Alerta - Leishmaniose

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Moderador: mcerqueira

nel
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domingo dez 14, 2003 11:23 am

Olá

Ultimamente tenho feito umas navegações pela net para recolher assuntos respeitantes às doenças mais comuns dos nossos amigos. Sobre a leishmaniose consultei muitos textos e daí extraí o que me pareceu essencial e que já está editado no meu site. Isto não é para impingir o site, mas poderá ser útil para quem quiser ter a pachorra de ler quase tudo sobre a leishmaniose:
http://whippetp.no.sapo.pt/leishmaniose.htm
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Pedra
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domingo dez 14, 2003 12:53 pm

Isto poupa o animal do sofrimento e contribui para salvar outras vidas.


Ok, lá vai a chata de novo. A frase que mais me complica a mioleira é esta, acima citada.
Poupa o sofrimento ao animal, tudo bem.
Contribui para salvar vidas, porquê?
Se o animal estava em tratamento e se um animal em tratamento não transmite a doença, então que outras vidas se trata de salvar?
Isabel
Última edição por Pedra em domingo dez 14, 2003 7:58 pm, editado 3 vezes no total.
nel
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domingo dez 14, 2003 3:31 pm

Olá Isabel

Não percebi onde está a dúvida. Um cão tratado é portador, mas não é transmissor. Se tiver sido tratado de forma a não sofrer, pode perfeitamente fazer a sua vida normal como qualquer outro cão e sem constituir perigo; se o tratamento não lhe tirar o sofrimento, então será preferível abatê-lo.

O grande problema desta doença é ser assintomática, isto é, quando o cão apresenta os primeiros sintomas já a doença evoluiu para um estado muito avançado e irreparável. Por isso é que em determinadas zonas onde haja conhecimento de casos de leishmaniose é aconselhável efectuar o despiste da doença, pois o cão pode parecer-nos em perfeita saúde e estar já infectado e num estado avançado da doença.

Outra precaução é usar produtos antiparasitantes que exerçam uma acção de repelir o insecto.
A este propósito, noutro tópico, fiz uma lista de alguns produtos no sentido de se descrever as suas características e a sua acção, esperando-se que as pessoas aí deixassem algumas dicas. A ideia surgiu-me pelo facto de estes assuntos, embora já tantas vezes discutidos, estarem muito dispersos em vários tópicos ao longo do tempo.

Outra
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Pedra
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domingo dez 14, 2003 8:03 pm

Ha aqui algumas coisa q me escapa, pois as minhas mensagens neste tópico tendem a desaparecer ... e aparecem editadas, enfim. Vou ver se reponho a nabice, mas o certo é que a minha resposta para o nel foi apagada e a outra aparece antes mesmo da resposta... TÀ TUDO DOIDO!!! Eu DEVO estar. ;)
Nel a minha questão tem a frase de poupar vidas.
Isabel
anjaazul
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domingo dez 14, 2003 8:09 pm

Outra precaução é usar produtos antiparasitantes que exerçam uma acção de repelir o insecto.
A este propósito, noutro tópico, fiz uma lista de alguns produtos no sentido de se descrever as suas características e a sua acção, esperando-se que as pessoas aí deixassem algumas dicas. A ideia surgiu-me pelo facto de estes assuntos, embora já tantas vezes discutidos, estarem muito dispersos em vários tópicos ao longo do tempo.
neste caso, parece que o pulvex é eficaz.
nel
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domingo dez 14, 2003 8:16 pm

Olá Isabel

De facto é um pouco confuso. De qualquer modo, eu julgo (foi assim que interpretei) que o cão não será transmissor se o tratamento que lhe foi administrado lhe retirou os sintomas da doença, não lhe causando, portanto, sofrimento. Ele contém a doença (é portador) mas de forma latente e sem prejuizo para o seu bem estar e sem o perigo de transmitir a doença.
Foi esta a interpretação que dei aos textos que li.
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Pedra
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domingo dez 14, 2003 10:54 pm

Obrigada Nel.
A leitura que eu fiz foi um pouco diferente, ou seja:
Tratamento :arrow: minimiza os sintomas, controla o desnvolvimento da doenças, mas pode falhar.
Enquanto falha e não falha, não sabemos ao certo se o animal transmite ou não a doença, e nesse caso, outros caes que com ele convivem podem estar em perigo. Dái, o salvar vidas.
Assim sendo, acho descabida a frase que animal em tratamento, é portador mas não transmite. Porque ao que parece, pode transmitir mesmo assim.
Isabel
Pedra
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domingo dez 14, 2003 11:00 pm

Fora de tempo, mas aqui vão as frases que me suscitaram as dúvidas, muito em especial a última:

O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua portador. No entanto, depois de tratado, deixa de ser transmissor.
O cão tratado com medicamentos é portador mas NÃO é infectante
Se após um tratamento adequado se verificar que os sintomas persistem e o animal está condenado a um enorme sofrimento e a uma morte lenta, será preferível eutanaziá-lo. Isto poupa o animal do sofrimento e contribui para salvar outras vidas.


