Constatei que no outro dia ao pé da minha casa andavam 5 cães abandonados, aproximei-me deles e vi que tinham uma coleira com uma símbolo de caça.
Pedia aos membros da Arca de Noé que visitarem esta mensagem que por favor pedissem a alguém que caçasse ou a próprias associações de caça, para não abandonarem os animais, é muito importante.
No dia seguinte apareceram outra vez e fui levá-los a um canil de um amigo meu, façam o mesmo e não os abandonem!
Abandono de cães
Moderador: mcerqueira
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Bem- vindo ao fórum.
Vai-me desculpar, não querendo ser indelicada acho o seu apelo inútil. Explicando-me: qual é o interesse de ir ter com as associações "não abandonem os animais!". É quase como ir ter com um dependente químico (aka drogado) e dizer-lhe "não roube!"... Faço-me entender?
Por mais boa vontade que os defensores dos animais possam ter não é apelando junto dos potenciais abandonadores que se resolvem as coisas. A verdade é também q não haverá uma forma mágica de as resolver... O mais que se pode fazer em casos como este (de caçadores) é recolher os abandonados... Porque já se sabe que uma parte dos caçadores (não sei se a maior parte...) tem a teoria que quando o cão já está fraco e já não ajuda grande coisa não está a fazer nada com ele, ou mesmo os que compram os cães ainda bebés à espera q saiam grandes caçadores e depois eles crescem e não correspondem às expectativas, pronto, lá vai mais um...
A sua intenção é boa, não o posso negar. Como também a minha é... Mas o que eu quero mesmo dizer é que pedir às pessoas p não abandonarem os animais não chega e não resulta.
Desculpem-me a frieza da mensagem...

Vai-me desculpar, não querendo ser indelicada acho o seu apelo inútil. Explicando-me: qual é o interesse de ir ter com as associações "não abandonem os animais!". É quase como ir ter com um dependente químico (aka drogado) e dizer-lhe "não roube!"... Faço-me entender?
Por mais boa vontade que os defensores dos animais possam ter não é apelando junto dos potenciais abandonadores que se resolvem as coisas. A verdade é também q não haverá uma forma mágica de as resolver... O mais que se pode fazer em casos como este (de caçadores) é recolher os abandonados... Porque já se sabe que uma parte dos caçadores (não sei se a maior parte...) tem a teoria que quando o cão já está fraco e já não ajuda grande coisa não está a fazer nada com ele, ou mesmo os que compram os cães ainda bebés à espera q saiam grandes caçadores e depois eles crescem e não correspondem às expectativas, pronto, lá vai mais um...
A sua intenção é boa, não o posso negar. Como também a minha é... Mas o que eu quero mesmo dizer é que pedir às pessoas p não abandonarem os animais não chega e não resulta.
Desculpem-me a frieza da mensagem...

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Não sei se viram na abertura da época de caça, o presidente da associação de caçadores ou lá quem era a dizer « não abandonem os cães, se eles não servem para a caça deem-lhes um tiro »
hummm, se eu for má cozinheira deem.me um tiro..




hummm, se eu for má cozinheira deem.me um tiro..
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- Localização: 1 Caniche Médio; 2 Rafeiros (lindos!)
Não gosto de caça e não gosto de caçadores, mas não sou extremista ao ponto de dizer que são todos más pessoas. Conheço dois que fogem à regra e merecem que se lhes faça justiça.
Em meados de Outubro, uma 5ª feira - claro! - encontrei atropelado, na estrada por onde passo diáriamente, um cãozito tipo podengo pequeno de pêlo cerdoso. Chovia copiosamente e não sei à quanto tempo o animal ali estaria. Pareceu-me morto e só quando lhe peguei verifiquei que ainda respirava. Levei-o para o Hop. Vet. que fica ali perto e foi prontamente atendido. Estava em choque e hipotérmico. Não tinha nada partido, nem feridas abertas, apenas muito mal tratado, magro e cheio de pulgas. Foi-lhe diagnosticada uma contusão a nível do fígado e ficou lá durante uma semana, depois trouxe-o para casa para continuar a recuperação. Aqui começaram os problemas, a minha fera de 5 Kg não levantou problemas de imediato, mas quando se apercebeu de que tinha um macho jovem, a recuperar rapidamente, no seu território não achou graça nenhuma. Perante a impossibilidade de ficar com mais um cão comecei a árdua tarefa de procurar um dono.
