Ora bem, aqui está. Pena que o resto do pessoal também não se aperceba que está a levar com lavagem cerebraljoanaduarte Escreveu: Portanto esterilizamo-los para os proteger?? ou porque somos bombardeados com a noção de que se não o fizermos não somos donos responsaveis?
Esterilização: Concorda ou Discorda
Moderador: mcerqueira
"Se não houvesse tótós para enganar não havia tótós enganados, mas o facto é que há tótós que merecem ser enganados" (Eu)
Para si não. Para a lei estão todas no mesmo saco - são operações de conveniência (basta ler o Decreto 13/93). Só que em alguns países fecha-se os olhos a umas e condenam-se as outras... Enfim, hipocrisiasIHaveADream Escreveu:De resto, esterilizações, para mim, não cabem de todo no mesmo saco que cortes de cauda e orelhas.
"Se não houvesse tótós para enganar não havia tótós enganados, mas o facto é que há tótós que merecem ser enganados" (Eu)
Para os mais distraidos:
Lá está, está tudo no mesmo saco, e os paises nórdicos já não autorizam qualquer excepção ...Artigo 10º
Intervenções cirúrgicas
1- As intervenções cirúrgicas destinadas a modificar a aparência de um animal de companhia ou para outros fins não curativos devem ser proibidas e, em especial:
(...)
2 - Apenas podem ser autorizadas excepções a estas proibições:
a) (...)
b) para impedir a reprodução
"Se não houvesse tótós para enganar não havia tótós enganados, mas o facto é que há tótós que merecem ser enganados" (Eu)
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filipa02
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Pois pois pois, mas nós não somos inteligentes e evoluídos como os países nórdicos.
Somos uma cambada de matarruanos ignorantes que ainda acham engraçado ver cachorros e gatinhos a nascer...só para ter essa experiência maravilhosa...para a minha filha de 2 anos poder ver...é tão giro...
ainda temos os cães amarrados ao bidon, porque afinal a função dele é ladrar quando o carteiro chega...ele é feliz, não apanha chuva e eu dou-lhe uns valentes ossos para roer...
ainda temos canis municipais reflexo da nossa matarruanice...também onde os cães vivem em contentores do lixo, amarrados às correntes, porque é esse o exemplo que se deve dar a quem lá vai buscar um animal...são essas as boas práticas que temos para mostrar...iguaizinhas às dos países nórdicos.
Por isso, como a nossa realidade e as nossas gentes são tão parecidas com as dos países nórdicos, proibir a esterilização era sem dúvida a solução para os nossos problemas.
Com tantos licenciados psicólogos e sociólogos no desemprego, a solução passaria pelo Governo formar Comissões de Apoio aos Animais Excedentes e Vítimas de Abandono, cuja missão seria fazerem testes psicotécnicos rigorosos, entrevistas, estudos, para garantirem que as adopções seriam um sucesso e que aqueles cães não iriam reproduzir-se para todo o sempre.
Eu entendo o ponto de vista da Fjjord, mas à luz da nossa realidade, é uma utopia. Um conto de fadas, daqueles que eu conto à minha filha de 3 anos.
Não consigo perceber como é que se a esterilização fosse obrigatória (com leis aplicáveis, exequíveis e coimas pesadas) para todos os machos e fémeas, com as excepções já aqui referidas, não conseguiriamos atenuar drasticamente a densidade populacional dos cães e gatos.
Só se eles caiem das árvores e eu nunca me apercebi da tal fenómeno.
Somos uma cambada de matarruanos ignorantes que ainda acham engraçado ver cachorros e gatinhos a nascer...só para ter essa experiência maravilhosa...para a minha filha de 2 anos poder ver...é tão giro...
ainda temos os cães amarrados ao bidon, porque afinal a função dele é ladrar quando o carteiro chega...ele é feliz, não apanha chuva e eu dou-lhe uns valentes ossos para roer...
ainda temos canis municipais reflexo da nossa matarruanice...também onde os cães vivem em contentores do lixo, amarrados às correntes, porque é esse o exemplo que se deve dar a quem lá vai buscar um animal...são essas as boas práticas que temos para mostrar...iguaizinhas às dos países nórdicos.
Por isso, como a nossa realidade e as nossas gentes são tão parecidas com as dos países nórdicos, proibir a esterilização era sem dúvida a solução para os nossos problemas.
