E já somos doismarijonscp Escreveu:Acho que seria interessante saber como surgiram as raças e como foram seleccionadas para os diversos trabalhos a que se propunham. É um assunto que penso ser interessante e do qual nada sei.
Cruzamentos entre raças
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cumprimentos do conde
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Podíamos também fazer um tópico descomunal em que copiassemos todo o conteúdo da Bíblia, os discursos parlamentares desde a Primeira República até hoje, os livros do José Rodrigues dos Santos, e em que pusessemos também todos os episódios dos morangux com axucar desde o primeiro episódio( posto no ar pela primeira vez no Paleolítico) até à actualidade. Mesmo assim ficava um tópicozinho anão, comparado com o que ficaria se escrevessemos aqui a história de todas as raças de cães.marijonscp Escreveu:Acho que seria interessante saber como surgiram as raças e como foram seleccionadas para os diversos trabalhos a que se propunham. É um assunto que penso ser interessante e do qual nada sei.
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TitusLivivs. Não falo de nenhuma raça em particular mas na generalidade. Como é óbvio. Mesma na altura em que foi escrita a Biblia quantas raças existiriam? Quanto aos Morangos é coisa que não me interessa rigorosamente nada, só se forem com chantilly e de preferência numa esplanada com vista para o mar. 

<p>"Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais" - Herculano</p>
<p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=vCCa8GzQ ... VQg</a></p>
<p><a href="http://www.you"></a></p>
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Os estragos, são simples, quando se fala de brincadeiras entre criadeiros, sem proveito nenhum, é aumentarem, a quantidade de cães abandonados, que aparecem nos canis e nas associações para adopção.Oconde Escreveu:estrados?! será que nos pode documentar ou especificar um pouco mais esses estrago. É que o lado negativa das cruzas aventureiras para ver o que dá tambem está muito mal divulgado se bem que nos canis me parece ver um pouco isso a que se referPiagos Escreveu:Originário de alguns cruzamentos entre mastins e bulldogs efectuados em Munique na Alemanha, o Boxer fez a sua primeira aparição oficial em 1930 na Grã-Bretanha. De carácter activo e ruidoso, o Boxer apresenta um aspecto físico mais pequeno e ágil que outras raças mastins. Ele une o útil ao agradável. Tem uma extraordinária devoção à família com um especial trato com as crianças e simultaneamente enorme instinto de protecção. Não precisa no entanto de usar de extrema violência na actividade de guarda. Quando avizinha um estranho prefere aguardar e observar. Se se tornar perigoso dá o alerta é só em último caso ataca. Embora seja bastante activo e brincalhão tem também a serenidade necessária para servir de guia de cegos.
Não aprovo os cruzamentos de raças de cães, mas se surgir uma nova raça, que seja em laboratório, não feita por inrresponsáveis, que apenas querem põr mais cães no abandono. Aproveito para dizer, que trabalho em colaboração com várias associações em relação à adopção de cães, e já tenho visto, demasiados estragos feitos por gente inrresponsável.
É certo que quase todas as raças, são fruto de cruzamentos de outras raças, ou não descende-se o cão do lobo, mas foram cruzamentos feitos em laboratórios, com o fim de criar uma raça, com umas certas características, não foi uma brincadeira de criadeiros de cães.
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Segundo a definição actual de raça, em que o cão tem de obedecer a um determinado estalão, etc.. no tempo em que foi escrita a Bíblia, provavelmente não existia nenhuma raça. Mas a essa pergunta só quem conhece a "Cinó-História" é que poderá responder.marijonscp Escreveu:TitusLivivs. Não falo de nenhuma raça em particular mas na generalidade. Como é óbvio. Mesma na altura em que foi escrita a Biblia quantas raças existiriam? Quanto aos Morangos é coisa que não me interessa rigorosamente nada, só se forem com chantilly e de preferência numa esplanada com vista para o mar.
