Lobo-Cão

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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lamas
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domingo out 07, 2007 6:43 pm

Amigos dos Animais,
Quero aqui mostrar a minha profunda convicção em relação ao conteúdo do presente tópico, que designo por “Lobo-Cão” ou “Cão-Lobo”.

O Lobo (Canis lupus) desapareceu de extensas regiões, tendo sido por outro lado aí substituído ecologicamente pelo Cão-vadio (pertencente também à espécie Canis lupus), o qual está legitimamente adaptado a ecossistemas humanizados, ao contrário do seu conspecífico parente, mais estritamente carnívoro e de cultura antropófoba secular.
Esta substituição, na realidade uma genuína evolução, faz parte de um equilíbrio dinâmico com direito próprio, ao preservar e integrar uma antiquíssima relação de proximidade entre Homem e Canídeos. Tão importante como o valor genético que constitui o facto de continuarmos a ter Lobos puros na nossa Natureza, é o seu nicho ecológico estar preenchido.
Não obstante a incrível beleza do Lobo, que impressiona de forma única e inesquecível quem tenha a oportunidade de observar este espectáculo incomparável, só um estudo aprofundado e científico sobre a complexíssima dinâmica dos ecossistemas onde se desenvolve este animal dá uma ideia real da grandiosidade desta espécie. Sobretudo quando se tem em conta que este animal dominou meio mundo, em grande parte graças ao desenvolvimento do seu cérebro, o qual contribui bastante para o grande desenvolvimento da sua cabeça, separando-se neste aspecto bastante dos Mabecos-africanos, menos inteligentes e portadores de músculos masseteres poderosíssimos, o que os aproxima neste parâmetro mais de animais de aspecto primitivo, como é o caso dos Marsupiais carnívoros.

Se o aspecto físico e a genética simbolizam e sintetizam os poderes de um animal, é por outro lado o nicho ecológico que o ser vivo ocupa, é o animal em acção, a interacção com o seu meio (na verdade um entre infinitas possibilidades potenciais), a sua conduta social, a forma como se reproduz, como se alimenta, como se adapta às estações e a outras mudanças (no tempo e no espaço), que de facto descrevem e dão uma ideia mais concreta, qualificada e diferenciada de todo o imenso número de parâmetros adquiridos pela evolução de uma espécie, submetida à tremenda força criadora da Natureza, dia após dia, ano após ano, glaciação após glaciação.
Ao ser destruído pelo Homem, o Lobo podia até ter sido (pelo menos como uma possibilidade teórica) substituído por um animal de aspecto e genética completamente diferentes. Devemos, como princípio orientador, não interferir naquilo que é uma integração saudável de populações de animais autóctones em ambientes totalmente dinâmicos, devíamos antes estudar e admirar a harmonia do ecossistema, sendo esta enormemente potenciada pela eterna mas lenta e pautada mudança. A adaptação dos Cães-vadios a um nicho ecológico deixado vazio pelo Lobo é nem mais nem menos que um exemplo da portentosa capacidade do Canis lupus (e até de todo o ecossistema, que inclui o próprio Homo sapiens) para se adaptar e integrar em novos nichos. E mostra também que não existe espécie substituta para um nicho ecológico tão complexo e dinâmico como o do Lobo.
Temporalmente, e localmente, o Lobo foi-se adaptando a comer gado e fruta domésticos ou semi-domésticos, mas a certa altura as relações de confiança, admiração e equilíbrio entre Homem e Lobo romperam-se devido ao uso intensivo da terra por parte do primeiro. Por outras palavras, o nicho do grande canídeo selvagem foi forçadamente deixado vago devido à perseguição de dimensões bíblicas que a sociedade humana infligiu àquela espécie. E imediatamente este mesmo nicho foi sabiamente ocupado por apropriadas populações do Canis lupus, os Cães vadios, que não são senão Lobos. Não uma família, ou género, ou espécie ou até uma subespécie diferente de Lobos, mas apenas e simplesmente uma especial e providencial população de Lobos. O nicho ecológico do Lobo foi ocupado por outros Lobos, num incrível e ancestral passo de selecção natural, ante os nossos olhos, a consertar visivelmente os nossos erros.
O Lobo foi substituído pelo Lobo. E seria de facto desastroso se assim não fosse, porque não existe espécie substituta para manter dentro de legítimos limites em número e saúde as populações de Raposas, Mustelídeos, Viverrídeos e Gatos (Felis silvestris, selvagens ou vadios), assim como de javalis, veados, corços e outros ungulados. Neste último caso os Lobos desempenham também um indispensável papel sanitário, ao eliminarem os indivíduos doentes ou os cadáveres destes, sendo neste aspecto grandes colaboradores dos Abutres, quer providenciando presas quer sendo guiados por estes últimos.
A grandiosa espécie, guardiã do equilíbrio ecológico que o Homem (incluindo a maior parte dos que se dizem proteccionistas, os chamados “naturalistas de cidade”) vem destruindo, adapta-se por uma extraordinária plasticidade (física e psicológica) à mudança dos tempos, como sempre se adaptou à mudança das estações e aos diversos habitats de todo o Paleártico.