Com tantos licenciados psicólogos e sociólogos no desemprego, a solução passaria pelo Governo formar Comissões de Apoio aos Animais Excedentes e Vítimas de Abandono, cuja missão seria fazerem testes psicotécnicos rigorosos, entrevistas, estudos, para garantirem que as adopções seriam um sucesso e que aqueles cães não iriam reproduzir-se para todo o sempre.
Eu entendo o ponto de vista da Fjjord, mas à luz da nossa realidade, é uma utopia. Um conto de fadas, daqueles que eu conto à minha filha de 3 anos.
Não consigo perceber como é que se a esterilização fosse obrigatória (com leis aplicáveis, exequíveis e coimas pesadas) para todos os machos e fémeas, com as excepções já aqui referidas, não conseguiriamos atenuar drasticamente a densidade populacional dos cães e gatos.
Só se eles caiem das árvores e eu nunca me apercebi da tal fenómeno.
Percebo os argumentos da filipa02 e também acho que a esterilização poderia contribuir para a diminuiçao do problema dos cães vadios.Não consigo perceber como é que se a esterilização fosse obrigatória (com leis aplicáveis, exequíveis e coimas pesadas) para todos os machos e fémeas, com as excepções já aqui referidas, não conseguiriamos atenuar drasticamente a densidade populacional dos cães e gatos.
Mas estou em completo desacordo com o que diz na citação acima:
- primeiro, porque não me considero "matarruano" e não estou para que o estado me venha fazer pagar pela "matarruanice" dos outros, que por certo os haverá...
- depois porque vai contra os meus princípios admitir que o estado me venha impôr normas sobre o que fazer ou não fazer com algo que é da minha propriedade e pelo qual sou responsável;
- finalmente porque penso que haverá outras formas de, a montante, minimizar o problema do abandono dos cães. Coimas pelo abandono, sim senhor, porque punem um acto desprezível. Coimas por eu resolver fazer uma ninhada, não muito obrigado. Mas admito que algum político desta cambada que nos governa acabe também por implementar essa peregrina ideia, nem que seja só para ficar na fotografia e não tenha depois execução prática.
Este tópico está muito interessante.
Votei sim porque, por princípio, não sou contra esterilizações nem cortes de orelhas ou caudas (obrigada, Fjjord, pelo esclarecimento sobre a não mudança da lei portuguesa no que ao corte de caudas diz respeito). Os meus cães estão inteiros porque esse facto, até agora, não interferiu na sua saúde ou comportamento mas se algo mudar e eu achar que é melhor fá-lo-ei, seja pela saúde deles ou por comodismo meu.
Sobre as “lavagens cerebrais”, não é nada uma questão simples. Também acho que os exemplos dos outros países não podem ser copiados apenas porque sim. E, se os países nórdicos já estão “a voltar atrás”, não será porque já passaram por uma fase de grande restrição à reprodução dos cães?
Parece-me que, face à atitude despreocupada que tantas pessoas demonstram perante as ninhadas acidentais e à falta de donos para tantos cães, que se vive neste momento em Portugal, incentivar as pessoas a esterilizar os cães sem dono e de companhia só pode ser uma medida positiva.
Votei sim porque, por princípio, não sou contra esterilizações nem cortes de orelhas ou caudas (obrigada, Fjjord, pelo esclarecimento sobre a não mudança da lei portuguesa no que ao corte de caudas diz respeito). Os meus cães estão inteiros porque esse facto, até agora, não interferiu na sua saúde ou comportamento mas se algo mudar e eu achar que é melhor fá-lo-ei, seja pela saúde deles ou por comodismo meu.
Sobre as “lavagens cerebrais”, não é nada uma questão simples. Também acho que os exemplos dos outros países não podem ser copiados apenas porque sim. E, se os países nórdicos já estão “a voltar atrás”, não será porque já passaram por uma fase de grande restrição à reprodução dos cães?
Parece-me que, face à atitude despreocupada que tantas pessoas demonstram perante as ninhadas acidentais e à falta de donos para tantos cães, que se vive neste momento em Portugal, incentivar as pessoas a esterilizar os cães sem dono e de companhia só pode ser uma medida positiva.
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IHaveADream
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DL n.º 276/2001, de 17 de Outubro
APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO EUROPEIA P/PROTECÇÃO ANIMAIS COMPANHIA
- 4ª versão - a mais recente (DL n.º 255/2009, de 24/09)
Artigo 17.º
Intervenções cirúrgicas
As intervenções cirúrgicas, nomeadamente as destinadas ao corte de caudas nos canídeos, têm de ser executadas por um médico veterinário.