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Cocker Spaniel Inglês
Cortesia Arcanos Cockers
Foto: Alexandre Xavier
Os Spaniels atuais provêm diretamente das ilhas britânicas, mas descendem dos épagneuls que, levados a elas em tempos longínquos, sofreram importantes modificações através de seleções cuidadosas e complexas.
Entre os spaniels mais conhecidos, está o Cocker, cujo tipo moderno se originou em Gales e Denvonshire, diferencioando-se claramente do primitivo, que era um pouco parecido com o springer atual.
É um exímio caçador, usado originalmente para caça de aves, e é, devido ao seu pequeno porte, capaz de mover-se com desembaraço em terrenos de vegetação mais densa, intransitável para os cães de aponte. Dotado de excelente olfato, descobre a presa e a levanta, mantendo-se
sempre a curta distância do
dono. É alegre, robusto e esportivo. O Cocker Spaniel é bem equilibrado, compacto.
O nariz é largo, os olhos são grandes, escuros e expressam inteligência e doçura. As orelhas, de forma lobular tem inserção baixa, na altura dos olhos, e é coberta com pêlos lisos e sedosos. Sua cauda prolonga a linha dorsal, e tem porte brincalhão. A pelagem do Cocker é lisa, de textura sedosa, nunca dura nem ondulada, com franjas de comprimento suficiente; nunca deve ser muito abundante, nem crespo.
http://www.guiaderacas.com/cockeringles.shtml
As cores admitidas são muitas. Nos unicolores o branco é aceito somente no peito.
A altura de um Cocker é, em média de 40 cm. para os machos e 38,5 cm. para as fêmeas. O peso fica entre os 12 e 14,5 kg.
Cortesia Arcanos Cockers
Foto: Alexandre Xavier
Os Spaniels atuais provêm diretamente das ilhas britânicas, mas descendem dos épagneuls que, levados a elas em tempos longínquos, sofreram importantes modificações através de seleções cuidadosas e complexas.
Entre os spaniels mais conhecidos, está o Cocker, cujo tipo moderno se originou em Gales e Denvonshire, diferencioando-se claramente do primitivo, que era um pouco parecido com o springer atual.
É um exímio caçador, usado originalmente para caça de aves, e é, devido ao seu pequeno porte, capaz de mover-se com desembaraço em terrenos de vegetação mais densa, intransitável para os cães de aponte. Dotado de excelente olfato, descobre a presa e a levanta, mantendo-se
sempre a curta distância do
dono. É alegre, robusto e esportivo. O Cocker Spaniel é bem equilibrado, compacto.
O nariz é largo, os olhos são grandes, escuros e expressam inteligência e doçura. As orelhas, de forma lobular tem inserção baixa, na altura dos olhos, e é coberta com pêlos lisos e sedosos. Sua cauda prolonga a linha dorsal, e tem porte brincalhão. A pelagem do Cocker é lisa, de textura sedosa, nunca dura nem ondulada, com franjas de comprimento suficiente; nunca deve ser muito abundante, nem crespo.
http://www.guiaderacas.com/cockeringles.shtml
As cores admitidas são muitas. Nos unicolores o branco é aceito somente no peito.
A altura de um Cocker é, em média de 40 cm. para os machos e 38,5 cm. para as fêmeas. O peso fica entre os 12 e 14,5 kg.
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Para mostrar o ilógico deste tópico usarei as palavras de George Bernard Shaw. Estando ele um dia com uma actriz famosa pela sua beleza mas reputadamente burra [Editado pela moderação (tlopes)], eis que esta diz " Sr Shaw, imagine que filho sairia da nossa união, com a minha beleza e a sua inteligência", ao que este respondeu com a sua verve habitual..."pois sim, querida amiga, mas imagine que o rapaz saía com a sua inteligencia e a minha beleza...."
Quem não perceber, faço um desenho....
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Acho que ha tantas raças de caes que dificilmente o mais exigente nao vai achar uma que lhe agrade,digo eu.
