Treinadores
Moderador: mcerqueira
Tenho visto cada vez mais carrinhas e papeis afixados em postes a anunciar que fazem treino de cães.
A minha questão é se qualquer um, num determinado momento da sua vida, pode decidir que agora vai treinar cães?
Existem formações creditadas por alguma entidade?
Quando entramos em contacto com um treinador, o que é que devemos ter em atenção para não sermos enganados ou pelo menos, não ficarmos desiludidos?
E em relação aos espaços para treino? É necessário licenças de utilização?
Como cliente, devo estar atento em relação a algum aspeto em particular?
A minha questão é se qualquer um, num determinado momento da sua vida, pode decidir que agora vai treinar cães?
Existem formações creditadas por alguma entidade?
Quando entramos em contacto com um treinador, o que é que devemos ter em atenção para não sermos enganados ou pelo menos, não ficarmos desiludidos?
E em relação aos espaços para treino? É necessário licenças de utilização?
Como cliente, devo estar atento em relação a algum aspeto em particular?
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Boas Ressa,Ressa Escreveu:Tenho visto cada vez mais carrinhas e papeis afixados em postes a anunciar que fazem treino de cães.
A minha questão é se qualquer um, num determinado momento da sua vida, pode decidir que agora vai treinar cães?
Existem formações creditadas por alguma entidade?
Quando entramos em contacto com um treinador, o que é que devemos ter em atenção para não sermos enganados ou pelo menos, não ficarmos desiludidos?
E em relação aos espaços para treino? É necessário licenças de utilização?
Como cliente, devo estar atento em relação a algum aspeto em particular?
Há uns anos que não estou em "cima" do acontecimento, pois dedico-me exclusivamente a cães problemáticos em canis e que vão para adopção, e muito ocasionalmente alguma pessoa conhecida de amigo que tem problemas com o seu cão, mas faço-o de forma gratuita.
Mas há muitos anos treinava em alguns sitios, em Quinta de um criador, e em "escolas" de amigos do "hobby". Nunca soube como era em termos de licenças, nunca necessitei.
No meu caso em particular e na altura só havia um Formador que dava Formação para treinadores, o Celso Alves da CaneUtile, neste momento não sei se existe mais alguém ou se ele continua a dar formação...!
Conheci muitos, muitos amadores que se tornaram "treinadores" autodidactas e que com o tempo iam a formações de 1, 2 ou 3 dias com nomes de renome na área (desporto, psicologia canina, etc)!
Alguns eram criadores com muitos anos de experiência e que começaram também a meter-se mais dentro da educação dos seus cães, seja a nível de obediência como em desporto, mas na maioria só com formações curtas e com sua própria experiência ou ensinados por outros treinadores, o que não deixa de forma alguma de negligenciar o seu "profissionalismo", já que muitos que conheci eram bons no que faziam, mesmo que o fizessem de maneira diferente...!
Hoje em dia os treinos positivos são levados a extremos que há 10 ou 15 anos atrás nem se falava nisso e quem falasse ou praticasse era considerado....em termos simpáticos... de maluquinho!

As técnicas tem-se desenvolvido ano após ano e são cada vez mais, sendo que a maneira de encarar os treinos também muito diferentes, logo vai encontrar treinadores com métodos diferentes uns dos outros, só tem de escolher o que melhor se enquadra com o que você pretende.
Ainda me lembro a primeira vez que a Turid Rugass veio a Portugal fazer uma formação/palestra sobre sinais de calma, alguns profissionais achavam-na...maluquinha... hoje muitas das suas descobertas fazem parte integrante dos ensinamentos de treino positivo que um treinador deve (deveria) conhecer!
No meio de toda a lenga lenga que escrevi não sei se fui útil...

