Maus tratos não é só nas puppy mills
Moderador: mcerqueira
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Quanto aos riscos, terá que ser o criador a decidir, se necessário fica com toda a ninhada, para ver como evoluem os cães.texuga Escreveu:A mim não ofendeu.
Mas estamos a falar de Criadores ou de criadeiros?? É que parece-me haver aí uma enorme confusão entre ambos...![]()
O inbreeding não pode nem deve ser só olhado como "potenciador de doenças", mas sim como "potenciador de qualidades", seguindo exactamente a mesma teoria
<p>Cumprimentos, </p>
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Mais uma vez se está a comparar Criação com criadeirice...
http://www.apterrariofilia.org<a href="http://www.amphibio.org/apterrariofilia" target="_blank"> </a>
HeheheHouve um caso inclusivé sobre a raça Leão da Rodésia, que tem uma marca característica no dorso, o problema é que essa marca está associada a um grave defeito na coluna, que provoca dores no cão.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
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Pois é dino , hehehe
.

quanto à relação entre a espinha bifida e a crista nos exemplares desta raça, já tinha lido qualquer coisa sobre isso mas confesso que na altura n prestei grande atenção...
mas encontrei isto:
"Health Problems
The number one major health concern for the Rhodesian Ridgeback is dermoid sinus, with a minor concern as hip dysplasia. Dermoid Sinus in the Rhodesian Ridgeback is also called dermoid cyst, hair cyst, and African cyst. The Dermoid Sinus is similar to Spina Bifida in humans, and is a congenital condition that is present at birth, located on the midline of the neck, back, and tail along the spinal column. The abscess will form and resulting swelling will rupture the puppy's skin, which is not only painful but can be life threatening.
Puppies who have this disease are usually put to sleep, or if surgery is performed before they go to their new homes, they will be sold as pet stock only, not allowed to be sold as breeding material. The Dermoid sinuses are not similar in their makeup, which sometimes makes them impossible to find and remove, or see how far into the spine area they may go. Puppies who are not able to be fixed with surgery, need to be put to sleep."
mas encontrei isto:
"Health Problems
The number one major health concern for the Rhodesian Ridgeback is dermoid sinus, with a minor concern as hip dysplasia. Dermoid Sinus in the Rhodesian Ridgeback is also called dermoid cyst, hair cyst, and African cyst. The Dermoid Sinus is similar to Spina Bifida in humans, and is a congenital condition that is present at birth, located on the midline of the neck, back, and tail along the spinal column. The abscess will form and resulting swelling will rupture the puppy's skin, which is not only painful but can be life threatening.
Puppies who have this disease are usually put to sleep, or if surgery is performed before they go to their new homes, they will be sold as pet stock only, not allowed to be sold as breeding material. The Dermoid sinuses are not similar in their makeup, which sometimes makes them impossible to find and remove, or see how far into the spine area they may go. Puppies who are not able to be fixed with surgery, need to be put to sleep."
Pois.
Mas há outras raças que não têm o "ridgeback" e que também são afectadas por essa condição genética...
E existem cachorros Rhodesian que não apresentam a crista e têm esse problema.
Mas há outras raças que não têm o "ridgeback" e que também são afectadas por essa condição genética...
E existem cachorros Rhodesian que não apresentam a crista e têm esse problema.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
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Exacto, não há qualquer ligação entre a direcção do pêlo e a doençadinodane Escreveu:Pois.
Mas h� outras ra�as que n�o t�m o "ridgeback" e que tamb�m s�o afectadas por essa condi��o gen�tica...
E existem cachorros Rhodesian que n�o apresentam a crista e t�m esse problema.

http://www.apterrariofilia.org<a href="http://www.amphibio.org/apterrariofilia" target="_blank"> </a>
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Até pode ser "normal" os criadores abaterem animais fora do estalão à nascença. Mas não quer dizer que estejam a fazer bem!!! Podia haver alguém que os quisesse por não ser para exposições ou simplesmente porque não ligar a essas coisas. Eu cá não me importava nada de ter um boxer branco (a não ser que ele/a tivesse problemas de saúde que implicassem grande sofrimento e/ou cujos tratamentos eu não pudesse suportar claro).
Obviamente o cruzamento de exemplares da mesma família (e quanto mais próxima pior) não é sinónimo de doenças genéticas, mas tal como jos8 referiu aumenta muito a probabilidade. Bem, talvez se tiverem sido feitos testes de genética e se verificar que nenhum dos progenitores tem o alelo (=gene) mutante (e por mutante entendamos que codifica a doença, e por isso não normal), aí, não sei, mas diria que não fará muito mal cruzar, por exemplo, pais e filhos.
Mas se não tiverem sido feitos testes o melhor é não arriscar.
