Idade ideal para separar um cachorro da mãe e ninhada

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Moderador: mcerqueira

sasquatch
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quinta mar 15, 2012 3:51 pm

Penso que o que é muito prejudicial, para além de animais separados demasiado cedo das mães, são animais criados "no canil", sem barulhos de casa, sem contacto com seres humanos, sem vivência doméstica.

Vi casos de animais de raça, com LOP, excelente aspecto fisico mas completamente timidos e receosos. Num desses casos os compradores ficaram com animal desconfiado e assustado, que tinha fácilmente reacções agressivas.
O facto de lidar com outro cão muito social não resolveu muito o problema porque faltou a presença humana numa fase importante do desenvolvimento em cachorro.
joanaduarte
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quinta mar 15, 2012 3:51 pm

ups escaparam-me aqui uns post... o meu ultimo coment era era para a sasquatch
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JoanaGoncalves
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quinta mar 15, 2012 3:57 pm

Já agora, para complementar o que disse atras, aqui fica um videozito de uma das minhas bebés a brincar com um estranho a casa... ;)

http://www.youtube.com/watch?v=jLKp6e340cY
<p>Joana Gonçalves</p>
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<p>-Não existem raças perigosas, existem sim donos e pseudocriadores perigosos!-</p>
joanaduarte
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quinta mar 15, 2012 4:02 pm

Naturalmente que não se poe aqui em como hipotese valida tirar um cachorro para o por no canil ou tira-lo antes do demame.... isso são cenarios na minho opinião disparatados...

A questão é qual a idade que um cachorro vindo de um criador em condições deve sair para um dono em condições? Quanto ao resto acho que todos concordamos que não devia existir...

O que fala no caso dos pastores acho que é um caso um pouco diferente pois embora sejam postos com outros caes n estão com a mae e irmãos. Nos anos 60 fizeram-se algumas experiencias com ninhadas de cães guia que ficavam com mae e irmaos até aos seis meses, outros só com irmão e outros eram separados. dos que ficavam com a mãe nenhum passava nos teste para cão guia, dos que ficavam com os irmão só um por ninhada passava. No entanto o contacto com cães "de fora" não pareceu afectar os cachorros.
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joanaduarte
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quinta mar 15, 2012 4:05 pm

:) que idade têm a pequenita aqui?

realmente a malta "do trabalho" tem outra estaleca ;)
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JoanaGoncalves
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quinta mar 15, 2012 4:06 pm

joanaduarte Escreveu::) que idade têm a pequenita aqui?

realmente a malta "do trabalho" tem outra estaleca ;)
Ora bem se não me engano teria dois meses e duas semanas, porque foi mais ou menos na altura que o dono a foi buscar... ;)

Por falar nisso, deu-me agora ca umas saudades desta maltinha... :(
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VeroniquePet
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quinta mar 15, 2012 4:34 pm

Apartir das 10 semanas, é o ideal!!!
bhess
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quinta mar 15, 2012 7:03 pm

Os dois cães que tive desde cachorros chegaram cá a casa com 3 meses e uma semana e 3 meses e 3 semanas, respectivamente. Sempre foram cães muito equilibrados.
A Rottweiler, se calhar, porque já faz parte do temperamento que os caracteriza. O Westie justifico pela boa socialização com cães, pessoas, ruídos de casa e exterior e também por ter ficado com mãe, irmãos e restantes cães do criador até esta idade.
"O problema das pessoas é que elas são apenas humanas..."

Calvin
jPrudencio
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quinta mar 15, 2012 7:12 pm

Na minha opinião o cachorro deve sair de casa do criador as 8 semanas.
Porque é quando normalmente já tem as 2 primeiras vacinas, e sendo assim o perigo de contrair doenças já não é tao grande. E na minha opinião o periodo das 8 as 12 semanas é o mais importante na socialização de um cachorro, e é nesse periodo que os devemos expor ao maior numero de situaçoes diferentes que possamos.
Com a minha cão de agua a minha cadela de trabalho eu optei por ir logo buscala no primeiro dia em que o criador deixou, que foi as 8 semanas, e também mesmo tendo apenas 2 vacinas, arrisquei logo deixala andar no chao, apenas evitei o contacto com caes desconhecidos, para ela ter a melhor socializaçao possivel
indigo003
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quinta mar 15, 2012 9:53 pm

gosto deste tópico! :)

na minha opinião, não há propriamente uma regra que se aplique a todos os cachorros por igual. um cachorro pode ir mais cedo ou mais tarde do que o habitual para casa do seu dono, conquanto seja um dono capaz de o estimular, sociabilizar, moldar comportamentos e educar correctamente o cachorro!

tendo isto em conta, acho que os donos e futuros donos deveriam pesquisar mais sobre formas de educar cachorros, antes de os irem buscar! :)
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bhess
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quinta mar 15, 2012 10:37 pm

indigo003 Escreveu:gosto deste tópico! :)

na minha opinião, não há propriamente uma regra que se aplique a todos os cachorros por igual.
Também acho! Se a socialização e educação forem bem feitas (independentemente do local - criador ou no novo dono) as probabilidades de termos um cão adulto equilibrado são bem maiores!
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Calvin
zeca2
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sexta mar 16, 2012 11:46 am

As vantagens de aproveitar ao máximo a fase de imprinting levam-me a crer que a separação a partir do final dessa fase é mais conveniente. Considera-seque o imprinting termina quando o cachorro licita a sua primeira resposta de medo, o que costuma acontecer por volta das 10/12 semanas.