Cumprimentos,
Ricardo
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Legalmente em portugal não há certificação para treinadores, ponto.
O que existem é vários cursos (incluindo um de uma faculdade), normalmente dado por escolas e treinadores mais experientes em portugal e no estrangeiro. E existe muita gente auto-didacta, para o bem e para o mal.
Por enquanto não. Se alguma escola anunciar isso, é de desconfiar (muito). Existem formações que dão certificados, porque quem dá as formações tem o certificado de formador, ou escolas que tenham certificados de cursos no estrangeiro, mas aos olhos da lei isso não vale nada.
Um bom treinador lê muito, está informado dos últimos estudos efectuados, normalmente fez um curso numa escola em portugal ou no estrangeiro e frequenta formações e seminários. Essencialmente não fica "parado no tempo", porque todos os dias são estudados novos métodos, fazem-se novas descobertas e ninguém sabe tudo sobre treino e cada cão ensina-nos coisas novas.
Na minha opinião um treinador deve usar métodos que não causem dor, stress ou medo ao cão. É muito imortante obervar uma aula com o treinador que queremos contratar, para poder avaliar se concordamos com o que ele faz antes de lhe pormos a trela e a vida do nosso cão nas mãos.
É muito como escolher uma boa creche para um filho. Não nos podemos levar pela conversa sedutora das educadoras, mas sim obervar a relação delas com as crianças e avaliar se as crianças parecem felizes e confortáveis no espaço.
O espaço deve ser amplo o suficiente para os cães correrem e acima de tudo tem de ser seguro. Vedações altas para evitar fugas dos cães mais ágeis (tenho um sério problema com a minha cadela e as cercas
), terreno limpo e sem detritos ou grandes buracos onde os cães se possam magoar e se tiver equipamento de agillity em utilização este deve ser seguro e estar em boas condições para evitar acidentes.
Se não lhe for permitido assistir a uma aula antes de lhe entregar o seu cão, desconfie. Um bom treinador, para mim, não tem nada a esconder.
Espero ter ajudado
O que existem é vários cursos (incluindo um de uma faculdade), normalmente dado por escolas e treinadores mais experientes em portugal e no estrangeiro. E existe muita gente auto-didacta, para o bem e para o mal.
Basicamente, sim. Pode ser pessoas que toda a vida tiveram cães, pessoas que sempre gostaram de cães, desempregados em busca de uma nova fonte de rendimento, pessoas que toda a vida ou a partir de um determinado momento estudaram o assunto mais a fundo e ganharam experiência com cães de amigos ou em associações ou simplesmente alguém que viu um certo programa e diz para si mesmo: eu consigo fazer aquilo e cobrar X€ por sessão, há de tudo. Como não há certificação legal, estamos entregues aos lobos.A minha questão é se qualquer um, num determinado momento da sua vida, pode decidir que agora vai treinar cães?
Existem formações creditadas por alguma entidade?
Por enquanto não. Se alguma escola anunciar isso, é de desconfiar (muito). Existem formações que dão certificados, porque quem dá as formações tem o certificado de formador, ou escolas que tenham certificados de cursos no estrangeiro, mas aos olhos da lei isso não vale nada.
Observar, acima de tudo observar tudo. O espaço, a relação que o treinador tem com os cães, a reação dos cães ao treinador, como fala com o dono, se mostra interesse e conhecimento ou se só fala de conceitos muito abstractos sem mostrar conhecimento real sobre comportamento canino.Quando entramos em contacto com um treinador, o que é que devemos ter em atenção para não sermos enganados ou pelo menos, não ficarmos desiludidos?
Um bom treinador lê muito, está informado dos últimos estudos efectuados, normalmente fez um curso numa escola em portugal ou no estrangeiro e frequenta formações e seminários. Essencialmente não fica "parado no tempo", porque todos os dias são estudados novos métodos, fazem-se novas descobertas e ninguém sabe tudo sobre treino e cada cão ensina-nos coisas novas.
Na minha opinião um treinador deve usar métodos que não causem dor, stress ou medo ao cão. É muito imortante obervar uma aula com o treinador que queremos contratar, para poder avaliar se concordamos com o que ele faz antes de lhe pormos a trela e a vida do nosso cão nas mãos.
É muito como escolher uma boa creche para um filho. Não nos podemos levar pela conversa sedutora das educadoras, mas sim obervar a relação delas com as crianças e avaliar se as crianças parecem felizes e confortáveis no espaço.
Em relação às licenças, não lhe sei responder. Não sei que tipo de licença seria, uma vez que não é uma actividade certificadaE em relação aos espaços para treino? É necessário licenças de utilização?

O espaço deve ser amplo o suficiente para os cães correrem e acima de tudo tem de ser seguro. Vedações altas para evitar fugas dos cães mais ágeis (tenho um sério problema com a minha cadela e as cercas

Se não lhe inspira confiança (o espaço, a pessoa ou as atitudes dos outros alunos perante o treinador) não arrisque. Como referiu, há imensos treinadores actualmente e mais vale perder umas semanas a procurar um bom treinador do que ir para o primeiro e causar problemas ainda maiores que depois levam meses ou anos para resolverComo cliente, devo estar atento em relação a algum aspeto em particular?

Se não lhe for permitido assistir a uma aula antes de lhe entregar o seu cão, desconfie. Um bom treinador, para mim, não tem nada a esconder.
Espero ter ajudado

