Como pudeste?!!!

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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tarasofia
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terça jul 03, 2007 10:50 am

parece-me impossivel como podem dispensar, ou ignorar uma amizade incondicional...
dava tudo pra ter a minha de volta
Leninha81
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terça jul 03, 2007 11:35 am

Depois de ler o que li... Fiquei com os olhos bem pesados, um aperto enorme no meu peito impedia-me quase de respirar... tentei segurar, mas, não aguentei as lagrimas... foi mais forte que eu... Tive de sair da minha secretaria onde tava sentada no trabalho, devagar para que ninguem se apercebece do meu estado de profunda tristeza.
Aqui ta um texto que deveria ser mais divolgado... para abanar o coração de pedra que muita gente tem...

Desde ja tenho a dizer que dou os meus parabens a quem abriu este topico...

Para pessoas sensiveis, este texto é... horrivel...
<p>Haver&aacute;&nbsp;ra&ccedil;a mais fant&aacute;stica?</p>
<p>Naaaaaaaaa... Boxer sem d&uacute;vida...</p>
<p>S&atilde;o possuidores de uma perfei&ccedil;&atilde;o inigual&aacute;vel.</p>
<p>&nbsp;</p>
Artemysa
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Registado: segunda fev 05, 2007 7:36 pm

terça jul 03, 2007 11:41 am

Problema é que estes textos só chegam às pessoas sensíveis.

Quem abandona animais quer lá saber...
zirita
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Bolinha, x Cão d'água
Pequenina, Podengo

terça jul 03, 2007 1:56 pm

Independentemente do muito ou pouco que os foristas fazem em defesa e protecção dos animais, uma coisa todos podemos fazer: imprimir com fotos, por exemplo, e colocar em local bem visível e de paragem no nosso local de trabalho, no bar, no refeitório, na paragem do autocarro, no café habitual...
Tomi
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terça jul 03, 2007 2:57 pm

Gente que leva o cão que viveu com ele em casa durantes anos, para um canil...lê o titulo e vira a cara.

Não adianta....eles deviam era ver...canis....e outras coisas do genero, que se vêm por aqui.

Devia dar em todos os canais ao mesmo tempo para não terem hipotese de mudar de canal.....e verem.....a dor e sofrimento que causam no animal que os amou....e os fez feliz durante muito tempo.

***, como é que se consegue.....levar o nosso cão a um canil....sabendo bem o que o espera.

Tive um cão, infelizmente só durante 3 anos.....e ainda hoje choro e muito a falta dele.
Amei-o enquanto o tive comigo, tratei dele da melhor forma possivel, sempre a pensar no bem estar dele.....em troca recebi o amor dele....a alegria dele, quando eu chegava a casa.....a lambidela na cara....quando me sentava no chão triste....a companhia dele......a companhia dele...fazia-me feliz.
Nunca.....era incapaz de o deixar fosse onde fosse....mesmo sendo noutro dono.....quanto mais num canil.

Este texto é triste......deixou-me de rastos.....pensei no meu cão...e no que ele terá pensado no dia em que tive que o mandar adormecer....fez-me mais uma vez pensar se sofreu........só quero acreditar....que ele tenha pensado em como o amava.
Porque não amava...ainda AMO e muito. No meu coração vai viver para sempre.


Tomi :cry:
Cavaleira16
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Localização: Luna (Pastor Alemão), Teco (Rafeiro), passaros, peixes, etc...

terça jul 03, 2007 11:43 pm

Bem...

Nem tenho palavras para descrever aquilo que sinto neste momento... :cry: :cry: :cry: :cry:

Ao autor deste texto, os meus mais sinceros parabens, porque relatou de uma forma incrivel, uma realidade que irá persistir para sempre na nossa sociedade... O ABANDONO... :cry: :cry:
<strong style="BACKGROUND-COLOR: rgb(255,255,255)">"O verdadeiro para&iacute;so terrestre reside sobre o dorso de um bom cavalo." &nbsp;</strong>
<p>&nbsp;</p>
sibila12
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Registado: domingo fev 11, 2007 5:18 pm

quarta jul 04, 2007 2:15 am

Leninha81 Escreveu:Depois de ler o que li... Fiquei com os olhos bem pesados, um aperto enorme no meu peito impedia-me quase de respirar... tentei segurar, mas, não aguentei as lagrimas... foi mais forte que eu... Tive de sair da minha secretaria onde tava sentada no trabalho, devagar para que ninguem se apercebece do meu estado de profunda tristeza.
Aqui ta um texto que deveria ser mais divolgado... para abanar o coração de pedra que muita gente tem...

