Curiosidades
Moderador: mcerqueira
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Esta informação dos bonecos é muito interessante! Eu já os lavava varias vezes, mas nunca pensei que fosse assim tão importante.
<p>"Se acreditasse na imortalidade, acreditava que muitos cães iriam para o céu, e poucas pessoas também." - James Thurder</p>
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Sabia que o mau hálito do cão não provém apenas dos dentes cariados ou com tártaro?
Normalmente, é a acumulação do tártaro nos dentes que propicia a formação da cárie.
O mau hálito, tanto nos cães como nos humanos, pode ter origem nos dentes cariados e/ou com tártaro, na língua, que também é um bom abrigo de bactérias, e no tubo digestivo.
Uma pessoa com digestão difícil, depois de ter feito uma refeição condimentada por ex. com alho ou cebola, rematada com um bagaço e uma cigarrada, normalmente fica com um hálito de fugir. Bom, e se essa pessoa tiver os dentes em mau estado...é perigoso entrar-se num elevador com uma pessoa dessas, principalmente se o prédio tiver muitos andares e se formos para o último, porque a gente ou contem a respiração e sufoca ou pode desmaiar e cair para o lado
Os cães, se tiverem um regime alimentar normal, à base de uma boa ração, por princípio não terão um hálito desagradável com origem no tubo digestivo. Mas se os dentes estiverem limpos e o hálito for desagradável, então poderá haver algum problema no estômago ou fígado...enfim, isso deverá ser acautelado numa próxima visita ao veterinário.
Há rações que, alegadamente, facilitam a limpeza dos dentes. Pode ser que sim, mas eu tenho muitas dúvidas. Os meus sempre comeram uma ração de qualidade superior e com essas características e tiveram que ser destartarizados. Também há umas barrinhas, produzidas exclusivamente com esse fim, pois também pode ser que sim, que elas limpam os dentes, e tal e coisa, mas eu também não acredito. Já experimentei as mais caras (caríssimas, uma obscenidade), pensando que a sua eficiência seria na razão directa do preço, mas... como disse, eles tiveram que ser destartarizados.
Julgo que numa pequena percentagem, tanto a ração como as tais barras poderão contribuir para a não acumulação de tártaro. Eu ainda lhes dou essas barritas (há umas de Pedigree mais baratuchas), mas numa dose muito reduzida e apenas como guloseima. É que, quando eles gostam muito da guloseima é sempre de desconfiar. Normalmente são produzidas com ingredientes duvidosos, como gorduras, açúcar, sal e outras porcarias.
Sem ser a destartarização operada pelo veterinário, julgo que a escovagem com escova e pasta dentífrica específicas para cão será o meio mais eficaz. Eu tenho esses apetrechos cá em casa, mas não tenho pachorra nenhuma para lhes escovar os dentes, ainda por cima eles detestam. Eu já sou quase escravo deles, mas a escravatura tem limites

Normalmente, é a acumulação do tártaro nos dentes que propicia a formação da cárie.
O mau hálito, tanto nos cães como nos humanos, pode ter origem nos dentes cariados e/ou com tártaro, na língua, que também é um bom abrigo de bactérias, e no tubo digestivo.
Uma pessoa com digestão difícil, depois de ter feito uma refeição condimentada por ex. com alho ou cebola, rematada com um bagaço e uma cigarrada, normalmente fica com um hálito de fugir. Bom, e se essa pessoa tiver os dentes em mau estado...é perigoso entrar-se num elevador com uma pessoa dessas, principalmente se o prédio tiver muitos andares e se formos para o último, porque a gente ou contem a respiração e sufoca ou pode desmaiar e cair para o lado

