Disturbio??

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

Carolina77
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quarta jun 24, 2015 11:33 am

surprisedog Escreveu:
Carolina77 Escreveu:Bom dia a todos e obrigada a todos os que partilharam comigo o v/ conhecimento e experiência. Obrigada sobretudo ao user surprisedog pelos comentários, sem si realmente este tópico não tinha sido a mesma coisa 8) .

Entre tentar perceber o que o terá levado a mudar e a ter este comportamento, querer saber com pessoas mais experientes do que eu se este comportamento pode ser considerado distúrbio, ao não aceitar a situação (como a surprisedog acha) vai um longo caminho...
Está a gozar?

Só está a ler o que gosta mais! Se ler com mais atenção vai reparar que lhe disse como deve corrigir o comportamento que não gosta no seu cão e que quer mudar.

Ou agora ,afinal, já gosta do comportamento do seu cão? Baralhou-me! :o :o :o

Com tanta indecisão o seu cão vai ser inseguro! :?
Bom dia Surprisedog, eu nunca disse que não gostava do comportamento do meu cão... reli os meus posts e nunca utilizei a palavra gostar ou não gostar. O que eu disse e isso afirmo é que este tipo de comportamento na rua com estranhos me preocupa...
Não estou só a ler o que gosto, li perfeitamente a parte em que diz que o comportamento do meu cão não é nada normal. Até posso concordar com isto até certo ponto, a questão é que também não é assim um cão tão anormal ou tão anti social porque dentro da casa dele e com as coisas dele tanto com crianças como com adultos que não conhecia não se mostrou possessivou ou anti social.
Por acaso li a parte em que considera que me explicou como devo corrigir, disse para eu o confrontar com a situação, ir insistindo progressivamente e ir corrigindo. Peço desculpa mas para mim isto é chinês. Como o confronto? Ñão me parece que consigamos sentar-nos os dois a discutir o assunto . Se realmente me quer ajudar peço-lhe que seja mais clara. Estas últimas semanas tenho acelerado o ritmo das caminhadas e temos corrido mais no percurso, isto não tem ajudado muito pois sempre que nos cruzamos com as tais pessoas por muito cansado que esteja assim que os ouve tem mesmo que lhe ladrar (pessoas imbirrantes estas já viram que o cão não quer festas e continuam com a mesma lenga lenga) não é com a mesma intensidade mas ainda o faz. Conforme me foi aqui sugerido tenho tentado dar a ordem senta quando ele está com este comportamento mas ele está de tal forma focado nas pessoas que não consigo ter a atenção dele :oops: . Alguém me explica como devo fazer para que se foque em mim? Obrigada.
botas96
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quarta jun 24, 2015 11:19 pm

Desde quando um cão mais dominante ou possessivo ou protector é anti-social?

São coisas totalmente diferentes e muitas vezes confundidas

Um cão anti social, é um cão sem ou com poucas capacidades sociais e normalmente não sabe como reagir a determinado estímulo e geralmente o seu primeiro impulso é de agressividade.

Um cão mais dominante e territorial (cão de guarda) bem treinado, percebe quando está de serviço e quando está de folga. Podem ser parecidos mas é uma ilusão.

Carolina, para labrador (cão de caça) está um pouco descaracterizado do padrão, mas também, o padrão, não passa de um ponto de referência mas tradicionalmente sai um pouco da coisa.
Mas diz que o cão é rafeiro e para rafeiros não há um padrão, é por observação de temperamento e comportamento que se determina e refina-se a função.
Não sei se é este o caso mas em muitas misturas x qualquer coisa, liga-se muito a factores superficiais (cor, parecença, etc), quando o que importa muitas vezes é relegado para panos de fundo.
Eu já vi alguns cães de 30 kilos que inicialmente seriam posto a guardar pelo tamanho com comportamentos de cães de caça com metade ou mais do peso que eu em vez de os pôr a guardar ponha-os a fazer outras coisas.
surprisedog
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quinta jun 25, 2015 12:14 pm

Carolina, se quer corrigir um determinado comportamento tem de confrontar o seu cão com a situação que origina o comportamento e corrigi-lo nessa altura... Desviar a atenção par uma coisa positiva, ignorar... Terá de fazer um reforço qualquer que faça o cão deixar de associar as tais pessoas a algo negativo ou perigoso...