Desde ja tenho a dizer que dou os meus parabens a quem abriu este topico...

Para pessoas sensiveis, este texto é... horrivel...
Este texto, de facto, é comovente e quem o pôs nesta época em destaque, fez muitíssimo bem, pois estamos na altura de maior abandono dos animais. Aqui na minha zona, já começam a aparecer uma imensidade de cães, o que denota que já estão sendo abandonados. Por mais coleiras que se ponham nos cães, a verdade, é que a Câmara já conhece este estratagema e breve os virá apanhar.

Só um reparo... estar a ler estas coisas na hora de trabalho?

Olhe que o sr Sócrates despede-a.... :D :D :D :D :D
JUMP
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quinta jul 05, 2007 8:15 am

sibila12 Escreveu:
Este texto, de facto, é comovente e quem o pôs nesta época em destaque, fez muitíssimo bem, pois estamos na altura de maior abandono dos animais. Aqui na minha zona, já começam a aparecer uma imensidade de cães, o que denota que já estão sendo abandonados. Por mais coleiras que se ponham nos cães, a verdade, é que a Câmara já conhece este estratagema e breve os virá apanhar.
Só um reparo... estar a ler estas coisas na hora de trabalho?

Olhe que o sr Sócrates despede-a.... :D :D :D :D :D
A por coleiras nos cães abandonados?
gary
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Registado: quarta dez 12, 2001 12:10 am
Localização: Pastores Alemães, Rottys, F. S.Miguel

