Corte de orelhas...

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Moderador: mcerqueira

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Pedra
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quinta set 09, 2004 12:20 am

casadiscaes Escreveu:
Pode ser azar... sobretudo nas cadelas novas... agora numa cadela com 10 anos... qual o tempo de vida média da raça? Operei, ou melhor, mandei operar um doberman a um cancro aos 11,5 anos e ele ainda viveu até aos 14. Quanto às alterãções de comportamento, eu sempre referi ser na castração precoce que havia maior alteração do temperamento.

Mantenho que a promoção da castração como prevenção é tão exagerado como operar todos os cães às ancas para acabar com a displazia...
Sim eu também acho que é azar, pois não vejo razão para isto ter acontecido num espaço de tempo tão curto (relativo). A esperança de vida é relativamente alta, 12/15 anos, alguns um pouco mais.
De qualquer forma, logo que me seja possivel há mais 2 em lista de espera, só espero não me fazerem nenhuma partida antes.
Resumindo, o Gonçalo fica com a sua e eu com a minha, pois no post do Francisco não vi nenhuma razão verdadeiramente plausivel para justificar o corte de orelhas, a não ser a prevenção de danos e infecções, melhor audição (quantos há que necessitam verdadeiramente que o animal tenha um nivel superior de audição em relação aos outros), caça ao javali (que não sei se se faz), e questões de standard.
E mais uma vez, quero dizer que não sou contra o corte de coisa alguma.
Mudando de assunto e em relação ao post do Bullie, prq será que a maioria das pessoas que conheço que são contra, são homens? ;)
Ok, também achei muito bem que as senhoras holandesas não fossem autorizadas a atracar cá, no entanto por razões diferentes.
Isabel
Guida__F
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quinta set 09, 2004 12:25 am

Casos excepcionais para o aborto ainda não contemplados na lei:

1º - Casais em situação de pobreza extrema e já com númerosos filhos. Depois do acto haveria o acompanhamento de uma assistente social e metodos contraceptivos gratuítos.

2º Adolescentes
Depois do acto haveria o acompanhamento de uma assistente social e metodos contraceptivos gratuítos.

3º Malformações detectadas depois período legal. O limite de tempo devia ser alargado.

Finalmente considero que o corpo pertence à mulher e mesmo que eu não concorde com determinado tipo de abortos, deve caber à mulher decidir se os deve fazer ou não. Assim concordo com a liberalização total do aborto.
anjjazul
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quinta set 09, 2004 12:26 am

pois, essa do corte de orelhas para melhoras a audição :roll: entre todas e mais alguma, acho que o corte de orelhas do max é uma violência, porque o faz ter um nível de audição superior à média. o bicho leva com todos os decíbeis, sem ter uma "capinha" para proteger o canal auditivo.
casadiscaes
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quinta set 09, 2004 12:27 am

Pedra Escreveu: E mais uma vez, quero dizer que não sou contra o corte de coisa alguma.
Mudando de assunto e em relação ao post do Bullie, prq será que a maioria das pessoas que conheço que são contra, são homens? ;)
Ok, também achei muito bem que as senhoras holandesas não fossem autorizadas a atracar cá, no entanto por razões diferentes.
Isabel
Quanto a esse ratio de serem mais homens não sei, mas sei que se elas fossem autorizadas, já estava apensar fazer um barco do "Xuto" e ir atracar no porto de Amesterdão... ou um que ensinasse técnicas para assaltar cofres e roubar carteiras e fundeasse todos os portos da Europa...
<p>Gon&ccedil;alo</p>
<p>Imagem</p>
Pedra
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quinta set 09, 2004 12:33 am

8)

Isabel
Bullie
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quinta set 09, 2004 12:35 am

[quote]Mudando de assunto e em relação ao post do Bullie, prq será que a maioria das pessoas que conheço que são contra, são homens?
Ok, também achei muito bem que as senhoras holandesas não fossem autorizadas a atracar cá, no entanto por razões diferentes[/quote]

:p Mas eu não disse se era contra... ou a favor... apenas constatei um facto que achei extremamente curioso.
E como é que sabe se as suas razões são diferentes se eu ainda não mencionei as minhas?! Há por aí um dedo que adivinha?! :o

Um abraço


Bullie & Gaspar
Pedra
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quinta set 09, 2004 12:44 am

Não. Bullie, o Gonçalo é que disse que achava muito bem que as senhoras não tivessem tido ordem de atracar cá e acrescenta que é contra o aborto.
Eu disse que tb concordava que as senhoras tivessem sido impedidas de atracar cá, emboras por outras razões, diferentes das do Gonçalo.
Isabel
Arcanjo
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quinta set 09, 2004 1:43 am

Boas!!