Como deve saber, o seu stress passa imediatamente para o seu cão... Não será você que está a contribuir para que a situação se mantenha ou agrave?

Os cães têm uma memória brutal. Com o evitar, tipo "esquecer" duvido que lá vá.

Mas leia o que o botinhas tem para lhe dizer... :o
WaterMonitor
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segunda jun 29, 2015 12:45 pm

Botas 96, aqui há um ano era capaz de não concordar e assumo que seria por desconhecimento, ou seja, ignorância pura e dura. :lol: :lol: :lol:

Tive um cão anti-social, mas nunca tinha tido um cão dominante e territorial.

O meu saudoso anti-social não usava aquele nariz enorme para nada e realmente não sabia como reagir a certas situações. A solução dele era partir para o ataque quando se tratavam de outros animais e perante pessoas fugia desesperadamente ao contacto físico. Era uma questão de carácter, tudo foi feito para ultrapassar o problema mas nada resultou. Com os donos e gatos era adorável.

A besta eslava é dominante, territorial e adepto de confrontar sempre os seus medos, o que é péssimo mas pronto. Usa o nariz, o que no caso dele também não é bom (nada no caso dele é bom :lol: :lol: :lol: ) mas sabe quando deve defender e quando deve fazer cara de indiferença e não se esticar.
Anafcs
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segunda jun 29, 2015 6:15 pm

WaterMonitor Escreveu: A besta eslava é dominante, territorial e adepto de confrontar sempre os seus medos, o que é péssimo mas pronto. Usa o nariz, o que no caso dele também não é bom (nada no caso dele é bom :lol: :lol: :lol: ) mas sabe quando deve defender e quando deve fazer cara de indiferença e não se esticar.
:lol: :lol: :lol:
Tadinho! já agora, e desculpe a ignorância, a "besta eslava" é um quê? lool

A minha Becky (a pastor) não tem medo de NADA o que também ás vezes é problemático... situações de "perigo" (o perigo é sempre uma coisa relativa, não andamos a expor a cadela a balas) e lá vai ela, peito inchado e com o ar que diz literalmente "que m* é esta?!" e lá vai ela de narigão aberto a ver o que é... a ultima foi com um ouriço :twisted: :roll:
<strong><u>Ana Filipa</u></strong>
WaterMonitor
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segunda jun 29, 2015 8:13 pm

A besta eslava é o meu Pastor do Cáucaso, um conjunto de dentes suportado por um corpo maciço. :lol: :lol: :lol: :lol:

Com o meu gato Boy, já falecido, aprendi que animais que não têm medo de nada não são propriamente pêra doce.

A besta eslava, também conhecido como "o exército vermelho", deve ter lido muitos livros de auto-ajuda do Paulo Coelho e nas raras vezes em que se depara com algo que o intimide (coisas que não conhece) não arreda pé, cheira, cheira mais próximo, depois ataca e se conseguir alcançar destrói. Isto é válido para tudo, desde frascos de protector solar até cabras ou cavalos.

