Eu e os bichos
Desde pequena que sou apaixonada pelos bichos, e desde sempre tive um sonho: ter um cão!
Sempre que via um cão, gato, coelho, galinha, ovelha, peixe, tartaruga… era muito difícil arrancarem-me do pé deles, por e simplesmente sempre os adorei.
Quando era pequena mais ou menos 4 anos a minha avó paterna tinha criação galinhas e coelhos sei que adorava ir para o pé dos coelhos mas já não me lembro muito bem, o que me lembro era a visita obrigatória à horta do tio Adelino ver os cordeiros, a partir de certa altura a minha avó de vez em quando tomava conta de uma cadelita caniche a Fifi e dessa nunca me esquecerei, quando ela não estava na casa da minha avó ia visitá-la ao quintal do dono e até ser bem velhinha e morrer reconheceu-me sempre era só chamá-la e lá vinha ela de rabo a abanar ter comigo e receber festinhas através do portão, fazia-lhe sempre mais do que uma visita diária.
Na minha rua havia um Pinscher o Piruças que eu adorava, morreu de velho (devia ter quase 18 anos) e sempre me disseram que se fosse um como ele me deixavam ter um cão, e que quando ele tivesse filhos um era para mim, todos os meus vizinhos conheciam a minha paixão e chegaram a guardar cães para mim, mas os meus pais nunca deixaram. Uma vez a minha mãe disse-me “eu dou-te um cão quando passarem de moda” e eu fiquei tristíssima porque sabia que um amigo de 4 patas nunca passa de moda!
Eu queria tanto ter um cão que um dia me saí com esta “Oh a minha mãe não me quer dar uma cão mas eu tenho uns primos que até adoptaram um preto!” faça-se notar que para mim um cão era (e hoje ainda mais) considerado como um irmão e eu nunca fui racista, simplesmente achei que devia ser muito mais difícil adoptar uma criança do que um cão!
Sempre me ensinaram a respeitar os animais, talvez por isso não me deixassem ter um cão, tive peixes, periquitos, uma tartaruga, tive um gato, o Negrito, que me deu uma importante lição, os animais precisam do seu espaço e da sua liberdade (acabou por ficar na casa da minha avó , era quase bravo e gostou mais das gatas e da liberdade do que de mim), quem sempre tratou deles foi a minha mãe.
O tempo foi passando mas o sonho mantinha-se de pé e eu nunca me esqueci, aos 13 anos já tinha a noção de que talvez não tivesse as condições ideais para ter um cão e durante um tempo percebi que devia esperar e dar provas de que era capaz de cuidar de um animal, tive peixes e um hamster e desta vez era eu que cuidava deles, acabou por surgir uma cadelinha linda que passou uma noite em nossa casa mas (in)felizmente o meu pai percebeu que ela ia ficar demasiado grande e no dia seguinte foi adoptada, durante muito tempo recebi fotos dela e de facto o meu pai tinha razão ficou mesmo grande e nós não teríamos condições.
Depois mudei de escola fiquei mais velha e percebi que já reunia condições suficientes para ter um cão, estava mais responsável, tinha mais tempo, sabia que tinha condições para ter um cão pequeno talvez médio mas o meu pai continuava a não deixar, pesquisei, investiguei, preparei argumentação…entretanto a minha mãe reformou-se e começava-mos a pensar seriamente no assunto… e quando ia lançar a cartada final…
A minha madrinha ofereceu-me uma viagem como prenda de anos (18 era este o argumento de peso, a maioridade), durante a qual eu tive a LATA de lhe dizer que preferia que ela me tivesse oferecido um cão, mal eu sabia o que me esperava, à meia noite do dia dos meus anos aterrei em Lisboa e à minha espera tinha um sonho! Quando cheguei ao pé dos meus pais tinha à minha espera um cão! Eu e a minha mãe gritámos em uníssono VITÓRIA! E imediatamente(quer dizer já tinha o nome decidido há muito tempo) decidi como se chamaria aquela amostra feminina de Pinscher, “Vicky”, foi assim que ela chegou a mim.
Quando fiz os 19 a Vicky decidiu dar-me um presente e engravidou antes do previsto e ofereceu-me o Simba!
Hoje sou completamente louca com os meus cães, continuo a apaixonar-me por todos os 4 patas, e posso dizer que sou feliz e isso agradeço aos meus cães pelo acordar e pelas lambidelas que me dão todos os dias, pelas risadas que nos dão, a mim e à nossa família, pelo tempo que nos devolveram, por tornarem os nossos dias melhores…
Agora sei que tinha condições para ter tido o cão mais cedo, mas também sei que actualmente podemos dar muito mais atenção aos nossos cães, que aprendi muito mais sobre cães e que tenho muito mais responsabilidade para tratar deles.
Quem espera sempre alcança... mas sempre quando menos se espera!
SE PODIA VIVER SEM ELES? NÃO JÁ NÃO POSSO! ELES FAZEM PARTE DE MIM!
<p class="MsoNormal">"Quanto mais conheço os homens mais gosto dos animais" </p>
<p class="MsoNormal">Se eu podia viver sem animais? não, não podia, não era a mesma coisa!</p>
<p class="MsoNormal">Quem espera sempre alcança... mas sempre quando menos se espera! </p>
<p class="MsoNormal"> Adoro as minhas 2 mini “pestes” a Vicky e o Simba!</p>