Em primeiro lugar que fique claro que um animal com o gene mutante pode não ser doente. Estudei humanos, moscas, flores, ratos e cães (embora muito pouco) que têm todos cromossomas aos pares, se bem me lembro. Cada característica nossa visível (fenótipo) é codificada em determinados pares de cromossomas, num determinado lugar (locus). E como os cromossomas são aos pares eu posso ter num par dois genes diferentes para cada tipo de gene. Vou explicar da seguinte forma: se o meu pai tiver olhos castanhos e a minha mãe azuis, eu, algures nos cromossomas onde estará o locus dos genes que definem a cor dos olhos, poderei ter num o gene para olhos castanhos, e no seu par, o gene para olhos azuis. Outros conceitos importantes: dominância e recessividade. Vou continuar com o exemplo que estava a dar. Vou designar o gene dos olhos castanhos como C, e o dos olhos azuis com a. Como a cor de olhos castanha é mais comum, o seu gene será dominante. Assim, para ter olhos castanhos posso ter os seguintes genótipos: CC ou Ca (o dominante é sempre em maiúsculas e vem sempre primeiro). No entanto como o gene de olhos azuis é recessivo, para ter olhos azuis o meu genótipo terá de ser aa. Penso assim explicar o porquê de o animal poder ter o gene mutante e não apresentar a doença. Genótipo e fenótipo são coisas diferentes.
Vamos pensar numa característica (qualquer uma) cujo gene saudável designaremos por N, e cuja versão anómala desse gene (responsável pela doença) designaremos por n. Se o progenitor for Nn e a progenitora também temos: Nn x Nn o que dá: 25% de hipóteses da cria não ter o gene anómalo, 25% de hipóteses da cria ter a doença e 50% de hipóteses da cria ter o gene e não a doença. Ora a consanguinidade leva ao aumento das hipóteses de as crias "receberem" dos pais dois genes recessivos, logo de ter a doença. Por isso é ou pode ser perigoso cruzamentos na mesma família. Inclusivamente nos humanos muitas doenças resistiram devido à consanguinidade (por curiosidade: a hemofilia é um problema da família real inglesa que resistiu muito graças à consanguinidade que havia antigamente, pois assim era muito provável os membros serem possuidores do gene anómalo)
Acho que não sei explicar melhor que isto, para já. Se houver dúvidas - até porque não me costumo fazer entender muito bem - e eu souber, vou tentar responder. Se não depois deixo uma bibliografia que pode ser lida por qualquer um.
Um abraço.
Obviamente o cruzamento de exemplares da mesma família (e quanto mais próxima pior) não é sinónimo de doenças genéticas, mas tal como jos8 referiu aumenta muito a probabilidade. Bem, talvez se tiverem sido feitos testes de genética e se verificar que nenhum dos progenitores tem o alelo (=gene) mutante (e por mutante entendamos que codifica a doença, e por isso não normal), aí, não sei, mas diria que não fará muito mal cruzar, por exemplo, pais e filhos.
Mas se não tiverem sido feitos testes o melhor é não arriscar.
Em primeiro lugar que fique claro que um animal com o gene mutante pode não ser doente. Estudei humanos, moscas, flores, ratos e cães (embora muito pouco) que têm todos cromossomas aos pares, se bem me lembro. Cada característica nossa visível (fenótipo) é codificada em determinados pares de cromossomas, num determinado lugar (locus). E como os cromossomas são aos pares eu posso ter num par dois genes diferentes para cada tipo de gene. Vou explicar da seguinte forma: se o meu pai tiver olhos castanhos e a minha mãe azuis, eu, algures nos cromossomas onde estará o locus dos genes que definem a cor dos olhos, poderei ter num o gene para olhos castanhos, e no seu par, o gene para olhos azuis. Outros conceitos importantes: dominância e recessividade. Vou continuar com o exemplo que estava a dar. Vou designar o gene dos olhos castanhos como C, e o dos olhos azuis com a. Como a cor de olhos castanha é mais comum, o seu gene será dominante. Assim, para ter olhos castanhos posso ter os seguintes genótipos: CC ou Ca (o dominante é sempre em maiúsculas e vem sempre primeiro). No entanto como o gene de olhos azuis é recessivo, para ter olhos azuis o meu genótipo terá de ser aa. Penso assim explicar o porquê de o animal poder ter o gene mutante e não apresentar a doença. Genótipo e fenótipo são coisas diferentes.
Vamos pensar numa característica (qualquer uma) cujo gene saudável designaremos por N, e cuja versão anómala desse gene (responsável pela doença) designaremos por n. Se o progenitor for Nn e a progenitora também temos: Nn x Nn o que dá: 25% de hipóteses da cria não ter o gene anómalo, 25% de hipóteses da cria ter a doença e 50% de hipóteses da cria ter o gene e não a doença. Ora a consanguinidade leva ao aumento das hipóteses de as crias "receberem" dos pais dois genes recessivos, logo de ter a doença. Por isso é ou pode ser perigoso cruzamentos na mesma família. Inclusivamente nos humanos muitas doenças resistiram devido à consanguinidade (por curiosidade: a hemofilia é um problema da família real inglesa que resistiu muito graças à consanguinidade que havia antigamente, pois assim era muito provável os membros serem possuidores do gene anómalo)
Acho que não sei explicar melhor que isto, para já. Se houver dúvidas - até porque não me costumo fazer entender muito bem - e eu souber, vou tentar responder. Se não depois deixo uma bibliografia que pode ser lida por qualquer um.
Um abraço.