Qualquer um pode decidir a dada altura treinar cães, mas só se torna seu cliente quem quiser também.
Eu vou falar só pela minha experiência.
Tenho neste momento 2 certificados (vou a caminho do 3) e faço questão de os mostrar num 1º contacto com o Cliente (aliás, vou coloca-los brevemente expostos na minha página);
É importante verificar que tipo de matérias foram lecionadas a duração dos cursos e em que local;
Em relação a espaços para treino, há licenças que têm que ser tiradas nas camaras municipais e\ou junta de freguesia. Na maior parte dos casos que conheço (eu inclusive) treinamos em espaços privados logo não se aplica.
É importante saber também qual o método de treino, no meu caso, nunca utilizo castigos físicos. É utilizado o reforço\recompensa.
Basicamente:
Onde tirou a formação; Matérias lecionadas; certificados; métodos de treino.
Mais acrescento que um treinador\consultor\adestrador WTV que se preze, quando faz uma consulta de diagnóstico deve enviar posteriormente um relatório detalhado com a patologia e protocolo de tratamento a seguir.
No post anterior o forista mencionou assistir a uma aula…nem sempre isso é possível no caso de não existir um espaço aberto ao público. Quando vou a casa de um cliente analisar um problema comportamental não posso levar outro atrás só para assistir.
Se em algum momento na 1ª consulta, verificar que a pessoa não fica satisfeita por algum motivo, amigos à mesma, cada um vai para seu lado e o valor não é cobrado (nunca aconteceu até agora).
Como também já aconteceu eu recusar clientes por motivos diversos. Posso dar-me a esse luxo porque esta não é a minha fonte de rendimento principal. Acho que quando é o dinheiro que nos move, muda muita coisa…
Espero ter ajudado.
Eu vou falar só pela minha experiência.
Tenho neste momento 2 certificados (vou a caminho do 3) e faço questão de os mostrar num 1º contacto com o Cliente (aliás, vou coloca-los brevemente expostos na minha página);
É importante verificar que tipo de matérias foram lecionadas a duração dos cursos e em que local;
Em relação a espaços para treino, há licenças que têm que ser tiradas nas camaras municipais e\ou junta de freguesia. Na maior parte dos casos que conheço (eu inclusive) treinamos em espaços privados logo não se aplica.
É importante saber também qual o método de treino, no meu caso, nunca utilizo castigos físicos. É utilizado o reforço\recompensa.
Basicamente:
Onde tirou a formação; Matérias lecionadas; certificados; métodos de treino.
Mais acrescento que um treinador\consultor\adestrador WTV que se preze, quando faz uma consulta de diagnóstico deve enviar posteriormente um relatório detalhado com a patologia e protocolo de tratamento a seguir.
No post anterior o forista mencionou assistir a uma aula…nem sempre isso é possível no caso de não existir um espaço aberto ao público. Quando vou a casa de um cliente analisar um problema comportamental não posso levar outro atrás só para assistir.
Se em algum momento na 1ª consulta, verificar que a pessoa não fica satisfeita por algum motivo, amigos à mesma, cada um vai para seu lado e o valor não é cobrado (nunca aconteceu até agora).
Como também já aconteceu eu recusar clientes por motivos diversos. Posso dar-me a esse luxo porque esta não é a minha fonte de rendimento principal. Acho que quando é o dinheiro que nos move, muda muita coisa…
Espero ter ajudado.
"He is your friend, your partner, your defender, your dog. You are his life, his love, his leader. He will be yours, faithful and true, to the last beat of his heart. You owe it to him to be worthy of such devotion."
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Neste caso claro que não estava a falar em assistir a uma primeira avaliação comportamental, mas sim a uma sessão de modificação propriamente dita. No caso de não existir treino em escola, uma sessão no exteriorLFGomes Escreveu: No post anterior o forista mencionou assistir a uma aula…nem sempre isso é possível no caso de não existir um espaço aberto ao público. Quando vou a casa de um cliente analisar um problema comportamental não posso levar outro atrás só para assistir.

Aqui parte do treinador escolher a sessão indicada para mostrar o seu trabalho e isso também é avaliado pelo cliente. No caso de um treinador que só faz domicílios, eu estaria à espera de ver uma aula particular num parque ou na rua, por exemplo, para poder ver a tal relação do treinador com o aluno canino e humano

Mas isto sou eu, que sou muito desconfiada e zelo pelos interesses da minha cadela, que tem alguns receios e que nas mãos das pessoas erradas pode virar um problema muito grave muito rapidamente

