A encantadora Jan Fennell

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Moderador: mcerqueira

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Baruk
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quinta abr 15, 2004 9:59 am

Depois de conhecer as opniões aqui no forum sobre o livro fui comprá-lo e lê-lo e eis as minhas conclusões )

Acho q a ideia por detrás do metodo dela tem toda a lógica. Bate certo o raciocinio q ela faz e a "linguagem" q usa para "treinar" os cães . É a natureza dos cães a falar e não duvido q tenha resultados prácticos bastante positivos. Conforme ía lendo o livro ia-me lembrado de pormenores de cães q eu conheço, de pequenos erros q eu e os donos cometemos qd estamos com eles, de pequenos "vicios" q os cães têm q eram tão bem retratados no livro.

Por outro lado tb aceito uma das principais criticas q lhe fazem q é o facto de o método tirar alguma "piada" de ter um companheiro tão amável e fiel como um cão. Por exemplo a regra dos 5 minutos é lógica e não seria de dificil aplicação, o problema é q a a autora diz q devemos aplicála sempre em todas as ausências do cão. Exemplificando se eu estiver santadito no meu puff a ver tv e o cão sair da sala para ir à cozinha e voltar 5 minutos depois e aninhar-se no meu colo ou às minhas pernas eu devo ignorá-lo durante um certo periodo de tempo. Bolas ..isso é tão dificil.

tenho a ideia q vincando a nossa liderança noutros aspectos , comida, saídas, os 5 minutos ao chegar a casa, etc podemos "tolerar" um pouco estes pequenos mimos...ou não?

Qual a vossa opnião?

Quais são, no entender dos mais experientes, as lacunas deste método (se é q as tem) ?

Já agora q outros livros do género aconselham?
Última edição por Baruk em sexta abr 16, 2004 8:18 am, editado 1 vez no total.
rutefcamacho
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quinta abr 15, 2004 12:54 pm

Olá!

Eu já li o livro há quase um ano e, desde aí tenho vindo a implementar algumas das suas interessantes teorias, até com algum sucesso.

É um método que, a meu ver, tem muita lógica, desde que pensemos "canino".

O principal problema que tenho tido é com a MINHA falta de disciplina.

Não acho que "tire a piada" á relação com o meu cão, antes pelo contrário. É um desafio para mim, tentar pôr-me na pele do meu cão.

A regra dos 5 minutos (que aliás, como diz a autora, pode ser dos 5 ou dos 30 min., dependendo do cão) é, de facto a mais dificil de implementar de início, mas é a mais decisiva.

Ao pincípio custava-me imenso chegar a casa depois de um dia inteiro fora e "ter de" me abster de fazer mimos o meu cão, enquanto este saltava que nem um louco á minha volta. Com a continuação verifiquei que é bastante prático e evita patadas e pelos na roupinha "de escritório".

O próprio cão também se vai habituando a este ritual e é cada vez menos o tempo que tenho de esperar até que ele sossegue para, então, lhe fazer as festas todas!
Baruk Escreveu: Por exemplo a regra dos 5 minutos é lógica e não seria de dificil aplicação, o problema é q a a autora diz q devemos aplicála sempre em todas as ausências do cão. Exemplificando se eu estiver santadito no meu puff a ver tv e o cão sair da sala para ir à cozinha e voltar 5 minutos depois e aninhar-se no meu colo ou às minhas pernas eu devo ignorá-lo durante um certo periodo de tempo. Bolas ..isso é tão dificil.
Como disse, já li o livro há quase um ano e estou agora a começar a ler a sequela, ou segunda parte. No entanto, parece-me que o/a Baruk está um pouco equivocada. Se o equivoco é meu, desde já peço desculpa.

A regra dos 5 minutos aplica-se quando o dono se ausenta e não o cão. Pode parecer a mesma coisa, mas a meu ver não é. Se o cão vai e volta e se aninha a si, não está a contestar a sua liderança.

Já quando o dono se ausenta, ao voltar, tem de recriar os mecânismos que lhe garantam a "chefia da matilha".

De acordo com a autora, só fará sentido a aplicação desta regra se nestas ausências se criar uma barreira física entre o dono e o cão. Isto é, por exemplo, se o dono sai da sala fechando a porta atras de si.

Aconselho vivamente (apesar de ainda só agora ter começado) a sequela: "The Practical Dog Listener - de Jan Fennell
Baruk
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quinta abr 15, 2004 1:25 pm

:oops:
Jim ?? hehehehe...tou todo arruinado!!!

Voltando ao tema: espero não estar a fazer confusão mas a autora diz q qd o cão se ausenta da sala e regressa, qd chega junto a nós se fizermos mimos ao cão seria como reconhecer q ele seria o líder, q o cão tem poder sobre o momento de fazer/receber mimos.