Só ca faltava esta coisa do aborto....que cena...

Se ainda fosse um barco cheio de Suecas..ui...podiam atracar aqui no Seixal...eu deixava!!

Abraços

Arcanjo
casadiscaes
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quinta set 09, 2004 8:02 am

Guida__F Escreveu: Casos excepcionais para o aborto ainda não contemplados na lei:

1º - Casais em situação de pobreza extrema e já com númerosos filhos. Depois do acto haveria o acompanhamento de uma assistente social e metodos contraceptivos gratuítos.

2º Adolescentes
Depois do acto haveria o acompanhamento de uma assistente social e metodos contraceptivos gratuítos.

3º Malformações detectadas depois período legal. O limite de tempo devia ser alargado.

Finalmente considero que o corpo pertence à mulher e mesmo que eu não concorde com determinado tipo de abortos, deve caber à mulher decidir se os deve fazer ou não. Assim concordo com a liberalização total do aborto.
Era de calcular :o :o

A Guida não tinha abandonado a arca?
<p>Gon&ccedil;alo</p>
<p>Imagem</p>
SarahKay
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quinta set 09, 2004 8:07 am

casadiscaes Escreveu: A Guida não tinha abandonado a arca?
:lol: :lol: :lol:

Mais depressa atraca no Seixal um barco cheio de Suecas!!!

:lol:
SeaLords
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quinta set 09, 2004 9:42 am

Eu também não sou contra cortes nenhuns. Apenas acho que, antes de o pessoal andar a chatear meia dúzia de gatos pingados que até tratam bem dos seus cães, deviam resolver coisas como abandonos, maus tratos, falta de cuidados médicos veterinários, etc etc.

P.S. Ainda se fosse um barco cheio de suecos ..
"Quando o s&aacute;bio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo"&nbsp; (prov&eacute;rbio chin&ecirc;s)
nynf
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quinta set 09, 2004 10:21 am

Sinceramente não vejo o que é que uma coisa tem a ver com a outra...e depois qual é o problema da liberalização do aborto? Para mim é bem pior o caso das crianças abandonadas á nascença dentro de um saco de plástico, no caixote de lixo, etc, ou o aborto feito com a agulhasinha de tricot numa qualquer wc publica...e descuidos acontecem a todos meus caros, ou querem convencer-me que nunca...enfim ;) se descuidaram? Não usaram o que deviam usar?? ;) ... era tão bom se vivessemos num mundo perfeito, mas a imperfeição começa em nós È melhor a situação actual? Quem tem dinhiro vai faze-lo a Espanha, quem não tem faz no açougue? Realmente faz-me lembrar o corte de orelhas :p quem conhece e tem dinheiro faz num excelente vet por exemplo em Espanha, quem não tem faz á tesourada. Poupem-me os moralismos please e voltemos á discussão que é sobre cães.

Respeito e liberdade são essenciais. Eu não sou contra os cortes, nem contra as esterilizações, nem contra o aborto...cada qual que decida em consciência e arque com as consequêcias dos seus actos, já que somos todos adultos. O problema é que em Portugal estamos sempre á espera que o paizinho Estado nos controle em tudo, e depois quando não controla é a balburdia total...
Para um estado democratico, isto cheira-me a outra coisa...o tuga tem aquilo que merece, e mais nada.
<p><strong>Sauda&ccedil;&otilde;es!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
Bullie
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quinta set 09, 2004 11:13 pm

[quote]1º - Casais em situação de pobreza extrema e já com númerosos filhos. Depois do acto haveria o acompanhamento de uma assistente social e metodos contraceptivos gratuítos.[/quote]

E porquê depois? Porque não antes? Não seria melhor? Já diz o ditado... mais vale prevenir que remediar...