A perseguição do Lobo Cão-vadio, pretendida por muitas cabecinhas intituladas de “proteccionistas” e movidas apenas pela moda social massiva que está em vigor num certo instante, só não será totalmente desastrosa ecologicamente se vier acompanhada da tentativa de reintegração do seu conspecífico “Lobo selvagem”.
O Canis lupus é tão inteligente e ubíquo, dotado de uma tal plasticidade, que a readaptação a um novo ou antigo ecossistema será quase imediata, pois eles têm os genes de plasticidade que os Cães-vadios não só herdaram mas também, de uma forma que não podia ser mais oportuna e providencial, exibiram em todo o seu potencial nos tempos modernos. A razão pela qual se perseguem os Cães-vadios na actualidade é a mesma que levou à exterminação do Lobo no passado, que é o facto de eles serem selvagens, terem vida e vontade própria e independente da humana, o não respeitarem as fronteiras físicas, económicas e sociais que só aos humanos dizem respeito, o ultrapassarem os limites das vedações, quintas ou parques aos quais eram destinados ou confinados.
Tais fronteiras são sempre culturais e temporárias, podem incluir-se na triste e efeminada onda das modas. Ainda há poucos anos apuravam-se linhas de Cães e exterminavam-se Lobos, porque a massa social assim o entendia. Hoje, porque a massa humana que vive na metálica, cimentada e monstruosa urbe sentiu repentinamente saudades dos Lobos que matou para a construir, decidiu que se devem preservar linhas puras de Lobos e exterminar os seus únicos filhos que a tal sanha escaparam: os incríveis, vigorosos e adaptáveis Cães-vadios. Sem dúvida, entre estes encontram-se alguns dos mais belos Canis lupus do mundo, tanto pelo seu aspecto como no que concerne ao seu nicho ecológico. Fazem parte de uma Natureza hostil e humanizada, selvagem e brilhante, sempre sã, equilibrada e dinâmica.

Cumprimentos :)
Lamas
sanxeri
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segunda out 08, 2007 9:45 am

No outro dia vi um programa em que se comparavam caes elobos. muito interessante... os lobos e os caes eram socializados com humanos de igual forma... Mas os lobos nao conseguiam deixar de ser selvagens.

O cao ficava atento aos sinais do humano. Puseram duas caçarolas ao lado de uma mulher. A mulher apontava para uma delas e o cao ia aquela que a senhora apontava. O lobo nao, o lobo ignorava os "conselhos" humanos.
&nbsp;&nbsp; <strong>Amo animais.</strong>
blue7
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sexta out 12, 2007 1:35 pm

o lobo é um animal fascinante e já era sendo tempo de o lobo deixar de ter a má reputação que tem e deixar de ser visto como o culpado de tudo quanto de mau tudo acontece , ainda se vê o lobo como o vilão na história do capuchinho vermelho e isso vai passando de geração em geração e o homem na sua ignorância profunda vai permitindo a extinção de espécies e desiquilibrando a natureza.toda a natureza tem um sistema, e as acções do homem tem sido sempre o de desiquilibrar o sistema e o rumo que a natureza tem....depois, tem sempre caindo em si, e depois vê-se proteger espécies em vias de extinção que outrora foram massacradas e quase extintas.o triste disto tudo é que por detrás disto está sempre grandes politicas do momento e grandes interesses económicos.

