"Tendo a maioria das pessoas a tendência de olhar para a análise analitica de uma ração, para tentar compreender a qualidade desta, e devido a isto ser erróneo em virtude de a análise por si mesma não ser garante de que o que lá vem é totalmente digerivel (devido à variedade de qualidade de ingredientes com a mesma análise), torna-se imperativo olharmos para a composição das rações, de modo a que possamos realmente percecionar o que esta vale em termos nutritivos.
Assim sendo, deixo aqui alguns pontos importantes, para melhor compreendermos o que realmente damos aos nossos canitos:
- Primeiro que tudo, evitar todos os termos genéricos (sub-produtos; óleos de ...., carnes e sub-produtos de ...).Devemos evitar porque todos os termos genéricos abarcam uma gama muito grande de produtos, onde se incluem muitos de qualidade duvidosa. Se os produtos usados forem de qualidade, o fabricante não terá necessidade de descrevê-los genéricamente.
- devido a os ingredientes serem listados por ordem de Importância quantitativa na composição, em primeiro lugar deve vir carne (é preferível ser farinha de carne ou carne desidratada em vez de carne fresca, uma vez que a carne fresca tem mais de 2/3 de água, o que faz com que após o processamento a quantidade real passe para 1/3 do que seria originalmente). Esta Carne deve ser especificada na fórmula (Frango, Peru, Borrego, etc.).
- o mínimo de cereais diferentes, ou se possivel só um, sendo que o arroz (pela sua digestibilidade quantitativa e qualitativa) é a melhor opção, aveia também é bem tolerada, o milho não é mau de todo mas é comum as rações com demasiado milho provocarem gazes.
- Ácidos gordos; fonte animal de preferência (Gordura de frango, óleo de Peixe), ou em alternativa seguinte; fonte vegetal (Óleo de Girassol, de Canola, ou de Milho)
- uma fonte de FOS (Polpa de Beterraba; por ex.)
- MOS (idealmente levedura de cerveja)
Evitar por serem fontes baratas de Proteína (e de má digestibilidade), ou por serem habituais provocadoras de intolerâncias:
- soja
- gluten de milho
- Trigo
- Evitar conservantes químicos - etoxiquina, BHT, BHA." (altamente cancerígenos)
Não conheço o texto original, mas, baseando-me no que foi colocado aqui, discordo com tudo o que foi colocado a bold.
Quando se diz para evitar tudo o que sejam "oleos de...", estaremos também a eliminar os óleos de peixe ou óleos de soja? É que são as priincipais fontes de ácidos gordos... que no mesmo texto afinal se revelam necessários (contradição??)
A história da carne fresca e a sua real proporção na ração após cozedura, pode ser que seja verdade na generalidade das marcas. Mas, em pelo menos uma que já foi aqui citada, a tecnologia actual faz com que se minimize essa evaporação e que, a percentagem indicada corresponda (não digo na totalidade) realmente à contida na ração.
Soja, glúten de milho e trigo, são fontes proteícas vegetais usadas em diversas ração, talvez em todas as referidas aqui. A diferença está na forma como são manipuladas. Hidrolisado de isolado proteíco de soja é extremamente digerível e apresenta um índice proteíco fantástico. Glúten de trigo também é sobejamente conhecido pelas suas propriedades benéficas, entre elas a glutamina.
Como tal, não sei se isto está explícito no texto original, se não está, devia ser tido em conta.
Como foi aqui referido, ração X ou Y é melhor por que tem elevada percentagem de proteína animal. As coisas não se passam assim. Isso era pensamento dos anos 70 ou 80. Actualmente conseguem-se taxas de digestibilidade muito superiores com proteínas vegetais, e a proporção diversificada de proteínas nas rações Super Premium é uma prova disso mesmo. Pensar-se que uma ração é boa pela percentagem de proteína é um erro do passado.
Em relação a rações baratas. Já vi cães com fezes pouco consistentes que comiam rações muito boas e que, subitamente, com marcas menos nobres, tinham óptimos resultados. O inverso também se passa.
Acho que devemos ser racionais e moderados nas nossas escolhas. Procurar uma relação preço/qualidade e tentar ficar feliz com isso. Por que, se oferecemos o melhor aos cães e, depois, andamos a comer entremeada ou fast-food ao almoço, todos os dias, para ter dinheiro para a pagar,... não estamos a ser coerentes e exigentes também com nós próprios, certo?
Antioxidantes e conservantes... que conversa longa daria! Mas na nossa alimentação são mais que muitos! Todos eles regulamentados, até à data. E fontes cancerígenas, temos contacto com elas diariamente, incluíndo os animais.
Por último, se fosse assim tão óbvia a perigosidade de determinados compostos nas rações, não me parece que técnicos superiores andavam a dar o seu aval e a certificar as mesmas. Penso eu de que...
Cumps,