Bulldog ingles

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Moderador: mcerqueira

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WaterMonitor
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quinta mai 03, 2012 1:51 pm

Pois que concordo com vocês três! Os meus são iguaizinhos.

Mas fico sempre irritada quando me aparecem com a teoria dos cães funcionais e a melgar os Bulldogs.

Como escrevem os ingleses, total disclosure: pertenço à AARB, conheço pelo nome e pelo feitio individual a maioria dos exemplares (de dono, de criador e de expositor) que existem no nosso país, gosto de todos e sei que foram seleccionados para as funções que exercem e que consistem em serem palhacitos, gostarem dos donos, ressonarem no sofá e largarem uns gases. Penso que também consta do estalão o fazerem-me rir, função importantíssima!

O que eu não dava para ver um destes teóricos do cão funcional a perguntarem a um pastor daqui se o cão dá saltinhos, corre 15 minutos ou sabe nadar ... :roll:
Teffie
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quinta mai 03, 2012 2:30 pm

FBC Escreveu:A funcionalidade, não é apenas uma característica racial que deve ser preservada de forma a termos a raça mais completa, a funcionalidade é a linha orientadora da selecção de qualquer raça e a razão de existir da mesma, quase tudo, numa raça, está orientado para a sua funcionalidade: o carácter, a morfologia, a tipicidade, etc, etc… só têm razão de existir se tivermos como objectivo a funcionalidade da raça. Não existe um cão bonito (bem feito morfologicamente) ou feio por si só. A beleza é uma beleza funcional, o mesmo se passa com o carácter ou com a tipicidade. Se perdermos a funcionalidade como objectivo racial, não é só uma característica da raça que se perde, é a raça que se perde. Infelizmente tem acontecido muitas destas desgraças na canicultura moderna. A razão porque tal acontece é pelo facto de que os canicultores criam cães para o público (os juízes saem desses canicultores) e o público compra porque está na moda, por é giro, etc… e tem uma cultura canina nula. Outra coisa que se passa com o público moderno é o facto de vivermos numa cultura das aparências, uma cultura do “belo” fútil com desprezo pelas verdadeiras características.
Por estas razões, algumas das raças que muitos pensam ainda existirem, estão extintas: o que existe são outras com os mesmos nomes mas que nada têm a ver com o original e qualquer comparação é uma ofensa à raça original.

Os criadores de cães têm que criar cães pensando na raça e como tal na sua funcionalidade; têm que trabalhar tendo sempre em vista as características funcionais da raça; se criam cães a pensar em vende-los estão a condenar a raça: a maioria das raças não devem ser para o grande público devem ser para “meia dúzia” de apaixonados.

Quanto à funcionalidade, as raças devem ser seleccionadas preferencialmente para o seu trabalho original, quando isso não for possível ou desejável, devem ser seleccionadas para um trabalho (ou desporto) em que utilize as características originais da raça.
Com tudo isto não quero dizer que as pessoas têm que usar os seus cães na sua função original, mas os criadores têm que ter sempre como linha orientadora a funcionalidade da raça e de preferência testar a funcionalidade dos reprodutores.

Cumprimentos
Francisco Bica
(por mais que discorde do meu "adversário" saúdo-o sempre e identifico-me, é uma questão de autenticidade e de educação)
Concordo parcialmente consigo. Na minha opinião, apenas não faz sentido moldar um cão à uma funcionalidade já extinta. Antes queríamos cães de caça, agora queremos bons companheiros de passeio e sofá. Daí achar que o estalao deva ser dinâmico, porque os cães vão deixar de ser cães de trabalho mas sim de companhia, e vão, inevitavelmente, perder alguma "essência". Mas perder capacidade de caça, ou de outra coisa qualquer, não faz com que fiquem "piores", as raças não desaparecem, evoluem e adaptam-se ao presente. Não podemos é esquecer a saúde do animal por causa de uma "beleza" que não existe.

