Eu fui buscar o meu Rafa, canito, à UZ tinha ele 4 meses. Fui logo avisado do passado dele, que apesar de ter apenas 4 meses, tinha sido recolhido num vão de escada onde era muito mal tratado por toda a “gente” e que por isso era um cão extremamente medroso de tudo e de todos.
Isso que descreve, passou-se com o meu Rafa, numa escala de extremos mesmo!
Fui a uma escola canina ao pé da minha casa com ele, cujo instrutor é meu conhecido, que me deu uma série de conselhos sobre o que fazer com ele e que me ajudou imenso.
Nunca lhe bater, nem ao de leve, nunca falar muito alto com ele, mas sim ignorá-lo nas asneiras e compensá-lo, com festas e/ou biscoitos, nas coisas boas. Nunca o forçar a nada! Nunca o obrigar a estar na presença de estranhos: ele quando quisesse é que vinha ver mais de perto… Basicamente foi isto!
Disse-me para o passear regularmente em sítios com bastantes pessoas, que eu fiz e ainda faço. Na escola era obrigado a conviver, para além de com outras pessoas, também com outros cães o que fez também com que sociabilizasse com outros cães.
E… acima de tudo uma dose enorme de paciência com ele.
Tem agora 2 anos e está um cão muito confiante! Para além de obediente, o medo que sentia na presença de estranhos, passou… Não totalmente, às vezes fica um pouco desconfiado, mas assim que vê que não há qualquer perigo, lá vem ele receber as festas. Outras vezes refugia-se nas minhas pernas à espera que o “perigo” passe. Mas deixou, de todo, de ter aqueles ataques de pânico que tinha ao início…
Aconselhe-se e já sabe… paciência! Muita paciência.
O que acho estranho é que o seu cão veio de um criador… supostamente não devia ter estes traumas… Pode ser uma questão de feitio, mas acho estranho!
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