Do mundo dos cães mais a fundo conheço pouco, mas conheço alguns métodos que ainda são praticados e que na minha cadela iriam ser a receita para o desastre, por isso prefiro jogar pelo seguríssimo.
Faz bem em zelar pela sua cadela e ser desconfiado, já vi “treinadores” a tratar problemas por 5euros no olx.
Essa “sessão de modificação” como disse, muitas vezes é em casa dos clientes também, depende. Também é um pouco imprevisível onde acabamos a sessão. Posso chegar lá e os meus planos irem por água a baixo porque o dono não fez trabalho nenhum na minha ausência ou o cão não evoluiu. Estar a fazer duplas combinações de clientes à mesma hora, um para tratar, outro para me vir avaliar (?!), não é a minha forma de trabalhar. Ainda para mais quando falamos em desvios comportamentais em que cada exercício é adequado aquela situação em particular, ou seja, o que iria ver, provavelmente não se iria aplicar ao seu caso concreto.
Quer o melhor para a sua cadela, acho muito bem, mas tenha também bom senso para perceber que há coisas que não podem ser feitas como você imagina.
Por isso é que é importante as pessoas fazerem o trabalho de casa na hora de escolher um profissional.
Se depois de ver certificados e as respetivas notas de avaliação, onde tirou o curso, os temas lecionados, referências, relatório com protocolos a seguir, método de treino….acha que tem que ir assistir a uma sessão privada, que outra pessoa pagou, em casa de um cliente, para ver um exercício que em nada deverá estar relacionado com o caso da sua cadela..pois…é a sua opinião.
Se calhar antes de ir ao dentista pede para assistir a uma desvitalização noutro cliente? LOL
Isto é como quando se escolhe um Criador, se tem duvidas então vá a outro lado.
Se me falar em assistir a um treino de obediência, aí a conversa já é outra.
Essa “sessão de modificação” como disse, muitas vezes é em casa dos clientes também, depende. Também é um pouco imprevisível onde acabamos a sessão. Posso chegar lá e os meus planos irem por água a baixo porque o dono não fez trabalho nenhum na minha ausência ou o cão não evoluiu. Estar a fazer duplas combinações de clientes à mesma hora, um para tratar, outro para me vir avaliar (?!), não é a minha forma de trabalhar. Ainda para mais quando falamos em desvios comportamentais em que cada exercício é adequado aquela situação em particular, ou seja, o que iria ver, provavelmente não se iria aplicar ao seu caso concreto.
Quer o melhor para a sua cadela, acho muito bem, mas tenha também bom senso para perceber que há coisas que não podem ser feitas como você imagina.
Por isso é que é importante as pessoas fazerem o trabalho de casa na hora de escolher um profissional.
Se depois de ver certificados e as respetivas notas de avaliação, onde tirou o curso, os temas lecionados, referências, relatório com protocolos a seguir, método de treino….acha que tem que ir assistir a uma sessão privada, que outra pessoa pagou, em casa de um cliente, para ver um exercício que em nada deverá estar relacionado com o caso da sua cadela..pois…é a sua opinião.
Se calhar antes de ir ao dentista pede para assistir a uma desvitalização noutro cliente? LOL
Isto é como quando se escolhe um Criador, se tem duvidas então vá a outro lado.
Se me falar em assistir a um treino de obediência, aí a conversa já é outra.
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Eu resolvi adicionar ás minhas caminhadas uma actividade que mto me interessa: o dogwalking. Mas mesmo nos casos mais simples em que é SÓ para ir passear o cão, conseguimos identificar pequenos problemas. O que faço é dar umas dicas e num dogwalking que dure uns dias, aproveito para atacar o problema. Normalmente os resultados falam por si, na qualidade de treinador.
Também tive um problema comportamental gravíssimo de um DA em que me requisitaram para o passear, como se por si isso fosse resolver o problema. Naturalmente que observei de onde partia o problema. Dei algumas digas mas o problema acabou por ser "resolvido" com 1 crate e 1 gato.
Eu sou dogwalker. No treino doméstico, autodidata. Mas quando aparecem as situações dos meus pets, pesquiso muito.
E no final do dia, o que interessa é avaliar a progressão do comportamento do cão. Será o melhor indicador!
Também tive um problema comportamental gravíssimo de um DA em que me requisitaram para o passear, como se por si isso fosse resolver o problema. Naturalmente que observei de onde partia o problema. Dei algumas digas mas o problema acabou por ser "resolvido" com 1 crate e 1 gato.
Eu sou dogwalker. No treino doméstico, autodidata. Mas quando aparecem as situações dos meus pets, pesquiso muito.
E no final do dia, o que interessa é avaliar a progressão do comportamento do cão. Será o melhor indicador!
Primeiro de tudo, obrigado pelos esclarecimentos.
Tendo em conta que se presta um serviço com bastantes responsabilidades, faz-me alguma confusão que nesta área não existam "verdadeiros profissionais".
O que é que eu quero disser com isto, é o facto de não existir algo que possa certificar profissionalmente uma pessoa para uma determinada função. Como sabem, formações há muitas e para quem não conhece o mundo canino é difícil saber se o certificado exposto é verdadeiro ou se for, poderá dar credibilidade e competências ao treinador. Assim cria-se uma zona cinzenta em que se mistura as treinadores profissionais e amadores.
O mesmo acontece com quem lida com crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais. Muita gente a oferecer os serviços mas, poucos com reais competências para isso, o que aumenta o risco de algo correr mal por negligência.
Mesmo para quem é treinador, parece-me vantajoso ter algo que o certifique, uma vez que lhe certifique em termos de técnica e evite que outros manchem a imagem dos treinadores porque alguém utilizou técnicas erradas.
Havendo uma sensibilização diferente por parte da sociedade em relação aos animais algumas técnicas já não são aceites, por diferentes motivos. No entanto, a falta de controlo e formação pode levar a que se utilizem técnicas desadequadas, apesar de aparentemente terem resultados imediatos mas, que socialmente/moralmente deixaram de ser aceites.
Tendo em conta que se presta um serviço com bastantes responsabilidades, faz-me alguma confusão que nesta área não existam "verdadeiros profissionais".
O que é que eu quero disser com isto, é o facto de não existir algo que possa certificar profissionalmente uma pessoa para uma determinada função. Como sabem, formações há muitas e para quem não conhece o mundo canino é difícil saber se o certificado exposto é verdadeiro ou se for, poderá dar credibilidade e competências ao treinador. Assim cria-se uma zona cinzenta em que se mistura as treinadores profissionais e amadores.
O mesmo acontece com quem lida com crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais. Muita gente a oferecer os serviços mas, poucos com reais competências para isso, o que aumenta o risco de algo correr mal por negligência.
Mesmo para quem é treinador, parece-me vantajoso ter algo que o certifique, uma vez que lhe certifique em termos de técnica e evite que outros manchem a imagem dos treinadores porque alguém utilizou técnicas erradas.
Havendo uma sensibilização diferente por parte da sociedade em relação aos animais algumas técnicas já não são aceites, por diferentes motivos. No entanto, a falta de controlo e formação pode levar a que se utilizem técnicas desadequadas, apesar de aparentemente terem resultados imediatos mas, que socialmente/moralmente deixaram de ser aceites.
Última edição por Ressa em terça abr 01, 2014 1:51 pm, editado 1 vez no total.
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É mais uma das várias formações e cursos disponíveis, mas continua a não ser reconhecido aos olhos da lei portuguesa