Estamos a roubar espaço do que foi outrora seus territórios e depois queremo-los á distância, sem ter assegurado que conseguiriam sobreviver perto das nossas casas...enfim,

Gostei imenso de ler o que escreveu e da sua perspectiva em relação ao lobo e aos "cães lobo"
FBC
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segunda dez 10, 2007 7:05 pm

Caro Lamas
Um texto escrito assim é uma pérola para um fórum destes.
Independente de se concordar ou não, este texto está uns graus acima da conversa dos lulus.
Como sabes concordo totalmente com o texto.

Francisco Bica
jcsousa
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segunda dez 10, 2007 9:45 pm

Começo por fazer minhas as palavras do Francisco Bica sobre a qualidade do texto aqui postado, chamando, no entanto, a atenção para o facto de a "conversa de lulus" é importante para aqueles que a protagonizam, e cabe-nos a todos respeitar tais opções num forum público.

Sobre o tema do tópico, confesso que não percebi bem onde o Lamas quiz chegar, para além da defesa apaixonada do "canis lupos", vulgo lobo, e do "cão vadio", que me pareceu significar "cão doméstico" assilvestrado.

Se esse é realmente o conceito de "cão vadio", parece-me que o texto do Lamas enferma de uma confusão inicial: o cão vadio não é um "canis lupos" recauchutado, é apenas um "canis familiaris" diferente do Lobo, pese embora as muitas parecenças que se lhe reconhecem em termos de estruturação social.

No processo de aculturação inter específica, o canis familiaris fixou, apesar dos "apenas" cerca de 15.000 anos de convívio com o homem. comportamentos que o diferenciam (apesar de todas as semelhanças) substancialmente do seu antepassado biológico, o lobo:

- tem assumidamente uma menor propensão para condutas de fuga

- tem uma actividade de caça notàvelmente diminuída em relaçao ao seu antepassado;

- os machos do canis familiaris não outorgam cuidados parentais, dada a selecção artificial a que foi sujeito;

- mantém naturalmente uma conduta sexual muito diversificada e promíscua;

- os laços sociais são muito mais difusos, apresentando, por sua vez, uma compatibilidade social intra específica mais alta que os lobos.

Quero com isto dizer que o cão vadio, adoptando muito ràpidamente grande parte da estruturação social do seu avô lobo, nunca `regredirá à verdadeira hierarquização do canis lupus,pelo menos a tempo de evitar a sua extinção...

O factor que mais contribuirá para tal extinção é, quanto a mim, a evidente ausência de medo do ser humano e do seu entorno. Esta característica, quando concretizada na obtenção de recursos, provocará conflitos inter específicos muito superiores aos provocados pelo lobo. Em competição com o Homem pelos recursos do mesmo nicho trófico, o cão vadio estará condenado a uma natural depredação pelo Homo Sapiens... e à mais que provável extinção como espécie.

Uma última nota sobre o nosso "canis familiaris", o nosso Bobi: fruto das necessidades do homem, assumiu desde sempre uma vertente funcional, acompanhando e satisfazendo, de uma forma ou de outra, as suas necessidades. A evolução da sociedade humana, criou, no entanto, uma nova necessidade, cada vez mais urgente - a da companhia... daí que me pareça ( e digo-o com desgosto...) que, por falta de "trabalho" nas "profissões" para que foi criado, o bom do nosso Bobi se veja cada vez mais inexorávelmente reduzido ao papel de um simples lulu a quem o dono faz umas festas quando se sente só... e a sua característica essencial - a adaptabilidade - fá-lo-á, para sua própria sobrevivência, adaptar-se a tão triste destino.

