o mais velho sente-se ameaçado e responde agressivamente.
Uma hipótese a considerar é soltá-los açaimados para evitar mordidas e ver se eles resolvem a situação. Se um deles conseguir submeter o outro, virando-o de barriga para cima, provavelmente não haverá mais disputas. Poderá i-los habituando e posteriormente tirar o açaime ao dominado.
Enfim, com idades tãi diferentes, tem aí um problema a exigir muita paciência.
Sorte

José Carlos

[isab]

O meu Átila também é muito agressivo com os outros machos e igualmente com os gatos. Quando ele veio ca para casa eu já tinha um gato com 14 anos. Nem imagina a tourada que era, mas eu consegui minimizar a situação colocando o gato por exemplo ao colo do meu marido e entrava com o meu cao atrelado na sala. É claro que o primeiro impulso era ele atirar-se, mas como estava preso acalmava. Entao eu sentava-me na sala com ele e chegavamos a estar todos juntos cerca de uma hora. Eu, o cao, o gato e o meu marido. A certa altura por €xemnplo o gato resolvia sair e passava relativamente perto do cao. Ele que nessa altura até já estava deitado e completamente descontraido, já nao ligava ao gato. Aconselho-a a fazer mais ou menos o mesmo. Ponha o cao agressivo na mesma sala que o outro, mas coloque esse outro ao colo de alguém mas garanta-se que o seu cao nao vai agredir essa pessoa e segure bem o outro cao. Se eles conviverem, embora com estas restrições, todos os dias e se conseguirem habituar-se à presença um do outro, penso que vai conseguir. A ultima situação será dar-lhe comida com os dois soltos, porque o cao dominante nao vai deixar.

[andreialima]

Agradeço a todos pelas respostas mas não era bem isso que eu queria. O cão mais novo não está permanentemente em minha casa, só veio cá passar uns dias, e este não faz nada ao meu cão (o mais velho), se o meu cão ataca ele encolhe-se com medo. Já se chegaram a pegar mais do que uma vez mas é o meu cão que ataca o outro, como já disse o mais novo não faz nada.

Estão na mesma casa já à 3 dias e o meu cão ainda não se pegou com o outro, mas temos de estar sempre com 7 olhos para ver se não acontece nada. è só dentro de casa que o meu tem ciúmes, desde que o conheceu pela 1ª vez. O que eu pretendia era saber se existe algo que eu possa fazer para ver se o meu o aceita melhor. Jà pensamos em açaimá-lo sempre que o outro vem cá a casa, mas tenho medo que isso o enfureça ainda mais.

Se houver por aí um tratador de animais desponível para me responder é que era porreiro. De qualquer das maneiras agradeço imenso aos que me responderam.

[boerboelfan]

Olá andreialima

Isso é perfeitamente normal pois a sua casa é o território do seu cão e o outro é um intruso donde o seu cão defende o seu território ( e isso será tanto mais intenso quanto o seu cão tiver carácter dominante ).Se eles permanecessem juntos provávelmente seria mais rápido a convivência assim que as regras entre eles estiverem definidas.Se se virem esporádicamente será mais lento e tanto mais quanto maior o prazo em que estejam afastados.Todavia, se seguir alguns dos conselhos que aqui já foram dados e tiver paciência pode ser que as coisas se venham a compor.Não deixa de ser uma dificuldade acrescida a diferença de idades mas pode ser que tudo se resolva.

Saudações

[jcsousa]

Se os cães não vivem na mesma casa e é o mais velho que é "visitado" isto só agrava o problema, pois a habituação é mais difícil. Para evitar conflitos baseados na territorialidade do mais velho, pode tentar soltá-los juntos em terreno neutro, por exemplo, num passeio pelo campo. É fundamental que os cães estejam soltos, porque à trela o seu comportamento é mais agressivo. Renovo o conselho de começar com os cães açaimados e ir vendo como eles se entendem.
Se não se entenderem, palpita-me que a solução é mesmo acabar com as "visitas" do mais pequeno, para evitar que acabem mal... / olhos podem não ser suficientes.

