Corte de orelhas
Moderador: mcerqueira
Confesso que tive muita sorte.
E digo-lhe já, que quando ele moldou orelha e colou aquilo, achei que não ia resultar.
Tive muito pouca fé, mas o que é certo é que resultou e eu consegui escusar-me, da carga de sarilhos que envolve uma cirurgia. Mas se não tivesse resultado não teria outro remédio que operar.
O que quero dizer, ou tentar explicar é que por vezes existem outras soluções, e que a obrigação de um Médico, qualquer Médico é o de informar todas as opções viáveis, para que o seu utente possa decidir em consciência.
Seja com o seu animal de estimação, seja consigo próprio. Cortar ou não cortar só por dar cá aquela palha não, temos que ser informados de todas as opções existentes.
E digo-lhe já, que quando ele moldou orelha e colou aquilo, achei que não ia resultar.
Tive muito pouca fé, mas o que é certo é que resultou e eu consegui escusar-me, da carga de sarilhos que envolve uma cirurgia. Mas se não tivesse resultado não teria outro remédio que operar.
O que quero dizer, ou tentar explicar é que por vezes existem outras soluções, e que a obrigação de um Médico, qualquer Médico é o de informar todas as opções viáveis, para que o seu utente possa decidir em consciência.
Seja com o seu animal de estimação, seja consigo próprio. Cortar ou não cortar só por dar cá aquela palha não, temos que ser informados de todas as opções existentes.
Não é bem assim, os cães selvagens/lobos têm as orelhas direitas. Quanto aos domésticos, sempre se cortou as orelhas a quase todos os cães excepto àqueles cuja sua função "exige" orelhas caídas: cães dos grupos 6, 7 e 8.E numa perspectiva mais minha... Os caes sempre viveram com caudas e orelhas e nunca morreram por isso. Tenho é pena dos animais que os cães caçam. Para quem ama animais deve ser lindíssimo andar a caçar coelhos e perdizes.
Cortavam-se as orelhas porque as orelhas caídas não passam de um apêndice "morto" que não tem qualquer utilidade e tem alguns inconvenientes. É uma selecção contra natura.
Conclusão: não é verdade que os cães das raças às quais se cortam as orelhas sempre viveram com elas.
Caça: adoro animais, por isso não os consigo comer vivos, nem conheço nenhum método mais justo e menos cruel de nos alimentarmos que a caça.
Não sou vegetariano, mas confesso que sinto algum peso na consciência quando como um animal (se é que podem ser tratados como tal esses cadáveres adiados) vindo de produção industrial. Pelo contrário não sinto qualquer remorso quando como Animais de caça.
Também não conheço nada que faça os cães tão felizes que a caça e eu adoro os meus.
Cumprimentos
Francisco Bica
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FBC Escreveu:...E numa perspectiva mais minha... Os caes sempre viveram com caudas e orelhas e nunca morreram por isso. Tenho é pena dos animais que os cães caçam. Para quem ama animais deve ser lindíssimo andar a caçar coelhos e perdizes.
Cortavam-se as orelhas porque as orelhas caídas não passam de um apêndice "morto" que não tem qualquer utilidade e tem alguns inconvenientes. É uma selecção contra natura.
Conclusão: não é verdade que os cães das raças às quais se cortam as orelhas sempre viveram com elas.
Caça: adoro animais, por isso não os consigo comer vivos, nem conheço nenhum método mais justo e menos cruel de nos alimentarmos que a caça.
Não sou vegetariano, mas confesso que sinto algum peso na consciência quando como um animal (se é que podem ser tratados como tal esses cadáveres adiados) vindo de produção industrial. Pelo contrário não sinto qualquer remorso quando como Animais de caça.
Também não conheço nada que faça os cães tão felizes que a caça e eu adoro os meus.
Cumprimentos
Francisco Bica
FBC as orelhas caídas alguma vantagem hao-de ter, senao nao nasciam com elas!

Os seus caes ficam felizes, mas os caçados nao devem gostar la muito. Mas cada um sabe de si.
<strong>Amo animais.</strong>
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- Membro Veterano
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Pessoalmente acho que a bancada que o diabo tem no inferno para os bem intencionados deve estar ja completa e com fila de espera interminavel e os que sao contra o corte de orelhas e rabos devem engrossar as fileiras de modo significativo.
O corte de orelhas e caudas nao tem uma funçao meramente estetica como muitos ignorantes querem fazer passar,pois quem criou algumas raças de caes concerteza que nao passava de um bando de sadicos.
Alias como aqui foi dito achar que corte de orelhas e caudas e condenavel e nao focar o castramento como fonte de sofrimento e no minimo hilariante se o caso nao fosse tao serio.
Vou dar exemplos caso nrº 1 o doberman:
E um bracoide tem as orelhas caidas de natureza e cauda comprida,desde a sua criaçao que lhe cortam as orelhas e a cauda porque?quem o criou era parvo?acho que nao,o corte destes dois apendices visa proteger a integridade fisica do cao,como?simples o cao ao ter as orelhas cortadas fica sem um meio de subjugaçao (bem como o da cauda(motivo porque os pits teem cauda que e por onde se colhem,bem como inumeros terrier,fox,jack russel etc),alem de lhe dar um aspecto bem agressivo,ora se tem este aspecto vai fazer que o seu efeito dissuasor seja enorme evitando confrontos com oponentes quer humanos ou nao evitando que o cao seja molestado.
Exemplo 2 Springer Spaniel.
E um cao que caça em mato cerrado tem por forma de trabalhar um abanar de cauda constante,resultado começamos o dia de caça com um cao de duas cores e acabamos com um cao de tres cores sendo a vermelha a cor dominante,se o corte de caudas evita isto porque nao faze-lo?
Existem raças que nao se corta as orelhas e que elas teem grande utilidade como no caso de caes de rasto mas essas teem utilidade.