Sinto-me, pois, pessimista.

Cumprimentos

José Carlos
dinodane
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segunda dez 10, 2007 10:05 pm

Belos posts, bem escritos, bem articulados, tanto pelo Lamas como pelo Jcsousa. :D

Eu acredito que a espécie admirável que é o Canis Lupus e a sua sub-espécie ainda mais admirável e adaptável que é o nosso Canis Lupus Familiaris, vão resistir muitos e muitos anos depois da nossa própria espécie se extinguir. Fear not.

Cumprimentos.
FBC
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terça dez 11, 2007 3:36 pm

Começo por fazer minhas as palavras do Francisco Bica sobre a qualidade do texto aqui postado, chamando, no entanto, a atenção para o facto de a "conversa de lulus" é importante para aqueles que a protagonizam, e cabe-nos a todos respeitar tais opções num forum público.
Nada tenho contra as “conversas de Lulus” nem contra a “ideologia de lulus” desde que esse tipo de “ideologia” respeite os demais e eu não me sinto respeitado.

Senão vejamos, é este tipo de “pensar” que influencia as leis sobre cães e eu que não tenho nada a ver com essa ideia de cão também tenho que cumprir as leis.

Por exemplo, diz a lei (de influencia “lulu”) que um Dogo Argentino tem que usar orelhas compridas. Como é que um sério criador de Dogos pode levar os seus cães à caça (sim, porque qualquer criador digno desse nome não reproduz os cães sem antes os por a trabalhar) com as orelhas inteiras? Não é que isso seja impossível mas não é aconselhável.

Logo o Dogo que foi sonhado pelos seus criadores como um cão funcional acima de tudo, e que segundo os criadores da raça teria que ser apresentado sempre com orelhas cortadas, pois a funcionalidade da raça assim o exige.

Por outro lado, os intervenientes no fórum têm direito a falar naquilo que quiserem, mas eu gostava que houvesse algo mais do que essa “literatura de cordel” como é o caso deste tópico.
Estou cansado que a paixão pelos cães esteja associada a gente fútil e a um sentimentalismo bacoco.

Quanto ao essencial da questão, concordo que um cão vadio não é exactamente um lobo, mas concordo que é um "canis lupos" recauchutado, precisamente recauchutado para viver numa natureza mais humanizada.
Quanto às diferenças anunciadas só concordo em parte pois já observei matilhas de cães vadios, que pela necessidade de viver em ambientes selvagens, optam uma atitude (a nível social/ familiar/ sexual, etc) muito parecida com os lobos e conseguem sobreviver em ambientes bastantes selvagens.
O problema da “desestruturação” da maior parte destas matilhas tem a ver com o facto de serem constantemente destruídas pelo homem e entrarem elementos novos.

Os cães vadios não são uma invenção recente, antes pelo contrário o cão totalmente subjugado ao homem é que é uma invenção recente.


Cumprimentos
Francisco Bica
jcsousa
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terça dez 11, 2007 4:47 pm

Estimado Francisco, para mim ter uma "conversa de lulus" não é importante, mas aceito que o seja para outros, apenas isso.

Quanto ao corte de orelhas tenho como sabe, uma opinião algo diferente da sua, e creio que já debatemos o assunto há uns tempos.

Sobre as diferenças entre o cão vadio e o lobo, o que se nota passados alguns meses de assilvestramento é que o primeiro adquire uma estrutura social aparentemente idêntica à do lobo, apresentando, no entanto algumas diferenças importantes:

- uma menor propensão a um gregarismo concentrado em pequenos grupos;

- uma maior indefinição da assunção dopapel de machos e fêmeas alfa;

- uma maior acuidade de casos de consanguinidades extremas, inexistentes práticamente nas alcateias;

- e, finalmente, e para mim a mais funesta característica, um menor receio do homem, espécie também integrante do mesmo nicho trofico. Esta característica leva a que os conflitos com o homem pela obtenção de recursos provoquem a sua extinção por depredação muito mais ràpidamente que em relação ao lobo.