Artigo 18.º
Amputações
1 - Os detentores de animais de companhia que os apresentem com quaisquer amputações que modifiquem a aparência dos animais ou com fins não curativos devem possuir documento comprovativo, passado pelo médico veterinário que a elas procedeu, da necessidade dessa amputação, nomeadamente discriminando que as mesmas foram feitas por razões médico-veterinárias ou no interesse particular do animal ou para impedir a reprodução.
2 - O documento referido no número anterior deve ter a forma de um atestado, do qual conste a identificação do médico veterinário, o número da cédula profissional e a sua assinatura.
3 - Os detentores de animais importados que apresentem quaisquer das amputações referidas no n.º 1 devem possuir documento comprovativo da necessidade dessa amputação, passada pelo médico veterinário que a ela procedeu, legalizado pela autoridade competente do respectivo país.
Artigo 21.º
Controlo da reprodução pelas câmaras municipais
As câmaras municipais podem, sempre que necessário e sob a responsabilidade do médico veterinário municipal, incentivar e promover o controlo da reprodução de animais de companhia, nomeadamente de cães e gatos vadios ou errantes, o qual deve ser efectuado por métodos contraceptivos que garantam o mínimo sofrimento dos animais.
Artigo 68.º
Contra-ordenações
1 - Constituem contra-ordenações puníveis pelo director-geral de Veterinária com coima cujo montante mínimo é de (euro) 25 e o máximo de (euro) 3740:
(…)
e) As intervenções cirúrgicas e as amputações destinadas a modificar a aparência de um animal de companhia, excepto as previstas nos artigos 17.º e 18.º;
(…)
***
Parece-me que a lei portuguesa proíbe amputações, a não ser por razões médico-veterinárias ou no interesse do animal (não sei porque havia de convir a um cão ter a cauda ou as orelhas cortadas, mas certamente vão elucidar-me) ou para impedir a reprodução.
Por outro lado, o controlo de reprodução de animais de companhia pode, em caso de necessidade, ser incentivado e promovido pelo Estado, através das autarquias.
Com o número de animais errantes e abandonados que temos, e o falhanço do abate como solução para o problema (nem vou debruçar-me sobre outras questões, mas é um facto que não resolve o problema), parece-me que estamos «em caso de necessidade».
APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO EUROPEIA P/PROTECÇÃO ANIMAIS COMPANHIA
- 4ª versão - a mais recente (DL n.º 255/2009, de 24/09)
Artigo 17.º
Intervenções cirúrgicas
As intervenções cirúrgicas, nomeadamente as destinadas ao corte de caudas nos canídeos, têm de ser executadas por um médico veterinário.
Artigo 18.º
Amputações
1 - Os detentores de animais de companhia que os apresentem com quaisquer amputações que modifiquem a aparência dos animais ou com fins não curativos devem possuir documento comprovativo, passado pelo médico veterinário que a elas procedeu, da necessidade dessa amputação, nomeadamente discriminando que as mesmas foram feitas por razões médico-veterinárias ou no interesse particular do animal ou para impedir a reprodução.
2 - O documento referido no número anterior deve ter a forma de um atestado, do qual conste a identificação do médico veterinário, o número da cédula profissional e a sua assinatura.
3 - Os detentores de animais importados que apresentem quaisquer das amputações referidas no n.º 1 devem possuir documento comprovativo da necessidade dessa amputação, passada pelo médico veterinário que a ela procedeu, legalizado pela autoridade competente do respectivo país.
Artigo 21.º
Controlo da reprodução pelas câmaras municipais
As câmaras municipais podem, sempre que necessário e sob a responsabilidade do médico veterinário municipal, incentivar e promover o controlo da reprodução de animais de companhia, nomeadamente de cães e gatos vadios ou errantes, o qual deve ser efectuado por métodos contraceptivos que garantam o mínimo sofrimento dos animais.
Artigo 68.º
Contra-ordenações
1 - Constituem contra-ordenações puníveis pelo director-geral de Veterinária com coima cujo montante mínimo é de (euro) 25 e o máximo de (euro) 3740:
(…)
e) As intervenções cirúrgicas e as amputações destinadas a modificar a aparência de um animal de companhia, excepto as previstas nos artigos 17.º e 18.º;
(…)
***
Parece-me que a lei portuguesa proíbe amputações, a não ser por razões médico-veterinárias ou no interesse do animal (não sei porque havia de convir a um cão ter a cauda ou as orelhas cortadas, mas certamente vão elucidar-me) ou para impedir a reprodução.
