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A CULPA NÃO É DOS CÃES, MAS DE QUEM OS UTILIZA E DO ESTADO (que"não vê,não ouve e não fala"!)
Na revista "Grande Reportagem" de Junho de 2002 mais uma vez deparamo-nos com a triste realidade das lutas organizadas com cães. A moda "pegou" em Portugal, mas ao contrário de outros paises da Europa, o Governo Português e a Polícia fecham os olhos. O problema é que este fenómeno em Portugal tb ainda não atingiu as dimensões que tem noutros paises. Terá de
se agir depressa para que daqui a uns anos já não se consiga ter "mão" no assunto.
Os praticantes desta imoral actividade não se contentam só em organizar lutas com os seus cães que raramente saem ilesos do combate, e muitas vezes são abandonados para morrer devido á gravidade dos ferimentos e à "honra" comprometida dos seus donos.
Tb é prática corrente o roubo de animais para luta ou treino. Os cães de luta são treinados utilizando cães
vadios e de raça que ficam num estado de sofrimento indescritível.
Alguns morrem logo, outros ficam a agonizar abandonados. Além desta barbaridade, os individuos prendem os cães que perdem as lutas aos pára-choques dos carros e fazem piões de seguida.
No ano passado desapareceram em média cerca de dez animais por mês.
E em 2002 já são mais de cinco dezenas, na sua maioria rottweilers, pastores-alemães e boxers. Existem outras raças nas listas negras: os huskies e os labradores. Os últimos, sendo animais bastante resistentes e incapazes de atacar, são utilizados como "sacos de pancada".
Já os huskies sofrem um tratamento de choque que os torna extremamente agressivos: são
fechados durante dias a fio sem água, comida e luz. Findo o isolamento são postos á prova defronte de outros cães sem terem acesso a alimento.
O treino repete-se até o animal se tornar numa autêntica fera.
Em Portugal existe legislação especifica que proibe expressamente
as lutas de cães e que obriga ao registo de posse de animais perigosos. Mas a inexistência de qualquer tipo de fiscalização, e o aparente desinteresse do próprio Estado em relação á matéria, levam a que qualquer pessoa possa
ter cães de combate e até que se organizem lutas em locais públicos. Já se deu o ridiculo caso, na praia de Carcavelos, de a policia interromper um combate de cães e não deter nenhum dos presentes, porque todos afirmaram que os
cães não eram seus. É por estas e por outras que a legislação deve ser alterada.
Apesar de não referido na reportagem, é do conhecimento da área zoófila de que, na ânsia de encontrarem "carne para canhão" para os
treinos dos cães lançados nas lutas, tem aparecido pessoas nos Canis Municipais e perante Associações (normalmente Jovens e em Casal, bem vestidos, simpáticos)pretendendo adoptar animais (mais do que um) indeferenciados, fêmeas, mais velhos e que vão acabar de forma triste.
Chamamos a atenção para redobrar os cuidados nas doações [nomeadamente indo entregar os aniamais de forma pessoal para se verificar os locais onde irão permanecer, o preenchimento das fichas de doação com
o máximo de dados (nº do BI obrigatório), cruzamentos de informações com as Associações Zoófilas, etc.] evitando assim continuar a "alimentar a cadeia"!
Os abaixo assinados querem pedir a ajuda a tantos quantos simpatizam com a defesa dos animais e, de forma simples, juntar o máximo
de assinaturas (fazendo Forward e acrescentando o seu nome).
QUANDO SE CHEGAR A CADA 500 NOMES ESTE MAIL DEVE SER REMETIDO À
PROCURADORIA GERAL DA REPUBLICA através do mail [email protected]
Depois das 500 assinaturas e respectivo envio, servirá para alguma coisa?
Que pensam disto?