Retirado de: http://blogue.pelosanimais.org.pt/Em Portugal, são milhares os cães condenados a prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional. Estes animais nada de mal fizeram; nunca cometeram um crime. Contudo, são sujeitos a um castigo pior do que a morte: uma vida inteira na extremidade de uma corrente…
Por todo o país, são demasiados os cães que sofrem em silêncio porque ninguém sabe que estão acorrentados, ou ninguém se importa. Dormem dentro de um bidão, sentam-se sobre a lama ou sobre o cimento gelado, não têm água fresca à disposição, não têm atenção… Muitos destes cães vivem toda a sua vida acorrentados, dia após dia, mês após mês, ano após ano… A maioria destes cães nunca passeou, nunca teve o prazer de saber o que é brincar, e muito menos sabe o que é ser acarinhado. Acorrentados pelo pescoço, eles não vivem, simplesmente existem. Existem sem respeito, sem carinho, sem exercício, sem interacção social e, por vezes, sem os cuidados alimentares básicos.
Não há pior castigo para um cão do que mantê-lo permanentemente acorrentado. Os cães são animais de matilha, são animais sociais que precisam de estar integrados numa família (animal ou humana), uma família que os acarinhe. Isolar um cão, não lhe permitindo interacção com outros seres nem a prática de exercício, é algo de extremamente cruel. A tristeza destes animais está expressa no seu olhar. À medida que os dias se transformam em anos, a maioria destes cães deita-se, senta-se, dorme, come, bebe, urina e defeca dentro do mesmo raio de dois metros.
Parte considerável das pessoas que mantêm um cão acorrentado não se apercebe do impacto de tal atitude sobre o cão e sobre a própria comunidade. Para além da óbvia crueldade, acorrentar um cão não só é mau para o animal, como poderá resultar num ambiente bastante perigoso para as pessoas, especialmente crianças. Um cão continuamente acorrentado e isolado no exterior tende a transformar-se num animal ansioso, neurótico, territorial e inclusive agressivo.
Estes cães existem na sombra da nossa comunidade. Ajude-nos a tirá-los da sombra e a levá-los para dentro de casa. Fique atento ao nosso Web site e colabore na campanha “Cães Sem Correntes”, que terá início em breve.
Campanha "Cães sem correntes"
Moderador: mcerqueira
Eis um artigo interessante e, infelizmente, muito actual...
Última edição por Fsetter em quarta fev 22, 2006 11:40 am, editado 2 vezes no total.
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Edite a mensagem, às páginas tantas o texto repete-se
Mas tirando isso, é a mais pura das verdades

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infelizmente, essa é a realidade. mas vá-se criticar os donos. não sabem, nem querem saber. os que até sabem, preferem esquecer.
anjjazul
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Pois infelizmente existem variadíssimos casos desses no nosso país, é triste mas é a realidade....! 

Esta situação nunca será resolvida- hà de facto muitas pessoas que não estão e não querem ser sensibilizadas! Isto só vai melhorar quando houver uma legislação decente! Não querendo ser péssimista acho que já não vou cá estar para ver.
Maria
Maria
Tanto quanto sei, a legislação prevê que os animais devem dispor de espaço adequado às necessidades fisiológicas/etológicas e que permita a prática de exercício físico. Daí deduzo que ter-se um animal acorrentado é ilegal.
As moradas também não era a mim que tinha de dar, era à associação. Quanto aos canis de ALGUMAS associações, não poderia estar mais de acordo consigo.PauloC Escreveu: Eu moradas não lhe dou, mas se visitar muitos dos canis das associações de ajuda aos animais é nessas condições, e piores, que encontra os animais.
Seja como for, por haver animais acorrentados em ALGUMAS associações, não é por isso que não se deve tentar sensibilizar as pessoas comuns que têm os seus animais presos. Muitas delas têm-nos presos porque toda a sua vida viram as outras pessoas fazerem isso. Se não se apostar numa mudança das mentalidades, aí é que não se consegue nada nunca.
Jump, eu conheço muito bem a realidade dos cães nas zonas rurais e nas cidades.