Sobre o conteúdo não me pronuncio, não sei o suficiente para comentar se é um bom curso ou não.
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Olá Ressa,Ressa Escreveu:Primeiro de tudo, obrigado pelos esclarecimentos.
Tendo em conta que se presta um serviço com bastantes responsabilidades, faz-me alguma confusão que nesta área não existam "verdadeiros profissionais".
O que é que eu quero disser com isto, é o facto de não existir algo que possa certificar profissionalmente uma pessoa para uma determinada função. Como sabem, formações à muitas e para quem não conhece o mundo canino é difícil saber se o certificado exposto é verdadeiro ou se for, poderá dar credibilidade e competências ao treinador. Assim cria-se uma zona cinzenta em que se mistura as treinadores profissionais e amadores.
O mesmo acontece com quem lida com crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais. Muita gente a oferecer os serviços mas, poucos com reais competências para isso, o que aumenta o risco de algo correr mal por negligência.
Mesmo para quem é treinador, parece-me vantajoso ter algo que o certifique, uma vez que lhe certifique em termos de técnica e evite que outros manchem a imagem dos treinadores porque alguém utilizou técnicas erradas.
Havendo uma sensibilização diferente por parte da sociedade em relação aos animais algumas técnicas já não são aceites, por diferentes motivos. No entanto, a falta de controlo e formação pode levar a que se utilizem técnicas desadequadas, apesar de aparentemente terem resultados imediatos mas, que socialmente/moralmente deixaram de ser aceites.
Ser treinador de cães é uma "profissão" relativamente nova e continua a ser dominada mundialmente por amadores, amadores que revolucionaram técnicas e "desvendaram" novas ideias sobre comportamento canino. Os melhores do Mundo são na sua maioria autodidactas e porque? Porque é um Mundo relativamente novo aonde durante anos a tentativa e erro era o prato do dia, ainda hoje em certos casos isso ainda se vê, mesmo com todas as técnicas novas que por ai andam!
Eu nunca avaliei um treinador pelos seus certificados na parede, avalio pelos cães que lhe passaram pela mão, seja porque fez campeonatos em Obediência ou RCI ou Mondioring por exemplo, ou ver como soube lidar com determinado comportamento.
Já vi muitos "diplomados" (leia-se pessoas com muitos papeis na parede a dizer "Certificado"), que não deveriam de ter um cão como estimação quanto mais educa-los, enquanto conheço outros que não tem nenhum certificado (ok, é possivel que tenham um ou dois para aperfeiçoar algumas técnicas ao longo dos anos) que são autênticos mestres no que fazem e tem um dom com os animais.
Certificados valem o que valem, qualquer pessoa pode ir a uma formação, desde que a paguem, agora se aprendem algo, já é outra história...!
Quer um bom treinador, procure um que tenha ou teve um cão ou mais em campeonatos de trabalho, ou como já disseram por aqui verem-no a trabalhar com cães, ou com um bom feedback. Um bom treinador tem acima de tudo confiança e amor pelo que faz e mesmo que tenha conhecimento não quer dizer que tenha o dom!

Cumprimentos,
Ricardo
Uma coisa são certificados daquelas formações de meio tostão, em que a pessoa leva para casa um diploma em como esteve presente. Outra são documentos passados por uma instituição credível, onde está claro as notas de avaliação em cada um dos temas.rpoeiras Escreveu: Certificados valem o que valem, qualquer pessoa pode ir a uma formação, desde que a paguem, agora se aprendem algo, já é outra história...!
Estudei que me desunhei, não tive qualquer tipo de favorecimento por ser um curso pago e se eu me aborrecesse com o que os outros dizem, não iria achar muita piada a que desvalorizassem o meu esforço, dedicação e seriedade com que encarei esta aprendizagem.
Posso-lhe dizer inclusive que até os meus testes práticos foram filmados para que existisse prova documental do que foi feito, já no âmbito de uma possível preparação para certificar os cursos quando existir legislação sobre esta matéria, dos que lá estudaram e dos futuros alunos. Quer isto dizer que está tudo às claras e que o grau de exigência está em conformidade com o que é praticado nos outros países.
Mas lá está, geralmente quem não tem formação na área desvaloriza os que têm.
O Ricardo fala em campeonatos mas que fique claro que são vertentes completamente diferentes: trabalhar um cão para deporto ou resolver uma patologia comportamental.
Quem faz uma coisa não tem necessariamente que fazer a outra. E se acompanha os RCI´s deve saber quanto tempo demora até levar um cão a uma prova e mais, é preciso ter cão para isso (como se costuma dizer) já que falamos de cães de trabalho.
E acho que por agora é tudo