[quote]2º Adolescentes
Depois do acto haveria o acompanhamento de uma assistente social e metodos contraceptivos gratuítos. [/quote]

A mesma resposta do ponto anterior...

[quote]3º Malformações detectadas depois período legal. O limite de tempo devia ser alargado. [/quote]

Está mal informada... Após análise de uma junta médica o aborto pode ocorrer quase até ao final da gravidez mediante o seu parecer

Mas quanto aos pontos 1 e 2, os contraceptivos resultam antes da fecundação... não depois. Ou será que para si o aborto é um método contraceptivo? É que esse é o grande problema da liberalizaçao TOTAL

Cumprimentos

Bullie & Gaspar
Bullie
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quinta set 09, 2004 11:14 pm

boa noite

Presentemente, entre todas as entidades reguladoras da canicultura a nível mundial, o número de raça caninas reconhecidas deverá rondar as 400. Destas, um número limitadíssimo, será independente da influência mais ou menos intensa do Homem. O mesmo que dizer que a esmagadora maioria das raças caninas existentes devem-no à acção e influência humana.

Desde cedo o cão demonstrou aptidões e comportamentos únicos comparativamente aos restantes animais, para com o Homem. E, logicamente, procuramos retirar vantagem e benefícios dessa interacção, criando, melhorando, apurando ao longo de inúmeras gerações através de uma “criação” selectiva, cães que se adaptassem da melhor maneira ao desempenho de variadas tarefas como a caça, o pastoreio, para guardar, para defesa, para o combate.
Foi igualmente para uma melhor adaptação de determinados tipos de cães a certas tarefas, que surge a necessidade das amputações de cauda ou orelhas. Não como forma de facilitar o cuidado e trato do dono com o animal em questão, mas essencialmente visando auxiliar o desempenho do cão no papel que lhe competia e até mesmo, por questões de saúde do próprio animal, uma vez que o corte prevenia em certas situações o aparecimento de potenciais problemas frequentes no animal no desenrolar do trabalho a que este estava destinado.

A partir de uma determinada altura, numa época em que grande parte das raças já se encontrava mais ou menos estabilizada na sua tipicidade a um nível geral, que surgem os primeiros standards, descrevendo o que se idealizava como o “protótipo” da raça, descrevendo exaustivamente as características desejáveis e as faltas indesejáveis da mesma. Logicamente o standard das raças nas quais, por motivos de “trabalho”, se praticava a amputação, passaram a prever e a considerar como desejável essa mesma prática, fazendo com que o corte estivesse a partir de então, não inerente à raça por questões práticas mas, também, por questões estéticas e de tipicidade.

O primeiro país a abolir a amputação foi o Reino Unido no virar do século XIX/XX. Essencialmente as razões com que se prendeu essa abolição tinham que ver com os cães de luta (modalidade muito em voga na altura, mesmo que abolida em meados do séc. XIX e, desde então, na clandestinidade), uma vez que era, basicamente aos cães utilizados nestes “espectáculos” que se amputavam as orelhas e, nalguns casos as caudas, diminuindo assim as áreas de potencial presa para o seu oponente.
Contudo, em outros países a amputação permaneceu permitida e, como atrás referi, cada vez mais intimamente ligada à vertente estética da raça com o crescente interesse de exposições de beleza da altura.

Hoje em dia, poucos serão os cães dessas raças de trabalho (e mesmo de quase todas as outras) que são ainda utilizados exclusivamente para executarem a tarefa para a qual foram (enquanto raça) inicialmente concebidos. Tornaram-se assim em cães basicamente de companhia, quer como mero animal de estimação, quer como animal de exibição. Mas, no caso dos cães de raça, qualquer que seja a finalidade porque se pretende um exemplar de determinada raça, a verdade é que a estética e aparência (para além de todas as outras características típicas) têm um peso quase preponderante na nossa opção. E aqui é que se encontra na minha opinião o ponto fulcral de toda esta questão:

