E porque as minhas perguntas ficaram no ar e eu acho que este assunto é bastante importante fui pesquisar e acreditem é fácil encontrar algo relacionado com os dadores, mas muito dificil falarem sobre receptores.
No campo da informação acho que os brasileiros estão muito à frente!
E se um dia o seu cão precisa de sangue para sobreviver??????
Como já tinha referido, o grupo sanguíneo dos cães é diferente do nosso e a sua tipologia não é tão simples de se achar, ao ponto de, se tiver que recorrer à segunda transfusão, o paciente acabar por morrer por não dar tempo de achar o seu grupo sanguíneo.
Ora leiam com atenção:
"Receber o sangue através de uma transfusão acontece quase sempre em caso de vida ou morte. "A transfusão é geralmente o último recurso para salvar o animal", explica o médico veterinário Rômulo Caldas Braga, que coordenou durante cinco anos os serviços de transfusão do CAD (Centro de Apoio Diagnóstico Veterinário) do Rio de Janeiro e hoje oferece consultoria sobre o assunto a outras clínicas. "Como receber sangue pela segunda vez traz grande risco de reação e, portanto, de vida ao animal, adia-se ao máximo a primeira transfusão".
A tipagem sangüínea dos cães é muito mais difícil de ser estabelecida que a dos humanos. Mas, mesmo assim, o risco de uma reação provocada por incompatibilidade é muito pequeno numa primeira transfusão. "Somente 15% da população total de cães apresenta aglutininas para reagir numa primeira transfusão, o que dá uma margem de segurança relativamente grande", conta Montoni, da Provet. Sendo assim, o cão pode receber o sangue de qualquer doador - saudável, claro -, desde que nunca tenha passado pela experiência.
Para garantir o sucesso da operação, o médico pode fazer um teste de compatibilidade, misturando amostras do doador e do receptor para esperar uma reação como a coagulação. "Muitas vezes o teste de reação não é feito porque o animal já está muito debilitado e não pode esperar o resultado", completa a médica Moretti. Quando o teste não é feito, a transfusão é iniciada de forma bem lenta, observando o comportamento do animal. O processo pode levar horas e não é, sozinho, sinônimo de cura. "Não se deve se enganar pela melhora repentina após a transfusão, pois esse estado pode ser provisório se a causa do problema e suas conseqüências não forem tratadas", afirma o médico Montoni, do Rio de Janeiro. "
O ideal é sabermos o grupo sanguíneo do nosso cão, no caso de emergência. O que não é fácil nem barato!
E volto a colocar a mesma pergunta: Quando um cão se torna doador é identificada a tipologia? Todo o sangue recolhido é identificado? Ou serão estas recolhas usadas apenas na primeira transfusão de emergência?
Não estou a criticar os bancos de sangue, muito pelo contrário. De certeza que irei com o meu cão para que este possa doar o seu sangue, podendo assim salvar a vida a outro cão! Mas continuo cheia de dúvidas
Miau