quarta jul 11, 2007 10:48 am

PJFS Escreveu:Quando era um cachorrinho, eu distraía-te com as minhas traquinices e fazia-te rir.
Chamavas-me tua criança e, apesar de um certo número de sapatos mastigados e um par de almofadas destruídas, eu tornei-me na tua melhor amiga. Sempre que eu fazia algo de errado, tu abanavas o teu dedo para mim e dizias: "Como é que pudeste?..." mas depois tu arrependias-te e rolavas-me no chão para me coçar a barriga. O meu treino demorou um pouco mais do que o esperado porque tu estavas sempre muito ocupado, mas juntos conseguimos arranjar uma solução...
Eu lembro-me daquelas noites em que me aninhava em ti na cama e ouvia as tuas confidências e sonhos secretos - acreditava que a vida não poderia ser mais perfeita. Nós os dois fazíamos longos passeios e corridas no parque, andávamos de carro, e parávamos para um gelado (eu ganhava só a bolachinha porque "gelado não faz bem aos cães" - dizias tu) e eu apanhava longos banhos de sol enquanto aguardava a tua volta para casa ao final do dia.
Aos poucos passaste a gastar mais tempo no trabalho com a tua carreira e levavas mais tempo a procurar uma companheira humana. Eu esperei por ti pacientemente, confortei todas as tuas mágoas e desilusões, nunca te repreendi pelas más escolhas que tomaste, e vibrei de alegria nas tuas chegadas a casa e quando te apaixonaste... Ela, agora tua esposa, não é uma "apreciadora de cães" - ainda assim eu recebi-a na nossa casa, tentei mostrar-lhe afeição, e obedeci-lhe. Sentia-me feliz porque tu estavas feliz.
Então vieram os bebés humanos e eu reparti contigo o entusiasmo. Eu estava fascinada pelos seus tons rosados, os seus cheiros, e queria muito tratar deles também. Mas ela e tu tinham medo de que eu pudesse magoá-los, e eu passei a maior parte do tempo a ser expulsa para outra sala, ou para a minha casotinha... Oh, como eu queria tê-los amado, mas eu tornei-me numa "prisioneira do amor."
À medida que foram crescendo, tornei-me amiga deles. Eles agarravam-se ao meu pêlo e levantavam-se sobre perninhas trôpegas, enfiavam os dedos nos meus olhos, examinavam as minhas orelhas, e davam beijos no meu nariz. Eu adorava isso tudo, e o toque das suas mãozinhas - porque os teus toques agora eram tão raros - e eu teria-os defendido com a minha própria vida, se fosse preciso. Eu esgueirava-me para as suas camas e juntos esperávamos pelo barulho do teu carro de regresso.
Houve uma altura, quando alguém perguntava se tinhas um cachorro, em que tu tiravas uma foto minha da tua carteira e contavas histórias sobre mim. Nos últimos anos tu apenas respondias "sim" e mudavas de assunto. Eu passei de "teu cão" para "apenas um cão" e tu reclamavas de cada gasto que tinhas comigo. Agora tu tens uma nova oportunidade de carreira noutra cidade, e vocês irão mudar-se para um apartamento onde não são permitidos animais. Tu tomaste a decisão acertada para a tua "família", mas houve uma altura em que eu era a tua única família.
Fiquei excitada com o passeio de carro até que chegamos ao canil. O local tinha cheiro de gatos e cães, de medo, de desespero. Tu preencheste a papelada e disseste "Sei que vocês encontrarão um bom lar para ela"... Eles mexeram os ombros e lançaram-te um olhar compadecido. Eles compreendem a realidade que espera um cão de meia idade, mesmo um com "papéis". Tu tiveste que libertar os dedos do teu filho da minha coleira enquanto ele gritava "Não, papá! Por favor, não deixes que levem o meu cão!". E eu preocupei-me por ele, e com a lição que tu tinhas acabado de lhe dar sobre amizade e lealdade, sobre amor e responsabilidade, e sobre respeito por todo o tipo de vida. Tu deste-me um mimo de adeus na minha cabeça, evitaste o meu olhar e, educadamente, recusaste levar a minha coleira e trela contigo. Tu tinhas um tempo-limite para te habituares e agora eu também tenho um.
Depois partires, as duas simpáticas senhoras que te atenderam comentaram que tu provavelmente sabias já com alguns meses de antecedência que terias de tomar aquela decisão e não fizeste nenhuma tentativa de encontrar um novo lar para mim. Elas sacudiram a cabeça e disseram "Como é que pudeste?". Elas são tão atenciosas para nós aqui no canil, quanto os seus ocupados horários lhes permitem.
Elas alimentam-nos, claro, mas eu perdi o meu apetite à dias atrás. De início, sempre que alguém passava pelo meu alojamento, eu corria para a frente, na esperança de que fosses tu - que tivesses mudado de ideias - que isto fosse tudo um pesadelo.... ou eu esperava que ao menos fosse alguém que se importasse, alguém que me pudesse salvar. Quando percebi que não poderia competir com os alegres cachorrinhos que lá estavam, inconscientes dos seus próprios destinos, nas brincadeiras para chamar a atenção, afastei-me para um canto distante, e aguardei.
Ouvi os seus passos quando ele veio até mim ao final do dia, e segui-o ao longo do corredor para uma sala separada. Uma sala deliciosamente silenciosa. Ele colocou-me sobre a mesa, acariciou as minhas orelhas, e disse-me para eu não me preocupar. O meu coração acelerou-se na expectativa do que estava para vir, mas havia também uma sensação de alívio. A prisioneira do amor tinha esgotado os seus dias.
Como é da minha natureza, estava mais preocupada com ele. O fardo que carrega é demasiado pesado, e eu sei disso, da mesma maneira que conhecia cada um de seus humores. Ele gentilmente colocou um torniquete à volta da minha perna da frente, enquanto uma lágrima corria pela sua face. Lambi a sua mão da mesma maneira que costumava fazer para confortar-te há tantos anos atrás. Ele habilmente espetou a agulha hipodérmica na minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através do meu corpo, deitei a cabeça sonolenta, olhei para dentro dos teus olhos gentis e murmurei "Como é que pudeste?".
Talvez por ter entendido o meu latido canino, ele disse "Sinto muito!", abraçou-me e apressadamente explicou que era o seu trabalho, fazer com que eu fosse para um lugar melhor onde não seria ignorada, ou maltratada ou abandonada, nem ter que me desenrascar para sobreviver - um lugar de amor e luz, tão diferente deste lugar terrestre. E com a minha última gota de energia tentei transmitir- lhe com uma sacudidela da minha cauda que o meu "Como é que pudeste?" não era dirigido a ele.
Era em ti, Meu Amado Dono, que eu estava a pensar. Pensarei em ti e esperarei por ti eternamente. Possa alguém na tua vida continuar a demonstrar-te tanta lealdade...