Se há cães nas zonas rurais que têm uma vida decente e vivem inclusive dentro de casa com os donos, o que mais se vê é cães acorrentados a uma árvore com um bidão de metal como único abrigo, cães acorrentados a uma estaca que têm como abrigo uma casota toda podre, cães no exterior mas sem qualquer tipo de abrigo, cães presos a uma casota que são alimentados a sopas e pão, etc., etc.
E também conheço a realidade de muitas cães das cidades. Se muitos há que têm o prazer de partilhar a casa com os seus donos, muitos outros há que vivem confinados a uma varanda ou marquise e que nunca são levados a passear sequer, muitos outros há que passam a vida presos no quintal e que só vêm os donos na hora de comer e nunca receberam uma demonstração de afecto.
Pelo que li na página da campanha, o que se pretende é sensibilizar e informar as pessoas que mantêm animais nestas condições. Se muitos há que se estão simplismente a marimbar para o animal, muitos outros também há que nunca pensaram realmente sobre a forma como mantêm o seu animal e que poderão consciencializar-se de que isso não é correcto.
Se há cães nas zonas rurais que têm uma vida decente e vivem inclusive dentro de casa com os donos, o que mais se vê é cães acorrentados a uma árvore com um bidão de metal como único abrigo, cães acorrentados a uma estaca que têm como abrigo uma casota toda podre, cães no exterior mas sem qualquer tipo de abrigo, cães presos a uma casota que são alimentados a sopas e pão, etc., etc.
E também conheço a realidade de muitas cães das cidades. Se muitos há que têm o prazer de partilhar a casa com os seus donos, muitos outros há que vivem confinados a uma varanda ou marquise e que nunca são levados a passear sequer, muitos outros há que passam a vida presos no quintal e que só vêm os donos na hora de comer e nunca receberam uma demonstração de afecto.
Pelo que li na página da campanha, o que se pretende é sensibilizar e informar as pessoas que mantêm animais nestas condições. Se muitos há que se estão simplismente a marimbar para o animal, muitos outros também há que nunca pensaram realmente sobre a forma como mantêm o seu animal e que poderão consciencializar-se de que isso não é correcto.
Olá a todos!
Estou 100% de acordo com esta campanha. Vivo numa vila onde quase toda a gente tem cão e quase todos estão em cadeados, permanentemente.
A maior parte deles não sabe o que é dar um passeio e as suas correntes são de metro ou pouco mais. É de facto muito deprimente. Custa-me muito ver as suas casinhas ao 'tempo' onde agora no inverno não se vê uma unica manta, um pedaço de cobertor ou até em último caso um resto de camisola velha.
Mas eu venho aqui especialmente para vos falar do meu JOE que adoptamos com um mês e que também tinha que estar muitas vezes a cadeado. Senti necessidade de vir dar o meu depoimento porque o Joe apesar de passar alguma parte do dia a cadeado, era um cão muito amado, muito acarinhado e muito nosso amigo. Fazia parte da nossa família.
O Joe era meigo até não poder mais. Andava dentro de casa connosco e tinha a sua casinha dentro da nossa arrecadação que era um espaço amplo, arejado e com janelas. Quisemos a casa do joe nesse espaço para o proteger do tempo. Tinha sempre um cobertor limpo dentro da casinha. O Joe era muito vivaço e com uma agilidade fora de comum. Com 1 ano (ou menos) começou a saltar as sebes e os muros e saía de casa. Os vizinhos começaram a queixar-se que ele destruía as suas hortas e andavam sempre a dizer que tinhamos que o prender senão faziam isto e aquilo. Resolvemos deixar as sebes crescer mais, resolvemos colocar uma rede mais alta. A única coisa que não queríamos era deixar o Joe num cadeado.
Mas ele fazia buracos nas sebes, saltava redes de 2 metros (é verdade) e alguns vizinhos sempre a chatear... diziam sempre 'ele é meiguinho e amigo, ele gosta de nós, mas vai ali ao meu quintal e destrói tudo...'
