Eu vou sempre lembrar dos nossos quando falam dos outros. Desculpem lá mas as "minhas galinhas são melhores que as dos vizinhos."
É mesmo, já viram o castro laboreiro, um cão de gado muito ágil. Quando alguém gritava lobo ou algo negativo para a região, coitados dos lobos...no entanto, não deixava de ser um cão bastante meigo em família e com os conhecidos.
Eu tenho um certo gosto por cães que usam a sua agressividade para o momento certo. Os estrangeiros que os conhecem, têm por eles uma verdadeira admiração; para eles são umas relíquias caninas.
As nossas raças são essencialmente cães que foram seleccionados pelas boas aptidões de trabalho, são lindos, rústicos e resistentes e animais muito saudáveis e equilibrados. Mas mariconços não o são... autênticas feras quando o dono precisa deles.
Eles tem capacidades fantásticas...desde levarem um boi ao chão preso pela orelha à ordem do dono, como fazem um corrida a um lobo, como ficam na sala de convívio a apanhar mimos dos donos. Eu não conheço tanto equilíbrio e tanta perfeição.
As minhas tris-bis e avós; muitas das vossas também, tinham sempre cães por perto; para se sentirem mais seguras. Faz parte da nossa história. Os cães eram sombras dentro e fora de casa, no trabalho e na família. As raças portuguesas são cães muito equilibrados; acho que a nossa história ajudou a isso também.
Não me entusiamo com os cães que mostram aqui às vezes, não é a diferença ou o exotismo que mais me atrai, é sim a qualidade. O gostar de uma raça, vai muito para lá do aspecto, preciso de saber mais sobre o povo e sua história para depois compreender uma raça e poder encontrar ali interesse.
[Eu já tive raças que não apenas as nacionais, e gosto de bastantes. Mas...que as nossas são muito boas e para mim, metem estas "novidades" a um canto...para mim metem.]