Acho este texo mágnifico a quem o fez os meus parabéns, uma pessoa fica mesmo com um nó na garganta :cry:
Texto retirado do site da ABRA (http://www.abra-associacao.com)
Olá
É um bocado lamechas demais.
Um abra&ccedil;o
veracruz
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quarta jul 11, 2007 11:43 am

gary Escreveu:
PJFS Escreveu:Quando era um cachorrinho, eu distraía-te com as minhas traquinices e fazia-te rir.
Chamavas-me tua criança e, apesar de um certo número de sapatos mastigados e um par de almofadas destruídas, eu tornei-me na tua melhor amiga. Sempre que eu fazia algo de errado, tu abanavas o teu dedo para mim e dizias: "Como é que pudeste?..." mas depois tu arrependias-te e rolavas-me no chão para me coçar a barriga. O meu treino demorou um pouco mais do que o esperado porque tu estavas sempre muito ocupado, mas juntos conseguimos arranjar uma solução...
Eu lembro-me daquelas noites em que me aninhava em ti na cama e ouvia as tuas confidências e sonhos secretos - acreditava que a vida não poderia ser mais perfeita. Nós os dois fazíamos longos passeios e corridas no parque, andávamos de carro, e parávamos para um gelado (eu ganhava só a bolachinha porque "gelado não faz bem aos cães" - dizias tu) e eu apanhava longos banhos de sol enquanto aguardava a tua volta para casa ao final do dia.
Aos poucos passaste a gastar mais tempo no trabalho com a tua carreira e levavas mais tempo a procurar uma companheira humana. Eu esperei por ti pacientemente, confortei todas as tuas mágoas e desilusões, nunca te repreendi pelas más escolhas que tomaste, e vibrei de alegria nas tuas chegadas a casa e quando te apaixonaste... Ela, agora tua esposa, não é uma "apreciadora de cães" - ainda assim eu recebi-a na nossa casa, tentei mostrar-lhe afeição, e obedeci-lhe. Sentia-me feliz porque tu estavas feliz.
Então vieram os bebés humanos e eu reparti contigo o entusiasmo. Eu estava fascinada pelos seus tons rosados, os seus cheiros, e queria muito tratar deles também. Mas ela e tu tinham medo de que eu pudesse magoá-los, e eu passei a maior parte do tempo a ser expulsa para outra sala, ou para a minha casotinha... Oh, como eu queria tê-los amado, mas eu tornei-me numa "prisioneira do amor."
À medida que foram crescendo, tornei-me amiga deles. Eles agarravam-se ao meu pêlo e levantavam-se sobre perninhas trôpegas, enfiavam os dedos nos meus olhos, examinavam as minhas orelhas, e davam beijos no meu nariz. Eu adorava isso tudo, e o toque das suas mãozinhas - porque os teus toques agora eram tão raros - e eu teria-os defendido com a minha própria vida, se fosse preciso. Eu esgueirava-me para as suas camas e juntos esperávamos pelo barulho do teu carro de regresso.
Houve uma altura, quando alguém perguntava se tinhas um cachorro, em que tu tiravas uma foto minha da tua carteira e contavas histórias sobre mim. Nos últimos anos tu apenas respondias "sim" e mudavas de assunto. Eu passei de "teu cão" para "apenas um cão" e tu reclamavas de cada gasto que tinhas comigo. Agora tu tens uma nova oportunidade de carreira noutra cidade, e vocês irão mudar-se para um apartamento onde não são permitidos animais. Tu tomaste a decisão acertada para a tua "família", mas houve uma altura em que eu era a tua única família.