Acho piada que a lei nao contemple casos de raças que devido a factores esteticos tenham acabado como os bulldogs ingleses por exemplo que so teem problemas de saude isso sim devia ser condenavel,mas que fazer a natureza humana e mesmo assim so ve as coisas pelo lado que lhe da jeito.
Leiam o livro "O homem encontrou o cao" de Konrad Lorenz alarga os horizontes.
Um abraço e bons caes
PS-nao se deixem cegar por peralvilhos que nao percebem nada daquilo que legislam e que so la estao para nos roubar o mais possivel no espaço de tempo mais curto.
O corte de orelhas e caudas nao tem uma funçao meramente estetica como muitos ignorantes querem fazer passar,pois quem criou algumas raças de caes concerteza que nao passava de um bando de sadicos.
Alias como aqui foi dito achar que corte de orelhas e caudas e condenavel e nao focar o castramento como fonte de sofrimento e no minimo hilariante se o caso nao fosse tao serio.
Vou dar exemplos caso nrº 1 o doberman:
E um bracoide tem as orelhas caidas de natureza e cauda comprida,desde a sua criaçao que lhe cortam as orelhas e a cauda porque?quem o criou era parvo?acho que nao,o corte destes dois apendices visa proteger a integridade fisica do cao,como?simples o cao ao ter as orelhas cortadas fica sem um meio de subjugaçao (bem como o da cauda(motivo porque os pits teem cauda que e por onde se colhem,bem como inumeros terrier,fox,jack russel etc),alem de lhe dar um aspecto bem agressivo,ora se tem este aspecto vai fazer que o seu efeito dissuasor seja enorme evitando confrontos com oponentes quer humanos ou nao evitando que o cao seja molestado.
Exemplo 2 Springer Spaniel.
E um cao que caça em mato cerrado tem por forma de trabalhar um abanar de cauda constante,resultado começamos o dia de caça com um cao de duas cores e acabamos com um cao de tres cores sendo a vermelha a cor dominante,se o corte de caudas evita isto porque nao faze-lo?
Existem raças que nao se corta as orelhas e que elas teem grande utilidade como no caso de caes de rasto mas essas teem utilidade.
Acho piada que a lei nao contemple casos de raças que devido a factores esteticos tenham acabado como os bulldogs ingleses por exemplo que so teem problemas de saude isso sim devia ser condenavel,mas que fazer a natureza humana e mesmo assim so ve as coisas pelo lado que lhe da jeito.
Leiam o livro "O homem encontrou o cao" de Konrad Lorenz alarga os horizontes.
Um abraço e bons caes
PS-nao se deixem cegar por peralvilhos que nao percebem nada daquilo que legislam e que so la estao para nos roubar o mais possivel no espaço de tempo mais curto.
Esta questão do corte de orelhas e caudas é repetitiva aqui no forum.Mesmo assim gostava de reiterar a minha posição: sou contra, a não ser nos casos em que se justifique tal amputação, a saber:
- por questões de trabalho em que esses apêndices possam ser uma menos valia ou causas de lesões, designadamente em alguns cães de caça e cães de luta (mas as lutas de cães estão proibidas...).
Tomemos o caso do dogo argentino: no nosso país, quantos exemplares se dedicam a essas épicas tarefas da luta com o javali? Percentualmente, quantos são apenas adquiridos para guarda ou simples companhia? Conheço bastantes exemplares desta raça que nem sequer sabem nem saberão nunca o que é caçar, restando-lhes apenas o que fica na sua memória genética...
Então e os boxers, os rotts e os dober? Corta-se-lhes as orelhas para lhe dar um ar mais agressivo, não é? Na prática, pois,trata-se de uma questão estética e o argumento peca por ignorância ou má fé... Neste momento treino com vários rotts e um dober de orelhas e caudas (pasme-se!!!) inteiras e não vejo o seu aspecto menos agressivo quando se pôem em marcha. É a velha falácia de ligar mais à carroceria do que ao motor...
Quanto à famosa questão das otites para justificar o corte de orelhas, aconselhemos então os criadores de Bassets a cortarem tão volumosos apêndices. Aquilo devem ser otites dia sim dia não... Realmente as otites dependem mais da higiene assegurada pelos donos do que do corte das orelhas.
Quanto às caudas, todos sabemos a importância que têm no equilíbrio em movimento ou na comunicação intra e inter-específica. Amputá-las inibe os exemplares desse potencial.
Finalmente dizer que sou contra todas as amputações que não se justifiquem por razões funcionais e que não tragam bem estar acrescido aos exemplares, e aqui incluo evidentemente castrações e esterilizações, que apenas defendo nos cães vadios como forma de evitar a sua propagação, ou por motivos (óbvios e existentes) de saúde.
Chega de nos invocarem razões para cães que nada mais fazem do que acompanhar os donos numas voltinhas pelo parque (quando o fazem...). Já não cola. Preocupem-se com o verdadeiro problema, que é o desvio para funções exclusivas de companhia de cães cujas raças foram criadas para se realizarem noutras funções. Resolvido este problema, então que se discuta o corte de orelhas e de caudas.
Uma última questão - ao admitir que o corte de orelhas é necessário para proteger o cão, não estaremos nós a afirmar que o processo de selecção de certas raças foi incorrecto? Faz-me lembrar a história do homem que mandou fazer um fato e, para ele lhe assentar realmente bem, tinha que andar como se fosse coxo...
Cumprimentos
José Carlos
- por questões de trabalho em que esses apêndices possam ser uma menos valia ou causas de lesões, designadamente em alguns cães de caça e cães de luta (mas as lutas de cães estão proibidas...).
Tomemos o caso do dogo argentino: no nosso país, quantos exemplares se dedicam a essas épicas tarefas da luta com o javali? Percentualmente, quantos são apenas adquiridos para guarda ou simples companhia? Conheço bastantes exemplares desta raça que nem sequer sabem nem saberão nunca o que é caçar, restando-lhes apenas o que fica na sua memória genética...