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Começa aí a esboçar um desenho porque pelo andar da coisa ninguém te percebeuCasadAnaval Escreveu:Para mostrar o ilógico deste tópico usarei as palavras de George Bernard Shaw. Estando ele um dia com uma actriz famosa pela sua beleza mas reputadamente burra [Editado pela moderação (tlopes)], eis que esta diz " Sr Shaw, imagine que filho sairia da nossa união, com a minha beleza e a sua inteligência", ao que este respondeu com a sua verve habitual..."pois sim, querida amiga, mas imagine que o rapaz saía com a sua inteligencia e a minha beleza...."
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CasadAnaval Escreveu:Para mostrar o ilógico deste tópico usarei as palavras de George Bernard Shaw. Estando ele um dia com uma actriz famosa pela sua beleza mas reputadamente burra [Editado pela moderação (tlopes)], eis que esta diz " Sr Shaw, imagine que filho sairia da nossa união, com a minha beleza e a sua inteligência", ao que este respondeu com a sua verve habitual..."pois sim, querida amiga, mas imagine que o rapaz saía com a sua inteligencia e a minha beleza...."
Quem não perceber, faço um desenho....
CasadAnaval muitos parabéns, disse exactamente o que era necessário dizer.
Para bom entendedor meia palavra basta...
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Olá!
E não é que anda mesmo tudo tolo?!?!
Achei piada ver este tópico aqui, porque ainda ontem encontrei um artigo sobre este assunto que me deixou
Este mundo anda mesmo a ficar louco!! Só mesmo nos States é que não há inteligência para mais...
Fonte: http://www.caocidadao.com.br/artigos_caes.php?id=116
E não é que anda mesmo tudo tolo?!?!
Achei piada ver este tópico aqui, porque ainda ontem encontrei um artigo sobre este assunto que me deixou





"Labradoodles" e outras novas raças
Revista Cães & Cia, n. 325, junho de 2006
Alexandre Rossi explica o que são essas "novas raças" e esclarece mitos e verdades relacionados a elas
Na minha última viagem aos Estados Unidos, fiquei impressionado com a quantidade de cães diferentes que passeavam com seus donos e brincavam em parques e praças. Resultantes de cruzamentos entre raças reconhecidas, eram orgulhosamente identificados como Schnoodles (Schnauzer x Poodle), Labradoodles (Labrador x Poodle) e Border Shepherds (Border Collie x Australian Shepherd).
Cruzamentos entre cães de raças diferentes sempre ocorreram, principalmente de modo acidental. Mas, recentemente, promover esses acasalamentos tornou-se atividade normal para alguns criadores, nos Estados Unidos. As misturas ganharam popularidade e muitas vezes são vendidas por preços muito mais altos do que os dos cães de raça pura. Livros sobre o assunto já foram publicados e questões a respeito dessas combinações vêm despertando bastante polêmica entre criadores e amantes dos cães.
Novas raças ou vira-latas caros?
Grande parte das raças existentes surgiram do cruzamento entre cães de raças diferentes, como resultado de um trabalho continuado, por diversas gerações, até ser "fixado" um grupo de características. Só assim se consegue preencher o requisito fundamental que caracteriza as raças: ninhadas semelhantes, umas com as outras, e parecidas com seus pais. Isso não acontece com os descendentes de cães de primeira geração. Eles estão, portanto, mais próximos de vira-latas. Mesmo que sejam caros.
Por que a popularidade nos Estados Unidos?
Apesar de outros fatores também serem importantes, acredita-se que a moda foi a causadora da explosão das "novas" raças nos Estados Unidos. Lá é bacana ter um Labradoodle, por exemplo. E alguns estudos mostram que a moda é o principal fator de aumento da popularidade de uma raça. Além disso, os criadores das misturas caninas anunciam que elas oferecem vantagens como serem hipoalérgicas, terem "vigor híbrido" e características de duas raças num único exemplar.
Cães hipoalérgicos?
