Problemas com o treino

[Dcaetano]

A Niki (Golden Retriever) tem 5 meses neste momento. Mas estou com certas dificuldades no treino.

Dentro do quintal e em casa ela faz o que digo, vai buscar, vem cada vez que a chamo tudo normal. Mas cada vez que saímos ela ignoram-me tenho de a chamar 50 vezes até ela se dirigir a mim. Eu sei que tenho de andar sempre com trela mas eu tenho um terreno com 5mil m2 longe de tudo onde gosto de ir com ela. Com trela porta-se muito bem.

Outro problema é o treino de truques, eu tento seguir o método positivo com "doces" mas quando ela se apercebe que há doces deita-se de barriga para cima e não faz mais nada. Eu nunca a motivei para isso nem nunca a recompensei ao fazer isso. Por exemplo:

A tentar treinar o "Senta"(ela isto faz bem é só um exemplo), digo Senta e ela aproxima-se aos meus pés e deitasse de barriga para cima. Eu não recompenso e afasto-me. Tenho de fazer isto durante uns 10 15minutos até que ela comece a fazer o que eu quero. O pior é que todos os dias voltamos ao mesmo

Alguma ideia do porque deste comportamento? O que fiz eu de mal? Ela é muito inteligente e tenho noção que eu é que fiz algo de mal, não sei é o que.

Cumprimentos

[srYuki]

Se o cão não está a fazer é porque o dono não está a treinar bem! Foi das primeiras coisas que aprendi e de vez em quando lá descubro as minhas próprias asneiras.

Ao treinar na rua, tudo é muito mais difícil. Pelo que recomendo 2 coisas. A 1ª é que a recompensa tem que ser de altíssimo valor para o cão. E isto pode ser difícil de descobrir. Frango cozido ou fígado podem ser adequados, mas por vezes um brinquedo que ela goste muito, pode ser o ideal. Ultimamente com a amy tem sido o brinquedo. E para mim tem sido muito importante, porque aquele brinquedo está no comando (não eu! ). Com o brinquedo ela vem á chamada, vem ter comigo, faz o que peço, posso andar com ela solta, etc.

Depois, nunca repetir 50 vezes o comando. Aliás, nunca repetir o comando. Ponto. Assim está a ensina-la a ignora-la e que tudo ok, quando não faz o que diz. Dizer o comando APENAS quando a cadela está receptiva. Para isto vem a segunda coisa: Treinar a cadela depois de algumas correrias e de se cansar um pouco. Vai ver que será muito mais receptiva.

Depois, é normal ela "ofercer comportamentos" quando quer receber a guloseima. Normalíssimo. No início do treino a minha ainda me faz isso. Tem a ver com o nível de excitação. Quando acalma, começa a concentrar-se e já se lembra que fazer o reportório todo não leva a nada. Portanto e mais uma vez, cansa-la primeiro é o ideal.

Pode solta-la no tal terreno. Mas não lhe peça nada durante uns minutos. Deixe-a cheirar e andar até se começar a aborrecer e achar que já cheirou tudo por alí.

E por fim, o treino é giro. Treinar em si é uma brincadeira. A minha sabe que lhe peço algumas coisas e que depois lhe atiro o disco, ou brinco ao "puxa" com ela. Na verdade divertimo-nos as 2 bastante.

Também tive necessidade de a ensinar a olhar para mim. Teve uma altura em que só olhava para a mão Mas creio que é útil na concentração.

[botas96]

Eu próprio estou a ter umas dificuldades com o treino da minha "vadia pilha galinhas", a evolução está um tanto ou quanto irregular. ( Não tenho tido a consistência ideal e já entrei na armadilha de certos "vícios")
Mas com calma estou a conseguir levar a "água ao meu moinho".
Quanto a mim (tanto quanto eu sei), o SrYuki já deu um quadro bastante completo, gostaria porém, de acrescentar uma achega.
Não recompense com "doces" todas as vezes que o cão faz alguma coisa bem, intercale e vá diminuindo as "guloseimas" substituas por dizer muito bem, lindo, bom, bata palminhas, enfim " lance os foguetes e vá as apanhar as canas sozinhas", e uma vez por outra de-lhe um " doce", isso na fase do treino.
Além de preservar e aumentar a auto confiança dele, tenta evitar exactamente isso, só faz os truques se tiver "doces".
E assim deixa-o na expectativa, além de associar o comando a coisas irresistíveis.
Seja também o mais consistente quanto possível, e se puder ensiná-lo enquanto brinca, melhor.
Quando pretender ensinar um novo truque, durante uns tempos antes da implementação deste, vá repetindo a palavra em questão assim como, " avulso",para o familiarizar.
Termine sempre a volta, uma brincadeira, um exercício, com um comando que têm a certeza que ele/ela vai obedecer recompense com "doces" e com paródia, assim vai melhorar a auto confiança assim como a receptividade futura (depois do espairecer, e exercício dele).

[sheep23]

Os cachorros quando são novos são muito curiosos, e o mundo lá fora está cheio de estímulos novos e experiências novas. Leve-a a vários sítios, deixe-a experenciar o mundo, e com algum tempo ela acaba por acalmar. Acho que este é um dos segredos dos cães equilibrados que seguem os seus donos reformados para todo o lado.

Quando sai com ela, use uma trela comprida ou flexi, e tente habituá-la a segui-lo quando chama com a trela. Se ela vier recompense-a, se ela não vier use a trela para a guiar. Nunca ralhe com ela se ela não vier ter consigo e tiver que a apanhar ou ela só vir depois, é melhor isso ser treinado apenas com associação positiva.

[Floripes3]

...

Quando sai com ela, use uma trela comprida ou flexi, e tente habituá-la a segui-lo quando chama com a trela. Se ela vier recompense-a, se ela não vier use a trela para a guiar. Nunca ralhe com ela se ela não vier ter consigo e tiver que a apanhar ou ela só vir depois, é melhor isso ser treinado apenas com associação positiva.

É exactamente este método que uso: trela extensível desenrolada totalmente --> chamamento --> puxar devagar para mim repetindo o nome. Sempre que o cão vem sem ser preciso puxar a trela, uma festa e umas palavras carinhosas chegam para o recompensar.

E repetir isto tantas vezes quantas as necessárias até o cão aprender a vir sem ser preciso puxar. Só depois de isto bem estar interiorizado por ele, o que pode levar alguns dias, é que passo à fase seguinte, de o libertar e depois chamar.

Claro que para isto resultar melhor e com menos esforço para todos, deve-se primeiro deixá-lo flanar algum tempo pelo local, sempre preso pela trela e com esta toda desenrolada.