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Potenciar qualidades pode ser uma boa razão para o inbreeding, mas na minha opinião mais puramente leiga, opção melhor seria cruzar exemplares de linhagens diferentes que ambos manifestem excelência nas características pretendidas.
P.S. Bem, inbreeding é o que toda a gente faz a qualquer hora, que isto no fundo, no fundo, mas bem lá fundo, tipo há não sei quantos mil milhões de anos, somos todos família.
Felicidades a todos.
P.S. Bem, inbreeding é o que toda a gente faz a qualquer hora, que isto no fundo, no fundo, mas bem lá fundo, tipo há não sei quantos mil milhões de anos, somos todos família.




Felicidades a todos.
Nascemos de um sonho, vivemos num sonho e morremos quando o sonho acaba.
Correcção, a hemofilia grassava em toda a realeza europeia, não só na britânica e era comum devido às alianças e casamentos entre famílias reais de diversos países. Todas as famílias reais europeais herdaram o gene da hemofilia, incluindo a Portuguesa. Crê-se que tenha sido passado às casas reais através dos filhos da rainha Vitória de Inglaterra. Não houve qualquer consanguinidade na família real britânica.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
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texuga Escreveu: multiplicar cadelas surdas e brancas...

Ok, confesso que não li tudo antes de me meter a mandar bitaites e perdi uma excelente oportunidade de estar calada quando disse que não me importava de ter um boxer branco. Não sabia que isso implicava doenças, mas perdoem-me. Afinal estamos sempre a aprender. Lá está, importar não me importava na mesma, mas é a questão de que texuga falou, de que não se deve permitir a reprodução destes animais e continuação de doenças. Mas lá está outra vez. Estes cães podem não nascer, aliás isso é o mais provável, de progenitores que tenham a doença. Assim sendo estas situações (progenitores saudáveis, crias doentes)
1: Elas provam que é possivel ter o gene sem ter a doença;
2. Elas provam que o gene responsável pela doença é recessivo, assim;
3. Elas provam que ambos os progenitores tinham de ter o gene anómalo;
Então, cruzar os cães desta ninhada - mesmo que não sejam doentes - aumenta a probabilidade de nascerem filhotes doentes!!!
Quanto ao abate, o animal não tem culpa de ter nascido assim, e se alguém puder/quiser ficar com ele acho óptimo, tem é que ser assegurado que esse animal não se pode reproduzir.
P.S. A surdez surge sempre nos casos dos boxers serem brancos? E nunca surge quando não são? Se for assim é um daqueles casos em que a anomalia surge associada a outra caract. e são bem mais difíceis de perceber/explicar. Não me lembro se os estudei, mas se o fiz não me lembro. Vou tentar procurar algo sobre isso.
Um abraço.
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Bem eu não estava lá para ver, mas o meu livro de Biologia 12º assegura que por lá houve consanguinidade. A Associação Portuguesa dos Hemofílicos também refere isso (Vitória casou com um primo). Porém o facto de que a hemofilia apareceu nas famílias reais por causa da consanguinidade não ficou provado. E sim de facto toda a realeza tinha problemas de hemofilia, mas não nos esqueçamos que a certa altura do campeonato, mesmo de países diferentes a realeza podia ter parentesco (é que não estamos só a falar de pais/filhos/irmão/primos...mas também de família bem afastada). E depois é óbvio que não eram os únicos a ter os genes (a realeza britânica), mas se com grande probabilidade tinham o gene, mais probabilidade de o passarem e de ao casaram com alguém que também o tivesse ter filhos doentes. Mas já começa a parecer que os estou a acusar e não é nada disso. Vitória culpabilizou-se por muito tempo, mas a meu ver sem razões.
1. Algo que na altura não se sabia/compreendia
2. Não foi de propósito por isso...
Por acaso genética é um campo que adoro e que tenho pena de não ter seguido...
Abraço
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- Registado: quinta dez 18, 2008 9:51 pm
- Localização: Gatos; cães e caturras
Geralmente (nem sempre) a cor branca é associada a surdez nos animais, falo no caso particular dos gatos brancos em que alguns por serem brancos são surdos, mas nem todos, tenho um gato branco que não é surdo.
No caso dos cães não sei se é a mesma coisa.
No caso dos cães não sei se é a mesma coisa.
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- Registado: segunda jun 16, 2008 8:37 am
- Localização: Pinscher miniatura, hamster siberiano
Estou a gostar muito da conversa, mas acima de tudo o k devia ser aki referido é k ninguém tem o direito de abater os animais à nascença só por não terem as características pretendidas ou alguma anomalia.. São pura e simplesmente seres vivos.. Também ninguém vai matar um ser humano à nascença só porque tem uma deficiência ou uma doença... Se os criadores ou criadeiros não kerem ficar com esses exemplares k nasceram têm mais é k os dar a alguém k os keira.. Porque muitas vezes cães rafeiros são muito mais inteligentes k os de raça e muitas pessoas procuram nos cães um amigo e companheiro e não uma forma de fazer dinheiro. Há gostos para tudo e NINGUÉM TEM O DIREITO DE MATAR ANIMAIS!