O tempo ía passando e nós ficavamos desesperados. O Joe não podia ficar no jardim solto quando não estivessemos em casa. A unica alternativa era um cadeado. Não tinhamos outra!!! A primeira vez que lhe colocamos o cadeado choramos tanto...E era um cadeado leve (mas resistente), tinha 8 metros e ele podia andar namesma pelo jardim.
Claro que estavamos sempre a solta-lo. Como há poucas horas sem gente em casa, o nosso Joe andava a maior parte do tempo sem esse tremendo acessório. Mal o soltavamos, parecia uma flecha a saltar as sebes. Tinhamos que ir logo atrás. As vezes conseguiamos traze-lo logo, outras vezes não. Depois andava connosco em casa, dormia uns sonos aos pés da cama do seu dono ou na da sua dona e assim fomos vivendo muito felizes até há poucos meses atrás. Para ir dormir de noite, lá o íamos novamente prender e ele lá ficava na sua casinha, com o portão da garagem um pouco aberto para ele poder ir lá fora de noite se precisasse
O Joe desapareceu a 10 de Novembro último depois de um passeio...
Foi o início de um verdadeiro pesadelo.
Mantemos os anúncios em vários sites, mantemos cartazes em muitos sítios e sentimos muitas saudades de chegar a casa e ver o Joe deitado na relva ao sol, à nossa espera...em segurança!
Adoptei recentemente outro caozinho, trato-o como se vivesse num apartamento pois tenho pavor que lhe façam mal e nem me passa pela cabeça ter que o deixar algum dia preso num cadeado. Espero educa-lo de forma a que lhe cheguem os 600 m2 de jardim quando não estiver ninguém em casa...
Resumindo, sou a favor desta campanha (de todo).
Mas há situações pontuais em que temos que recorrer ao cadeado. Eu saía de casa muito mais descansada com o meu joe no seu cadeado do que a pensar que ele poderia saltar as sebes e talvez comer o veneno que alguem lhe colocasse pelo caminho.
Acho importante esta campanha, mas é MUITO importante sensibilizar os donos para a atenção e o mimo que os animais precisam de ter.
Um abraço para todos da
Lurdes
http://www.companhiadosanimais.com/foru ... _id=103787
Estou 100% de acordo com esta campanha. Vivo numa vila onde quase toda a gente tem cão e quase todos estão em cadeados, permanentemente.
A maior parte deles não sabe o que é dar um passeio e as suas correntes são de metro ou pouco mais. É de facto muito deprimente. Custa-me muito ver as suas casinhas ao 'tempo' onde agora no inverno não se vê uma unica manta, um pedaço de cobertor ou até em último caso um resto de camisola velha.
Mas eu venho aqui especialmente para vos falar do meu JOE que adoptamos com um mês e que também tinha que estar muitas vezes a cadeado. Senti necessidade de vir dar o meu depoimento porque o Joe apesar de passar alguma parte do dia a cadeado, era um cão muito amado, muito acarinhado e muito nosso amigo. Fazia parte da nossa família.
O Joe era meigo até não poder mais. Andava dentro de casa connosco e tinha a sua casinha dentro da nossa arrecadação que era um espaço amplo, arejado e com janelas. Quisemos a casa do joe nesse espaço para o proteger do tempo. Tinha sempre um cobertor limpo dentro da casinha. O Joe era muito vivaço e com uma agilidade fora de comum. Com 1 ano (ou menos) começou a saltar as sebes e os muros e saía de casa. Os vizinhos começaram a queixar-se que ele destruía as suas hortas e andavam sempre a dizer que tinhamos que o prender senão faziam isto e aquilo. Resolvemos deixar as sebes crescer mais, resolvemos colocar uma rede mais alta. A única coisa que não queríamos era deixar o Joe num cadeado.
Mas ele fazia buracos nas sebes, saltava redes de 2 metros (é verdade) e alguns vizinhos sempre a chatear... diziam sempre 'ele é meiguinho e amigo, ele gosta de nós, mas vai ali ao meu quintal e destrói tudo...'