Um medo razoável é muitissimo saudável, acredite. :wink:
icecosta
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segunda jun 29, 2015 8:15 pm

É o meu tb gosta de cheirar ouriços :)
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Anafcs
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segunda jun 29, 2015 8:54 pm

:lol: :lol: :lol: tadinho do bestinha... é um cão tão pequenino e peludinho :o

Sim a minha sorte é que a minha Becky incha o peito mas depois quando vê que é só um tronco ou que é só um almofada nova ela descontrai e ignora até se lembrar "hum se calhar é um brinquedo" e o resto é historia :P

Eu faço mordida com ela e a primeira vez que ela mordeu a um figurante com fato total foi super engraçado... Ela tinha estado a morder ao churro e á manga e depois foi a vez de outros cães morder o firgurante com fato, a Becky ainda era muito nova e muito verde para morder ao fato. No final do treino estávamos todos juntos (a vez dos humanos socializarem) e o figurante ainda tinha o fato vestido. A Becky aproximou-se muito discretamente e encontrou uma etiqueta na perna dele, começa a mordiscar aquilo e a olhar de lado para o dono do tipo "posso?" o pessoal começa-se a rir ela vai de repente manda uma dentada enorme na perna do figurante! desde então não o pode ver de fato :twisted: O raio do animal não tem medo nenhum de nada!

Essa do ouriço não teve muito piada porque quando conseguimos chegar ao pé dela ela tava de boca aberta a cerca de 1 cm do ouriço... a minha Isa a ladrar imenso ao longe super assustada e ela ia come-lo... nada fixe.... :roll:
<strong><u>Ana Filipa</u></strong>
botas96
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terça jun 30, 2015 9:55 am

Um cão dominante é uma chatice, a socialização é sempre complexa, e dependendo do cão, a taxa de tolerância pode ser pequena, mas possível
Corre por aí que o treino para guarda é promover anti sociabilidade, grande erro, não só pela eficácia mas pelo resto.

A water gosta muito de ursos ahahahah.
com 4 meses tinha que o afastar com o corpo (ainda não me esqueci dessa)
Aos 4 meses a minha ainda não subia a nada sem ser ajudada.
WaterMonitor
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terça jun 30, 2015 4:58 pm

Aos 4 meses ele tinha já um tamanho do caraças que querem que eu faça? Era mandar-lhe uma corpada para ele se afastar ou perder as ideias de se pôr de pé.

Apesar de ser prática comum com os Cáucaso, sou completamente contra o treino de mordida nesta raça. Potenciar o que já lá está em grau elevado é muito perigoso e mesmo irresponsável.

Nos PA acho bem. :D

O recall no PA funciona. Num Cáucaso? Não.
Anafcs
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quarta jul 01, 2015 5:47 pm

WaterMonitor Escreveu: Apesar de ser prática comum com os Cáucaso, sou completamente contra o treino de mordida nesta raça. Potenciar o que já lá está em grau elevado é muito perigoso e mesmo irresponsável.

Nos PA acho bem. :D

O recall no PA funciona. Num Cáucaso? Não.
Mas sabe que isso não é bem assim... o treino de mordida e defesa pessoal QUANDO É BEM FEITO funciona precisamente para se controlar a agressividade no cão... é muito mas mesmo muito menos provável um cão treinado a morder ao comando atacar alguém do que um cão não treinado...

Fizemos defesa pessoal e iniciação á mordida com a minha Isa precisamente por ela ser "insegura" e atacar por medo... Ela começou a perceber que não precisava de atacar tudo e todos porque se conseguia defender, e na defesa pessoal foi lindo ver um cão de 9 kilitos a perseguir um figurante pelo campo fora de cauda no ar e voltar para o dono de peito inchado e a bufar do tipo "hump mostrei-lhe como elas são!" :twisted: ajudou mesmo muito a controlar a minha pequena...
Fiz com o Mic uma iniciação muito básica só mesmo para o ajudar a ganhar confiança e perder os medos e traumas gerais que tinha e também tivemos muitos bons resultados :D
Com a Becky é muito diferente porque ela já nasceu a saber o que fazer... a genética entra em acção e somos nós é que temos de aprender a acompanha-la e ajuda-la a ganhar técnica...

Sim, não conheço pessoalmente a raça sem ser de ver em exposições, mas conheço o tipo e sei que é bem difícil de trabalhar com eles, mas é sempre um bom desafio :twisted: :P
Tem é mesmo de ter a certeza que está a trabalhar com um bom professor, e com bons figurantes :?