Os cães, se tiverem um regime alimentar normal, à base de uma boa ração, por princípio não terão um hálito desagradável com origem no tubo digestivo. Mas se os dentes estiverem limpos e o hálito for desagradável, então poderá haver algum problema no estômago ou fígado...enfim, isso deverá ser acautelado numa próxima visita ao veterinário.
Há rações que, alegadamente, facilitam a limpeza dos dentes. Pode ser que sim, mas eu tenho muitas dúvidas. Os meus sempre comeram uma ração de qualidade superior e com essas características e tiveram que ser destartarizados. Também há umas barrinhas, produzidas exclusivamente com esse fim, pois também pode ser que sim, que elas limpam os dentes, e tal e coisa, mas eu também não acredito. Já experimentei as mais caras (caríssimas, uma obscenidade), pensando que a sua eficiência seria na razão directa do preço, mas... como disse, eles tiveram que ser destartarizados.
Julgo que numa pequena percentagem, tanto a ração como as tais barras poderão contribuir para a não acumulação de tártaro. Eu ainda lhes dou essas barritas (há umas de Pedigree mais baratuchas), mas numa dose muito reduzida e apenas como guloseima. É que, quando eles gostam muito da guloseima é sempre de desconfiar. Normalmente são produzidas com ingredientes duvidosos, como gorduras, açúcar, sal e outras porcarias.
Sem ser a destartarização operada pelo veterinário, julgo que a escovagem com escova e pasta dentífrica específicas para cão será o meio mais eficaz. Eu tenho esses apetrechos cá em casa, mas não tenho pachorra nenhuma para lhes escovar os dentes, ainda por cima eles detestam. Eu já sou quase escravo deles, mas a escravatura tem limites





E é bem verdade o que diz a respeito das causas do mau hálito, Nel. A minha velhota Rita, que tem os dentes numa desgraça ao fim de dezasseis anos a comer ração, andava há longos meses com um hálito de matar, que empestava o ambiente todo. Mas quando falava nisso aos veterinários, todos me diziam, do alto da sua sapiência: "Isso é dos dentes, tem de fazer uma destartarização." A mais de cem euros, claro, fora o resto que é preciso fazer antes, dada a idade dela.
Finalmente, a causa de tanto fedor revelou-se, sob a forma de uma gastroenterite que lhe pôs os intestinos numa desgraça. Está tratada e o fedor reduziu-se ao nível dos cinco centímetros de distância da boca dela...

<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.

Ah, e a destartarização está marcada para breve. 