Fiquei excitada com o passeio de carro até que chegamos ao canil. O local tinha cheiro de gatos e cães, de medo, de desespero. Tu preencheste a papelada e disseste "Sei que vocês encontrarão um bom lar para ela"... Eles mexeram os ombros e lançaram-te um olhar compadecido. Eles compreendem a realidade que espera um cão de meia idade, mesmo um com "papéis". Tu tiveste que libertar os dedos do teu filho da minha coleira enquanto ele gritava "Não, papá! Por favor, não deixes que levem o meu cão!". E eu preocupei-me por ele, e com a lição que tu tinhas acabado de lhe dar sobre amizade e lealdade, sobre amor e responsabilidade, e sobre respeito por todo o tipo de vida. Tu deste-me um mimo de adeus na minha cabeça, evitaste o meu olhar e, educadamente, recusaste levar a minha coleira e trela contigo. Tu tinhas um tempo-limite para te habituares e agora eu também tenho um.
Depois partires, as duas simpáticas senhoras que te atenderam comentaram que tu provavelmente sabias já com alguns meses de antecedência que terias de tomar aquela decisão e não fizeste nenhuma tentativa de encontrar um novo lar para mim. Elas sacudiram a cabeça e disseram "Como é que pudeste?". Elas são tão atenciosas para nós aqui no canil, quanto os seus ocupados horários lhes permitem.
Elas alimentam-nos, claro, mas eu perdi o meu apetite à dias atrás. De início, sempre que alguém passava pelo meu alojamento, eu corria para a frente, na esperança de que fosses tu - que tivesses mudado de ideias - que isto fosse tudo um pesadelo.... ou eu esperava que ao menos fosse alguém que se importasse, alguém que me pudesse salvar. Quando percebi que não poderia competir com os alegres cachorrinhos que lá estavam, inconscientes dos seus próprios destinos, nas brincadeiras para chamar a atenção, afastei-me para um canto distante, e aguardei.
Ouvi os seus passos quando ele veio até mim ao final do dia, e segui-o ao longo do corredor para uma sala separada. Uma sala deliciosamente silenciosa. Ele colocou-me sobre a mesa, acariciou as minhas orelhas, e disse-me para eu não me preocupar. O meu coração acelerou-se na expectativa do que estava para vir, mas havia também uma sensação de alívio. A prisioneira do amor tinha esgotado os seus dias.
Como é da minha natureza, estava mais preocupada com ele. O fardo que carrega é demasiado pesado, e eu sei disso, da mesma maneira que conhecia cada um de seus humores. Ele gentilmente colocou um torniquete à volta da minha perna da frente, enquanto uma lágrima corria pela sua face. Lambi a sua mão da mesma maneira que costumava fazer para confortar-te há tantos anos atrás. Ele habilmente espetou a agulha hipodérmica na minha veia. Quando senti a picada e o líquido frio se espalhou através do meu corpo, deitei a cabeça sonolenta, olhei para dentro dos teus olhos gentis e murmurei "Como é que pudeste?".
Talvez por ter entendido o meu latido canino, ele disse "Sinto muito!", abraçou-me e apressadamente explicou que era o seu trabalho, fazer com que eu fosse para um lugar melhor onde não seria ignorada, ou maltratada ou abandonada, nem ter que me desenrascar para sobreviver - um lugar de amor e luz, tão diferente deste lugar terrestre. E com a minha última gota de energia tentei transmitir- lhe com uma sacudidela da minha cauda que o meu "Como é que pudeste?" não era dirigido a ele.
Era em ti, Meu Amado Dono, que eu estava a pensar. Pensarei em ti e esperarei por ti eternamente. Possa alguém na tua vida continuar a demonstrar-te tanta lealdade...