Por outro lado, o controlo de reprodução de animais de companhia pode, em caso de necessidade, ser incentivado e promovido pelo Estado, através das autarquias.
Com o número de animais errantes e abandonados que temos, e o falhanço do abate como solução para o problema (nem vou debruçar-me sobre outras questões, mas é um facto que não resolve o problema), parece-me que estamos «em caso de necessidade».
A lei portuguesa não proíbe a amputação de caudas porque o nosso país não ratificou a alínea da convenção que o proíbe, conforme tem vindo a ser repetido neste fórum em tópicos anteriores, sempre que a dúvida surge.IHaveADream Escreveu: Parece-me que a lei portuguesa proíbe amputações, a não ser por razões médico-veterinárias ou no interesse do animal (não sei porque havia de convir a um cão ter a cauda ou as orelhas cortadas, mas certamente vão elucidar-me) ou para impedir a reprodução.
Por outro lado, o controlo de reprodução de animais de companhia pode, em caso de necessidade, ser incentivado e promovido pelo Estado, através das autarquias.
Em relação à conveniência de amputar a cauda, e ironia aparte, a mesma destina-se a impedir o animal de se ferir seriamente na cauda quando o mesmo é utilizado em trabalho, na caça, por exemplo.
O utilizador JCsousa levantou aqui uma questão que a mim também me toca, que é o legislador obrigar os donos a esterilizar os animais. Não há volta a dar, mete no mesmo saco os donos responsáveis e os irresponsáveis. Dá que pensar, sim. A mim, pelo menos, está a fazer-me olhar as coisas por outro prisma.
Lá está, está tudo no mesmo saco, viu?IHaveADream Escreveu:1 - Os detentores de animais de companhia que os apresentem com quaisquer amputações que modifiquem a aparência dos animais ou com fins não curativos devem possuir documento comprovativo, passado pelo médico veterinário que a elas procedeu, da necessidade dessa amputação, nomeadamente discriminando que as mesmas foram feitas por razões médico-veterinárias ou no interesse particular do animal ou para impedir a reprodução.
Bom, eu acho que animais vadios ou errantes não estão ao mesmo nível de cães com donoIHaveADream Escreveu: Artigo 21.º
Controlo da reprodução pelas câmaras municipais
As câmaras municipais podem, sempre que necessário e sob a responsabilidade do médico veterinário municipal, incentivar e promover o controlo da reprodução de animais de companhia, nomeadamente de cães e gatos vadios ou errantes, o qual deve ser efectuado por métodos contraceptivos que garantam o mínimo sofrimento dos animais.
"Se não houvesse tótós para enganar não havia tótós enganados, mas o facto é que há tótós que merecem ser enganados" (Eu)
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filipa02
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- O Zeca pode não ser matarruano, eu tb não me considero matarruana e felizmente há muita gente que não o é... mas muita gente é, seguramente, e isso vê-se diariamente debaixo do nosso nariz, por onde quer que andemos, não precisamos de morar numa aldeia distante do interior no país;zeca2 Escreveu:Percebo os argumentos da filipa02 e também acho que a esterilização poderia contribuir para a diminuiçao do problema dos cães vadios.Não consigo perceber como é que se a esterilização fosse obrigatória (com leis aplicáveis, exequíveis e coimas pesadas) para todos os machos e fémeas, com as excepções já aqui referidas, não conseguiriamos atenuar drasticamente a densidade populacional dos cães e gatos.
Mas estou em completo desacordo com o que diz na citação acima:
- primeiro, porque não me considero "matarruano" e não estou para que o estado me venha fazer pagar pela "matarruanice" dos outros, que por certo os haverá...
- depois porque vai contra os meus princípios admitir que o estado me venha impôr normas sobre o que fazer ou não fazer com algo que é da minha propriedade e pelo qual sou responsável;
- finalmente porque penso que haverá outras formas de, a montante, minimizar o problema do abandono dos cães. Coimas pelo abandono, sim senhor, porque punem um acto desprezível. Coimas por eu resolver fazer uma ninhada, não muito obrigado. Mas admito que algum político desta cambada que nos governa acabe também por implementar essa peregrina ideia, nem que seja só para ficar na fotografia e não tenha depois execução prática.