Na maior parte das misturas procura-se incluir o Poodle, que ganhou a fama de causar menos alergia nas pessoas do que outras raças caninas. Parece que colabora para isso o fato de ele ter uma só camada de pêlos, já que não tem subpelo, e de não trocar os pêlos com freqüência.
Vigor "híbrido"
É comum e esperado que, em raças mais puras, a variabilidade genética entre indivíduos seja menor do que nas raças menos puras. Mas o afunilamento dos genes pode resultar na manifestação de características indesejadas, como doenças ou síndromes. Se um exemplar campeão ou com particularidades valorizadas for portador de algum gene indesejado, que muitas vezes nem se manifesta nele, poderá espalhá-lo drasticamente, já que esses exemplares costumam ser mais acasalados do que os demais. Os problemas aparecerão depois em seus filhos, netos ou bisnetos. Ainda mais quando houver acasalamento entre eles.
O contrário acontece quando há a mescla de raças diferentes, porque diminuem as chances de algumas doenças aparecerem. É o comumente chamado vigor "híbrido". A primeira geração produzida por pais diferentes possui um maior vigor híbrido, ou seja, um labradoodle filho de um Labrador e de um Poodle possuirá uma maior vigor híbrido do que um cão filho de dois labradoodles. Quanto maior a diferença genética entre as raças misturadas, maior a vantagem. Ou seja, se as raças tiverem parentesco distante, o vigor híbrido será maior do que se elas forem geneticamente muito próximas.
Vira-latas x novas raças
Muitos protetores incondicionais dos vira-latas enxergam nesses cães mestiços de luxo um inimigo em potencial. Questionam por que as pessoas atraídas pela mistura de raças não adotam logo um vira-latas. E apontam a vantagem de os vira-latas serem de graça além de poderem resistir mais a doenças, por causa do vigor híbrido e da seleção natural.
Incentivar adoções e controlar a natalidade canina são iniciativas fundamentais para a redução da quantidade de cães abandonados. Todos queremos que haja cada vez menos cães abandonados para reduzir o sofrimento e os maus-tratos. Tirá-los da rua é, portanto, uma ação maravilhosa, seja qual for a raça ou a cor do cão. Mas, na minha opinião, devemos separar os assuntos e evitar o desperdício de forças em disputas sobre qual tipo de cão as pessoas devem ter -- se de raça, de nova raça ou vira-latas.
Fonte: http://www.caocidadao.com.br/artigos_caes.php?id=116
Olá...deixo aqui um link sobre a origem do fila brasileiro ...pois ví que essa raça foi comentada nesse tópico.
Abraço a todos.
http://www.portaldofila.com.br/scripts/ ... ?link=0001
Abraço a todos.

http://www.portaldofila.com.br/scripts/ ... ?link=0001
Fazendo qualquer pesquisa no google ou até nos descritivos das várias raças aqui na Arca de Noé conseguem obter info sobre como n raças foram apuradas ou criadas ou desenvolvidas ou lá como queiram chamar.
Ou pretendem ver aqui um copy / paste desses resumos históricos relativos a 300 e tal raças?
Cada raça tem uma história, uma antiguidade, um propósito, uma origem...
Para quem se quiser entreter, um breve resumo histórico da minha raça preferida:
In http://casadeanaval.no.sapo.pt/historia.htm
Ou pretendem ver aqui um copy / paste desses resumos históricos relativos a 300 e tal raças?

Cada raça tem uma história, uma antiguidade, um propósito, uma origem...
Para quem se quiser entreter, um breve resumo histórico da minha raça preferida:
Gostaram?A origem do Dogue Alemão é bastante remota, sendo considerada descendente de alguns dos Molossos Romanos utilizados como cães de guerra pelas legiões estacionadas na Germânia e aperfeiçoados após cruzamentos com os cães de guarda germânicos. Esta situação não é de admirar. A maior parte das raças molossóides são consideradas como tal, mesmo, numa nota irónica, que os Romanos nunca tenham estado sequer próximo das zonas onde as raças surgiram, na detenção de cães de guerra.