O pai de uma colega de trabalho ofereceu-se para ficar com ele. Embora sabendo que o senhor è caçador, sei tambem do amor que têm pelos seus cães e modo como os trata. Aceitei a oferta e fui lá por o pequeno,
só que ele não gostou de estar preso e o senhor achou que o cão não estava feliz. Assim propôs-me que o bichinho fosse entregue ao seu irmão, tambem caçador, mas com um canil muito maior, onde o pequeno podia andar à vontade.
Conclusão: o "ratinho" (nome dado pela vet. que o socorreu) está bem de saúde, o caçador com quem ficou continuou o tratamento prolongado iniciado no Hosp. Vet. e têm sensibilidade suficiente para entender o pânico que o animalzinho têm de qualquer veículo motorizado, não o obrigando a andar de carro, limita-se a fazer grandes passeios pelo campo. Claro que caçam coelhos, pois o seu número exagerado acaba com as culturas e por estas bandas acham que é um excelente petisco. Mas o que interessa é que o animal está bem e feliz.
Estes dois caçadores tratam bem os seus cães, têm canis decentes para os alojar, não os abandonam e ainda recolhem aqueles que vão ter à propriedade. Caçam apenas para manter um equilibrio cinegético nas propriedades e como já tive oportunidade de verificar é maior o prazer de andarem com os animais pelo campo do que a caça propriamente dita.
Em meados de Outubro, uma 5ª feira - claro! - encontrei atropelado, na estrada por onde passo diáriamente, um cãozito tipo podengo pequeno de pêlo cerdoso. Chovia copiosamente e não sei à quanto tempo o animal ali estaria. Pareceu-me morto e só quando lhe peguei verifiquei que ainda respirava. Levei-o para o Hop. Vet. que fica ali perto e foi prontamente atendido. Estava em choque e hipotérmico. Não tinha nada partido, nem feridas abertas, apenas muito mal tratado, magro e cheio de pulgas. Foi-lhe diagnosticada uma contusão a nível do fígado e ficou lá durante uma semana, depois trouxe-o para casa para continuar a recuperação. Aqui começaram os problemas, a minha fera de 5 Kg não levantou problemas de imediato, mas quando se apercebeu de que tinha um macho jovem, a recuperar rapidamente, no seu território não achou graça nenhuma. Perante a impossibilidade de ficar com mais um cão comecei a árdua tarefa de procurar um dono.
O pai de uma colega de trabalho ofereceu-se para ficar com ele. Embora sabendo que o senhor è caçador, sei tambem do amor que têm pelos seus cães e modo como os trata. Aceitei a oferta e fui lá por o pequeno,
só que ele não gostou de estar preso e o senhor achou que o cão não estava feliz. Assim propôs-me que o bichinho fosse entregue ao seu irmão, tambem caçador, mas com um canil muito maior, onde o pequeno podia andar à vontade.
Conclusão: o "ratinho" (nome dado pela vet. que o socorreu) está bem de saúde, o caçador com quem ficou continuou o tratamento prolongado iniciado no Hosp. Vet. e têm sensibilidade suficiente para entender o pânico que o animalzinho têm de qualquer veículo motorizado, não o obrigando a andar de carro, limita-se a fazer grandes passeios pelo campo. Claro que caçam coelhos, pois o seu número exagerado acaba com as culturas e por estas bandas acham que é um excelente petisco. Mas o que interessa é que o animal está bem e feliz.
Estes dois caçadores tratam bem os seus cães, têm canis decentes para os alojar, não os abandonam e ainda recolhem aqueles que vão ter à propriedade. Caçam apenas para manter um equilibrio cinegético nas propriedades e como já tive oportunidade de verificar é maior o prazer de andarem com os animais pelo campo do que a caça propriamente dita.
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- Membro Júnior
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Não gosto de caça e não gosto de caçadores, mas não sou extremista ao ponto de dizer que são todos más pessoas. Conheço dois que fogem à regra e merecem que se lhes faça justiça.