- O Estado impor-lhe normas sobre algo que é sua propriedade?? Oh Zeca, mas isso é o "prato do dia": O Zeca compra uma casa, quando a vende, se ganhar algum dinheiro, vai ter que pagar a talhada ao Estado. E a casa era SUA propriedade, foi o Zeca que a comprou com o SEU dinheiro;
- O abandono é desprezível e ter ninhadas porque lhe apetece, não sendo criador e potenciando um possível abandono não é??
- Se algum político tiver essa ideia peregrina eu vou aplaudir...já deve ser de bengala ou cadeira de rodas, mas...
E sim, nestas situações, paga sempre o justo pelo pecador...como em tudo na vida!
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Mas o artigo que eu citei é a lei portuguesa em vigor, e proíbe as amputações, com as ressalvas indicadas.cockinhas Escreveu:A lei portuguesa não proíbe a amputação de caudas porque o nosso país não ratificou a alínea da convenção que o proíbe, conforme tem vindo a ser repetido neste fórum em tópicos anteriores, sempre que a dúvida surge.IHaveADream Escreveu: Parece-me que a lei portuguesa proíbe amputações, a não ser por razões médico-veterinárias ou no interesse do animal (não sei porque havia de convir a um cão ter a cauda ou as orelhas cortadas, mas certamente vão elucidar-me) ou para impedir a reprodução.
Por outro lado, o controlo de reprodução de animais de companhia pode, em caso de necessidade, ser incentivado e promovido pelo Estado, através das autarquias.
Em relação à conveniência de amputar a cauda, e ironia aparte, a mesma destina-se a impedir o animal de se ferir seriamente na cauda quando o mesmo é utilizado em trabalho, na caça, por exemplo.
O utilizador JCsousa levantou aqui uma questão que a mim também me toca, que é o legislador obrigar os donos a esterilizar os animais. Não há volta a dar, mete no mesmo saco os donos responsáveis e os irresponsáveis. Dá que pensar, sim. A mim, pelo menos, está a fazer-me olhar as coisas por outro prisma.
Não estava a ser irónica, estava a fazer uma previsão.
A nossa realidade actual ainda está a anos-luz da esterilização compulsiva, pelo que acho que não seja de estarmos a agitar esses fantasmas.
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IHaveADream
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- Registado: segunda jul 12, 2010 2:39 pm
O que eu entendo é que todas são, aos olhos da lei, consideradas amputações; as finalidades é que são bem diferentes, e a lei reconhece-o. E como assim é que ser proibido por lei é uma questão secundária?Fjjord Escreveu:Lá está, está tudo no mesmo saco, viu?IHaveADream Escreveu:1 - Os detentores de animais de companhia que os apresentem com quaisquer amputações que modifiquem a aparência dos animais ou com fins não curativos devem possuir documento comprovativo, passado pelo médico veterinário que a elas procedeu, da necessidade dessa amputação, nomeadamente discriminando que as mesmas foram feitas por razões médico-veterinárias ou no interesse particular do animal ou para impedir a reprodução.Se são ou não permitidas por lei cá é uma questão secundária (mas, já agora, torno a frisar, TODAS são proibidas em certos países ...)
Bom, eu acho que animais vadios ou errantes não estão ao mesmo nível de cães com donoIHaveADream Escreveu: Artigo 21.º
Controlo da reprodução pelas câmaras municipais
As câmaras municipais podem, sempre que necessário e sob a responsabilidade do médico veterinário municipal, incentivar e promover o controlo da reprodução de animais de companhia, nomeadamente de cães e gatos vadios ou errantes, o qual deve ser efectuado por métodos contraceptivos que garantam o mínimo sofrimento dos animais.De qualquer forma, a esterilização, que eu saiba, não é o único método contraceptivo
Certamente que não estão, mas administrar outros métodos contraceptivos a animais errantes (estou a falar dos químidos) é capaz de ser um pouco complicado, para já não falar nas grandes desvantagens em termos de saúde que reconhecidamente têm, para animais com ou sem dono.
Está visto, devo falar chinêsO que eu entendo é que todas são, aos olhos da lei, consideradas amput="IHaveADream"ações; as finalidades é que são bem diferentes, e a lei reconhece-o. E como assim é que ser proibido por lei é uma questão secundária?