<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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Olá
Eu não disse atrás, mas o pior nem é o incómodo de sermos bafejados pelo mau hálito deles, o pior é o estado da boca ser um foco infeccioso que pode transmitir doenças ao estômago, fígado, rins, etc. É muito provável (especulação minha) que a doença que refere tenha sido provocada pelo estado da boca.
Aliás, este foi o motivo por que me decidi pela destartarização, decisão difícil porque a anestesia nos galgos é um pouco mais problemática por causa da magreza e também por causa da idade do Guga.
De qualquer modo, foi feita com a maior segurança possível, mas ... de custo elevado porque foi a dobrar.
Eu não disse atrás, mas o pior nem é o incómodo de sermos bafejados pelo mau hálito deles, o pior é o estado da boca ser um foco infeccioso que pode transmitir doenças ao estômago, fígado, rins, etc. É muito provável (especulação minha) que a doença que refere tenha sido provocada pelo estado da boca.
Aliás, este foi o motivo por que me decidi pela destartarização, decisão difícil porque a anestesia nos galgos é um pouco mais problemática por causa da magreza e também por causa da idade do Guga.
De qualquer modo, foi feita com a maior segurança possível, mas ... de custo elevado porque foi a dobrar.
Exacto, Nel, por isso é que tenho estado a tratar de algumas dessas infecções, a fim de poder tratar dos dentes à cadela.
Só falei para que, se alguém que nos ler tiver cães com dentes cheios de tártaro, não demore a tratar do assunto. Nem sempre o mau hálito - tanto em cães como em pessoas - é causado só pelo mau estado dos dentes.
Só falei para que, se alguém que nos ler tiver cães com dentes cheios de tártaro, não demore a tratar do assunto. Nem sempre o mau hálito - tanto em cães como em pessoas - é causado só pelo mau estado dos dentes.
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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Sabia que na escolha de uma ração, o sabor ao gosto do cão não deve constituir um factor importante e muito menos decisivo?
Neste fórum já se abriram centenas de tópicos (centenas ou milhares?) sobre rações. Pouco mais haveria a dizer sobre o assunto, mas há aspectos sistematicamente recorrentes e outros a que normalmente não se dá muita importância.
Em termos muito genéricos, uma boa ração é a que é produzida com ingredientes de qualidade, equilibrada em termos energéticos, e completa, isto é, com todos os nutrientes necessários e que dispensem suplementos alimentares.
Não se deve dar uma comida variada ao cão. Nós devemos variar a nossa alimentação o mais possível mas não devemos nunca transportar esse princípio para o cão, porque o sistema digestivo dele não é igual ao nosso e porque isso lhe pode causar distúrbios digestivos.
O cão não enjoa a ração, embora este seja um preconceito presente em muitos donos. Por isso, é um erro mudar sistematicamente de ração. A não ser que haja qualquer incompatibilidade de um ou mais nutrientes que provoque transtornos ao cão, como por ex. alergia a um determinado ingrediente. Será então conveniente consultar o veterinário para aconselhar outra ração mais adequada.
Não se baseie exclusivamente na composição da ração descrita na embalagem. Deixe isso ao cuidado de pessoas competentes, ou seja, do veterinário que assiste o cão.
Eu não sei interpretar se uma ração é a adequada e equilibrada para o meu cão com base nessa leitura. Não sei nem pretendo saber nem isso me preocupa porque deixo isso ao cuidado e à competência de quem tem a obrigação de saber.
Por outro lado, tão ou mais importante do que a lista de ingredientes é a qualidade desses ingredientes, que, como é óbvio, não está explícita na literatura, seja a ração de alta qualidade ou de má qualidade.
Uma boa ração, normalmente, náo é obrigatoriamente saborosa. Muito pelo contrário. Normalmente, uma má ração é mais do agrado do cão porque está cheia de porcarias lá metidas, desde gorduras, sal, açúcar, etc., de que o cão gosta mas que lhe prejudica a saúde. Nós próprios também gostamos de porcarias alimentares, é ou não verdade?
Um dos motivos de uma boa ração ser menos saborosa deve-se ao facto de, ao ser produzida, grande parte dos ingredientes serem sujeitos a elevadas temperaturas para os esterilizar, de modo a não levarem consigo focos de infecção para o produto final. Pelo contrário, uma ração barata, que até pode exibir uma lista de ingredientes equilibrada, pode conter no seu fabrico, por ex., sub-produtos, carne doente, etc...

Neste fórum já se abriram centenas de tópicos (centenas ou milhares?) sobre rações. Pouco mais haveria a dizer sobre o assunto, mas há aspectos sistematicamente recorrentes e outros a que normalmente não se dá muita importância.
Em termos muito genéricos, uma boa ração é a que é produzida com ingredientes de qualidade, equilibrada em termos energéticos, e completa, isto é, com todos os nutrientes necessários e que dispensem suplementos alimentares.
Não se deve dar uma comida variada ao cão. Nós devemos variar a nossa alimentação o mais possível mas não devemos nunca transportar esse princípio para o cão, porque o sistema digestivo dele não é igual ao nosso e porque isso lhe pode causar distúrbios digestivos.
O cão não enjoa a ração, embora este seja um preconceito presente em muitos donos. Por isso, é um erro mudar sistematicamente de ração. A não ser que haja qualquer incompatibilidade de um ou mais nutrientes que provoque transtornos ao cão, como por ex. alergia a um determinado ingrediente. Será então conveniente consultar o veterinário para aconselhar outra ração mais adequada.
Não se baseie exclusivamente na composição da ração descrita na embalagem. Deixe isso ao cuidado de pessoas competentes, ou seja, do veterinário que assiste o cão.
Eu não sei interpretar se uma ração é a adequada e equilibrada para o meu cão com base nessa leitura. Não sei nem pretendo saber nem isso me preocupa porque deixo isso ao cuidado e à competência de quem tem a obrigação de saber.
Por outro lado, tão ou mais importante do que a lista de ingredientes é a qualidade desses ingredientes, que, como é óbvio, não está explícita na literatura, seja a ração de alta qualidade ou de má qualidade.
Uma boa ração, normalmente, náo é obrigatoriamente saborosa. Muito pelo contrário. Normalmente, uma má ração é mais do agrado do cão porque está cheia de porcarias lá metidas, desde gorduras, sal, açúcar, etc., de que o cão gosta mas que lhe prejudica a saúde. Nós próprios também gostamos de porcarias alimentares, é ou não verdade?
Um dos motivos de uma boa ração ser menos saborosa deve-se ao facto de, ao ser produzida, grande parte dos ingredientes serem sujeitos a elevadas temperaturas para os esterilizar, de modo a não levarem consigo focos de infecção para o produto final. Pelo contrário, uma ração barata, que até pode exibir uma lista de ingredientes equilibrada, pode conter no seu fabrico, por ex., sub-produtos, carne doente, etc...