Se a aparência actual das raças tem como base a sua história colectiva, e se a amputação (quando existente) partilha essas mesmas bases históricas influenciado não só, mas também a sua aparência exterior, como consequência disso defendo que, sempre que prevista no standard, a amputação deveria ser permitida e mantida.
É certo que as razões “práticas”, se assim lhes quisermos chamar, que deram origem a essa prática já não representam um factor preponderante mas, a verdade, é que estão lá nas raízes históricas. E, na minha opinião, querer abolir o corte de orelhas a essas mesmas raças é “apagar” uma parte da sua história. É desvirtuar as suas origens e a própria raça na actualidade.
O Dogue Alemão, o Rottweiler, o Dobermann, o Mastim Napolitano, entre outras, para todas estas raças houve motivos práticos e, actualmente históricos, que não a simples estética, por detrás das razões que explicam e justificam o porquê da amputação. Se somos nós responsáveis pelo aparecimento, evolução e desenvolvimento dessas raças (o que inclui também a amputação), também é verdade que somos nós os responsáveis pelo facto de hoje esses cães já não desempenharem as funções para as quais originalmente os criamos. Mas, historicamente, as razões permanecem. Portanto deveremos agora nós voltar atrás? Penso que não. Quanto a mim, penso que abolir o corte das orelhas e da cauda ao Mastim Napolitano, por exemplo, seria o mesmo que tentar voltar a alterar a raça para que este perdesse as características pregas de pele da sua cabeça e focinho.

Muitos dos standards já se alteraram entretanto de forma a abolir a amputação. No entanto gostaria de colocar uma pergunta que já neste tópico fiz e que, até hoje, ainda ninguém respondeu: Foram esses standards alterados devido a se ter concluído que não existem quaisquer vantagens, antes pelo contrário, em amputar orelhas e/ou caudas, ou tal alteração de deveu a que os standards não caíssem em contradição com a legislação vigente?
É que, segundo creio, os standards só foram alterados quando as legislações dos países de origem das raças afectadas proibiram a amputação. Se houvessem outras razões que não esta, não teriam sido os standards modificados anteriormente a essas alterações de lei?

Ontem coloquei aqui um post no qual fazia referência entre tomadas de posição por parte de algumas pessoas que tipicamente defende com unhas e dentes a proibição da amputação/esterilização de animais e a sua opinião relativamente ao aborto. E a razão pela qual a fiz foi a seguinte:

Apesar de pessoalmente ser incondicionalmente contra o aborto em situações que não as actualmente previstas na lei, no referendo acerca da legalização da interrupção voluntária da gravidez apoiei o ‘Sim’. Contraditório?!... Talvez…
É que acima da questão do aborto prende-se outra de maior importância na minha óptica – a dignidade da mulher como ser humano e os riscos inerentes à prática clandestina do aborto. Como tal, e como diz o velho ditado, “não adianta tapar o sol com a peneira”, é antes de mais inútil e contraproducente tentarmos escamotear a realidade, que são as centenas de abortos clandestinos nas mais míseras e indignas condições que diariamente se efectuam por este país fora. Condições deploráveis, irresponsáveis, amadoras e com riscos graves que poderão levar à incapacitação definitiva da mulher em gerar filhos e, até mesmo, à morte.
Na minha perspectiva, enquanto se mantiver o aborto ilegal estas situações deploráveis continuarão a existir e muita gente continuará a fazer “rios de dinheiro” com o sofrimento e angustia alheia. Independentemente de ser absolutamente contra na minha consciência à pratica do aborto, sou, ao mesmo tempo, consciente que é impossível erradicar por completo a interrupção voluntária da gravidez. Então, há que retirar este acto do quadro de ilegalidade e de todas as situações inerentes a essa sua marginalidade e proporcionar as condições de saúde e segurança exigíveis a esta situação. É por esta razão que apoio e apoiarei a legalização (com as devidas limitações temporais) do aborto, mesmo sendo uma prática que vai contra os meus princípios.

A meu ver, a mesma razão aplica-se à amputação de orelhas e caudas. A ilegalidade é que fará, o sofrimento animal.

Cumprimentos a todos


Bullie & Gaspar
Pedra
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quinta set 09, 2004 11:55 pm

Bullie Escreveu:
A meu ver, a mesma razão aplica-se à amputação de orelhas e caudas. A ilegalidade é que fará, o sofrimento animal.

Cumprimentos a todos


Bullie & Gaspar
Ora bem!

Isabel
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