"He is your friend, your partner, your defender, your dog. You are his life, his love, his leader. He will be yours, faithful and true, to the last beat of his heart. You owe it to him to be worthy of such devotion."
Caro Ricardo,rpoeiras Escreveu:
Olá Ressa,
Ser treinador de cães é uma "profissão" relativamente nova e continua a ser dominada mundialmente por amadores, amadores que revolucionaram técnicas e "desvendaram" novas ideias sobre comportamento canino. Os melhores do Mundo são na sua maioria autodidactas e porque? Porque é um Mundo relativamente novo aonde durante anos a tentativa e erro era o prato do dia, ainda hoje em certos casos isso ainda se vê, mesmo com todas as técnicas novas que por ai andam!
não é uma actividade assim tão nova. Mesmo que deixemos o universo de cães de trabalho e nos concentremos no universo pet, a actividade já anda aí há tempo suficiente para que houvesse maior regulação. Outras há muito mais recentes; e nem por isso seria sequer admissível que não houvesse algum tipo de certificação ou educação de base a elas associadas.
Parece-me que haverá outras razões que justifiquem a não regulamentação do meio. A relativa ou pretensa novidade da profissão não é uma dessas razões, claramente.
Pois. Mas se fosse uma profissão regulada e com um grau de exigência mais voltado para a formação, certamente que começaria a estar mais atento às "paredes". Tornar-se-ia um factor de distinção.Eu nunca avaliei um treinador pelos seus certificados na parede,
Uma vez mais. Se houvesse mais regulamentação da actividade os diplomas tenderiam a ser mais sérios quanto à competência que pretendem atestar.Já vi muitos "diplomados" (leia-se pessoas com muitos papeis na parede a dizer "Certificado"), que não deveriam de ter um cão como estimação quanto mais educa-los, enquanto conheço outros que não tem nenhum certificado (ok, é possivel que tenham um ou dois para aperfeiçoar algumas técnicas ao longo dos anos) que são autênticos mestres no que fazem e tem um dom com os animais.
No dia em que pensar levar um filho (ou sobrinho, etc.) seu a ter aulas de apoio a Português ou Matemática, a primeiríssima coisa que lhe vai interessar é se o futuro professor tem formação na área, ou não? Se isso é garantia de qualidade? É um primeiro e mínimo requisito. E isto é tão óbvio que até custa estar a referi-lo.
Lá está. O Ricardo está a defender a pouca importância dos certificados dentro do enquadramento actual. Mas a questão é justamente a de criar um contexto de formação/profissionalização dentro do qual houvesse prestação de provas, etc. etc.Certificados valem o que valem, qualquer pessoa pode ir a uma formação, desde que a paguem, agora se aprendem algo, já é outra história...!
Ou seja, esses seminários em que basta pagar seriam apenas uma parte da formação; e uma parte não fundamental: apenas uma parte complementar.
Acerca disto, a LFGomes respondeu bastante bem, parece-me. São universos completamente distintos. Além de que muitos "handlers" que têm cães bem sucedidos em competição podem até nem sequer ser grandes treinadores; podem simplesmente ter um grande cão e, por exemplo, ter tido orientação próxima de um outro treinador, esse sim competente. E dir-me-á: "pois, mas então o que se deve fazer é procurar esse tal orientador". Mas como saberá, muitas vezes essa orientação não é "visível", pelo menos para o simples cidadão que apenas está à procura de um bom treinador para o seu cão lá de casa. E relembro que é disso que se está a falar aqui.Quer um bom treinador, procure um que tenha ou teve um cão ou mais em campeonatos de trabalho, ou como já disseram por aqui verem-no a trabalhar com cães, ou com um bom feedback.
Mais: um treinador pode ser um excelente treinador e simplesmente não querer entrar em competição, não gostar do meio, ou simplesmente não ter sequer tempo para tal, pois prefere dedicar-se em exclusivo ao universo pet, aos seus clientes e a solidificação da sua aprendizagem sobre comportamento canino.
Mais ainda: treinar um cão para competição pode simplesmente significar exclusiva e intensiva dedicação a esse cão. Treinar diversos cães, com problemas diversos, com ambientes muito distintos, e com um tempo para obtenção de resultados muito mais apertado implica um conjunto de ferramentas que têm de fazer parte da bagagem de um treinador "pet" e que o treinador de um cão de competição não tem de ter (poderá ter ou não, mas não tem de as ter)
Um último factor: um treinador que trabalhe com cães de companhia tem de lidar com uma coisa muito singular: os donos. Provavelmente aquilo de que a maioria dos treinadores desse segmento mais se queixa é da dificuldade de "treinar" os donos", isto é: (i) convencê-los de que têm de fazer os TPC pois não é em uma ou duas horas semanais que o cão vai aprender o que quer que seja; e (ii) dotar os donos das competências técnicas para fazê-lo. Coisa com que um treinador de um cão de competição não terá de lidar.
Bom... "ter conhecimento e não ter o dom"; certamente que há pessoas que terão mais jeito para a coisa do que outras; sem dúvida; é como em qualquer outra actividade. Mas para se resolver problemas comportamentais de um pet não é preciso propriamente um "dom". Ao contrário, é preciso muito conhecimento solidificado. E é isso que um cliente em prospecção deverá procurar.Um bom treinador tem acima de tudo confiança e amor pelo que faz e mesmo que tenha conhecimento não quer dizer que tenha o dom! Wink
Quanto à confiança e ao amor, digo-lhe só isto. Da próxima vez que o seu cão tiver um problema de saúde, não o leve ao veterinário certificado - ele poderá não ter amor pela profissão. Leve-o antes a alguém que tenha amor pelo que faz, mesmo que nunca tenha posto os pés numa aula de medicina veterinária.
Caro Ricardo, não leve a mal o que lhe digo. Mas é que a defesa do amadorismo tem os seus limites. Pode até ser justificável, mas não me parece que seja este o caso.
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Boa noite LFGomes,
Então vamos la por partes:
Já agora, eu tive que suar, passar dias sem a minha familia, com muita dedicação durante 1 ano na CaneUtile para tirar na altura a única formação para Treinadores que havia em Portugal! Passei ainda muitos mais anos a seguir a treinar cães para RCI, onde passava mais tempo com eles do que com a familia, portanto, sei minimamente do que quer dizer...
Cumprimentos,
Ricardo
Então vamos la por partes:
MAs é sobre isto que se tem falado aqui, e é sobre isto que as pessoas que não o sabem devem sabe-lo, e eu só estou a expor que existem certificados de "formações de meio tostão"!LFGomes Escreveu: Uma coisa são certificados daquelas formações de meio tostão, em que a pessoa leva para casa um diploma em como esteve presente. Outra são documentos passados por uma instituição credível, onde está claro as notas de avaliação em cada um dos temas.