A minha cadela, descendente de caçadores, desempenha hoje uma outra funcionalidade, motiva-me a dar umas corridinhas e a caminhar durante horas, faz-me companhia enquanto faço os meus trabalhos de casa, e outras tarefas, diverte-me, e liberta-me do stress, acalma-me, consola-me, ressona ao meu lado, chateia-me para lhe dar de comer, etc. Eu não acho que ela seja inútil, para mim é muito útil, porque já não imagino a minha vida sem ela.
Floripes2
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quinta mai 03, 2012 2:46 pm

Por acaso não acho nada que o instinto que leva um dado cão a fazer determinadas coisas - caçar, guardar, vigiar e/ou conduzir rebanhos, etc. - desapareça com a "domestização" e a selecção de exemplares pela beleza, mas isto é só a minha opinião, claro. Acho que esses cães, os "batatas de sofá" incluídos, mantêm sempre o instinto, só que latente.
<p>Ol&aacute;, eu sou a... Floripes. :mrgreen:</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>&Eacute; muito bom, mesmo na necessidade, manter a cabe&ccedil;a erguida.</strong> - "By" Sasquatch,&nbsp;acrescento de&nbsp;v&iacute;rgulas meu.</p>
Teffie
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quinta mai 03, 2012 3:09 pm

Floripes2 Escreveu:Por acaso não acho nada que o instinto que leva um dado cão a fazer determinadas coisas - caçar, guardar, vigiar e/ou conduzir rebanhos, etc. - desapareça com a "domestização" e a selecção de exemplares pela beleza, mas isto é só a minha opinião, claro. Acho que esses cães, os "batatas de sofá" incluídos, mantêm sempre o instinto, só que latente.
Eu também acho que sim. Ate nós guardamos no nosso genoma informações que hoje não nos são necessários, o nosso instinto "selvagem" encontra-se latente.
Mas se antes os cães eram escolhidos pelo instinto de caça(por exemplo) muito apurado, hoje já não, daí perderem "qualidade" para a funcionalidade que antes desempenhavam. Se um dia precisarmos de cães caçadores, já os temos, apenas teremos de apurar e desenvolver esse instinto que têm.
Floripes2
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quinta mai 03, 2012 3:24 pm

Eu diria antes "acordar" e "treinar", mas é apenas uma questão de terminologia para um mesmo resultado. :wink:

Quanto à questão de utilizar cães em tarefas diferentes daquelas que inicialmente cumpriam, também não é muito discutível, pois quase sempre são tarefas que estão intimamente relacionadas com as primordiais. Por isso é que os pastores alemães, por exemplo, são bons guardas e bons cães de resgate e auxiliares de polícia: guardavam e protegiam rebanhos, agora guardam e protegem pessoas. E por aí fora.
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Teffie
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quinta mai 03, 2012 4:29 pm

Floripes2 Escreveu:Eu diria antes "acordar" e "treinar", mas é apenas uma questão de terminologia para um mesmo resultado. :wink:

Quanto à questão de utilizar cães em tarefas diferentes daquelas que inicialmente cumpriam, também não é muito discutível, pois quase sempre são tarefas que estão intimamente relacionadas com as primordiais. Por isso é que os pastores alemães, por exemplo, são bons guardas e bons cães de resgate e auxiliares de polícia: guardavam e protegiam rebanhos, agora guardam e protegem pessoas. E por aí fora.
Sim é verdade, as diferentes raças têm características físicas e psíquicas que ainda hoje, se bem orientadas, podem servir o homem. Acho bem os cães encontrarem tarefas que hoje podem ajudar o homem (companhia, reabilitação, cães guia/policia/busca e salvamento, etc.). Tal como eu disse anteriormente, as raças não morrer, evoluem e adaptam-se ao presente e as novas tarefas e funcionalidades.
Apenas acho inútil estarmos presos ao passado, e às funcionalidades que hoje já não existem.
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