nynf Escreveu:
Boa Maline

Eu ainda não vi a reportagem, e sinceramente não me suscita grande curiosidade embora pense que a vá adicionar á minha colecção do "O caminho da histeria colectiva".
A minha opinião é muito semelhante á do Fang, e a verdade é que estas reportagens apenas são completamente entendidas por quem percebe alguma coisa de cães. Para os restantes tudo fica igual ou pior.
A única forma de utilização dos meios de comunicação favoravelmente seria através de um programa Prós e Contras, onde há tempo para explanar a real situação e como as propostas existentes por parte dos Clubes e Associações resultariam e como o Governo e o Ministro andam a gozar com todos.
Mesmo assim, apenas ficariam elucidados aqueles que o vissem.
E não. Estes não são cães para qualquer pessoa. E não são cães iguais aos outros. E agora desculpem-me se vos parecer arrogÂncia, gosto muito de todos os animais e de todos os cães e blablabla...
MAS entendam de uma vez por todas que os cães de trabalho de grande porte tÊm uma inteligência diferente da dos outros cães devido a todo um rol de tarefas que desempenharam ao longo dos seculos e que os fez desenvolver caracteristicas como a dominancia, a teimosia e a capacidade de diferenciar situações (por exemplo). São cães possantes que SABEM que são fortes. Eles não se submetem ao ser humano, colaboram conosco mediante o respeito que lhes iunfudimos. Não são submissos. Não nasceram para estar sózinhos,apreciam e necessitam da companhia do ser humano mais até do que a companhia dos outros da mesma espécie.
Se todos tivessem consciência disso os problemas não existiriam ou seriam minimizados.
Nem mais...é agradável ler e perceber a sua coerência: o problema é que estamos a assistir a duas histerias, aquela que vê o diabo no corpo de qualquer cão de raça considerada potencialmente perigosa, e a que quer demonstrar e defender a todo o custo que são animais que não constituem qualquer problema, que basta muito peace and love e temos um cordeirinho em casa.
Também é verdade que, ainda que se conseguisse um tempo de antena num programa como o Prós e Contras, os portugueses são muito duros de ouvido e entendimento, não por falta de capacidade, mas por falta de vontade. O português é daqueles que gosta de parar na estrada para ver um acidente...se tiver mortos e feridos, melhor. Mas estar atento e interessado em mudar esta nossa triste tendência para o elevado índice de acidentes de viação já é um grande aborrecimento...O mesmo com os cães. Todos se babam por uma noticia bombástica, com sangue e marcas do horror à mistura, mas poucos se interessam em saber exactamente porque é que estes acidentes acontecem.
Eu tive um cordeirinho de 45 kg em casa, ainda por cima encontrado na rua, pela GNR, e adoptado por mim quando tinha já cerca de 4 anos (rottweiler) e o que nos permitiu uma saudável convivência, sem percalços nem dores de cabeça, foi perceber exactamente os momentos em que o cordeirinho queria vestir pele de lobo. Não são cães para qualquer dono, nem para qualquer familia e isso não é insulto para ninguém. Só quando existir um equilibrio e se fugir a este 8 ou 80, poderemos contar com uma outra realidade (boa, por sinal), mas vejo essa realidade como um oásis no deserto. Parabéns pelo seu bom senso, Cristina.