Tanto o dar a guloseima como o fazer a carícia não deve ser um acto gratuito, imponderado, leviano e por impulso. Será assim?
Eu me confesso e o que vou dizer é politicamente incorrecto, quer dizer, caninamente incorrecto. Eu faço festas aos meus cães a torto e a direito, realmente quando me dá na real gana, por impulso, e não calculadamente só quando eles merecem. Em relação às guloseimas, aí sim, sou mais sumítico. Não cedo facilmente. A saúde deles acima de tudo.
Uma das formas de educar (treinar) o cão é através da gratificação. Por meio de uma guloseima ou de uma manifestação de agrado exteriorizado por um afago acompanhado de uma frase ou palavra que eles entendam como afectuosa.
Mas então e se uma pessoa passar a vida a fazer-lhes festas? Como é que eles vão compreender que procederam bem? Um berro, uma palmadita ou uma expressão daquelas em que a pessoa expande raios e coriscos dá para eles perceberem que procederam mal. Mas como fazer quando procedem bem, se o receber festas é o pão nosso de cada dia?
A questão fundamental é esta: devemos racionar as carícias?