Então e os boxers, os rotts e os dober? Corta-se-lhes as orelhas para lhe dar um ar mais agressivo, não é? Na prática, pois,trata-se de uma questão estética e o argumento peca por ignorância ou má fé... Neste momento treino com vários rotts e um dober de orelhas e caudas (pasme-se!!!) inteiras e não vejo o seu aspecto menos agressivo quando se pôem em marcha. É a velha falácia de ligar mais à carroceria do que ao motor...
Quanto à famosa questão das otites para justificar o corte de orelhas, aconselhemos então os criadores de Bassets a cortarem tão volumosos apêndices. Aquilo devem ser otites dia sim dia não... Realmente as otites dependem mais da higiene assegurada pelos donos do que do corte das orelhas.
Quanto às caudas, todos sabemos a importância que têm no equilíbrio em movimento ou na comunicação intra e inter-específica. Amputá-las inibe os exemplares desse potencial.
Finalmente dizer que sou contra todas as amputações que não se justifiquem por razões funcionais e que não tragam bem estar acrescido aos exemplares, e aqui incluo evidentemente castrações e esterilizações, que apenas defendo nos cães vadios como forma de evitar a sua propagação, ou por motivos (óbvios e existentes) de saúde.
Chega de nos invocarem razões para cães que nada mais fazem do que acompanhar os donos numas voltinhas pelo parque (quando o fazem...). Já não cola. Preocupem-se com o verdadeiro problema, que é o desvio para funções exclusivas de companhia de cães cujas raças foram criadas para se realizarem noutras funções. Resolvido este problema, então que se discuta o corte de orelhas e de caudas.
Uma última questão - ao admitir que o corte de orelhas é necessário para proteger o cão, não estaremos nós a afirmar que o processo de selecção de certas raças foi incorrecto? Faz-me lembrar a história do homem que mandou fazer um fato e, para ele lhe assentar realmente bem, tinha que andar como se fosse coxo...
Cumprimentos
José Carlos
Caro Jcsousa,
Não quero entrar num debate até porque muito possivelmente cada um de nós ficará com as suas ideias, mas gostaria de comentar se me permite :
O papel de um cão de guarda - pelo menos das maior parte das raças - começa por ser dissuasor! E esse papel cumpre-se especialmente pelo aspecto do cão.
É inegavel que um Dober ou qualquer outro cão tem um aspecto muito mais serio se tiver orelhas cortadas e como tal um possivel ladrão de certo que pensara duas vezes em assaltar uma casa com dois dobers a ladrar ao portão do que com dois "rafeiros" a fazer o mesmo papel.
Aqui funciona o sub-consciente das pessoas e funciona bem.
E não é preciso ir muito longe, basta pegar num dober inteiro (cauda e orelhas) e num dober amputado e ir passear com eles para a rua. Para uns as pessoas afastam-se, para outro ignoram.
Claro que SE chegar ao momento H, ao momento de acção, tanto um como o outro será eficaz (supostamente) mas a função de um cão de guarda - repetindo - começa muito antes desse momento.
Não há sombra de duvida que um canal mais arejado evita otites. Posso falar a nivel pessoal, nos AST nunca tive uma otite, nos Serras e nos PPs é quase dia sim dia não.
E é certo e sabido que os Bassets e os Cockers são muito propensos a otites.
De qualquer das formas nunca poderá ser um argumento para cortar orelhas mas sim unicamente uma mais-valia.
Ate porque o contrario existe - um canal muito arejado embora previna otites, tambem poderá trazer outros incovenientes.
Nunca vi um cão de cauda cortada ter qualquer problema de locomoção ou de impulsão.
Isto não é um contrasenso?
Se os cães hoje em dia apenas são usados para passear no parque ou para companhia, porque razão havemos de lutar pela manutenção das caracteristicas originais e da funcionalidade?
O de resto, que podia ser facilmente arranjado, não se selecionou. Afinal, com tantas prioridades numa raça, porque haveria de nos preocupar com as orelhas ou com caudas, se em 5m conseguimos arranjar isso
De resto - e isto para mim deveria ser a razão principial para o corte - cabe ao dono decidir o que é melhor para o seu animal de estimação!
Eu corto aos meus e continuarei a cortar enquanto o puder fazer. Corto pelas razões que referi acima e corto porque gosto.
Não considero os meus cães infelizes, incompletos, traumatizados, tristes ou revoltados enquanto têm as orelhas cortadas!
Modestia à parte, se todos os cães fossem tão felizes como os meus estariamos num mundo perfeito!
Cumprimentos,
Nanci
Não quero entrar num debate até porque muito possivelmente cada um de nós ficará com as suas ideias, mas gostaria de comentar se me permite :
Isso não será bem assim.jcsousa Escreveu:Então e os boxers, os rotts e os dober? Corta-se-lhes as orelhas para lhe dar um ar mais agressivo, não é? Na prática, pois,trata-se de uma questão estética e o argumento peca por ignorância ou má fé... Neste momento treino com vários rotts e um dober de orelhas e caudas (pasme-se!!!) inteiras e não vejo o seu aspecto menos agressivo quando se pôem em marcha. É a velha falácia de ligar mais à carroceria do que ao motor...
O papel de um cão de guarda - pelo menos das maior parte das raças - começa por ser dissuasor! E esse papel cumpre-se especialmente pelo aspecto do cão.
É inegavel que um Dober ou qualquer outro cão tem um aspecto muito mais serio se tiver orelhas cortadas e como tal um possivel ladrão de certo que pensara duas vezes em assaltar uma casa com dois dobers a ladrar ao portão do que com dois "rafeiros" a fazer o mesmo papel.
Aqui funciona o sub-consciente das pessoas e funciona bem.