É como o exemplo q ela dá qd o cão vem com o brinquedo na boca. Nós achamos aquilo muito bonito e vamos brincar com ele e é um erro pois o cão está a ser lider e a dizer quando é q quer brincar.
KROZ
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quinta abr 15, 2004 1:53 pm

Eu encho de beijos os cães seja a que hora for e em que momento for. E é assim que deve ser com todos. Eu chego, baixo-me a abraço os cães, não imponho qualquer regra.

Mas claro que eles sabem quem manda e sabem que não podem saltar. Isso ficou esclarecido desde cedo. Se não permitirem os cães ganharem manias, então no futuro não têm qualquer motivo para impor regras dessas. Comigo comem comigo ou sem mim, saiem e entram primeiro ou no fim, são livres. A imposição da liderança se bem aplicado no inicio permite essas liberdades. E é preciso uma boa atitude do dono. Com uma atitude adequada, o cão percebe bem quem manda, e um bom treino também ajuda.
Nuvem_Branca
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quinta abr 15, 2004 2:00 pm

Olá a todos...

... aproveitando que estão a falar de livros, que livro indicariam para quem nunca ensinou um cachorro... e que o vai (vou!) fazer em breve?!?!

Até já!
aisd
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periquito FALCANITO

quinta abr 15, 2004 6:50 pm

A imposição da liderança se bem aplicado no inicio permite essas liberdades
Pois eu acho que a questão é mesmo esta.

Se a hierárquia está claramente estabelecida não é preciso tanto rigor.
Mas se o cão desde sempre foi o líder - fez sempre o que quis - e, agora, com ele adulto, queremos alterar o padrão então estes processos são mesmo necessários.
Durante o tempo necessário para ficar claro quem é o líder.

Depois...bom senso e critério.
ladyxzeus
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quinta abr 15, 2004 8:05 pm

Nuvem_Branca Escreveu:... aproveitando que estão a falar de livros, que livro indicariam para quem nunca ensinou um cachorro... e que o vai (vou!) fazer em breve?!?!
Nenhum. Para um treino bom e sólido vá a uma escola de treino.




p.s. Baruk, ainda vai a tempo de mudar o título do tópico ;) (em "editar")
Nuvem_Branca
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quinta abr 15, 2004 8:44 pm

Olá Ladyxzeus,

Agradeço a dica, mas...

Escola para treino de cães não se encontram propriamente em todas as esquinas!!

No meu local de residencia não conheço nenhuma...

Portanto continuo a aguardar alguns livros que me possam sugerir....
ladyxzeus
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quinta abr 15, 2004 9:05 pm

Tristemente para todos nós, os livros são boa referência mas não são o melhor método de treino. Dá para remediar, mas não é o treino sólido e de confiança. Neste momento não lhe posso recomendar nenhum livro de treino porque aqueles que tenho fazem-lhe breves referências, sem ensinar nada de concreto. Estou a ler e a adquirir mais, mas entretanto não posso ajudar.
Nuvem_Branca
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sexta abr 16, 2004 8:30 am

Ladyxzeus,

De qualquer maneira agradeço a atenção que dispensaste ao assunto!

;)
rutefcamacho
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sexta abr 16, 2004 8:38 am

KROZ Escreveu: Eu encho de beijos os cães seja a que hora for e em que momento for. E é assim que deve ser com todos. Eu chego, baixo-me a abraço os cães, não imponho qualquer regra.

Mas claro que eles sabem quem manda e sabem que não podem saltar. Isso ficou esclarecido desde cedo. Se não permitirem os cães ganharem manias, então no futuro não têm qualquer motivo para impor regras dessas. Comigo comem comigo ou sem mim, saiem e entram primeiro ou no fim, são livres. A imposição da liderança se bem aplicado no inicio permite essas liberdades. E é preciso uma boa atitude do dono. Com uma atitude adequada, o cão percebe bem quem manda, e um bom treino também ajuda.
Olá!

Imagino que para quem tenha experiência com cães isto seja muito fácil de pôr em prática. Mas para marinheiros de primeira viagem, estes pequenos truques ajudam.

Por muito que tenha lido sobre comportamento canino e sobre as caracteristicas da raça antes de ter adquirido o Verdi, só com o convivio diário é que se aprende verdadeiramente a ter a tal "boa atitude" de que fala.

Não acho que este método seja o perfeito, assim como ainda não tomei conhecimento de nenhum método que o fosse. Cada cão tem a sua personalidade.