Boa sorte

José Carlos

[gengibrecanela]

Olá Andreialima.
Imagino que deves ter realmente um problema complicado em mão. Tenho alguma experiência com fox terrier, que são cães relativamente complicados, e penso que te poderei dar alguns bons conselhos.
Tenta ao máximo o convívio em território neutro, se possivel com outro cão como "mediador" que não crie disputas. Deves evitar, nesta fase de contacto inicial, que o teu cão sinta que perde algo com a presença de outro animal; recompensa-o quando a sua atitude for de tolerância e evita a todo custo repreende-lo em frente do visitante.
A brincadeira quebra todas as barreiras, mas a presença de objectos ou pessoas para "disputar" poderá criar alguns problemas.
As trelas e os açaimes raramente são solução.
Boa sorte.

[Tristessa]

Olá...

infelizmente sei bem o q estás a passar pois tenho em mãos uma situação mt idêntica á tua!

Tb os meus cães ñ aceitam o Nilo pois tb ele se armou em mandão da "matilha" lá de casa e os outros ñ acharam piada nenhuma.. e agora é a desgraça
Chegou a haver lutas terríveis entre todos... a Twiggy chegou a ficar toda ferrada por ele.. e fui obrigada a ter de prender o Nilo no quintal... ñ estando á vontade pra correr pq ñ o posso ter lá solto.
Eu detesto ver os animais nestas condições e custa-me mt ter de fazer isto ao Nilo.. ele é um cão mt activo.. corre q se farta.. tornou-se num cão mt bonito e grande.. já o tentei dar mas nesta altura é perder tempo pq o q ñ falta é animais pra dar e em piores situações q ele... por isso desisti

Soluções ou alternativas.. bem as procurei.. falei pra escolas.. vets pra pedir a opinião mas todos me diziam q era uma incógnita saber se ele alguma x mudaria e deixaria de ter o comportamento violento q tem prós cães e ás xs tb prás pessoas

É uma situação mt chata e complicada e q só dá pra ficarmos tristes qd vemos como eles ficam felizes qd o vamos soltar 1 bocadito pra dar umas corridas e soltar as pernas

Espero q tenhas + sorte q eu....

[Bloodberry]

quem sabe com o tempo... o meu Neru também é assim, mas por sorte recebe todos os outros cães muito bem cá em casa, seja cão ou gato. quando o Akira veio para cá, ele tinha alguns ciumes, mas nada do outro Mundo e aprendeu a estar com ele... quem sabe, o teu, com o tempo também aprenda isso... vai dando notícias

[teresarodrigues]

Quando tive o Murdok, o cão dos meus pais já tinha uns 13 anos e não achou piada nenhuma ao "intruso" que o ía visitar de vez em quando. Não era agressivo, mas afastava-se. Ao contrário, o pequeno Murdok queria brincadeira e fartava-se de correr atrás do mais velho. No inicio foi complicado e tinhamos de estar sempre a vigiá-los, mas com o tempo habituaram-se e, quando ficavam sem se ver durante algum tempo, até pareciam sentir saudades (pelo menos a julgar pela forma como se cumprimentavam). A situação mais desagradável aconteceu quando estavam a comer ao mesmo tempo e o Murdok achou que devia comer a sua ração e a do outro também. A partir daí, não caimos na mesma asneira e passamos a alimentá-los separadamente. Parece-me que já alguém falou deste ponto importante. Outra coisa: quando dormiam na mesma casa, cada um tinha a sua camita e nunca tentavam "roubar" a cama do outro. Enfim, com alguma paciência para os treinar e educar no sentido de se aceitarem mutuamente, tudo acabou bem.
Com 8 anos o Murdok morreu, enquanto o cão dos meus pais cá continua nos seus 16 anos todo pimpão. Uma coisa caricata é que se alguém pronuncia a palavra Murdok, ele arrebita de imediato as orelhitas e fica alerta a olhar para todos os lados... Já lá vai um ano que o meu Murdok morreu, mas acredito que continua vivo em todos nós (membros da famíla), incluindo o cão mais velho que não o queria aceitar.
Tanto testamento e provavelmente não ajudei grande coisa, mas desejo-lhe a maior das sortes e espero que tenha sucesso.
Melhores cumprimentos,
teresarodrigues