É evidente que toda esta "teoria" pressupõe a verificação de condições ideais de sociabilização inter e intra específicas, das quais salientaria:

- um carácter adequado da cadela portadora da ninhada;
- um trabalho correcto de manipulação dos cachorros por parte do criador, a partir do 3º dia de vida da ninhada;
- um trabalho correcto de sociabilização intra e inter específica a desenvolver sistemàticamente pelo criador da 4ª a 10ª/12ª semanas de vida dos cachorros.

Qualquer variação destes pressupostos pode aconselhar a separação precoce dos cachorros e a entrega aos novos donos, mas isto ressupõe que estes efectuam de forma correcta a necessária sociablização..

Dizer que é positivo separar os cachorros da mãe às 7 semanas parece-me muito discutível, sobretudo porque tal raciocínio parece omitir a obrigação do criador em acompanhar sistemáticamente a ninhada promovendo a sociabilização de cada cachorro nas suas várias vertentes.

Além disso, e sendo o cão um animal gregário, em nenhum lugar desenvolverá melhor esse gregarismo que no seio da sua matilha natural, ou seja, a respectiva ninhada e o convivio com irmãos, mãe e restantes adultos.
joanaduarte
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sexta mar 16, 2012 12:13 pm

Mas está-se sempre aqui a partir de presuposto que eu acho que é discutivel: que é benefico para o cão concluir a aprendizagem da hierarquia e terminar a sociabilização junto da mãe e irmãos. Isso vai criar uma relação social preferencial com outros cães (a itra especifica é sempre mais forte) quando nós sabemos que a maioria nunca vai viver senão com humanos e mesmo os vivem com outros cães o ideal era que o laço preferencial fosse connosco. Nos chamados cães de trabalho isso já não acontece, mesmo que tenham de ficar com o criador são separados da mãe e irmãos por volta das sete semanas. Pk deixar concluir uma "aprendizagem" que em ultima analise não é util nem ao cão nem a nós, podendo nalguns casos até prejudicar?
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sasquatch
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sexta mar 16, 2012 12:32 pm

Um cão tem de aprender o "básico" não com seres humanos mas com cães. O imprinting tem de ser feito com animais da mesma espécie.

Ao contrário do que por vezes se pensa, um animal criado por humanos desde muito cedo não é por isso muito dedicado a eles ou muito fácil de ensinar.
É precisamente o oposto. Ainda por cima vai ter um relacionamento mais dificil com outros animais da espécie: o humano não lhe sabe ensinar os sinais da sua espécie...

Se tivesse visto cadelas a lidar com as crias perceberia porque é que tem de ser assim.
Por alguma razão,nos zoos, muitos animais nascidos em cativeiro não sabem pura e simplesmente tratar das crias ou mesmo lidar com macho/fêmea.

Um cão nunca vai actuar como um humano mesmo que tenha aberto os olhos entre humanos. Não é humano. Ele simplesmente adequa os ensinamentos de cão para a matilha humana. Se os aprendeu bem, vai ser mais fácil, se os não aprendeu, é mais dificil.
zeca2
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sexta mar 16, 2012 12:35 pm

é benefico para o cão concluir a aprendizagem da hierarquia e terminar a sociabilização junto da mãe e irmãos.
Nesta fase a mãe "ensina" ao cachorro as pautas comportamentais que hão-de formar o seu carácter. Se a mãe tiver um carácter adequado não vejo em que possa ser positivo interromper essa aprendizagem essencial.
Isso vai criar uma relação social preferencial com outros cães (a itra especifica é sempre mais forte) quando nós sabemos que a maioria nunca vai viver senão com humanos e mesmo os vivem com outros cães o ideal era que o laço preferencial fosse connosco
Essa afirmação não pode ser tão taxativa... primeiro, porque a convivência com mãe e ninhada permite ao cachorro aprender a hierarquia, o que é sempre positivo para o convívio com o dono: depois porque na ausência da família canina, o dono pode facilmente criar um forte vínculo com o cachorro, visto que o seu gregarismo foi desenvolvido correctamente antes.
Nos chamados cães de trabalho isso já não acontece, mesmo que tenham de ficar com o criador são separados da mãe e irmãos por volta das sete semanas.
Tirando possivelmente o caso dos cães-guias não me parece justificável essa prática.
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