"Busca, bobi": uma notícia positiva, para contrapor

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Tassebem
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terça ago 14, 2012 2:37 am

Ao ler esta notícia, lembrei-me de um tópico de há algum tempo, de que alguns talvez se lembrem, de uma forista cujo avô desapareceu e não voltou a ser encontrado. Talvez este tipo de iniciativa pudesse ter ajudado... pelo menos, procura agora ajudar alguns. Oxalá a sua importãncia possa ser reconhecida por quem de direito.

"Busca, bobi. Um dia treino o meu cão para resgatar pessoas

Por Marta F. Reis, publicado em 14 Ago 2012

“Não adianta dizerem esquerda ou direita. É o mesmo que bife ou batata frita.” Resi Gerritsen, holandesa de 60 anos e explicações firmes, vai tirando dúvidas aos voluntários de seis equipas nacionais de busca e resgate com cães. Passa pouco das 10h na mata da Charneca da Caparica e já houve uma ronda de treinos: o objectivo é ensinar os cães a varrerem o terreno em corredores de 50 a 80 metros até encontrarem a vítima, em vez de dispararem na direcção de qualquer odor. “Não pode ser, vão gastar energia para nada.” Gerritsen, perita da Organização Internacional de Cães de Resgate (IRO), é a cabeça-de-cartaz do seminário dedicado ao treino para busca e salvamento em grandes áreas. Quando se esgotam as perguntas, Gerritsen não dá tréguas: “O senhor que está sentado não tem dúvidas? Então toca a levantar, mais um treino.”

O encontro, no final de Julho, lançou uma nova fase de qualificação nesta área, preparando as equipas para os testes internacionais da IRO. A iniciativa partiu do Clube Português de Canicultura (CPC), que quer criar um registo das mais de 30 equipas nacionais e aderir à organização. Gerritsen elogia o entusiasmo: “Há algum atraso, mas têm cães e guias com qualidade. Era bom que fosse uma área conhecida e que os grupos tivessem apoios do governo ou locais. Na Holanda podemos treinar numa base militar e com carrinhas, não usamos os nossos carros.”

Em Portugal, apesar de as equipas já serem accionadas pelas autoridades, está tudo por conta dos voluntários. “Não nos é dada credibilidade para dizer que os nossos cães estão operacionais”, diz Frederico António, do CPC e fundador da Unidade Canina de Salvamento (UCAS) de Leiria, nos bombeiros de Ortigosa. Vão dando provas, mas às vezes com dissabores pelo meio, como na última missão da UCAS, em Maio. A vítima desapareceu numa terça-feira e polícia e bombeiros estiveram no local. Depois de desmobilizarem, na quinta, um familiar pediu-lhes ajuda. Accionados pela protecção civil municipal, partiram para o terreno, no concelho vizinho da Batalha. “Não havia registos do que tinha sido feito. Foi preciso começar do zero.” Além dos cães, levaram voluntários para buscas pedestres e tiveram apoio de militares, de folga. Quando no sábado pediram apoio para alimentar o grupo, receberam ordem de retirada. O entrave resolveu-se com uma visita da protecção civil distrital, que validou o comando da UCAS, mas o almoço foi oferecido pela família.

Horas depois e quase 96 horas após o alerta, encontraram o idoso com vida, a 1,2 quilómetros de casa. “Foi o caso que mais me marcou. Era uma pessoa com Alzheimer, dois AVC, diabetes. Contra as probabilidades, encontrámo-lo a tempo, fazia 82 anos naquele dia”, lembra Frederico.

Gerritsen defende que, além de apoios, são precisos mais voluntários, sobretudo para estes casos. “Os desaparecimentos não são uma prioridade da polícia. Vamos ter populações mais envelhecidas, com demências. É fácil perderem-se. As buscas exigem muito tempo e as autoridades, por vezes, não têm meios suficientes.” Filipa Aragão, voluntária da Brigada Autónoma de Resgate com Cães (BARC), é testemunha de que só depois de descobrirem o papel que podiam ter nesta vertente do resgate é que começaram a ser úteis. Em 2006, a equipa de Cascais começou a treinar para missões em escombros. Como nunca houve um desastre, o primeiro caso foi um idoso desaparecido. Dedicaram-se às buscas em grandes áreas e fizeram uma parceria com a Alzheimer Portugal. À medida que vão ficando conhecidos, o trabalho aumenta. No primeiro semestre tiverem seis missões, tantas como em 2011.