Finalmente, a domesticação do cão pelo homem é em termos evolutivos bastante recente - cerca de 15.000 anos. Mas a extraordinária plasticidade da espécie, que todos admiramos, produziu neste pequeno espaço evolutivo alterações suficientemente profundas para que lhe seja extremamente difícil sobreviver em liberdade.

Cumprimentos

José Carlos
FBC
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terça dez 11, 2007 5:04 pm

Finalmente, a domesticação do cão pelo homem é em termos evolutivos bastante recente - cerca de 15.000 anos. Mas a extraordinária plasticidade da espécie, que todos admiramos, produziu neste pequeno espaço evolutivo alterações suficientemente profundas para que lhe seja extremamente difícil sobreviver em liberdade.
Concordo com quase tudo, mas com isto não.
Penso que é precisamente essa plasticidade que faz com que os cães (dependendo do tipo/raça) ainda consigam viver em liberdade.
Há muitas matilhas de cães a viver em liberdade por esse mundo fora, se bem que a maior parte vive em ambientes semi - humanizados, que é a natureza que existe hoje em dia (por isso concordo com o lamas - o cão é o lobo destes habitats).

em muitos locais do mundo e em alguns em Portugal os cães têm uma vida semi selvagem e a unica carne que comem é a que caçam - no Nordeste Transmontano, o cão doméstico é um dos principais predadores do Corço.

Tenho um bom livro sobre os mamiferos de Espanha, baseado em diversos estudos, onde aparece o Cão Assilvestrado como um dos predadores da grande maiora dos mamiferos, incluindo os de grande porte.


Cumprimentos
Francisco Bica
jcsousa
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terça dez 11, 2007 7:59 pm

Não ponho os seus dados em dúvida, mas a familiarização com o homem leva o cão assilvestrado a atacar preferencialmente gado e outros animais domésticos com muito mais à vontade que o lobo, por natureza mais tímido na sua relação com a nossa espécie.

É por isso que me parece que, entrando em franca competição por recursos com o homem, será inevitàvelmente depredado até à extinção.
FBC
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quinta dez 13, 2007 9:31 pm

jcsousa Escreveu:Não ponho os seus dados em dúvida, mas a familiarização com o homem leva o cão assilvestrado a atacar preferencialmente gado e outros animais domésticos com muito mais à vontade que o lobo, por natureza mais tímido na sua relação com a nossa espécie.

É por isso que me parece que, entrando em franca competição por recursos com o homem, será inevitàvelmente depredado até à extinção.

Isso é verdade, mas sou contra a extinção dos cães vadios "por regulamento".
O lobo, se não for protegido também será depredado até à extinção.
O cão doméstico sempre viveu "entre a natureza e o homem", (tal como muitos animais domésticos), hoje é enclausorado no apartamento, e os vadios vão para o canil.
jcsousa
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sexta dez 14, 2007 3:00 pm

Isso é verdade, mas sou contra a extinção dos cães vadios "por regulamento".
Eu também, mas não será preciso tal. Dada a maior frequencia com que cães vadios atacam gado e outros animais de criação, os proprietários encarregar-se-ão de defender os seus recursos. O que é preciso que saibam é que não é o lobo o responsável pela maioria destes ataques,mas sim cães assilvestrados.
O lobo, se não for protegido também será depredado até à extinção.
Uma das formas de proteger o lobo é não aumentar a concorrência por recursos do seu nicho trófico com a introdução de cães selvagens.
cão doméstico sempre viveu "entre a natureza e o homem", (tal como muitos animais domésticos), hoje é enclausorado no apartamento, e os vadios vão para o canil.
O cão doméstico destinou-se, desde sempre, à satisfação das necessidades do homem, foi para isso que foi seleccionado artificialmente e é nessa função que a sua existência faz sentido.

Cumprimentos

José Carlos
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