È de notar que animais semelhantes à versão de trabalho do sec XVIII já se vislumbrassem em baxos relevos de menumentos egipcios datados de 3000 anos antes de Cristo e artefactos encontrados em templos Babilónios. No topo desta página está um baixo relevo assírio de homens conduzindo enormes cães de caça molossóides por trela curta .
Alguns zoólogos acreditam que os cães deste tipo originaram-se no Tibete, resultado de cruzamentos entre os Mastins Tibetanos e os animais do baixo relevo acima. Esta teoria ganhou consistência com a descoberta de escritos chineses de 1121 A.C descrevendo animais semelhantes ao cão de trabalho que originou a raça actual. Com as trocas existentes no mundo antigo é natural que estes cães tenham avançado pela Europa, não graças aos cães de combate romanos mas sim a Fenícios e Gregos.
Muitos sabem que os antepassados do Dogue Alemão antes do seu desenvolvimento para a caça grossa foram cães de guerra, couraçados pelos gauleses. Átila, Rei dos Hunos usou molossos couraçados na batalha de Chalons e Carlos I de Espanha usou mais de 500 cães na guerra contra Francisco I de França.
A queda do império romano precipitou um sem número de cruzamentos com os animais dos povos bárbaros, o que pode ter tido influências nos dogues mas não são a sua origem e já chegados à renascença há referências de sua utilização na caça ao javali e ao urso devido à sua robustez e resistência chamando-se então o cão de caça ao Javali, Boar Hound ou English Dog. Uma matilha de Dogues compreendia entre 12 a 25 animais. O corte de orelha existente na altura era quase total e recorria-se muitas vezes ao corte do rabo. Os cortes de orelhas mais artísticos que conhecemos hoje não são tão práticos e eficazes com o os efectuados nos tempos do cão de trabalho.
Debate-se ainda se o Irish Wolfhound teve um papel relevante no desenvolvimento do Dogue Alemão. O Naturalista Francês, Conde de Buffon que viveu no sec XVIII, alvitrou que o Irish Wolfhound era a antepassado directo do Dogue Alemão, mas o Barão Georges Cuview, encontrou provas fisicas de um cruzamento entre o Mastim Inglês e o Irish Wolfhound.
No entanto foi Buffon que deu à raça o seu nome original. Viajando pela Dinamarca ele viu a enorme variedade de Boar Hound semelhantes aos Greyhound. Sugeriu então que o clima dinamarquês tinha tornado o Greyhound no Grand Danois. Assim, os cães de maior tamanho tornaram-se o Grande Cão Dinamarquês ou Mastim Dinamarquês
A Questão Alemã
Os nobres e grandes proprietários germânicos nos seus retiros verificaram o papel insubstituivel dos cães de grande porte na caça ao veado, ao urso e ao javali. Grandes canis de cães eram mantidos para estes eventos e começaram a ser progressivamente seleccionados animais com menos corpulência ( mas sem comprometer a capacidade de ataque em matilha a peças de grande dimensão) e com pernas mais longas que acompanhariam mais facilmente os caçadores a cavalo.Como tal, grandes investimentos eram feitos em canis e pessoal dedicado.
Foi durante os sec. XVII e XVIII que a criação séria na alemanha foi instituida e diminuiu a importação de outros países, nomeadamente Inglaterra e Irlanda, como era a norma até então.Começaram-se a manter registos e certos cobridores começaram a ter fama. No entanto, o aumento de cães de caça, levou por sua vez a um grande declinio das peças de caça disponíveis e muitos desse canis desapareceram na sua época mais próspera. No entanto os canis que sobreviveram começaram a dividir os cães disponíveis em tipos. No século XVII os cães maiores e mais atractivos eram mantidos em casa dos donos e não nos canis, estes cães eram chamados Kammerhunde ( cães de câmara ou de quarto ), alimentados melhor que os outros e usando trelas de veludo.