E só conhece químicos?IHaveADream Escreveu:Certamente que não estão, mas administrar outros métodos contraceptivos a animais errantes (estou a falar dos químidos) é capaz de ser um pouco complicado, para já não falar nas grandes desvantagens em termos de saúde que reconhecidamente têm, para animais com ou sem dono
"Se não houvesse tótós para enganar não havia tótós enganados, mas o facto é que há tótós que merecem ser enganados" (Eu)
O artigo que citou refere a “APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO EUROPEIA P/PROTECÇÃO ANIMAIS COMPANHIA” e quando Portugal assinou esta convenção, repudiou a alínea relativa ao corte de caudas.IHaveADream Escreveu:Mas o artigo que eu citei é a lei portuguesa em vigor, e proíbe as amputações, com as ressalvas indicadas.cockinhas Escreveu:A lei portuguesa não proíbe a amputação de caudas porque o nosso país não ratificou a alínea da convenção que o proíbe, conforme tem vindo a ser repetido neste fórum em tópicos anteriores, sempre que a dúvida surge.IHaveADream Escreveu: Parece-me que a lei portuguesa proíbe amputações, a não ser por razões médico-veterinárias ou no interesse do animal (não sei porque havia de convir a um cão ter a cauda ou as orelhas cortadas, mas certamente vão elucidar-me) ou para impedir a reprodução.
Por outro lado, o controlo de reprodução de animais de companhia pode, em caso de necessidade, ser incentivado e promovido pelo Estado, através das autarquias.
Em relação à conveniência de amputar a cauda, e ironia aparte, a mesma destina-se a impedir o animal de se ferir seriamente na cauda quando o mesmo é utilizado em trabalho, na caça, por exemplo.
O utilizador JCsousa levantou aqui uma questão que a mim também me toca, que é o legislador obrigar os donos a esterilizar os animais. Não há volta a dar, mete no mesmo saco os donos responsáveis e os irresponsáveis. Dá que pensar, sim. A mim, pelo menos, está a fazer-me olhar as coisas por outro prisma.
Não estava a ser irónica, estava a fazer uma previsão.Se puder, agradecia que me indicasse por que se ferem os cães na cauda durante a caça. Já nem vou enveredar pelo entendimento de caça como trabalho, uma vez que hoje em dia é uma actividade de lazer e não de subsistência. Mas isso seria uma outra discussão.
A nossa realidade actual ainda está a anos-luz da esterilização compulsiva, pelo que acho que não seja de estarmos a agitar esses fantasmas.
Veja aqui:
http://www.gddc.pt/siii/docs/dec13-1993.pdf
Não sou caçadora nem nada que se pareça mas é fácil de imaginar um cão de cobro a ter que recolher a caça onde ela cair, no meio de mato denso cheio de silvas, por exemplo. Aquando da formação das raças e respectivas características, se lhes cortavam a cauda não era por razões estéticas, parece-me. Precisavam dos cães com determinado temperamento e morfologia e pronto. Os estalões terão aparecido depois, digo eu. Que alguém mais conhecedor me corrija.
Para mim, se tenho um cão de raça de caça para companhia e não para trabalho já sei o que estou a meter dentro de casa, só tenho que me adaptar ou então escolher uma raça do grupo dos cães de companhia, que os há. Em relação a haver cada vez menos animais de trabalho, se isso vier a implicar alterações ao estalão, pois não sei, deixo isso para os criadores entendidos nas raças.
Última edição por cockinhas em sexta ago 06, 2010 4:05 pm, editado 1 vez no total.
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sanaMalina
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Eu sou a favor da esterilização quando não há um controlo absoluto sobre os animais. Por exemplo a minha cadela foi esterilizada porque é adoptada de rua e nunca consegui que entrasse dentro de casa durante mais de 30 minutos, e a minha gata também o será. O meu cão ainda não mas, não por ser de raça (que já prevejo alguns forista a fazer insinuações e julgamentos precipitados)! É porque, consigo controlá-lo por enquanto, porque não quero submete-lo a uma operação, porque não quero que fique "burraçudo" e comece a engordar mas, já estou mais voltada para a esterilização desde que algumas cadela da aldeia andaram com o cio e o meu bébé, que nem sequer saiu da nossa propriedade, apareceu com 3 dentadas na zona do pescoço! A "sorte" é que foram só mesmos uns buraquitos! E por isso mesmo estou a ponderar seriamente a esterilização pois, a cadela do vizinho vem cá buscá-lo, literalmente.
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<p>Sandra</p>
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