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Sabia que o cão prefere a nossa comida em vez da ração?
Colocar esta questão não faz muito sentido porque toda a gente sabe isso. Esta é uma espécie de verdade ao estilo do senhor de La Palisse. Mas é uma forma de "fabricar" mais uma curiosidade, à falta de outros temas. Isto, aliás, já não são curiosidades caninas, são "crónicas" de reflexões minhas. Reflexões que valem o que valem...
A ração contempla dois objectivos fundamentais: a facilidade de o dono alimentar o cão sem grandes trabalhos; e garantir que o animal fique alimentado de forma equilibrada, mesmo que o dono seja pouco entendido.
A ração é prática, de fácil acondicionamento e, de facto, contempla a comodidade do dono. Em viagem, por ex., seria difícil alimentar o animal sem ser com ração.
Mas será que o cão gosta mesmo de ração?
Isso também se tem discutido aqui. Lembro-me de algumas pessoas terem dito que habituaram o cão à ração e o animal não sente apetência por outro tipo de comida. De qualquer modo, julgo que estes são casos raros...
Também já se disse por aqui que no tempo da avó, quando a ração ainda não tinha sido inventada, o cão comia restos e vivia até idade avançada... eu também costumo dizer, o meu avô fumava, bebia uns copitos e morreu com quase noventa anos...
Julgo que na sociedade contemporânea, especialmente na urbana, os cães já não são o que eram. Comparando os actuais cães dos meios rurais com os da cidade, principalmente das grandes cidades, existe uma diferença muito grande que tem muito a ver com a forma de entender o cão e de lidar com ele. Mesmo que não se trate de cães de trabalho, o cão rural é estimado pelos donos mas com mais frieza (ou com menos mimos) do que o cão da cidade. O cão rural não é tão "humanizado" como o da cidade, o que constitui uma vantagem.
De qualquer forma, mesmo nas aldeias mais "profundas" do interior, já existe ração à venda na mercearia lá do sítio. De facto, também lá o ambiente bucólico foi desaparecendo e para as pessoas é mais prático dar ração ao bicho porque já não trabalham na aldeia mas na vila ou cidade mais perto.
Os cães foram-se adaptando às condições de vida dos donos. Na cidade, em muitos casos, o cão de companhia é o único consolo e razão de viver de muita gente que vive só. Idosos, por ex., porque a própria estrutura urbana assim o determina. Na aldeia, apesar de tudo, a solidão não é tão cruel, porque as pessoas não vivem encaixotadas e vêm mais para o exterior, comunicando mais umas com as outras. Provavelmente, os cães lá são mais felizes...
Desculpem, perdi-me. Estávamos a falar de ração. Pois, é que os cães da cidade, com o "progresso", às tantas ter-se-ão transformado em florzinhas de estufa, foram-se habituando a comer aquelas bolinhas, o organismo foi-se adaptando e qualquer alteraçãozita mexe-lhes no equilíbrio digestivo.