Em meados de Outubro, uma 5ª feira - claro! - encontrei atropelado, na estrada por onde passo diáriamente, um cãozito tipo podengo pequeno de pêlo cerdoso. Chovia copiosamente e não sei à quanto tempo o animal ali estaria. Pareceu-me morto e só quando lhe peguei verifiquei que ainda respirava. Levei-o para o Hop. Vet. que fica ali perto e foi prontamente atendido. Estava em choque e hipotérmico. Não tinha nada partido, nem feridas abertas, apenas muito mal tratado, magro e cheio de pulgas. Foi-lhe diagnosticada uma contusão a nível do fígado e ficou lá durante uma semana, depois trouxe-o para casa para continuar a recuperação. Aqui começaram os problemas, a minha fera de 5 Kg não levantou problemas de imediato, mas quando se apercebeu de que tinha um macho jovem, a recuperar rapidamente, no seu território não achou graça nenhuma. Perante a impossibilidade de ficar com mais um cão comecei a árdua tarefa de procurar um dono.
O pai de uma colega de trabalho ofereceu-se para ficar com ele. Embora sabendo que o senhor è caçador, sei tambem do amor que têm pelos seus cães e modo como os trata. Aceitei a oferta e fui lá por o pequeno,
só que ele não gostou de estar preso e o senhor achou que o cão não estava feliz. Assim propôs-me que o bichinho fosse entregue ao seu irmão, tambem caçador, mas com um canil muito maior, onde o pequeno podia andar à vontade.
Conclusão: o "ratinho" (nome dado pela vet. que o socorreu) está bem de saúde, o caçador com quem ficou continuou o tratamento prolongado iniciado no Hosp. Vet. e têm sensibilidade suficiente para entender o pânico que o animalzinho têm de qualquer veículo motorizado, não o obrigando a andar de carro, limita-se a fazer grandes passeios pelo campo. Claro que caçam coelhos, pois o seu número exagerado acaba com as culturas e por estas bandas acham que é um excelente petisco. Mas o que interessa é que o animal está bem e feliz.
Estes dois caçadores tratam bem os seus cães, têm canis decentes para os alojar, não os abandonam e ainda recolhem aqueles que vão ter à propriedade. Caçam apenas para manter um equilibrio cinegético nas propriedades e como já tive oportunidade de verificar é maior o prazer de andarem com os animais pelo campo do que a caça propriamente dita.
Em meados de Outubro, uma 5ª feira - claro! - encontrei atropelado, na estrada por onde passo diáriamente, um cãozito tipo podengo pequeno de pêlo cerdoso. Chovia copiosamente e não sei à quanto tempo o animal ali estaria. Pareceu-me morto e só quando lhe peguei verifiquei que ainda respirava. Levei-o para o Hop. Vet. que fica ali perto e foi prontamente atendido. Estava em choque e hipotérmico. Não tinha nada partido, nem feridas abertas, apenas muito mal tratado, magro e cheio de pulgas. Foi-lhe diagnosticada uma contusão a nível do fígado e ficou lá durante uma semana, depois trouxe-o para casa para continuar a recuperação. Aqui começaram os problemas, a minha fera de 5 Kg não levantou problemas de imediato, mas quando se apercebeu de que tinha um macho jovem, a recuperar rapidamente, no seu território não achou graça nenhuma. Perante a impossibilidade de ficar com mais um cão comecei a árdua tarefa de procurar um dono.
O pai de uma colega de trabalho ofereceu-se para ficar com ele. Embora sabendo que o senhor è caçador, sei tambem do amor que têm pelos seus cães e modo como os trata. Aceitei a oferta e fui lá por o pequeno,
só que ele não gostou de estar preso e o senhor achou que o cão não estava feliz. Assim propôs-me que o bichinho fosse entregue ao seu irmão, tambem caçador, mas com um canil muito maior, onde o pequeno podia andar à vontade.
Conclusão: o "ratinho" (nome dado pela vet. que o socorreu) está bem de saúde, o caçador com quem ficou continuou o tratamento prolongado iniciado no Hosp. Vet. e têm sensibilidade suficiente para entender o pânico que o animalzinho têm de qualquer veículo motorizado, não o obrigando a andar de carro, limita-se a fazer grandes passeios pelo campo. Claro que caçam coelhos, pois o seu número exagerado acaba com as culturas e por estas bandas acham que é um excelente petisco. Mas o que interessa é que o animal está bem e feliz.
Estes dois caçadores tratam bem os seus cães, têm canis decentes para os alojar, não os abandonam e ainda recolhem aqueles que vão ter à propriedade. Caçam apenas para manter um equilibrio cinegético nas propriedades e como já tive oportunidade de verificar é maior o prazer de andarem com os animais pelo campo do que a caça propriamente dita.