E não é preciso ir muito longe, basta pegar num dober inteiro (cauda e orelhas) e num dober amputado e ir passear com eles para a rua. Para uns as pessoas afastam-se, para outro ignoram.
Claro que SE chegar ao momento H, ao momento de acção, tanto um como o outro será eficaz (supostamente) mas a função de um cão de guarda - repetindo - começa muito antes desse momento.
Penso que ninguém - falando por mim, pelo menos - justifica o corte de orelhas com a prevenção de otites.jcsousa Escreveu:Quanto à famosa questão das otites para justificar o corte de orelhas, aconselhemos então os criadores de Bassets a cortarem tão volumosos apêndices. Aquilo devem ser otites dia sim dia não... Realmente as otites dependem mais da higiene assegurada pelos donos do que do corte das orelhas.
Não há sombra de duvida que um canal mais arejado evita otites. Posso falar a nivel pessoal, nos AST nunca tive uma otite, nos Serras e nos PPs é quase dia sim dia não.
E é certo e sabido que os Bassets e os Cockers são muito propensos a otites.
De qualquer das formas nunca poderá ser um argumento para cortar orelhas mas sim unicamente uma mais-valia.
Ate porque o contrario existe - um canal muito arejado embora previna otites, tambem poderá trazer outros incovenientes.
Pessoalmente e pela experiência que tenho e pelo que tenho visto não concordo.jcsousa Escreveu:Quanto às caudas, todos sabemos a importância que têm no equilíbrio em movimento ou na comunicação intra e inter-específica. Amputá-las inibe os exemplares desse potencial.
Nunca vi um cão de cauda cortada ter qualquer problema de locomoção ou de impulsão.
Falando por mim e um ponto de vista pessoal, a única razão que alego é a continuação da historia da raça. Até porque novamente, as raças cujo são amputadas têm a sua historia, funcionalidade e imagem ligadas ao corte. Ninguem imagina - pelo menos à 10/15 anos - um dober inteiro. Simplesmente não faz parte da raça!jcsousa Escreveu:Chega de nos invocarem razões para cães que nada mais fazem do que acompanhar os donos numas voltinhas pelo parque (quando o fazem...). Já não cola.
Masjcsousa Escreveu:Preocupem-se com o verdadeiro problema, que é o desvio para funções exclusivas de companhia de cães cujas raças foram criadas para se realizarem noutras funções. Resolvido este problema, então que se discuta o corte de orelhas e de caudas.
ejcsousa Escreveu:Chega de nos invocarem razões para cães que nada mais fazem do que acompanhar os donos numas voltinhas pelo parque (quando o fazem...). Já não cola.
jcsousa Escreveu: Tomemos o caso do dogo argentino: no nosso país, quantos exemplares se dedicam a essas épicas tarefas da luta com o javali? Percentualmente, quantos são apenas adquiridos para guarda ou simples companhia? Conheço bastantes exemplares desta raça que nem sequer sabem nem saberão nunca o que é caçar, restando-lhes apenas o que fica na sua memória genética...
Isto não é um contrasenso?
Se os cães hoje em dia apenas são usados para passear no parque ou para companhia, porque razão havemos de lutar pela manutenção das caracteristicas originais e da funcionalidade?
Não. Estamos a admitir que o processo de selecção de raças deu prioridade a certos aspectos - aqueles que não podiam ser moldados pela mão (ou faca) do homem.jcsousa Escreveu:Uma última questão - ao admitir que o corte de orelhas é necessário para proteger o cão, não estaremos nós a afirmar que o processo de selecção de certas raças foi incorrecto?
O de resto, que podia ser facilmente arranjado, não se selecionou. Afinal, com tantas prioridades numa raça, porque haveria de nos preocupar com as orelhas ou com caudas, se em 5m conseguimos arranjar isso

Falando por mim e um ponto de vista pessoal, a única razão que alego é a continuação da historia da raça. Até porque novamente, as raças cujo são amputadas têm a sua historia, funcionalidade e imagem ligadas ao corte. Ninguem imagina - pelo menos à 10/15 anos - um dober inteiro.jcsousa Escreveu:Chega de nos invocarem razões para cães que nada mais fazem do que acompanhar os donos numas voltinhas pelo parque (quando o fazem...). Já não cola.
De resto - e isto para mim deveria ser a razão principial para o corte - cabe ao dono decidir o que é melhor para o seu animal de estimação!
Eu corto aos meus e continuarei a cortar enquanto o puder fazer. Corto pelas razões que referi acima e corto porque gosto.
Não considero os meus cães infelizes, incompletos, traumatizados, tristes ou revoltados enquanto têm as orelhas cortadas!
Modestia à parte, se todos os cães fossem tão felizes como os meus estariamos num mundo perfeito!
Cumprimentos,
Nanci
Tomemos o caso do dogo argentino: no nosso país, quantos exemplares se dedicam a essas épicas tarefas da luta com o javali?
Percentualmente, quantos são apenas adquiridos para guarda ou simples companhia? Conheço bastantes exemplares desta raça que nem sequer sabem nem saberão nunca o que é caçar, restando-lhes apenas o que fica na sua memória genética...
Caro José Carlos
Não interessa se os Dogos dos outros são para companhia ou outra função qualquer. Os meus cães sejam de que raça forem são sempre para trabalhar, nem imagino um criador de Dogos Argentinos, digno desse nome, que reproduza cães que não cacem bem, e segundo as características funcionais da raça, logo estes cães devem ter as orelhas cortadas.
As orelhas cortadas no Dogos não têm unicamente a ver com as lutas com os javalis, mas também se devem ao facto de os Dogos, e os demais cães de presa, quando caçam com Podengos ou Cães de Rasto, passam a caçar essencialmente de ouvido e as orelhas cortadas são mais sensíveis à captação de sons e principalmente à sua localização. Não existe um único animal na natureza com orelhas caídas. Aos cães que caçam exclusivamente com o faro (cães do grupo 6, 7 e

A lei da proibição justifica-se com o facto de a maioria dos cães hoje em dia não trabalharem, mas essa lei não pode impedir que uma minoria queira trabalhar com os cães e fazer uma selecção séria baseada na sua funcionalidade. Caso contrária a FCI deve ter a coragem de meter todas as raças no grupo 9.