Colocar esta questão não faz muito sentido porque toda a gente sabe isso. Esta é uma espécie de verdade ao estilo do senhor de La Palisse. Mas é uma forma de "fabricar" mais uma curiosidade, à falta de outros temas. Isto, aliás, já não são curiosidades caninas, são "crónicas" de reflexões minhas. Reflexões que valem o que valem...
A ração contempla dois objectivos fundamentais: a facilidade de o dono alimentar o cão sem grandes trabalhos; e garantir que o animal fique alimentado de forma equilibrada, mesmo que o dono seja pouco entendido.
A ração é prática, de fácil acondicionamento e, de facto, contempla a comodidade do dono. Em viagem, por ex., seria difícil alimentar o animal sem ser com ração.
Mas será que o cão gosta mesmo de ração?
Isso também se tem discutido aqui. Lembro-me de algumas pessoas terem dito que habituaram o cão à ração e o animal não sente apetência por outro tipo de comida. De qualquer modo, julgo que estes são casos raros...
Também já se disse por aqui que no tempo da avó, quando a ração ainda não tinha sido inventada, o cão comia restos e vivia até idade avançada... eu também costumo dizer, o meu avô fumava, bebia uns copitos e morreu com quase noventa anos...
Julgo que na sociedade contemporânea, especialmente na urbana, os cães já não são o que eram. Comparando os actuais cães dos meios rurais com os da cidade, principalmente das grandes cidades, existe uma diferença muito grande que tem muito a ver com a forma de entender o cão e de lidar com ele. Mesmo que não se trate de cães de trabalho, o cão rural é estimado pelos donos mas com mais frieza (ou com menos mimos) do que o cão da cidade. O cão rural não é tão "humanizado" como o da cidade, o que constitui uma vantagem.
De qualquer forma, mesmo nas aldeias mais "profundas" do interior, já existe ração à venda na mercearia lá do sítio. De facto, também lá o ambiente bucólico foi desaparecendo e para as pessoas é mais prático dar ração ao bicho porque já não trabalham na aldeia mas na vila ou cidade mais perto.
Os cães foram-se adaptando às condições de vida dos donos. Na cidade, em muitos casos, o cão de companhia é o único consolo e razão de viver de muita gente que vive só. Idosos, por ex., porque a própria estrutura urbana assim o determina. Na aldeia, apesar de tudo, a solidão não é tão cruel, porque as pessoas não vivem encaixotadas e vêm mais para o exterior, comunicando mais umas com as outras. Provavelmente, os cães lá são mais felizes...
Desculpem, perdi-me. Estávamos a falar de ração. Pois, é que os cães da cidade, com o "progresso", às tantas ter-se-ão transformado em florzinhas de estufa, foram-se habituando a comer aquelas bolinhas, o organismo foi-se adaptando e qualquer alteraçãozita mexe-lhes no equilíbrio digestivo.