Acho este texo mágnifico a quem o fez os meus parabéns, uma pessoa fica mesmo com um nó na garganta :cry:
Texto retirado do site da ABRA (http://www.abra-associacao.com)
Olá
É um bocado lamechas demais.
Caro amigo Gary,

Pode ser um pouco lamechas,mas já lhe passou pela cabeça a quantidade de cães que neste preciso momento estão a passar pelo mesmo...

O texto está muito bem consebido,os meus PARABENS!
Nokitas22
Membro
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Registado: sexta abr 20, 2007 12:35 pm

quarta jul 11, 2007 3:36 pm

:( :cry: :cry: :cry: ....o pior é k todos os dias deve acontecer um caso destes :( :( :( :( :(
Innesinha
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quarta jul 11, 2007 10:56 pm

Quando era pequena tive um cão chamado TOMÉ...rafeiro alentejano... A minha casa era grande e tinha um grande jardim onde ele passava o tempo a brincar comigo e com os meus irmãos...
Ele era perfeito!
Um dia, no dia de casamento da minha tia(nunca mais me esqueço), infiltrou-se uma cadela em nossa casa, uma rafeira, chamámos-lhe Achada...
Tudo mudou, já não era o mesmo Tomé...fugia durante dias...
Tiveram 6 filhos ficamos com dois( demos os outros quatro)...
Mais tarde, quando voltava de um desses passeios, os meus pais notaram numas feridas horrendas que lhe manchavam o corpo... tinha um infecção devido a ter fugido para um rio perto que tinha uns mosquitos que lhe passaram essa doença..
Desapareceu passadas três semanas...estava a soro, e o veterinário (disse isto quando lhe dissemos que ele tinha fugido) disse que ele tinha fugido porque gostava de nos e, sabendo que ia morrer, não queria que o vissemos morto... Acreditei porque reconheci o meu Tomé...aquele com que eu tinha crescido...




Só me consegui lembrar de isto...!
Não tem muito haver mas a lealdade...é a mesma...!
Leninha81
Membro Veterano
Mensagens: 222
Registado: segunda dez 04, 2006 10:29 am

quinta jul 12, 2007 10:52 am

gary Escreveu: Olá
É um bocado lamechas demais.
Lamechas demais? Por Amor de Deus... é a pura realidade, só não a vê, quem a provoca. :evil:

MAIS UM APÁTICO...
<p>Haver&aacute;&nbsp;ra&ccedil;a mais fant&aacute;stica?</p>
<p>Naaaaaaaaa... Boxer sem d&uacute;vida...</p>
<p>S&atilde;o possuidores de uma perfei&ccedil;&atilde;o inigual&aacute;vel.</p>
<p>&nbsp;</p>
gary
Membro Veterano
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Registado: quarta dez 12, 2001 12:10 am
Localização: Pastores Alemães, Rottys, F. S.Miguel

quinta jul 12, 2007 12:13 pm

Leninha81 Escreveu:
gary Escreveu: Olá
É um bocado lamechas demais.
Lamechas demais? Por Amor de Deus... é a pura realidade, só não a vê, quem a provoca. :evil:

MAIS UM APÁTICO...
Olá

Esse texto tem barbas maiores doi que o tipo do benfica

Já tem estatudo de treta, ou seja é uma lemechisse de faca e alguidar
Um abra&ccedil;o
Rubiazitah
Membro
Mensagens: 160
Registado: terça jun 26, 2007 2:45 pm

quinta jul 12, 2007 12:20 pm

gary Escreveu:
Leninha81 Escreveu:
gary Escreveu: Olá
É um bocado lamechas demais.
Lamechas demais? Por Amor de Deus... é a pura realidade, só não a vê, quem a provoca. :evil:

MAIS UM APÁTICO...
Olá

Esse texto tem barbas maiores doi que o tipo do benfica

Já tem estatudo de treta, ou seja é uma lemechisse de faca e alguidar
E So What? Não lhe tocou nem um bocadinho?

É incrivel a maneira como as pessoas se despromovem de sentimentos em situações destas..
:o
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