Concordo com as afirmações da AISD :
bom senso e critério.
É com isto em mente que acato ou não os conselhos de Jan Fennell.

Independentemente de tudo isto, acho que é uma leitura extremamente agradável....
Kafeina
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sexta abr 16, 2004 8:45 am

Tal como o Baruk também eu fiquei curiosa com o livro e depois de tanto ler sobre este assunto vai de rumar à estante mais próxima da FNAC...aí está a prova que é bom falar, bem ou mal, é publicidade ... parece que nestes casos quem ganha com isso é a autora e a editora ... que lá vão facturando lol
Quanto ao livro , a escrita é...como dizer.... "levezinha", mas a meu ver o publico alvo da senhora são pessoas que nunca treinaram os seus cães por isso há que tornar o livro bem básico e de fácil compreensão.
Falando do método em particular, tem a sua lógica e parece-me a mim que poderá funcionar, agora lá está, perde pela rigidez...aquela de reafirmar em cada encontro quem é o lider com o "desprezo" dos 5 minutos é um tanto ou quanto exagerado e eu seria incapaz de o fazer com o meu Beethoven... a menos que se torne num "cão problema"
No entanto lá está, todos nós apreendemos do livro aquilo que achamos melhor... chama-se a isso liberdade de escolha.
Em conclusão de 0 a 20.... leva um 15 ;)
Última edição por Kafeina em sexta abr 16, 2004 9:05 am, editado 2 vezes no total.
rutefcamacho
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sexta abr 16, 2004 8:48 am

Baruk Escreveu: Voltando ao tema espero não estar a fazer confusão mas a autora diz q qd o cão se ausenta da sala e regressa, qd chega junto a nós se fizermos mimos ao cão seria como reconhecer q ele seria o líder, q o cão tem poder sobre o momento de fazer/receber mimos.

É como o exemplo q ela dá qd o cão vem com o brinquedo na boca. Nós achamos aquilo muito bonito e vamos brincar com ele e é um erro pois o cão está a ser lider e a dizer quando é q quer brincar.
Baruk,

Como disse, já o li o primeiro livro há algum tempo e o que escrevi baseia-se no que estou a ler na sequela.

De qualquer forma, parece-me que estamos a falar de coisas distintas.

Uma coisa é o cão ausentar-se e depois vir ter consigo e aninhar-se a si, ordeiramente. Aqui não me parece haver tentativa de disputa da liderança.

Outra coisa é o cão vir ter consigo com o brinquedo na boca, exigindo que você brinque com ele, nesse momento, porque ele quer. Se você aceder a esse desejo do cão, estará a colocar o seu estatuto de líder em causa. Neste caso, deverá ignorar o cão, esperar que ele sossegue e então, quando você quiser, iniciar a brincadeira.

Dai que a autora sugira que o cão tenha um ou outro brinquedo para se entreter sozinho, devendo os brinquedo utilizados na interacção cão/dono, guardados após cada brincadeira.

Deixo aqui a ressalva que o que escrevi em cima resulta apenas da minha interpretação dos textos em questão.
KROZ
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sexta abr 16, 2004 12:42 pm

Também aí... o meu cão tem tudo o que é brinquedo espalhado, e ele toma por imensas vezes a iniciativa de brincar e vem ter comigo com um brinquedo. Só que não é por um cão ter a iniciativa de brincar que vamos pensar que ele quer mandar. Se ele vem ter comigo, eu brinco, assim como se eu for ter com ele, brinca comigo. Não há qualquer disputa de liderança aqui, apenas brincadeira de ambos os lados.

Isto é mesmo coisas só para quem precisa. Se o cão é sossegado então não vale apena impor essas regras.
aligra
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sexta abr 16, 2004 1:34 pm

KROZ Escreveu: Isto é mesmo coisas só para quem precisa. Se o cão é sossegado então não vale apena impor essas regras.
Esso é verdade, de facto com o meu cão anterior, um cocker que foi adoptado por nós aos 2 anos, eu nem pensei nisto tudo, só aconselhei-me com o veterinário sobre a comida, os banhos e as pulgas, levou as vacinas e desparasitações e pronto, era só dizer NÃO se fazia qualquer coisa que eu não queria que fizesse, mas eu nem imaginava que existissem estes assuntos de liderança, não fazia ideia.
Só por causa do Dylan que era tão mal comportado, tão dominante, ladrava e mordia as mãos, é que pensei procurar ajuda junto de pessoas mais experientes porque aos 5 meses não sabia já o que fazer com o malandro.
Como todas as coisas más têm um lado bom, de resultas do mal comportamento do meu cachorro fiquei a saber montes de coisas sobre os cães que antes ignorava ;)

Alicia
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