Sobre o período de transição da fase de amamentar para a de alimentação autónoma, vá, como lhe disse, não tenho grande coisa a dizer, e até prova em contrário, confio no que diz.Floripes3 Escreveu:Lds6, um cachorro acabado de sair da lactância, quando mamava sempre que sentia necessidade de o fazer, ainda não tem as funções digestivas preparadas para longos períodos de jejum, e isto não tem nada a ver com raças ou falta delas. É a partir dos dois meses (ou oito semanas, se quiser) que eles começam, de motu proprio, a fazer intervalos maiores em se alimentar. Todo o regime varia de indivíduo para indivíduo, consoante o seu grau de amadurecimento e de desenvolvimento físico/fisiológico, mas em termos gerais o regime é como eu digo. E sim, um cachorro saudável e que esteja a ser bem criado faz ele próprio os seus horários e estabelece o seu ritmo. A nós nos compete ir acompanhado com atenção aquele que temos entre mãos e ir correspondendo ao que o seu desenvolvimento vai definindo.
Já tive cachorros que aos dois meses e meio já tinham estabelecido por si próprios o regime das quatro refeições, e outros que aos quatro ainda precisavam delas, embora estes tenham sido menos frequentes. O facto de terem sido sempre SRD não tira nem põe nada para o caso, pois nenhum cão tem um organismo nem um sistema digestivo diferente dos outros só porque tem raça, que é conceito exclusivamente humano. E nenhum cão saudável e equilibrado come por sistema até ter de vomitar o excesso. O que comem é sempre aquilo de que necessitam.
No resto, volto a dizer, ponha três pratos de comida, cada um com a dose diária "indicada" para o peso e idade do cachorro, à frente de um beagle com 8, 9 ou 10 semanas, e vai ver se ele não a vai comer em poucos minutos. (ou seja, comerá o triplo da dose diária em minutos). O mesmo não vai acontecer, pelo menos com tanta certeza, num, sei lá, lhasa... Por isso, o sistema digestivo é o mesmo, claro, mas as disposições para comer em quantidade são distintas, basta pensar nos níveis de energia que têm, nas funções para as quais, em princípio, a raça foi apurada, etc.
A conceptualização (e não o conceito) de raça até pode ser humana, mas a objectividade da raça, essa existe, inclusivamente nas necessidades alimentares, como a floripes evidentemente concordará.
Tenho, já agora, uma outra pergunta. Esse equilíbrio auto-regulador do próprio animal é coisa só nesta fase ou mantém-se pela vida fora? Pergunto isto porque, por um lado, falou numa tendência para o animal estabelecer, por si próprio, o ritmo das refeições, mas por outro fala que entre os 3 e 5 meses o dono já deverá estipular um número de refeições estrito e definido.