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Sabia que o cão é vulnerável à criação de vícios como as pessoas?
O cão não criará certamente o vício do tabaco ou do álcool, mas tal como os humanos, pode viciar-se em certos alimentos, que para o cão é a goluseima e, para o humano... também. Há pessoas que comem compulsivamente a guloseima chocolate, por ex.
O cão, se for habituado a receber a guloseima, não propriamente o chocolate porque lhe faz mal, mas a guloseima própria para a espécie, àquela hora habitual ou numa determinada circunstância em que foi gratificado, ele fixa essas situações e será difícil demovê-lo a não recebê-la.
Mas será isto um vício? Para facilitar, diremos que sim, mas na realidade não é. O que é um vício? Resumindo, vício é um mau hábito. Ou o hábito criado pela dependência obsessiva de uma determinada substância prejudicial à saúde. Resumindo também, não existem bons vícios. O vício pode ser mais ou menos tolerado pelo organismo sob o ponto de vista de saúde ou pela sociedade sob o ponto de vista moral, mas nunca é nem saudável nem respeitável. É sempre criticável.
O prazer/dependência que o cão cria por uma guloseima, se o acto de lha dar for gratuito e sistemático e não como recompensa por ele se ter portado bem ou como instrumento de treino, pode facilmente gerar o vício. O viciado será ele, mas a culpa foi do dono. A goluseima dada só porque sim ou porque o bichinho gosta e está a pedir, é seguramente um mau princípio.
Tenho considerado um vício, provavelmente incorrectamente, o facto de os meus , principalmente durante o passeio matinal, procurarem o lixo de forma obsessiva, por ex. junto dos contentores. Já tentei inventar várias formas para evitar isso e a que me pareceu mais óbvia, foi dar-lhes de comer antes de sair. Mas a essa hora, por volta da 6h ou 6h30, eles não têm apetite e até parece que ficam enjoados só de olharem para as bolinhas.
Uma das teorias sobre este fenómeno, que li algures, tem a ver com o instinto de caça. Provavelmente para eles, o farejar e encontrar lixo, tem a ver com o instinto de caçar e de sobrevivência...ou então farejam procurando o rasto da fêmea e lá vão encontrando umas porcarias. Por vezes abocanham um pedaço de pão e devoram-no àvidamente como se estivessem famintos. Ora pão é coisa que nunca lhes dou em casa e, por mera experiência, já lhes tentei oferecer um naco, mas eles desviam o focinho. Portanto, na rua, comem-no só para me chatearem...
Também pode ser a procura de um suplemento alimentar. A ração é teoricamente completa, mas até certos limites... até ao limite do saudável. Eu, por ex., gosto muito de queijo mas não devo comê-lo porque me faz mal. Eles também gostam muito, mas também não é aconselhável que o comam por causa da gordura.
Uma situação típica da procura de suplementos alimentares é a dos cachorros comerem fezes, porque encontram aí nutrientes que a ração não possui. Quando os meus eram cachorros, muito mais lingrinhas do que agora, era um castigo que eu tinha a espantá-los dos montinhos que encontravam.
Eu já em tempos contei isto, mas cá vai porque vem a propósito. (Estas curiosidades estão a ficar tipo Curiosidades Memória
)
Um senhor viu-me a ralhar com eles, olhou para a magreza dos pequenos e olhou para mim com uma cara de reprovação tão grande que adivinhei o pensamento dele: "grande cretino, não dá de comer aos bichos, eles até m*** comem e ainda por cima ralha com eles".

O cão não criará certamente o vício do tabaco ou do álcool, mas tal como os humanos, pode viciar-se em certos alimentos, que para o cão é a goluseima e, para o humano... também. Há pessoas que comem compulsivamente a guloseima chocolate, por ex.
O cão, se for habituado a receber a guloseima, não propriamente o chocolate porque lhe faz mal, mas a guloseima própria para a espécie, àquela hora habitual ou numa determinada circunstância em que foi gratificado, ele fixa essas situações e será difícil demovê-lo a não recebê-la.
Mas será isto um vício? Para facilitar, diremos que sim, mas na realidade não é. O que é um vício? Resumindo, vício é um mau hábito. Ou o hábito criado pela dependência obsessiva de uma determinada substância prejudicial à saúde. Resumindo também, não existem bons vícios. O vício pode ser mais ou menos tolerado pelo organismo sob o ponto de vista de saúde ou pela sociedade sob o ponto de vista moral, mas nunca é nem saudável nem respeitável. É sempre criticável.
O prazer/dependência que o cão cria por uma guloseima, se o acto de lha dar for gratuito e sistemático e não como recompensa por ele se ter portado bem ou como instrumento de treino, pode facilmente gerar o vício. O viciado será ele, mas a culpa foi do dono. A goluseima dada só porque sim ou porque o bichinho gosta e está a pedir, é seguramente um mau princípio.
Tenho considerado um vício, provavelmente incorrectamente, o facto de os meus , principalmente durante o passeio matinal, procurarem o lixo de forma obsessiva, por ex. junto dos contentores. Já tentei inventar várias formas para evitar isso e a que me pareceu mais óbvia, foi dar-lhes de comer antes de sair. Mas a essa hora, por volta da 6h ou 6h30, eles não têm apetite e até parece que ficam enjoados só de olharem para as bolinhas.
Uma das teorias sobre este fenómeno, que li algures, tem a ver com o instinto de caça. Provavelmente para eles, o farejar e encontrar lixo, tem a ver com o instinto de caçar e de sobrevivência...ou então farejam procurando o rasto da fêmea e lá vão encontrando umas porcarias. Por vezes abocanham um pedaço de pão e devoram-no àvidamente como se estivessem famintos. Ora pão é coisa que nunca lhes dou em casa e, por mera experiência, já lhes tentei oferecer um naco, mas eles desviam o focinho. Portanto, na rua, comem-no só para me chatearem...