O tempo ía passando e nós ficavamos desesperados. O Joe não podia ficar no jardim solto quando não estivessemos em casa. A unica alternativa era um cadeado. Não tinhamos outra!!! A primeira vez que lhe colocamos o cadeado choramos tanto...E era um cadeado leve (mas resistente), tinha 8 metros e ele podia andar namesma pelo jardim.
Claro que estavamos sempre a solta-lo. Como há poucas horas sem gente em casa, o nosso Joe andava a maior parte do tempo sem esse tremendo acessório. Mal o soltavamos, parecia uma flecha a saltar as sebes. Tinhamos que ir logo atrás. As vezes conseguiamos traze-lo logo, outras vezes não. Depois andava connosco em casa, dormia uns sonos aos pés da cama do seu dono ou na da sua dona e assim fomos vivendo muito felizes até há poucos meses atrás. Para ir dormir de noite, lá o íamos novamente prender e ele lá ficava na sua casinha, com o portão da garagem um pouco aberto para ele poder ir lá fora de noite se precisasse

O Joe desapareceu a 10 de Novembro último depois de um passeio...
Foi o início de um verdadeiro pesadelo.
Mantemos os anúncios em vários sites, mantemos cartazes em muitos sítios e sentimos muitas saudades de chegar a casa e ver o Joe deitado na relva ao sol, à nossa espera...em segurança!
Adoptei recentemente outro caozinho, trato-o como se vivesse num apartamento pois tenho pavor que lhe façam mal e nem me passa pela cabeça ter que o deixar algum dia preso num cadeado. Espero educa-lo de forma a que lhe cheguem os 600 m2 de jardim quando não estiver ninguém em casa...
Resumindo, sou a favor desta campanha (de todo).
Mas há situações pontuais em que temos que recorrer ao cadeado. Eu saía de casa muito mais descansada com o meu joe no seu cadeado do que a pensar que ele poderia saltar as sebes e talvez comer o veneno que alguem lhe colocasse pelo caminho.
Acho importante esta campanha, mas é MUITO importante sensibilizar os donos para a atenção e o mimo que os animais precisam de ter.
Um abraço para todos da
Lurdes
http://www.companhiadosanimais.com/foru ... _id=103787
Última edição por lurdes40 em quarta fev 22, 2006 4:07 pm, editado 5 vezes no total.
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- Registado: terça jul 12, 2005 4:09 pm
- Localização: Rafa, Igor, Cuca (rola branca)
Concordo consigo no que escreveu, mas nesta parte tenho duvidas de que alguem mantenha o seu animal em condições miseráveis , sem ter consciencia disso......!Fsetter Escreveu: muitos outros também há que nunca pensaram realmente sobre a forma como mantêm o seu animal e que poderão consciencializar-se de que isso não é correcto.
<p>Isabel</p>
<a href="http://www.apca.org.pt">www.apca.org.pt</a>
<p> <a href="http://www.animaisderua.org">www.animaisderua.org</a> </p>
<p> <a href="http://patasfelizes.blogs.sapo.pt/">htt ... pt/</a></p>
<p> </p>
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<p> </p>
Primeiro tem que se ensinar: O seu animal não é um objecto que serve para comer o lixo que sobra do jantar. Depois então, parte-se para ideias mais complexas.
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
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- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
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Meu caro amigo,
O que eu quis dizer com a minha mensagem é que há coisas muito mais importante e prementes do que dispender cinergias com este tipo de campanhas! Se alguém quer ajudar cães em sofrimento, pode muito bem canalizar o esforço para ajudar estas associações a minorar os problemas dos cães que lá estão, em vez de se preocuparem com aqueles que, pelo menos, têm um dono.
Porquê lutar contra moinhos de vento, quanto existem 'montros reais' que necessitam de ser combatidos?
O que eu quis dizer com a minha mensagem é que há coisas muito mais importante e prementes do que dispender cinergias com este tipo de campanhas! Se alguém quer ajudar cães em sofrimento, pode muito bem canalizar o esforço para ajudar estas associações a minorar os problemas dos cães que lá estão, em vez de se preocuparem com aqueles que, pelo menos, têm um dono.
Porquê lutar contra moinhos de vento, quanto existem 'montros reais' que necessitam de ser combatidos?