PS- Apenas para dar sentido a quem não leu a minha mensagem que foi apagada (por mim, certamente, fruto de nabice
;) )
Isabel
Pedra
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quinta dez 18, 2003 9:45 am

E como é que é da vacina? Esta a ser comercializada cá?
Isabel
nel
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quinta dez 18, 2003 10:07 am

Pedra Escreveu: E como é que é da vacina? Esta a ser comercializada cá?
Vou responder um pouco ao acaso porque não tenho a certeza absoluta.
Estou convencido de que existe uma vacina no Brasil, país onde há uma grande incidência da doença. Mas JULGO que essa vacina não terá sido importada para Portugal, porque não produz efeito cá. Isto é, a doença é basicamente a mesma, mas o agente transmissor (leishmania) não é exactamente igual.
Isto foi o que depreendi de algumas mensagens aqui no fórum quando este assunto foi trazido à baila há tempos. Mas, repito, não tenho a certeza da sua veracidade.

Creio que a atitude mais prudente consiste em usar produtos preventivos e repelentes, tipo coleira Scalibor, por exemplo.
Há uns dias a Nash, uma boxer simpática, andava com uma coleira dessas. A dona disse-me que aos fins de semana costuma ir para os lados de Vila Nova de Cerveira e constou-lhe que surgiram lá casos de leishmaniose. Por isso, mais vale a pena prevenir do que remediar.
É que o grande problema desta doença é disseminar-se com relativa facilidade, especialmente em zonas propícias à praga de mosquitos.
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Siioux
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quinta dez 18, 2003 2:16 pm

Buenas ;)

Pelo que conversei com o meu vet ( o melhor vet do mundo ;) ;))
a vacina vai ser inserida no nosso mercado no principio do ano que vem, mas vem em quantidades mto reduzidas. Isto é quem estiver realmente interessado talvez seja melhor falar desde já com o vet que acompanha os respectivos animais. Também pelo que soube ainda não há estimativa relativamente ao custo dessa mesma vacina, mas preparem-se pq não deve ser nada barata.

Fiquem bem

Sandra Albuquerque
nel
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quinta dez 18, 2003 5:15 pm

Sandra, obrigado pela informação ;)
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Siioux
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sexta dez 19, 2003 10:39 am

De nada nel é sempre um prazer ser útil a uma pessoa como tu ou como a Pedra.

Beijokas
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sexta dez 19, 2003 3:01 pm

Olá:

Vamos lá a ver se consigo dar uma ajudinha...

A Leishmaniose é uma doença que só pode ser transmitida com a ajuda de um vector, que neste caso é um mosquito - o Flebotomo.
Quando este - mais propriamente a fêmea - pica um cão infectado com leishmanias, para se alimentar do seu sangue, e em seguida pica outro cão - não infectado, para terminar a sua refeição, enquanto tira o sangue deste cão saudável ao mesmo tempo infecta-o introduzindo neste a sua saliva carregada de leishmanias.

Em Portugal é uma doença que é conhecida apenas há alguns anos. Até lá dizia-se que era uma doença típica de climas quentes e portanto não afectava Portugal :o

Para além disso, como é uma doença causada por um protozoário e necessita de um vector para poder ser transmitida...não é de declaração nem abate obrigatório. Além disso, os animais de interesse pecuário não são afectados por ela...

Quando um cão está infectado pode ser portador da doença, e outro cão ser infectado, bastando que, para isso se verifiquem cumulativamente duas condições:
exista o mosquito vector e as leishmanias estarem numa fase "activa".

Assim, quando um cão infectado está em tratamento, o seu organismo encontra-se "hostil" para as leishmanias e estas não se encontram na fase infectante. Portanto, mesmo que haja vectores disponíveis não há possibilidade de infecção!

A outra possibilidade de evitar a infecção é manter os cães afastados dos mosquitos...
Dizem que o Pulvex dá protecção ... eu não tenho a certeza disto simplesmente porque não conheço (não sei se existe) um ensaio/estudo científico que prove a afirmação.

Relativamente à vacina: foi aprovada pela DGV a introdução de 7.000 doses no nosso país durante o 1º trimestre do ano 2004.
O nome da vacina e do laboratório produtor já foi referido neste tópico.
Tem cerca de 96% de eficácia, o que é o normal para uma vacina.
Não faço ideia do preço de venda.

Quanto aos testes, também já se disse tudo aqui no tópico:
o teste rápido é mais falível...tal como o teste de gravidez...se dá positivo há que fazer testes complementares. É sempre assim quando se trata de testes imunológicos e com marcadores.
Se até no teste da SIDA há falsos positivos...

No entanto os testes rápidos são válidos, i.e é uma ferramenta que não deve ser desperdiçada. Tem é de ser conscientemente utilizada.

Bem, já vai longo o testamento :oops:

Bjs :p
Pedra
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sexta dez 19, 2003 10:54 pm

MagaPatalogika Escreveu:


Assim, quando um cão infectado está em tratamento, o seu organismo encontra-se "hostil" para as leishmanias e estas não se encontram na fase infectante. Portanto, mesmo que haja vectores disponíveis não há possibilidade de infecção!
Maga, pois é mesmo aqui que reside a minha dúvida.
Não há mesmo possibilidade?....
È que continuo com a frase do "salvar outras vidas",(que está acima noutro post meu) . È cá uma pulgita que tenho atrás da orelha.
Isabel
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