Não sei se pensou que eu estaria a desdenhar das suas certificações, se foi esse o seu pensamento, peço desculpa.LFGomes Escreveu: Estudei que me desunhei, não tive qualquer tipo de favorecimento por ser um curso pago e se eu me aborrecesse com o que os outros dizem, não iria achar muita piada a que desvalorizassem o meu esforço, dedicação e seriedade com que encarei esta aprendizagem.
Posso-lhe dizer inclusive que até os meus testes práticos foram filmados para que existisse prova documental do que foi feito, já no âmbito de uma possível preparação para certificar os cursos quando existir legislação sobre esta matéria, dos que lá estudaram e dos futuros alunos. Quer isto dizer que está tudo às claras e que o grau de exigência está em conformidade com o que é praticado nos outros países.
Mas lá está, geralmente quem não tem formação na área desvaloriza os que têm.
Já agora, eu tive que suar, passar dias sem a minha familia, com muita dedicação durante 1 ano na CaneUtile para tirar na altura a única formação para Treinadores que havia em Portugal! Passei ainda muitos mais anos a seguir a treinar cães para RCI, onde passava mais tempo com eles do que com a familia, portanto, sei minimamente do que quer dizer...

Neste ponto tem toda a razão, era o mesmo que eu comparar um psicólogo com um cirurgião cardíaco...!LFGomes Escreveu: O Ricardo fala em campeonatos mas que fique claro que são vertentes completamente diferentes: trabalhar um cão para deporto ou resolver uma patologia comportamental.
Quem faz uma coisa não tem necessariamente que fazer a outra. E se acompanha os RCI´s deve saber quanto tempo demora até levar um cão a uma prova e mais, é preciso ter cão para isso (como se costuma dizer) já que falamos de cães de trabalho.
E acho que por agora é tudo
Cumprimentos,
Ricardo
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Boa noite lds6,
Xiças, vocês escrevem tanto como eu...vamos lá por partes:
Os que eu posso chamar de profissionais na área existem há uma dezena de anos, talvez 15, e só agora se começa a ver realmente pessoas com muita experiência e conhecimento de comportamento canino em Portugal, portanto, sim é uma novidade!
Além do mais, segundo ainsa sei, mantemo-nos no enquadramento actual, não vale a pena discutir mais nenhum senão este onde vivemos!
De resto estou 100% de acordo consigo!
Cumprimentos,
Ricardo
Xiças, vocês escrevem tanto como eu...vamos lá por partes:
Para a População portuguesa continua a ser algo recente, os cães ainda são tratados como "coisas" até pela lei.lds6 Escreveu:
Caro Ricardo,
não é uma actividade assim tão nova. Mesmo que deixemos o universo de cães de trabalho e nos concentremos no universo pet, a actividade já anda aí há tempo suficiente para que houvesse maior regulação. Outras há muito mais recentes; e nem por isso seria sequer admissível que não houvesse algum tipo de certificação ou educação de base a elas associadas.
Parece-me que haverá outras razões que justifiquem a não regulamentação do meio. A relativa ou pretensa novidade da profissão não é uma dessas razões, claramente.
Os que eu posso chamar de profissionais na área existem há uma dezena de anos, talvez 15, e só agora se começa a ver realmente pessoas com muita experiência e conhecimento de comportamento canino em Portugal, portanto, sim é uma novidade!
Toda a razão!!!Uma vez mais. Se houvesse mais regulamentação da actividade os diplomas tenderiam a ser mais sérios quanto à competência que pretendem atestar.
No dia em que pensar levar um filho (ou sobrinho, etc.) seu a ter aulas de apoio a Português ou Matemática, a primeiríssima coisa que lhe vai interessar é se o futuro professor tem formação na área, ou não? Se isso é garantia de qualidade? É um primeiro e mínimo requisito. E isto é tão óbvio que até custa estar a referi-lo.
Ninguém defendeu nada!Lá está. O Ricardo está a defender a pouca importância dos certificados dentro do enquadramento actual. Mas a questão é justamente a de criar um contexto de formação/profissionalização dentro do qual houvesse prestação de provas, etc. etc.