No século XIX, época da união dos povos germânicos sob a égide prussiana e de grande fervor patriótico, o cão chamou a atenção de Otto Von Bismarck, que tinha grande admiração pelo Mastim e pelo Grand Danois, que vieram a dar origem ao Dogue Alemão ( Deutsch Doggen) como o conhecemos hoje. O grande estadista alemão contribuiu para o desenvolvimento e divulgação do Deutsche Dogge, (sendo fonte de anedotário, inclusivé o incidente diplomático causado por um dos seus cães quem atira ao chão a primeiro ministro russo Gortschakoff que gesticulou com demasiada insistência durante uma reunião com o chanceler) e este foi apresentado pela primeira vez numa exposição em 1863, em Hamburgo na qual foram estabelecidos os primeiros padrões da raça, tendo durante os primeiros tempos existido uma controversa competição entre duas tendências que defendiam um animal mais robusto, dedicado às ancestrais caçadas de javalis e um cão mais elegante e próximo do animal que temos hoje. Nesta primeira exposição dois defensores mais acalorados das posições antagónicas chegaram a vias de facto tendo-se batido em duelo pelas suas convicções. Foram presentes na mesma exposição 8 ditos cães dinamarqueses e 7 ditos cães de Ulm. Situação efectuada devido às diferentes cores da pelagem características umas do norte e outras do Sul da germânia.
Em exposições que se seguiram em 1869 e 1876 também em Hamburgo manteve-se esta distinção, bem como em Hannover em 1876. No seguimento da exposição de Hanover, um grupo de juizes decide-se a trabalhar para unificar o que mais não era do que a mesma raça e cuja paternidade se corria o risco de perder. Entende-se o fervor patriótico, depois da guerra contra a França, ganha por os prussianos e que esteve directamente associada no apaziguar desta rivalidade contraproducente entre povos germânicos. Assim, em 1880, sob a égide de um obscuro Dr. Bodenius, um encontro em Berlim estabeleceu com criadores e juízes que a raça desenvolvida pelos alemães era diferente dos mais corpulentos mastins ingleses e seria conhecida a partir daí como Deutsche Dogge, ou cão alemão, como nós os conhecemos.
Esta decisão não o foi sem polémica, até hoje os Italianos conhecem-no pelo nome de Alano ( alão ou mastim) enquanto que nos países anglo saxónicos mantem-se a designação Great Dane ou grande dinamarquês, A origem da designação Grand Danois em Portugal. Esta situação é até hoje deplorada pelos alemães que recusam a prova de que efectivamente o Dogue Alemão tenha sangue não germânico na sua origem. O estalão da raça que seguimos hoje no seu essencial, tem a sua origem em 1891, tendo sido publicado pelo Deutsche Doggenclub, que em 1897 publica também o Deustch Doggen Albun com 538 entradas.
Nos Estados Unidos, os primeiros exemplares importados por Francis Butler, nomeadamente, Prince, o primeiro emigrante na America, chegado em 1857 eram de tal forma agressivos que eram impossíveis de lidar. Somente a partir dos anos vinte do sec XX se conseguiu aproximar da imagem de marca de cão gentil que o Dogue Alemão hoje possui, graças a esses mesmos americanos.
Em Portugal o Grand Danois, designação lusa seguida até há pouco tempo devido às muits influências anglo-saxónicas, tem sido sistemáticamente marginalizado fruto de maus cruzamentos e pouco mediatismo, visto a sua posse ser frequentemente associada a uma pequena élite,sendo a sua primeira aparição mediática efectuada em um filme português dos anos 40 O Costa do Castelo. De todos os cães conhecidos, o mais famoso Dogue Alemão é o personagem de animação Scooby Doo. Nos ultimos 10 anos o número de Grand Danois registados no CPC tem sofrido um aumento apreciável, notando-se uma maior preocupação com a raça.

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