Exactamente a selecção destas raças foi mal feita neste aspecto. Nunca se deu importancia a esse facto porque sempre se cortaram as orelhas e caudas.Uma última questão - ao admitir que o corte de orelhas é necessário para proteger o cão, não estaremos nós a afirmar que o processo de selecção de certas raças foi incorrecto? Faz-me lembrar a história do homem que mandou fazer um fato e, para ele lhe assentar realmente bem, tinha que andar como se fosse coxo...
Cumprimentos
Francisco Bica
Última edição por FBC em segunda dez 17, 2007 3:35 pm, editado 2 vezes no total.
Estimada Cindelp:
Tem razão no que diz: o mais certo é ficarmos cada um com as nossas convicções. O que eu quis aqui não foi chegar a nenhuma conclusão( que de debates anteriores já sei ser impossível...), mas simplesmente deixar os argumentos que fundamentam a minha posição. E que não são tão inadequados como a Cindelp quer fazer parecer, diga-se de passagem.
Vejamos:
- a questão das otites (já sei que para si não é um argumento essencial, mas argumentemos de qualquer forma): tem, no seu caso pessoal, uma forma fácil (5 minutos, segundo diz...) de resolver os problemas dos serras e dos PPs - basta cortar-lhes as orelhas... claro que é um factor a que não dá importância como justificação para o corte (e eu acho bem), mas se reler os tópicos sobre o assunto verá que há muita gente que o aponta como importante.
- a função de guarda - realmente o aspecto dissuasor poderá ser importante, embora seja um argumento algo subjectivo. Pela minha parte não acho que um rott de orelhas cortadas seja mais dissuasor que outro com elas inteiras - o olhar, a atitude, o rosnar são efectivamente dissuasores. E chegando a vias de facto, é o que você diz - é a coragem que faz falta, e não as orelhas, estejam elas para cima ou para baixo.
- a cauda é reconhecidamente um factor de equilíbrio e de comunicação. Cão com cauda comunica honestamente intenções amigáveis ou agonísticas. Logo, como você afirma, o posicionamento da cauda tem, em situações de ameaça, um efeito dissuasor. Não pode usar o argumento da dissuasão para as orelhas e não o usar para a cauda...
Quanto ao contrasenso que me aponta, desculpe mas não vejo nenhum...
Vejo que se cumpre o seu palpite - dificilmente nos poremos de acordo neste tema.
Cumprimentos
José Carlos
Tem razão no que diz: o mais certo é ficarmos cada um com as nossas convicções. O que eu quis aqui não foi chegar a nenhuma conclusão( que de debates anteriores já sei ser impossível...), mas simplesmente deixar os argumentos que fundamentam a minha posição. E que não são tão inadequados como a Cindelp quer fazer parecer, diga-se de passagem.
Vejamos:
- a questão das otites (já sei que para si não é um argumento essencial, mas argumentemos de qualquer forma): tem, no seu caso pessoal, uma forma fácil (5 minutos, segundo diz...) de resolver os problemas dos serras e dos PPs - basta cortar-lhes as orelhas... claro que é um factor a que não dá importância como justificação para o corte (e eu acho bem), mas se reler os tópicos sobre o assunto verá que há muita gente que o aponta como importante.
- a função de guarda - realmente o aspecto dissuasor poderá ser importante, embora seja um argumento algo subjectivo. Pela minha parte não acho que um rott de orelhas cortadas seja mais dissuasor que outro com elas inteiras - o olhar, a atitude, o rosnar são efectivamente dissuasores. E chegando a vias de facto, é o que você diz - é a coragem que faz falta, e não as orelhas, estejam elas para cima ou para baixo.
- a cauda é reconhecidamente um factor de equilíbrio e de comunicação. Cão com cauda comunica honestamente intenções amigáveis ou agonísticas. Logo, como você afirma, o posicionamento da cauda tem, em situações de ameaça, um efeito dissuasor. Não pode usar o argumento da dissuasão para as orelhas e não o usar para a cauda...
É curioso, eu quando vi o primeiro rott de orelhas e cauda pareceu-me ver um ET... hoje convivo com bastantes e aceito-os sem qualquer estranheza. Há que admitir a evolução sem qualquer problema, mau será se reduzirmos o cão a uma espécie de museu.Ninguem imagina - pelo menos à 10/15 anos - um dober inteiro. Simplesmente não faz parte da raça!
Quanto ao contrasenso que me aponta, desculpe mas não vejo nenhum...
Pela simples razão que esses cães apenas se realizam totalmente na função para que foram criados.porque razão havemos de lutar pela manutenção das caracteristicas originais e da funcionalidade?
Aqui estamos finalmente em absoluta coincidência. O dono faz o que pensa que deve fazer, e se gosta, como você, por mim nada a criticar. Até pode cortar-lhe uma pata se acha que o cão fica mais giro a andar aos saltinhos... agora esconder o seu gosto pessoal atrás de razões históricas, higiénicas ou de dissuasão, lamento muito, mas acho uma perspectiva pouco séria de abordar a questão. Gosta e ponto final, ninguém tem nada com isso.De resto - e isto para mim deveria ser a razão principial para o corte - cabe ao dono decidir o que é melhor para o seu animal de estimação!
Eu corto aos meus e continuarei a cortar enquanto o puder fazer. Corto pelas razões que referi acima e corto porque gosto.
Vejo que se cumpre o seu palpite - dificilmente nos poremos de acordo neste tema.