“É preciso manter a motivação, lidar com o stress e com a frustração. É tão difícil para o cão como para o guia”, explica Gerritsen. Até uma dupla estar operacional são precisos dois anos de treinos, o que desmobiliza alguns voluntários. Outros, como João Prudêncio, da Associação de Resgate Cinotécnico, de Sintra, trocam as saídas à noite e os tempos livres por prazeres maiores, como ver um cão-d’água de 18 meses, a brincalhona “Ari”, tornar--se disciplinado o suficiente para ladrar sem parar quando encontra uma vítima. Gerritsen, com 35 anos de entrega à causa, diz que muitos ainda se movem por “mitos”, mas o que importa é que encarem o hobby com seriedade. “Os guias pensam que os cães querem ajudar pessoas. É uma ideia romântica. Os cães não pensam, querem a recompensa, seja a bola ou alimento. É preciso treinar muito para serem úteis.”»

in http://www.ionline.pt/portugal/busca-bo ... ar-pessoas
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jPrudencio
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terça ago 14, 2012 12:16 pm

Eu estive presente neste seminário, foi muito possitivo e deu para aprender.
E a cão de água brincalhona a que o artigo se refere é a minha cadela.
carlapt2012
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terça ago 14, 2012 3:40 pm

Parabéns Jprudencio :-)
JoanaGoncalves
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terça ago 14, 2012 3:57 pm

jPrudencio Escreveu:Eu estive presente neste seminário, foi muito possitivo e deu para aprender.
E a cão de água brincalhona a que o artigo se refere é a minha cadela.
Essa rafeira...... 8)

Como é óbvio Essa senhora é concordante com uma metodologia e como é óbvio defende-a, agora existem muitas mais, e muitas técnicas e metodologias... Tal como em todas as actividades caninas... eu sou fã de... TODAS, retiro o melhor de todas e refuto o pior de todas... E gosto de trabalhar assim... :D 8)
<p>Joana Gonçalves</p>
<p>Terras da Fénix Kennel</p>

<p>-Não existem raças perigosas, existem sim donos e pseudocriadores perigosos!-</p>
jPrudencio
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terça ago 14, 2012 4:39 pm

Pode ser rafeira mas ao menos não parece que levou uma pazada no focinho. LOOOOL
nicosa
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terça ago 14, 2012 4:54 pm

jPrudencio Escreveu:Pode ser rafeira mas ao menos não parece que levou uma pazada no focinho. LOOOOL
:lol: :lol: :lol: :lol: Uma! Os outros ficam assim porque a dona nunca mais aprende que a cama dos cães é para ser posta no chão e os desgraçados andam sempre a cair da cama abaixo.... :lol: :lol:
Sofia
jPrudencio
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terça ago 14, 2012 7:44 pm

Pois deve ser mesmo isso.
JoanaGoncalves
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terça ago 14, 2012 11:59 pm

Boceses sois munto mas linguas... 8)

Então e a loira? Tambem é achatada??? Boceses num sabeis que dezeri e imbentam cosas dos canitos dos outros... 8)
Jonhy, proxima vez que fizeres de vitima pra minha Jenny ou pra Love eu digo-lhes para te mandarem uma afinfadela, logo vês as achatadas... 8)
<p>Joana Gonçalves</p>
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jPrudencio
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quarta ago 15, 2012 12:55 am

A bess é aquela coisa que anda para lá a quem tu não dás comida certo? :lol:
A próxima vez que fizer de vitima para elas, quando chegarem ao pé de mim quem lhes morde sou eu.
Tamara0
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sexta ago 17, 2012 7:43 am

Muito interessante.Obrigada pela partilha
<p>A pra&ccedil;a p&uacute;blica est&aacute; cheia de moscas!</p>
<p>"O homem &eacute; uma corda estendida entre o animal e o Super-homem - uma corda sobre o abismo". - by Nietzsche</p>
<p>&ldquo;A f&oacute;rmula da minha felicidade: um sim, um n&atilde;o, uma linha reta, um objetivo.&rdquo; (Friedrich Nietzsche)</p>
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