
Na rua onde trabalho, por exemplo, mora um casal que adquiriu um perdigueiro bebé há uns anos. Este casal tem dois filhos pequenos que, entretanto passaram a ir à escola e devem ter deixado de achar graça ao bichinho. A solução: abandonaram-no aqui mesmo, à porta de casa, ficando o cão ao relento, sem comer, dependente da misericórdia de estranhos. Tornou-se violento para com os estranhos...afinal, estava a defender o território que outrora fora seu. Ver os donos (os mais jovens e os mais velhos) todos os dias sem que estes lhe dessem ao menos uma festa, deve ter sido um tormento para o animal. Como é que aquela gente suporta ir todos os dias à janela e deparar com a degradação de um animal que já partilhou a casa e talvez a cama deles? Um dia, ao descer a rua, ia o dono à minha frente e o cão, fiel, atrás dele. O homem não vai de modos e grita "DEIXA-ME EM PAZ!" e deu um valente pontapé no focinho do cão. O que é que ele fez??? Continuou a seguir o dono, o parvo!!! A lealdade é algo que nasce e morre com os cães, realmente!
Saudações
Filipa