Cumprimentos
José Carlos
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- Mensagens: 2
- Registado: sexta dez 14, 2007 6:36 pm
ola, estou neste forun pela primeira vez
sou criador de dogos argentinos com afixo registado pelo menos com quase vinte anos na fci.
os dogos que vao para caça tem de cortar-se sempre as orelhas porque os javalis nao perdoam e nas orelhas e o sitio do corpo aonde o dog tem realmente dores atrozes e para os criticos que me veem com a lei eu digo respeitem as leis do pais de origen do dog argentino
nao e uma qestao de beleza
como portugues e amante de dogos argentinos tenho vergonha que a assembleia da republica faça as leis para os nossos animais e nao quem entende que sera o cpc
casadeelvas
sou criador de dogos argentinos com afixo registado pelo menos com quase vinte anos na fci.
os dogos que vao para caça tem de cortar-se sempre as orelhas porque os javalis nao perdoam e nas orelhas e o sitio do corpo aonde o dog tem realmente dores atrozes e para os criticos que me veem com a lei eu digo respeitem as leis do pais de origen do dog argentino
nao e uma qestao de beleza
como portugues e amante de dogos argentinos tenho vergonha que a assembleia da republica faça as leis para os nossos animais e nao quem entende que sera o cpc
casadeelvas
O que as outras pessoas dizem ou deixam de dizer pouco me diz respeito. Muitas vezes - grande parte das vezes - entra a 100, sai a 1000. Já li neste topico varias pessoas dizerem que deveria ser legal cortar orelhas para evitar que se vá ao talhante da esquima. O mesmo que dizer que deviamos legalizar o roubo ou a violação, porque há muita gente a fazê-lo clandestinamentejcsousa Escreveu:claro que é um factor a que não dá importância como justificação para o corte (e eu acho bem), mas se reler os tópicos sobre o assunto verá que há muita gente que o aponta como importante.

Aqui penso que não há grande base para erro, basta ir passear com um dober inteiro vs dober amputado ; um boxer inteiro vs boxer amputado etcjcsousa Escreveu: a função de guarda - realmente o aspecto dissuasor poderá ser importante, embora seja um argumento algo subjectivo. Pela minha parte não acho que um rott de orelhas cortadas seja mais dissuasor que outro com elas inteiras - o olhar, a atitude, o rosnar são efectivamente dissuasores. E chegando a vias de facto, é o que você diz - é a coragem que faz falta, e não as orelhas, estejam elas para cima ou para baixo.
Aqui se me permite, penso que novamente todos estes seculos documentados provam o contrario. Cães de caudas cortadas sempre foram perfeitamente capazes de desempenhar o seu papel, na sua maxima eficacia.jcsousa Escreveu: a cauda é reconhecidamente um factor de equilíbrio e de comunicação. Cão com cauda comunica honestamente intenções amigáveis ou agonísticas. Logo, como você afirma, o posicionamento da cauda tem, em situações de ameaça, um efeito dissuasor. Não pode usar o argumento da dissuasão para as orelhas e não o usar para a cauda...
Evolução? Peço desculpa, pensei que a genese da canicultura fosse criar melhores exemplares mantendo-os fieis às origens.jcsousa Escreveu:É curioso, eu quando vi o primeiro rott de orelhas e cauda pareceu-me ver um ET... hoje convivo com bastantes e aceito-os sem qualquer estranheza. Há que admitir a evolução sem qualquer problema, mau será se reduzirmos o cão a uma espécie de museu.
Como tal não vejo onde se possa enquadrar tal evolução.
Não escondo o meu gosto com nada. Não preciso de o esconder nem o faço. Felizmente não devo nada a ninguem para tal.jcsousa Escreveu:Aqui estamos finalmente em absoluta coincidência. O dono faz o que pensa que deve fazer, e se gosta, como você, por mim nada a criticar. Até pode cortar-lhe uma pata se acha que o cão fica mais giro a andar aos saltinhos... agora esconder o seu gosto pessoal atrás de razões históricas, higiénicas ou de dissuasão, lamento muito, mas acho uma perspectiva pouco séria de abordar a questão. Gosta e ponto final, ninguém tem nada com isso..
Gosto de orelhas cortadas, nunca o neguei e está bem patente desde que me registei neste forum.
Agora, tambem lamento muito, mas é mais que inegavel que o corte de orelhas/caudas está intimimamente ligado à genese e à essencia de cada raça, por razões historicas e funcionais. E aqui novamente, não há volta a dar.
Para terminar só acho curioso que em geral estes debates girem à volta das caudas e das orelhas, ignorando as outras duas amputações tambem mencionadas na convenção.
Melhores cumprimentos,
Nanci
Gostava de esclarecer uma frase minha que, talvez por não ter sido bem explícito, a Cindelp parece ter interpretado mal. Quando escrevi:
Gostaria de dedicar algum espaço à função de guarda, correndo o risco de me desviar do tópico. A que guarda nos referimos? Se é à de propriedades, temos de convir que os assaltos se fazem sobretudo de noite, e o tal efeito dissuasor das orelhas erectas será muito menos visível do que o vulto do cão (tamanho dissuade realmente...) e sobretudo a atitude por ele manifestada. Quem vê um rott de 50 e tal quilos em atitude ameaçadora não ficará de certeza à espera de lhe olhar para as orelhas para dar às de vila diogo... Quanto a usar o cão para defesa pessoal, fazê-lo sem treino adequado que garanta o controlo do cão parece-me inconsciente. Para além de que não está permitido a particulares o teino de defesa civil.
Quanto à evolução de que falo refere-se apenas a conceitos de bem estar animal e convive perfeitamente com a tal "génese" da raça - é possível manter as características físicas e psicológicas de uma raça sem ter de recorrer a amputações desnecessárias face às funções que os exemplares desempenham.