Ou seja, esses seminários em que basta pagar seriam apenas uma parte da formação; e uma parte não fundamental: apenas uma parte complementar.
Além do mais, segundo ainsa sei, mantemo-nos no enquadramento actual, não vale a pena discutir mais nenhum senão este onde vivemos!
De resto estou 100% de acordo consigo!
Tem toda a razão!!!Acerca disto, a LFGomes respondeu bastante bem, parece-me. São universos completamente distintos. Além de que muitos "handlers" que têm cães bem sucedidos em competição podem até nem sequer ser grandes treinadores; podem simplesmente ter um grande cão e, por exemplo, ter tido orientação próxima de um outro treinador, esse sim competente. E dir-me-á: "pois, mas então o que se deve fazer é procurar esse tal orientador". Mas como saberá, muitas vezes essa orientação não é "visível", pelo menos para o simples cidadão que apenas está à procura de um bom treinador para o seu cão lá de casa. E relembro que é disso que se está a falar aqui.
Mais: um treinador pode ser um excelente treinador e simplesmente não querer entrar em competição, não gostar do meio, ou simplesmente não ter sequer tempo para tal, pois prefere dedicar-se em exclusivo ao universo pet, aos seus clientes e a solidificação da sua aprendizagem sobre comportamento canino.
Mais ainda: treinar um cão para competição pode simplesmente significar exclusiva e intensiva dedicação a esse cão. Treinar diversos cães, com problemas diversos, com ambientes muito distintos, e com um tempo para obtenção de resultados muito mais apertado implica um conjunto de ferramentas que têm de fazer parte da bagagem de um treinador "pet" e que o treinador de um cão de competição não tem de ter (poderá ter ou não, mas não tem de as ter)
Um último factor: um treinador que trabalhe com cães de companhia tem de lidar com uma coisa muito singular: os donos. Provavelmente aquilo de que a maioria dos treinadores desse segmento mais se queixa é da dificuldade de "treinar" os donos", isto é: (i) convencê-los de que têm de fazer os TPC pois não é em uma ou duas horas semanais que o cão vai aprender o que quer que seja; e (ii) dotar os donos das competências técnicas para fazê-lo. Coisa com que um treinador de um cão de competição não terá de lidar.
Levo-o a um veterinário certificado com AMOR pelo que faz, eu escolhi assim, pois tenho a hipótese de escolha, tal como se fosse um médico para mim. Há quem não tenha o dom para a profissão, mesmo que tenha a capacidade de ir para a faculdade e terminar o curso, mas eu tenho o poder de escolher os que tem o dom e amor pela profissão!!!Bom... "ter conhecimento e não ter o dom"; certamente que há pessoas que terão mais jeito para a coisa do que outras; sem dúvida; é como em qualquer outra actividade. Mas para se resolver problemas comportamentais de um pet não é preciso propriamente um "dom". Ao contrário, é preciso muito conhecimento solidificado. E é isso que um cliente em prospecção deverá procurar.
Quanto à confiança e ao amor, digo-lhe só isto. Da próxima vez que o seu cão tiver um problema de saúde, não o leve ao veterinário certificado - ele poderá não ter amor pela profissão. Leve-o antes a alguém que tenha amor pelo que faz, mesmo que nunca tenha posto os pés numa aula de medicina veterinária.
Não levo nada a mal, mas ninguém defendeu o amadorismo, defendi os Amadores que com o seu conhecimento autodidacta descobriram novas técnicas e sem eles não estaríamos a discutir este assunto, estaríamos provavelmente a falar sobre a capacidade das pessoas colocarem ideias e pensamentos em palavras que os outros escreveram, devido ao problema fulcral que a internet cria nos foruns e chat's, criamos a ilusão da pessoa que não vemos!Caro Ricardo, não leve a mal o que lhe digo. Mas é que a defesa do amadorismo tem os seus limites. Pode até ser justificável, mas não me parece que seja este o caso.

Cumprimentos,
Ricardo