sexta abr 23, 2004 12:28 am
Depois de ler 9 páginas de comentários e concluindo que cerca de 60% dos foristas que aqui escreveram algo são nutricionistas profissionais ou finalistas do novo curso da Universidade de Lisboa - Alimentação canina. Pois tendo em conta o conteudo dos seus comentários a nivel matemático, quimico e até mesmo morfológico, para saberem o que estão a dizer dificilmente são apenas curiosos.
Mas não querendo ser polémico, posso dizer que do que li apenas 10 ou 20% se aproveitou.
É do senso comum que antigamente os cães do lixo comiam lixo na rua, ou os restos de comida que os donos davam. Muitos duravam (e ainda duram) mais de 15 anos. A medicina veterinária estava pouco evoluida e quando um cão morria por problemas renais, pancreáticos ou por obesidade todos aceitavam como uma morte natural.
A medicina evoluiu e a investigação por parte dos grandes laboratórios mundiais modernizou-se. Concluiu-se então que a vida e o bem estar do animal estavam directamente ligados á sua própria alimentação.
No que diz respeito á minha preferência, e como não sou nenhum entendido em quimica nutricional nem algo do género (ao contrario, pelos vistos, dos meus caros foristas) nada melhor do que consultar o meu veterinário. Para quem conhece, vou á Avenida Joao XXI ao dr. Francisco de Assis Costa. Se existem pessoas competentes em portugal, ele é um deles. Mas não é publicidade que pretendo fazer.
O que me foi recomendado foram 3: Royal Canin, Eukanuba e Hill's. Lógicamente que podem ser das mais caras... mas se existe coisa k não me preocupa na alimentação do meu cao é o dinheiro. Se me preocupasse passava a dar trinca com carne dos talhos do meu pai...
Actualmente, o Quake está a treinar mondioring na FutureDogs e por isso mesmo teve uma necessidade extra de energia. Mudei então da Royal Canin Maxi para a Royal Canin Energy 4800. E não podia estar mais contente. O cão apresenta-se musculado, com uma capacidade toraxica invejável, com feses consistentes e sem qualquer problema de estômago (a maior fraqueza do meu boxer). Por isso mesmo entendo que só fiz bem em seguir os conselhos do meu veterinário.
No que diz respeito á situação dos premium, super premium, mega premium etc... axo uma palhaçada. É sabido que são "titulos" comprados como quem compra um pacote de farinha 33 ou farinha amparo... por isso mesmo... se amanha eu quiser lançar uma nova ração (mesmo não percebendo nada de quimica nutricional) bastar ter meia duzia de milhares de contos e passava a ter a Fl1pp3r Racion Ultra Premium...
Em suma, a escolha da ração deve, no meu entender, começar no veterinário. Seguidamente deve-se ter referências, ou seja, ver o que comem os campeões de RCI, Mondioring, Agility, e exposições de beleza.
São aqui que se vem os verdadeiros cães tanto a nivel de saude como a nivel de estalão. Se a ração X permite ao cão maior capacidade para a actividade que desempenha... então é essa a ração que devo aplicar em função da raça do meu cão, comparativamente aos exemplares de referencia. Em relação aos cães do lixo, pode-se fazer como a forista Guida__F recomenda: seguir os gostos do cão mas ignorando toda a sua natureza alimenticia e todo o seu instinto de sobrevivência e comprar todas as ções existentes e mudar de mÊs a mÊs (ou até mesmo misturar 1 copo de cada num saco e dar de todas ao mesmo tempo); ou então, através do tamanho do cão e da sua constituição morfológica ajustar uma ração que se aplique a uma raça semelhante ao cão do lixo.
1 abraço para todos e tenham sempre presente que o dinheiro não é tudo e que bom e barato nem no paraiso...