Quanto a este parágrafo:
óbviamente me referia ao dono em geral e não à Cindelp em particular, cuja posição tem sido sempre bastante clara.O dono faz o que pensa que deve fazer, e se gosta, como você, por mim nada a criticar. Até pode cortar-lhe uma pata se acha que o cão fica mais giro a andar aos saltinhos... agora esconder o seu gosto pessoal atrás de razões históricas, higiénicas ou de dissuasão, lamento muito, mas acho uma perspectiva pouco séria de abordar a questão
Gostaria de dedicar algum espaço à função de guarda, correndo o risco de me desviar do tópico. A que guarda nos referimos? Se é à de propriedades, temos de convir que os assaltos se fazem sobretudo de noite, e o tal efeito dissuasor das orelhas erectas será muito menos visível do que o vulto do cão (tamanho dissuade realmente...) e sobretudo a atitude por ele manifestada. Quem vê um rott de 50 e tal quilos em atitude ameaçadora não ficará de certeza à espera de lhe olhar para as orelhas para dar às de vila diogo... Quanto a usar o cão para defesa pessoal, fazê-lo sem treino adequado que garanta o controlo do cão parece-me inconsciente. Para além de que não está permitido a particulares o teino de defesa civil.
Quanto à evolução de que falo refere-se apenas a conceitos de bem estar animal e convive perfeitamente com a tal "génese" da raça - é possível manter as características físicas e psicológicas de uma raça sem ter de recorrer a amputações desnecessárias face às funções que os exemplares desempenham.
Quanto a este parágrafo:
Bem, o título do tópico é sobre o corte de orelhas, por isso... de qualquer modo a minha posição sobre qualquer amputação mantém-se - admito quando tiver um motivo que beneficie efectivamente o desempenho do cão.Para terminar só acho curioso que em geral estes debates girem à volta das caudas e das orelhas, ignorando as outras duas amputações tambem mencionadas na convenção
Caro Jcsousa,
E aqui, lamento, mas não há volta a dar e o exemplo mais pratico é efectivamente o que referi acima: basta pegar em dois exemplares de uma dessas raças e ir à rua com eles, que logo vemos qual deles causa maior "receio" às pessoas.
Pegando um pouco de novo em factos historicos será engraçado ver que grande parte das raças de guarda têm orelhas cortadas. Pelo aspecto e tambem porque aumenta a capacidade (por muito pouco q seja) auditiva do examplar.
E tem toda a razão quando diz que à noite as orelhas são pouco perceptiveis, tal como todo o resto. Mas penso que tambem será sabido que os assaltos são minimamente planeados o que implica que se saiba o que há lá dentro
Treino de defesa pessoal cai num campo à parte mas não exclui alguns dos parametros definidos acima.
É que sinceramente - e aqui falo por experiencia propria - é muito mais desagradavel ao cão andar de trela, andar de coleira do que ser submetido a uma dessas amputações
Cumpts
Quando falo de guarda podemos dividir em várias: seja guarda de casas de cidade, seja guarda de quintas, seja guarda de fabricas. O principio será o mesmo, que como diz e bem, o fisico é que conta, o tamanho, o aspecto e a expressão.jcsousa Escreveu: A que guarda nos referimos? Se é à de propriedades, temos de convir que os assaltos se fazem sobretudo de noite, e o tal efeito dissuasor das orelhas erectas será muito menos visível do que o vulto do cão (tamanho dissuade realmente...) e sobretudo a atitude por ele manifestada. Quem vê um rott de 50 e tal quilos em atitude ameaçadora não ficará de certeza à espera de lhe olhar para as orelhas para dar às de vila diogo...
E aqui, lamento, mas não há volta a dar e o exemplo mais pratico é efectivamente o que referi acima: basta pegar em dois exemplares de uma dessas raças e ir à rua com eles, que logo vemos qual deles causa maior "receio" às pessoas.
Pegando um pouco de novo em factos historicos será engraçado ver que grande parte das raças de guarda têm orelhas cortadas. Pelo aspecto e tambem porque aumenta a capacidade (por muito pouco q seja) auditiva do examplar.
E tem toda a razão quando diz que à noite as orelhas são pouco perceptiveis, tal como todo o resto. Mas penso que tambem será sabido que os assaltos são minimamente planeados o que implica que se saiba o que há lá dentro

Treino de defesa pessoal cai num campo à parte mas não exclui alguns dos parametros definidos acima.
Até poderei concordar, mas veria-me obrigada a perguntar se tais amputações são um atentado ao bem-estar do animal?jcsousa Escreveu:Quanto à evolução de que falo refere-se apenas a conceitos de bem estar animal e convive perfeitamente com a tal "génese" da raça - é possível manter as características físicas e psicológicas de uma raça sem ter de recorrer a amputações desnecessárias face às funções que os exemplares desempenham.
É que sinceramente - e aqui falo por experiencia propria - é muito mais desagradavel ao cão andar de trela, andar de coleira do que ser submetido a uma dessas amputações

Cumpts
Ok. Vamos deter-nos por um pouco na questão da guarda e do tal ar ameaçador que as orelhas cortadas conferem:
Você mesma diz:
Tenho a minha opinião sobre a guarda de territórios e como o dono a deve encarar nos dias de hoje, mas seria apedrejado publicamente se a divulgasse... ficará para uma próxima ocasião.
Enfim, divergimos neste ponto, mas se calhar convergimos noutros. Como dizia o outro, "é a vida"...