Também pode ser a procura de um suplemento alimentar. A ração é teoricamente completa, mas até certos limites... até ao limite do saudável. Eu, por ex., gosto muito de queijo mas não devo comê-lo porque me faz mal. Eles também gostam muito, mas também não é aconselhável que o comam por causa da gordura.
Uma situação típica da procura de suplementos alimentares é a dos cachorros comerem fezes, porque encontram aí nutrientes que a ração não possui. Quando os meus eram cachorros, muito mais lingrinhas do que agora, era um castigo que eu tinha a espantá-los dos montinhos que encontravam.
Eu já em tempos contei isto, mas cá vai porque vem a propósito. (Estas curiosidades estão a ficar tipo Curiosidades Memória

Um senhor viu-me a ralhar com eles, olhou para a magreza dos pequenos e olhou para mim com uma cara de reprovação tão grande que adivinhei o pensamento dele: "grande cretino, não dá de comer aos bichos, eles até m*** comem e ainda por cima ralha com eles".

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Sabia que o cão é atraído por certas plantas para lhes comer as folhas?
Só um pequeno apontamento. Eu não me lembro se isto já saiu como curiosidade ou se toquei neste assunto noutro tópico (há bastante tempo) a propósito de uma página sobre plantas tóxicas que criei no site deles, aqui http://whippetp.no.sapo.pt/Plantas%20to ... oxicas.htm .
Uma das plantas por que os meus são atraídos desde cachorros até agora, pode considerar-se uma erva daninha porque cresce espontâneamente em locais abandonados sem cuidados de manutenção, muito frequentemente junto de urtigas. Eles comem-na aparentemente apenas pelo simples prazer de a saborear e não movidos pelo instinto de se purgarem, como normalmente acontece quando comem erva, por exemplo. De facto, só muito raramente vomitam depois de a ingerirem.

O nome vulgar é parietária ou alfavaca-de-cobra; o nome científico é Parietaria officinalis. O seu nome deriva do latim paries, que significa parede.

Só um pequeno apontamento. Eu não me lembro se isto já saiu como curiosidade ou se toquei neste assunto noutro tópico (há bastante tempo) a propósito de uma página sobre plantas tóxicas que criei no site deles, aqui http://whippetp.no.sapo.pt/Plantas%20to ... oxicas.htm .
Uma das plantas por que os meus são atraídos desde cachorros até agora, pode considerar-se uma erva daninha porque cresce espontâneamente em locais abandonados sem cuidados de manutenção, muito frequentemente junto de urtigas. Eles comem-na aparentemente apenas pelo simples prazer de a saborear e não movidos pelo instinto de se purgarem, como normalmente acontece quando comem erva, por exemplo. De facto, só muito raramente vomitam depois de a ingerirem.

O nome vulgar é parietária ou alfavaca-de-cobra; o nome científico é Parietaria officinalis. O seu nome deriva do latim paries, que significa parede.

Ainda gostava de saber é quem lhe falou de vacinar cães com canileish antes dos seis meses para andar a dizer isso na arca.Star005 Escreveu:Este topico é fabuloso, já aprendi imensas coisas, já ri que me fartei com os cartoons, é maravilhoso.
Parabéns
