CarlotaM Escreveu:Olá todos,
Compreendo perfeitamente que digam alguns que se trata de uma questão de o dono impôr o respeito e regras de obediência ao cão.
No entanto, penso que a nossa presença e exigência ao cão tem limites naturais e compreensíveis.
Na minha perspectiva penso apenas que o cão tem direito ao seu espaço no mínimo, pelo menos, enquanto come e dorme. Eu pessoalmente não sinto necessidade de interrompê-lo enquanto faz qualquer uma destas (que são necessidades básicas). Se eu quero colocar comida no seu prato, é antes da sua refeição, ou se quiser adicionar mais comida, é depois de ele ter terminado a que tinha.
Não se trata, para mim, de me subjugar ao cão, nem de deixá-lo impor momentos, é apenas respeitar o seu espaço, a sua necessidade de calma enquanto dorme e/ou come.
As crianças ou adultos que frequentam a minha casa não podem fazer tudo, há regras sociais que se impõem, tal como eu que frequento as suas casas porto-me, espero, de acordo com as suas expectativas.
As crianças não brincam no meu quarto, os adultos não vão à minha gaveta de roupa interior, e não mexo nem deixo o meu filho mexer nos cães enquanto eles comem, ou sequer antes de saber se eles mordem.
São algumas coisinhas que sabemos, á partida, não se deve fazer nas casas uns dos outros.
Não digo que estou certa, apenas digo que para mim funciona logicamente assim.
Claro que não condeno quem não o veja assim para o seu caso concreto, terá as suas razões. Estou apenas a expor a minha.
Com cumprimentos.
Os cães têm "limites naturais", mas não podem reagir agressivamente se nós, donos, quem lhes dá cama, mesa e roupa lavada, nos aproximarmos. A reacção correcta e aceitável por parte do cão quando nos aproximamos da comida, é afastarem-se calmamente, e jamais demonstrar qualquer tipo de agressividade ou tentativa de dominar o espaço.
Comparar cães a pessoas é absurdo, mas se querem comparar, não comparem os cães a pessoas estranhas a mexer na nossa gaveta da roupa interior, mas sim aos nossos filhos, pelos quais nós somos responsáveis e de nós dependentes, logo estou à vontade para ir à gaveta da minha filha e ela à minha... absurdo não? Pois, é o que se passa quando se comparam cães a pessoas.
Se não se aproxima do cão quando este come, então está a dar-lhe o que ele quer, distância, sob pena de virar o dente, e um dia, sem querer, aproxima-se et voilá!
Eu mexo nos meus sempre que necessário, é óbvio que em 90% das refeições eu não os chateio, não é necessário, mas por exemplo no caso do meu falecido Onix (dobermann), durante muito tempo eu dava-lhe de comer e ficava sentada ao lado da taça, fazia festas, mexia na comida e por vezes tirava a taça. Tudo porque sei que é uma raça naturalmente dominante e se eu não fizesse este "exercício", corria o risco de mais tarde ele não me deixar aproximar da comida.
Se algum dos meus cães apanhar alguma coisa do chão na rua, eu estou à vontade para lha tirar da boca, e quem não se aproxima do cão quando ele come, ou quem acha que o cão tem "limites naturais", será que tem este à vontade???

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"O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer de idiota perante um idiota a fazer de inteligente!" - Autor desconhecido