Cumprimentos
José Carlos
Você mesma diz:
E aí é que bate o ponto! A Cindelp acredita mesmo que o ladrão de hoje, ao planear um assalto, diz: "Vamos com muito cuidado, porque lá dentro há um rott de orelhas cortadas!! Se fosse de orelhas inteiras a coisa era mais fácil, assim o melhor é desistirmos do assalto..."? Obviamente que quem planeia um assalto preocupa-se é saber se é um rott ou um pequeno rafeiro, e não quererá saber das orelhas para nada... com disse antes, do aspecto exterior o que mais preocupa é a corpulência e a "fama" que a raça tem, e mesmo assim ainda têm recurso ao veneno para neutralizar os animais.E tem toda a razão quando diz que à noite as orelhas são pouco perceptiveis, tal como todo o resto. Mas penso que tambem será sabido que os assaltos são minimamente planeados o que implica que se saiba o que há lá dentro
Tenho a minha opinião sobre a guarda de territórios e como o dono a deve encarar nos dias de hoje, mas seria apedrejado publicamente se a divulgasse... ficará para uma próxima ocasião.
A questão é mais de princípios do que de bem estar. Pessoalmente não concordo que cães duma raça de trabalho viva, por exemplo, num sofá, embora aceite que os respectivos donos digam que eles são muito felizes assim... O que defendo é que intervenções cirúrgicas, sejam elas quais forem, apenas sejam feitas quando estritamente necessárias.Até poderei concordar, mas veria-me obrigada a perguntar se tais amputações são um atentado ao bem-estar do animal?
Enfim, divergimos neste ponto, mas se calhar convergimos noutros. Como dizia o outro, "é a vida"...
Cumprimentos
José Carlos
Boas,
Um ladrão ao fazer o suposto reconhecimento, de certeza que pensará duas vezes ao ver dois dobermanns lá no jardim, do que ver em oposição dois rafeiros esgalgados ou dois sabujos. E aqui é que funciona o tal efeito dissuasor.
Cumpts,
Nanci
Claro e aí é que está!jcsousa Escreveu: A Cindelp acredita mesmo que o ladrão de hoje, ao planear um assalto, diz: "Vamos com muito cuidado, porque lá dentro há um rott de orelhas cortadas!! Se fosse de orelhas inteiras a coisa era mais fácil, assim o melhor é desistirmos do assalto..."? Obviamente que quem planeia um assalto preocupa-se é saber se é um rott ou um pequeno rafeiro, e não quererá saber das orelhas para nada... com disse antes, do aspecto exterior o que mais preocupa é a corpulência e a "fama" que a raça tem, e mesmo assim ainda têm recurso ao veneno para neutralizar os animais.
Um ladrão ao fazer o suposto reconhecimento, de certeza que pensará duas vezes ao ver dois dobermanns lá no jardim, do que ver em oposição dois rafeiros esgalgados ou dois sabujos. E aqui é que funciona o tal efeito dissuasor.
Pessoalmente - independentemente de concordar com ela ou não - gostaria de ouvi-la (lê-la).jcsousa Escreveu:Tenho a minha opinião sobre a guarda de territórios e como o dono a deve encarar nos dias de hoje, mas seria apedrejado publicamente se a divulgasse... ficará para uma próxima ocasião.
E ainda bem que assim é!jcsousa Escreveu:Enfim, divergimos neste ponto, mas se calhar convergimos noutros. Como dizia o outro, "é a vida"...
Cumpts,
Nanci
Sendo certo que não nos entenderemos uqanto ao tal "efeito dissuasor", quis apenas sublinhar com o exemplo que o ladrão se está marimbando para que os rotts tenham ou não as orelhas cortadas... donde concluo que não é o corte das orelhas que o vai demover de fazer o assalto, mas a corpulência e características de territorialidade dos rotts...
Sobre a minha "teoria de guarda", para que a compreenda vou personalizar a questão, coisa a que sou avesso, mas enfim, cá vai:
Vivo há dois anos sozinho numa casa com um terreno de 5.000 metros. Sozinho não, porque comigo vivem os meus 4 pastores alemães, dos quais poderei dizer, sem ser indulgente, que dois têm marcado instinto de guarda e os outros dois apenas um nível médio. Cabe-lhes a eles a guarda do território. Como a fazem? Fechados no canil e alertando-me pela forma de ladrar quanto à presença de intrusos... soltos, só estando eu presente!
Porque não os solto para guardarem? Muito simples - porque não quero que os envenenem ou os abatam por qualquer outra forma para entrarem no terreno. E (não menos importante) porque não quero ver qualquer incauto, bêbado ou criança atacado sem eu estar perto para os controlar.
Sei pela forma de ladrar se o fazem a pessoas ou a animais e, se ladram a pessoas, se estas passam fora ou tentam entrar no terreno. Neste último caso, o que faço (apenas o fiz uma vez) é soltá-los para que de preferência afugentem o intruso.
Possivelmente também não concordará com esta teoria, que se calhar vai contra a história, mas, pesados os prós e os contras, é a que utilizo.
Cumprimentos
José Carlos
Sobre a minha "teoria de guarda", para que a compreenda vou personalizar a questão, coisa a que sou avesso, mas enfim, cá vai:
Vivo há dois anos sozinho numa casa com um terreno de 5.000 metros. Sozinho não, porque comigo vivem os meus 4 pastores alemães, dos quais poderei dizer, sem ser indulgente, que dois têm marcado instinto de guarda e os outros dois apenas um nível médio. Cabe-lhes a eles a guarda do território. Como a fazem? Fechados no canil e alertando-me pela forma de ladrar quanto à presença de intrusos... soltos, só estando eu presente!
Porque não os solto para guardarem? Muito simples - porque não quero que os envenenem ou os abatam por qualquer outra forma para entrarem no terreno. E (não menos importante) porque não quero ver qualquer incauto, bêbado ou criança atacado sem eu estar perto para os controlar.
Sei pela forma de ladrar se o fazem a pessoas ou a animais e, se ladram a pessoas, se estas passam fora ou tentam entrar no terreno. Neste último caso, o que faço (apenas o fiz uma vez) é soltá-los para que de preferência afugentem o intruso.
Possivelmente também não concordará com esta teoria, que se calhar vai contra a história, mas, pesados os prós e os contras, é a que utilizo.
Cumprimentos
José Carlos