Mas para muito breve (final do ano) vai aparecer uma coisa totalmente nova em Portugal a nível de treino de cães de trabalho e formação de treinadores que vai revolucionar as maneira como o treino é visto neste pais e se deus quiser limpar muito isto tudo daqueles pseudo treinadores/dog wispers :)
<strong><u>Ana Filipa</u></strong>
WaterMonitor
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quarta jul 01, 2015 9:03 pm

Anafcs,

Quando escrevi que acho bem o treino de mordida num PA, estava a sério. São cães muitissimo obedientes e aprendem com enorme facilidade.

Num Pastor do Cáucaso a coisa não é bem assim. Quando tiver tempo, dê uma espreitadinha no Google, procure por Caucasian Ovcharka, e vai encontrar dezenas e dezenas de exemplos de "treino" de ataque com esta raça e veja como os param.

Ou não param de todo, ou tem sempre alguém a puxar o cão desesperadamente. Pior, esta é uma raça rústica altamente agressiva que não necessita de qualquer incentivo para morder. Necessita sim de incentivo para não morder. É fundamental, acredite em mim, ensinar que não podem morder porque eles gostam e muito.

Estamos a falar de um cão possante, altamente resistente, rústico, com enormes capacidades agressivas. Já pensou porque é que nenhuma polícia do mundo os usa? Ou melhor, os russos usam, mas no perimetro exterior de prisões de alta segurança.

São praticamente incontroláveis. Essa é a resposta.
Anafcs
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quarta jul 01, 2015 10:03 pm

WaterMonitor sim sem duvida, são cães muito difíceis de controlar, estão dentro do estilo do mastim tibetano e coisinhas peludas e fofas do género 8)
Sim por isso é que estava a dizer que seria sempre um desafio :twisted: mas não só estava meio a brincar como para treinar estes tipo de cão neste tipo de trabalho, é para fazer trabalho e não desporto precisamente porque eles quando fecham a boca não abrem :twisted: e teria que ser uma pessoa muito muito experiente em cães do género, não é impossível mas é sem duvida muito muito difícil :wink:
<strong><u>Ana Filipa</u></strong>
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quinta jul 02, 2015 2:04 pm

Em 10 meses de besta eslava o meu único orgulho é conseguir sem problemas que ele, na minha presença, receba pessoas em casa sem se passar da marmita.

Mas o pessoal experiente com a raça diz que não vai durar. Assim que a testosterona bater forte, tenho que ter imenso cuidado com pessoas em casa e com os meus próprios movimentos nessa situação, porque qualquer coisa que eu faça e que ele interprete como uma fraqueza minha, pode desencadear um ataque às visitas.

Vamos ver.
botas96
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quinta jul 02, 2015 2:56 pm

Pelo menos desde o tempo dos Romanos, cães (tipo mastim) eram utilizados por muitos na guerra, eram utilizados para "suavizarem" as linhas inimigas antes do embate, como suporte não eram muito fiáveis, porque os cães não descriminavam e muita coisa corria mal, pois até muito recentemente os exércitos não levavam rações, por onde passavam a fauna desaparecia, isso (fome) aliado ao tipo de treino, resultavam em cães muito agressivos e há relatos de tratadores de cães sem dedos e sem mãos e mais até.
Só para terem uma noção como as coisas deviam ser na altura, os Romanos tinham uma arma psicológica muito eficaz contra infantaria e com eficácia satisfatória contra elefantes e cavalaria, varas de porcos. Oleavam os porcos e incendiavam-nos, eles corriam pelo campo de batalha a agonizar e isso era o suficiente para provocar efeitos nefastos no moral dos inimigos.
O Cáucaso sempre foi violento historicamente, portanto dá para imaginar o tipo de cães selecionados, a Península Ibérica, em contraste sempre foi muito mais pacífica em comparação a outras regiões da altura, uma versão do barco do amor
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